quinta-feira, 7 de abril de 2016

Dólar fecha em alta nesta quarta-feira, mas permanece abaixo de R$ 3,70

Moeda dos EUA avançou 1,32%, a R$ 3,6937 para venda. Mercado continuou atento aos desdobramentos da crise política.

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (7) e chegou a passar de R$ 3,70, após o Banco Central voltar a atuar por meio de swap cambial reverso, diante do noticiário político intenso no Brasil e em meio ao cenário externo desfavorável.

A moeda norte-americana subiu 1,32%, vendida a R$ 3,6937. Mais cedo, chegou a ser cotada a R$ 3,71. Veja a cotação do dólar hoje

Na semana, a moeda acumula alta de 3,67%. No mês de abril, tem valorização de 2,7%. No ano de 2016, o dólar perde 6,4%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,54%, a R$ 3,6651.
Às 9h39, alta de 0,44%, a R$ 3,6615.
Às 10h19, alta de 0,99%, a R$ 3,6814.
Às 10h39, alta de 1,13%, a R$ 3,6866.
Às 10h50, alta de 1,25%, a R$ 3,6911
Às 11h40, alta de 1,39%, a R$ 3,6958
Às 12h10, alta de 1,68%, a R$ 3,7065
Às 12h40, alta de 1,44%, a R$ 3,6978
Às 13h20, alta de 1,97%, a R$ 3,7171
Às 14h, alta de 1,62%, a R$ 3,7042
Às 15h10, alta de 1,74%, a R$ 3,71
Às 15h44, alta de 1,14%, a R$ 3,6872
Às 16h25, alta de 1,30%, a R$ 3,6927.

O dólar encontrou algum suporte na ação do BC e no cenário externo, mas o ingrediente principal do mercado continua sendo político", disse à Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Nos últimos dias, no entanto, cresceu a percepção de que eventual troca no governo está longe de ser uma certeza. Muitos operadores acreditam que a saída de Dilma poderia atrair capitais para o Brasil.

O noticiário político nesta sessão foi descrito como misto por operadores. Continuou elevada a dúvida sobre a possibilidade do impeachment, mas também repercutiu positivamente notícia da Folha de S.Paulo dizendo que a empreiteira Andrade Gutierrez fez doações ilegais às campanhas de Dilma em 2010 e 2014.

"A batalha política continua e as atenções dos agentes estão voltadas para os novos desdobramentos políticos", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

Pesquisa da Reuters com 28 estrategistas mostrou que o dólar deve subir a R$ 4,02 em 12 meses, bem abaixo dos R$ 4,25 projetados no mês.

A moeda norte-americana ampliou o avanço no fim da manhã na esteira do mau humor nos mercados externos, onde também subia cerca de 1% em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

Nos mercados externos, predominou a aversão a risco diante de preocupações com a fraqueza econômica global e do tombo dos preços do petróleo. Três autoridades do Banco Central Europeu (BCE), incluindo o presidente Mario Draghi, reforçaram a preocupação com o cenário global, dizendo que o banco está disposto a afrouxar mais a política monetária.

Na véspera, o dólar caiu 0,96% em relação ao real, cotada a R$ 3,6453 na venda. No mês de abril, o dólar acumula valorização de 1,36%. Em 2016, no entanto, a moeda recua 7,6%.

Intervenção do BC
O BC promoveu nesta sessão seu terceiro leilão de swap reverso neste mês, mas vendeu apenas 8,5 mil dos 20 mil contratos ofertados. O banco também dará continuidade à rolagem dos swaps tradicionais do mês que vem com oferta de até 5,5 mil contratos. Esses derivativos correspondem, respectivamente, a compra e venda futura de dólares.

O BC reativou os swaps reversos no fim do mês passado após três anos de desuso, no momento em que apostas de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff sairia levaram o dólar às mínimas em sete meses ante o real, na casa de R$ 3,56.

Fonte: G1 Economia

Limão e alface estão mais em conta, diz Ceagesp

Outros preços em baixa são laranja, berinjela, couve-flor e rúcula. Mamão, manga, maçã, cenoura e beterraba estão mais caros.


