sábado, 21 de janeiro de 2017

Citros/Cepea: Oferta limitada sustenta cotações da pera

A demanda por laranja no mercado in natura está enfraquecida nesta semana, reflexo do clima chuvoso. Ao mesmo tempo, segundo colaboradores do Cepea, a umidade tem limitado a oferta, já que laranjas colhidas molhadas tendem a ter menor vida útil, e produtores evitam colher nestas condições.

Além disso, a disponibilidade de laranjas de boa qualidade está bastante reduzida. Nesse cenário, nem mesmo a menor demanda foi suficiente para pressionar as cotações.


Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera registra média de R$ 39,08/caixa de 40,8 kg, na árvore, alta de 3,4% em relação à da semana passada. 

Fonte: Cepea/Esalq

Entidades discutem modernização das relações trabalhistas no campo

As entidades defendem mudanças necessárias na legislação para, por exemplo, garantir a segurança jurídica no campo



A contribuição das entidades do setor para modernizar as relações trabalhistas no campo foi o tema da primeira reunião do ano do Conselho do Agro, órgão que reúne representantes do segmento, nesta quinta (19), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O presidente da CNA, João Martins, afirmou que as entidades reunidas no conselho têm cada vez mais a consciência de que o caminho é atuar conjuntamente para conseguir resultados que atendam a todo o universo do setor.

“Todas as entidades têm consciência que não será tirado nenhum direito adquirido do trabalhador. Queremos modernizar as relações de trabalho. Essas mudanças, propostas pelo presidente Michel Temer e que estão no Congresso, vão trazer vantagens para o produtor, para o empresário e para o trabalhador”, afirmou Martins.

Na reunião, o coordenador da Comissão Nacional de Relações do Trabalho da CNA, Cristiano Zaranza, apresentou um panorama das matérias que estão colocadas em discussão pelo governo no Congresso e das propostas defendidas pelas lideranças do setor.

Crédito do Pronaf facilita acesso de agricultores do Pará à energia solar

A ação é inédita nos municípios de Gurupá e Almeirim, no Pará, e vai melhorar a vida de produtores rurais e comunidades que adquirirem os kits de energia solar por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na linha de crédito Eco, uma das modalidades geridas pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). 

No início desse ano foram assinados no município de Almeirim oito contratos para financiamento dos kits de energia solar no valor de R$ 19.530,00 cada um. Outros seis empreendimentos pecuários também foram contemplados, com créditos individuais que variam de R$ 30 mil a R$ 40 mil. Dois projetos de manejo de açaizal receberão em torno de R$ 30 mil.

As comunidades rurais em Almeirim gastam, em média, R$ 3,5 mil por ano com o uso de geradores, bombeamento de água, lamparinas e velas. Com a chegada da energia solar esse gasto será reduzido, a preservação de alimentos como queijo, leite e pescado a partir do uso de câmaras frias será otimizada. A redução dos riscos de incêndios e de acidentes com fogo é também um dos benefícios que a luz do sol oferece. 

Compostos por placas fotovoltaicas, baterias estacionárias e controladores de carga, os Kits solares proporcionam energia renovável e sustentável com várias aplicações na agricultura, como o bombeamento de água para irrigação, cercas elétricas para manejo de animais, além da melhoria da qualidade de vida dos agricultores e suas famílias. 

Para o chefe do escritório local de Almeirim da Emater, Elinaldo Martins da Silva Ribeiro, a iniciativa é uma parceria exitosa entre a Fundação Jari, entidade de assistência técnica ao produtor rural, a Emater-PA e o Banco do Brasil, órgão financiador. 

Juntos, eles incentivam, apoiam e facilitam o acesso aos programas e créditos subsidiados, auxiliando o agricultor familiar a partir de reuniões, análises de necessidades, elaboração de projetos e busca de colaboradores sérios e responsáveis para fornecimento dos equipamentos. 

“A vida deles vai mudar. Essas famílias terão acesso à informação, as crianças terão entretenimento, como a televisão. Melhorias, qualidade de vida, banho quente, irrigação, uso de equipamentos diversos, tudo isso agora não só durante quatro horas por dia, mas o dia inteiro”, enfatiza. 

Em Almeirim, os produtores que residem no Distrito de Monte Dourado e nas localidades de Barreira, Estrada Nova, Repartimento e Ilha do Maroim, estão na fase final do processo e a previsão para instalação dos equipamentos é dia 23 de janeiro. No município de Gurupá, a população já desfruta das melhorias e benefícios da energia solar.

Sistema Fotovoltaico
Cada kit de energia solar é composto por quatro placas fotovoltaicas, um inversor, quatro baterias estacionárias e o controlador de carga. Essas placas solares são instaladas em cima de telhados ou outras estruturas e reagem com a luz solar.

Os painéis são conectados a um inversor solar que converte a luz do sol em energia elétrica. A energia que sai do inversor vai para o quadro de luz e é distribuída para os pontos de energia na propriedade. Quando sobra energia, o excesso se transforma em “crédito” para ser utilizado no futuro em momentos que não houver sol.