A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) divulgou a lista de produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta nesta semana. Veja abaixo:

Preços em baixa
Caqui rama forte, abacate, figo roxo, carambola, goiabas, laranja pêra, laranja seleta, limão taiti, jaca, coco verde, gengibre, inhame, chuchu, mandioca, pepino comum, pepino caipira, abóbora moranga, tomate carmen, berinjela, couve-flor, rúcula, acelga, nabo, escarola, alface crespa, alface lisa e americana, milho verde, canjica.

Preços estáveis
Tangerina ponkam, abacaxi havai, banana nanica, morango comum, melão amarelo, laranja lima, lima da pérsia, acerola, graviola, melancia, maracujá azedo, abobrinha brasileira, pepino japonês, abobrinha italiana, tomate pizzad`oro, abóbora japonesa, quiabo liso, pimenta cambuci, pimenta americana, alho porró, cebolinha, batata lavada.

Preços em alta
Caju, mamão papaia, mamão formosa, manga tommy, uvas, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, beterraba, pimentões, abóbora paulista, batata doce rosada, cenoura, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, beterraba com folha, repolho roxo e verde, couve manteiga, espinafre, agrião, brócolis, erva-doce, rabanete, coentro, salsa, alho argentino, alho nacional e ovos.

Fonte: Globo Rural

Quantidade de selênio nas castanhas-do-brasil varia de acordo com região

Foto: Divulgação Embrapa
Pequena no tamanho, mas grande em benefícios, a castanha-do-brasil é mundialmente reconhecida como a maior fonte natural de selênio (Se). Este mineral, essencial ao corpo humano, combate o envelhecimento celular e oferece outros tantos benefícios. Mas será que o teor de selênio é o mesmo em qualquer castanha encontrada no supermercado? Pesquisas realizadas na Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com pesquisadores da Embrapa mostraram que não é bem assim. Os cientistas descobriram que as concentrações do mineral nas amêndoas de castanha-do-brasil variaram muito entre as regiões produtoras do País. Aquelas coletadas no Amazonas e no Amapá, por exemplo, apresentaram cerca de 30 vezes mais Se do que as oriundas do Mato Grosso e Acre.

Existe uma recomendação de se ingerir cerca de 55 microgramas de selênio (mcg) por dia, sendo o limite máximo permitido de 400 mcg de Se/dia. Com base nesses dados, os pesquisadores avaliaram a quantidade de Se em castanhas coletadas em castanhais nativos do Mato Grosso, Acre e Amapá, e também de quatro clones cultivados no Amazonas (Fazenda Aruanã, em Itacoatiara), uma vez que a castanheira ocorre em todo o bioma amazônico, cuja maior área encontra-se em território brasileiro. 

Outro resultado interessante foi que os teores de selênio em clones de castanheira cultivados na Fazenda Aruanã também apresentaram diferenças nas quantidades observadas. "Esse último resultado sugere que não só o solo influencia na quantidade de selênio presente na castanha, mas também a capacidade da planta (genótipo) em absorver esse elemento", explica a pesquisadora da Embrapa Rondônia, Lúcia Wadt. Antes desse resultado, os cientistas se questionavam se apenas o solo teria influência no teor de selênio da castanha.

Os pesquisadores também descobriram nesse trabalho que a diferença nos teores de selênio entre plantas muito próximas pode chegar a mais de cinco vezes, mas ainda não se sabe quais fatores estão influenciando a quantidade do mineral nas amêndoas. Para se ter ideia, o estudo mostra que as variações são de 0,5 a 3,5 mg kg-1 em amostras coletadas no Acre, 0,5 a 2 mg kg-1 em amostras do Mato Grosso, 20 a 82 mg kg-1 em amostras do Amapá e 11 a 98 mg kg-1 em amostras do Amazonas.

Com base nesses resultados, não é possível definir um número único de castanhas a serem consumidas diariamente a fim de completar a recomendação diária de 55 mcg de selênio por dia. No entanto, embora não se possa generalizar, a pesquisa revelou que uma única castanha da amostra coletada no Amazonas pode oferecer em média a quantidade de 185,7 mcg de Se, ou seja, 3,4 a mais do que o recomendado e as oriundas da amostra do Amapá oferecem cerca de 2,3 vezes a concentração de 55 mcg/dia. Já uma castanha entre as pesquisadas no Acre ou no Mato Grosso não oferece nem 10% desse teor recomendado e para atingi-lo seria necessário comer 11 amêndoas da amostra acriana e 15 da coleta mato-grossense.

Os pesquisadores ressaltam que esses resultados são de uma pesquisa inicial e os valores apresentados não podem ser tomados como padrões, pois há muita variação entre plantas de uma mesma região. No entanto, serve de alerta para que o consumidor observe a origem da castanha que está adquirindo e os valores de selênio informados no rótulo das embalagens. "Esses resultados servem também para alertar as empresas que processam e embalam a castanha-do-brasil sobre a importância de se avaliar o teor de selênio para cada lote ou região de origem da matéria-prima", complementa Wadt.

Além da quantidade do mineral presente no alimento é importante saber o percentual de aproveitamento da substância no organismo, ou a quantidade que o corpo é capaz de absorver dele, chamado de biodisponibilidade do selênio. Somente com esse dado é possível preconizar as quantidades a serem ingeridas.

Devido à ampla variação entre os teores de Se na castanha dependendo da região geográfica, e ainda entre a capacidade de cada planta absorver o mineral, há necessidade de mais estudos sobre a biodisponibilidade do selênio para que se tenham valores concretos de recomendação de ingestão deste alimento para a população. "Comer uma castanha-do-brasil por dia não deve ser uma recomendação generalizada. É preciso saber a concentração e a biodisponibilidade de selênio da castanha que está sendo consumida", alerta a pesquisadora.

Este estudo foi realizado por um grupo de pesquisadores das Unidades da Embrapa do Amazonas, Amapá e Rondônia, da Universidade Federal de Lavras e da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus de Tupã.

A castanha e o selênio

É comumente divulgado que o consumo de uma castanha por dia ajuda a combater doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, câncer e obesidade. Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, comprovou que a ingestão diária de duas castanhas eleva em cerca de 65% o teor de selênio no sangue, mas alertou sobre os problemas com a toxidade desse mineral. Outro estudo da USP, que ganhou o prêmio Jovem Cientista do CNPq em 2015, também comprovou efeitos benéficos do selênio, nesse caso, contra o mal de Alzheimer. De uma maneira geral, os nutricionistas brasileiros recomendam a ingestão de uma única castanha por dia, mas também alertam que quantidades elevadas do mineral podem provocar intoxicação por selênio, ou selenose, causadora de perda de cabelo, fadiga, fraqueza das unhas, lesões na pele e problemas gastrointestinais.


Suquificador Integral é a nova alternativa para a produção de suco integral de uva em pequena escala

O evento reuniu produtores, técnicos e envolvidos com a vitivinicultura na Serra, que aprovaram a qualidade do suco elaborado e o equipamento apresentado


Foto: Freepik
A Embrapa Uva e Vinho e a Monofrio lançaram nesta terça-feira (05), o Suquificador Integral, novo equipamento para elaboração de suco de uva integral em pequena escala, na Sede da empresa de pesquisa, em Bento Gonçalves(RS).

O Suquificador Integral foi pensado e projetado para ser de fácil uso e resolver o problema de mais de cinquenta mil pequenos produtores no Brasil, que atualmente produzem cerca de oito milhões de litros de sucos de uva e outras frutas utilizando o método da panela extratora por arraste de vapor, no qual há acréscimo de água ao produto final, o que altera sua composição e classificação.

Segundo estimativa de João Carlos Taffarel, supervisor do Setor de Prospecção, Gestão e Avaliação de Tecnologias da Embrapa Uva e Vinho, o novo equipamento deverá ser comercializado a R$ 15 mil e com a elaboração de cinco mil litros de suco por safra, o investimento será pago em até quatro anos. "É um valor elevado em comparação às tradicionais panelas por arraste, mas bastante inferior se compararmos com o sistema tubo a tubo, que produz um suco integral, sem agregação de água, mas em maiores volumes", analisou.

Para Celito Guerra, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e um dos desenvolvedores do novo produto, o lançamento foi mais um dia dentro do processo de desenvolvimento do Suquificador, que já durou mais de três anos. "A tecnologia tem um grande potencial para ser bastante utilizada e produzir um suco de qualidade superior, substituindo as panelas extratoras, que já há cinco décadas ajudam os produtores", pontuou o pesquisador.