Sobre o programa
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária e possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do País.

Saiba mais sobre o Pronaf e suas diversas linhas de crédito!


No anúncio do pré-custeio da safra, Temer destaca importância do financiamento

Presidente diz que governo considera fundamental apoiar o agronegócio


O presidente Michel Temer, acompanhado do ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, e do presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, anunciou nesta quinta-feira (19), em Ribeirão Preto (SP), a liberação de R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola 2017/2018, 20% a mais do que o valor destinado no ano anterior à aquisição antecipada de insumos.

Em seu discurso, Temer disse que encontrou o país com 12 milhões de desempregados e que foi aconselhado a “grudar” no agronegócio para reduzir esse número. O ministro interino da Agricultura reforçou que um a cada três empregos gerados vem da agricultura. “Quanto mais recursos, mais emprego, mais renda”, afirmou Novacki.

O presidente também destacou ter iniciado grandes reformas que o Brasil precisa fazer e que, no caso do agronegócio, o importante é ter financiamento que o setor vai bem.

Abastecimento

A crise econômica, que Novacki disse estar ficando para trás, “teria sido mais grave não fosse o desempenho da atividade agropecuária no país”. O ministro interino observou que “o produtor, mesmo diante de todas as dificuldades, produz com qualidade, é competitivo e alavanca a economia do país”. E enfatizou: “Estamos deixando para trás a crise política e econômica sem convulsão, porque não houve desabastecimento”. A antecipação do pré-custeio, em duas semanas, pelo Banco do Brasil, segundo ele, é muito oportuna.

Novacki falou ainda sobre a importância da sustentabilidade, da contribuição dada pelos produtores à preservação ambiental, que precisa ser reconhecida no exterior. “O mundo inteiro sabe que somos grandes produtores e exportadores de alimentos. O que não sabe é que nosso agricultor produz com sustentabilidade, mantendo parte de sua propriedade intacta.”

“Somos players competitivos, preservando 61% da vegetação nativa, de acordo com dados levantados pela Embrapa. Não aceitamos a pecha de que não respeitamos o meio ambiente. Também não aceitamos trabalho escravo e infantil”, disse o ministro, que chamou atenção ainda para a desburocratização do setor, a partir da implantação do Plano Agro+, em agosto do ano passado.

Recursos

O volume de crédito ofertado pelo Banco do Brasil é oriundo de captações próprias da Poupança Rural e de Depósitos à Vista. Os recursos estão disponíveis a médios produtores por meio do Pronamp (Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais), com taxas de 8,5% ao ano e teto até R$ 780 mil. Os demais produtores rurais acessam o crédito com encargos de 9,5% ao ano até o teto de R$ 1,32 milhão por beneficiário.

A antecipação dos financiamentos de custeio se destina a culturas da safra de verão 2017/2018, como soja, milho, arroz e café, e permite melhores condições aos produtores para o planejamento de suas compras junto aos fornecedores. Além disso, contribui para o incremento das vendas de sementes, fertilizantes e defensivos.

Paulo Caffarelli disse que dos R$ 736 bilhões que o banco tem para emprestar, 25% se destinam ao agronegócio e que esse é o segmento de menor inadimplência, de 0,96%. O presidente do BB informou que, até o fim do ano, a instituição terá mais 60 agências com engenheiros agrônomos e extensão horário para atender ao setor.

Também participaram do evento o governador de São Paulo, Geraldo Alkmin, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, e o vice-presidente do Agro negócio do BB, Tarcísio Hübner, além de parlamentares, prefeitos da região e do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.


Festa da Uva e Ameixa de Porto Alegre tem início nesse sábado

A 26ª edição da Festa da Uva e Ameixa inicia neste sábado (21/01), na Capital e, pela primeira vez, o evento acontece no CTG Estância da Figueira (Rua Dr. Vergara, 5345 - Bairro Belém Velho). Quem quiser degustar as frutas pode visitar o local das 9 às 20h, os produtores estarão comercializando em dez bancas uva e ameixa, além de pêssego, melão, melancia, tomate cereja, orquídeas e flores secas. "Esta será a melhor safra dos últimos dez anos", comenta o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Luís Paulo Vieira Ramos. A festa se estende no domingo, dia 21, e nos dias 28 e 29 de janeiro. 

O evento é organizado pelos produtores rurais, Associação Comunitária de Belém Velho (ASCOBEV) e CTG Estância da Figueira. A Emater/RS-Ascar é um dos apoiadores, junto com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura.

Para incentivar ainda mais pessoas a prestigiarem a Festa, a Prefeitura definiu que a Linha Turismo Zona Sul fará paradas especiais no local, nos dois sábados e dois domingos. Quem quiser aproveitar, as saídas da Linha ocorrem às 10h e às 15h, do terminal da Travessa do Carmo, 84, na Cidade Baixa. Os passageiros poderão desembarcar do ônibus, circular pelas bancas de frutas, adquirir produtos, conferir outras atrações e reembarcar com o mesmo bilhete para finalizar o passeio.