Hygino Bitarello, diretor da Monofrio, falou sobre a grande satisfação e a parceria de longa data com a empresa de pesquisa e colocou-se à disposição para receber sugestões para melhorar ainda mais a invenção. "Foi uma grata satisfação conseguir fazer um equipamento que vale a pena. Já estamos pensando em melhorias, como outros aparelhos periféricos para serem usados com o Suquificador", anunciou Bitarello durante o seu pronunciamento.

O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Celso Zanus, falou sobre a importância crescente do consumo dos sucos integrais e destacou a importância da parceria entre a Embrapa e a Monofrio no desenvolvimento do equipamento. "A aproximação entre empresas públicas e privadas é um grande desafio no Brasil, mas é fundamental. A Embrapa está disposta a ampliar a relação com o setor privado na vertente da inovação tecnológica, por acreditar que muitos serão os avanços", avaliou Zanus.

O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Dirceu Scottá, parabenizou a equipe pelo lançamento direcionado aos pequenos produtores. "É importante que vocês tenham abraçado a ideia e desenvolvido todas as pesquisas, análises e o próprio equipamento que irá auxiliar a produzir um suco de maior qualidade", comentou Scottá.

"O suquificador tem tudo para dar certo como uma alternativa para o pequeno produtor", avaliou de Enio Todeschini, extensionista da Emater-RS/Ascar, presente no evento.

O Suquificador Integral foi projetado para a elaboração de suco integral de uva, mas já foi testado e aprovado para a elaboração de suco de outras frutas, como framboesa, morango, amora e mirtilo, respeitadas as especificidades de cada matéria-prima.

A nova tecnologia foi registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e apresentada aos produtores, que poderão encomendá-la diretamente na Monofrio, empresa responsável por sua comercialização.

Clique aqui para acessar a matéria completa, fotos e vídeo sobre a nova tecnologia Embrapa.



Ciência e a inovação impulsionam agricultura brasileira, avalia presidente da Embrapa

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, destacou a importância da ciência para o Brasil colher uma supersafra de grãos. “O país apostou em um modelo de agricultura baseado em ciência e é isso que está nos destacando no mundo”, disse durante o anúncio do sétimo levantamento da produção grãos 2015/2016, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

Lopes lembrou que hoje os produtores colhem durante o ano inteiro, o que aumenta o desafio de se driblar os efeitos climáticos. “A colheita hoje ocorre durante os 365 dias, diferentemente do passado, quando se concentrava em períodos de chuvas melhor distribuídas. Na medida em que o Brasil faz uma agricultura ao longo do ano, a ciência, a pesquisa e a inovação devem estar muito atentas ao clima”, avaliou. O presidente da Embrapa disse que o país desenvolveu um modelo de agricultura resiliente, ou seja, capaz de superar obstáculos, com práticas de cultivo com variedade de ciclo curto, plantio direto e sistemas integrados (lavoura-pecuária-floresta).

A divulgação da safra de grãos contou também com a participação da secretária-executiva do Ministério da Agricultura, Maria Emília Jaber, e com o diretor de Política Agrícola da Conab, João Marcelo Intini. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma safra recorde de 209 milhões de toneladas, que representa um aumento de 0,6%, em relação ao ciclo passado. A soja novamente é o destaque, com cerca de 99 milhões de toneladas, 2,9% a mais do que na safra passada.

Na comparação com o levantamento do mês passado, entretanto, a oleaginosa teve uma diminuição de 2 milhões e 198 mil toneladas. De acordo com Intini, isso se deve à estiagem na região do Matopiba. O Piauí teve redução de 27,8% na produção, o Tocantins, 17%, o Maranhão, 9%, e a Bahia, 11%.

“Temos que dar uma atenção especial a esses estados, onde ocorreram as maiores quedas de produção”, acrescentou Marcelo Cabral, secretário interino de Política Agrícola do Mapa. Ele adiantou que a Conab, a Embrapa e o Instituto de Meteorologia (Inmet) vão fazer uma análise mais detalhada do Matopiba por causa das variações climáticas.

Sicredi encerra 2015 com resultado de R$ 1,4 bilhão

O Sicredi – instituição financeira cooperativa com mais de 3,2 milhões de associados – anuncia o resultado financeiro combinado de 2015. O crescimento dos ativos (14%) aliado à evolução dos indicadores de eficiência contribuiu para o resultado recorde de R$ 1,4 bilhão. Desse total, R$ 1,2 bilhão são sobras líquidas e R$ 272 milhões são pagamento de juros ao capital.

Segundo Edson Georges Nassar, CEO do Banco Cooperativo, da Confederação e da Fundação Sicredi, 2015 foi um ano de desafios superados. “O Sicredi construiu pilares sólidos, com foco na governança, gestão de pessoas e geração de valor. As entregas realizadas no período mostram nossa evolução como instituição”, afirma o executivo.

“Conseguimos aumentar em 14,8% os volumes de depósito em poupança, frente a uma retração do mercado em geral (-1%), 29% mais contratações de seguros, aumento de 26,9% na carteira de consórcios e incremento de 42,2% nas movimentações no negócio de emissão e adquirência de cartões em relação ao ano anterior”, acrescenta Nassar.

Com relação aos ativos, em 2015 o Sicredi teve um aumento de 14% se comparado a 2014, totalizando R$ 52,5 bilhões – de 2009 a 2015, o incremento equivale a 224,1%. Já o patrimônio líquido da instituição mostrou expansão de 21%, atingindo R$ 8,1 bilhões em dezembro de 2015.

O capital social subiu 17,3% e as reservas 28,7%, alcançando R$ 4,1 bilhões e R$ 3,7 bilhões, respectivamente. A base de associados das Cooperativas do Sicredi superou a marca de 3,2 milhões no ano, com alcance de 1.394 pontos de atendimento em 1.083 municípios brasileiros, sendo que em 21% deles (223) o Sicredi é a única instituição financeira.

Nassar acredita no crescimento do cooperativismo de crédito no Brasil e a instituição investe na ampliação da atuação nacional em 2016, com a filiação da quinta Central Regional, a Unicred Central Norte/Nordeste ao Sistema Sicredi, atingindo um total de 20 Estados (atualmente, o Sicredi atua em 11).

Ciclo 2011-2015

O ano de 2015 marcou também o fim de um ciclo estratégico (iniciado em 2011), no qual o Sicredi manteve crescimento contínuo, na ordem de 19,2% de aumento médio dos ativos. Durante o período, os destaques ficam por conta do crescimento das operações de carteira de crédito (19,5% ao ano), depósitos (19% ao ano) e patrimôniolíquido (22,2% ao ano). O novo ciclo que começa em 2016 vai até 2020. “Mesmo com o cenário econômico atual, o Sicredi está pronto para executar o novo ciclo, projetando sucesso e expansão para consolidar a presença nacional e evoluir ainda mais com meta de conquistar um mercado que oferece espaço para o cooperativismo de crédito”, explica Nassar.

Crédito
A carteira de crédito do Sicredi em 2015 chegou a R$ 30,6 bilhões em dezembro de 2015, um aumento de 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior (dezembro/2014 versus dezembro/2015).

No Crédito Fácil, financiamento pré-aprovado, foram R$ 5,7 bilhões em limites, atendendo mais de 1,2 milhão de associados beneficiados. Já o crédito comercial teve crescimento no período de 7,3%, percentual acima da média de crescimento do mercado (de 3,7% no último ano) em recursos livres. A carteira do Sicredi alcançou nesta modalidade R$ 16,6 bilhões. No microcrédito foram liberados R$ 34,6 milhões.

A carteira de crédito do Sistema Sicredi é composta por 72,6% de pessoa física, dos quais 73,8% são concentrados no público rural, carteira com risco relativamente baixo quando comparada às demais.

Crédito Rural

A carteira de Crédito Rural e Direcionados do segmento Agro representa atualmente 45,9% da carteira total da instituição e cresceu 9,1% em 2015, atingindo R$ 14 bilhões, garantindo o atendimento de mais de 100 mil associados. Na Safra 2015/2016, o Sicredi aplicou até o momento R$ 6,2 bilhões no crédito rural, distribuídos em 122 mil operações de custeio, comercialização e investimento.

Até o final da safra atual, o Sicredi estima repetir o bom desempenho da anterior, totalizando aproximadamente R$ 8,9 bilhões aplicado no agronegócio, sendo R$ 7,3 bilhões dos recursos na carteira de rural e R$ 1,6 bilhões em crédito direcionados via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“O Sicredi foi o agente financeiro que liberou o maior volume de crédito em operações do Pronaf com recursos do BNDES no Plano Safra 2014/2015”, ressalta Nassar. No Sicredi, 28% dos recursos de crédito rural foram destinados ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), em 2015 (R$ 2,6 bilhões), sendo que 65% do número de operações referem-se ao mesmo programa.

Inadimplência

A inadimplência, em consequência do cenário econômico em que o País se encontra, fechou 2015 com um índice de 2,40%, ante 1,99% no mesmo período de 2014. Ainda assim, no Sicredi o índice fica abaixo da média nacional, cuja taxa de inadimplência calculada pelo Banco Central saiu de 2,7% (dezembro/2014) para 3,4% (dezembro/2015).

Outros destaques

· Serviços: registraram crescimento de 14%;

· Ampliação do portfólio de produtos e serviços, que atingiu mais de 300 soluções;

· Consórcios: superou a marca de R$ 7,7 bilhões em carteira ativa de créditos em consórcios, com registro de mais de 150.211 cotas administradas, ocupando assim a 8ª posição entre as 186 administradoras de consórcios autorizadas a operar no Brasil, conforme o Banco Central;

· Cartões: expansão do portfólio de produtos, com 12 variantes, atendendo uma pluralidade de associados, com 100% de abrangência do território nacional.

Relatório de Sustentabilidade 2015

Seguindo a política de transparência junto aos associados e alinhado as melhores práticas de gestão, o Sicredi apresenta neste mês de março, além do resultado combinado de 2015, o Relatório de Sustentabilidade 2015.

Pelo quarto o ano consecutivo, a publicação segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), organização responsável pelo padrão de relato de sustentabilidade mais adotado por organizações em todo o mundo. A prestação de contas está estruturada em torno dos temas materiais para o Sicredi: satisfação e confiança do associado, modelo de gestão, alinhamento dos colaboradores à cultura cooperativa, desenvolvimento local e regional, tecnologia para o relacionamento com o associado e critérios socioambientais para a concessão de crédito.

Brasil importou US$ 4,233 bilhões em defensivos agrícolas nos últimos 12 meses

O Brasil importou US$ 4,233 bilhões de defensivos agrícolas nos últimos doze meses, de acordo com relatório da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química). Entre os meses de Março/15 e Fevereiro/16, foram comprados US$ 3,037 bilhões em produtos formulados e US$ 1,196 bilhões em princípios ativos (FOB).

Em quantidade, as importações somaram 289 mil toneladas em produtos formulados e 208 mil toneladas em princípios ativos no mesmo período. As informações constam no boletim de Fevereiro de 2016 da entidade, que usa como base de dados o sistema Alice do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Apenas nos dois primeiros meses de 2016, a importação US$ 219.462 milhões em produtos formulados e US$ 134.666 milhões em princípios ativos (FOB). As quantidades, somaram 35.154 mil toneladas em produtos formulados e 30.111 mil toneladas em princípios ativos entre janeiro e fevereiro deste ano. 

Neste levantamento, os princípios ativos (produtos técnicos) incluem somente os classificados em posições específicas na NCM/NBM (Nomenclatura Comum do Mercosul/Nomenclatura Brasileira de Mercadorias). Por outro lado, os produtos formulados abrangem outros defensivos não agrícolas classificados na posição 3808 da NCM.

A diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, admite que houve uma desaceleração nas importações de produtos químicos. Segundo ela, esse é “um dos sinais de que 2015 foi um ano muito delicado para o País, particularmente para a indústria química brasileira. A redução das compras externas está em linha com a queda do nível da atividade econômica e, infelizmente, não se traduziu em retomada de competitividade doméstica para o setor. As perspectivas dão conta de que cenário continuará bastante incerto ao longo da trajetória deste ano, o que torna ainda mais premente o combate às práticas desleais e ilegais de comércio, atos que geram danos irreversíveis e que podem custar a própria sobrevivência de diversas unidades industriais”.