Além da venda na Festa, os produtores também estão comercializando as frutas da safra junto ao largo Glênio Peres, de segunda a sextas-feiras, das 8 às 20h, e em pontos de oferta na Vila Nova e Ipanema.

Histórico da Festa - Segundo Ramos, apesar da Festa da Uva de Caxias do Sul ser a mais conhecida publicamente, a primeira Festa da Uva do Estado foi realizada em 1910, no Bairro Teresópolis enquanto na Serra aconteceu somente em 1931, nos salões do Recreio da Juventude.

A Primeira Festa da Uva de Porto Alegre foi realizada na Praça Guia Lopes, mas que, naquela época, era chamada de Praça Dona Maria Luiza, em homenagem a Maria Luiza Fernandes, responsável pela doação do terreno onde a praça fora construída. Em 1910 foi organizada uma bela confraternização, com a participação de muitos imigrantes, que faziam doces, vinhos e quitutes.

Realizada em janeiro, a Festa da Capital acontece antes da de Caxias em função do microclima que oportuniza a antecipação do período de colheita, em torno de 30 dias em relação a Serra Gaúcha.

Ramos conta que Porto Alegre produz uvas e, por consequência, suco e vinhos, o que é uma forma de retorno a uma atividade tradicional desenvolvida pelos imigrantes italianos instalados na região do Teresópolis, Cavalhada, Campo Novo e principalmente na Vila Nova e Belém Velho.

O chefe do escritório explica que a fruticultura é uma atividade muito importante porque contribui para a manutenção da paisagem natural, da permeabilidade dos solos, da preservação das nascentes e fontes e da biodiversidade. Também representa a garantia da continuidade da vitivinicultura, através de saberes culturais, passados de geração em geração, também contribui para o abastecimento e a segurança alimentar das famílias e a geração de emprego e renda.



Fonte: Emater - RS

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

IEA cria banco de dados sobre produção e preços de alimentos orgânicos

A iniciativa também inclui estatísticas da agricultura familiar



Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), com o intuito de ampliar sua linha de pesquisas em 2017, oferece o acompanhamento periódico de preços da produção de orgânicos, por meio de um banco de dados. A iniciativa também inclui estatísticas da agricultura familiar.

“Esse levantamento tem como objetivo ressaltar as características dos produtores familiares, que são responsáveis por quase 80% de toda a produção agropecuária do Estado de São Paulo”, destaca o diretor técnico do IEA, Celso Luiz Rodrigues Vegro.

De acordo com o executivo, o levantamento de preços e da produção de orgânicos, que serve como base para as ações de segurança alimentar, é realizado em parceria com as unidades da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), também vinculados à SAA.

Segundo Vegro, parcerias com entidades de classe, assim como dos governos estadual e federal, estão sendo estudadas: “Pretendemos buscar ações junto à União dos Produtores de Bioenergia (Udop), Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana) e outros órgãos”.

“Produtores rurais, cooperativas, entidades de classe do setor, empresas vinculadas ao agronegócio, bancos públicos e privados, secretarias de governo e ministérios e universidades interessam ao IEA”, salienta o diretor. “Advogados, pesquisadores nacionais e do exterior, técnicos da receita federal, corretoras e seguradoras, consultorias de negócios, supermercadistas, atacadistas, feirantes, donos de bares e restaurantes também são parceiros de interesse do Instituto, para ampliar ainda mais nossa base de dados”, acrescenta.

FUNCIONALIDADE

Em relação à funcionalidade do banco de dados do IEA, Vegro informa que, exclusivamente pelo Fale Conosco disponível no site do Instituto (www.iea.sp.gov.br), planilhas, tabulações especiais, quadros de saída específicos – customizados ao software utilizado – serão fornecidos ao interessado, após a análise do perfil do demandante e a quantidade de informações solicitadas.

“Desta análise resulta a geração de um orçamento, que é encaminhado para o demandante que, após a comprovação do depósito, receberá os dados solicitados por meio eletrônico”, informa.

Segundo o diretor técnico, o banco de dados do IEA já está disponível diariamente e assim permanecerá para as informações que tenham até 24 meses, a contar da data de suas criações: “Demandas referentes a datas passadas serão atendidas mediante consulta prévia”.

Vegro acrescenta que, paralelo à iniciativa, o IEA criou o serviço de web-service, que consiste na entrega customizada das informações diárias, com a antecedência de uma hora para os assinantes: “Este produto é destinado aos bancos e às consultorias que balizam suas recomendações mediante as variações que o mercado exige”.

PIONEIRISMO

Vegro informa que os dados e informações estatísticas do IEA, instituição que completará 75 anos de atuação em 2017, são produzidos ininterruptamente desde os anos 60, colocando a instituição como pioneira em economia agrícola, no Brasil: “Preços, produções e valores são sistematicamente consistidos e disponibilizados não apenas para a comunidade interessada, mas para toda a sociedade brasileira e paulista”.

Além dos estudos periódicos – como a balança comercial, “Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista”; e previsões de safra e de produção animal –, o Instituto intensificará a realização do ciclo de “Seminários: Estudos IEA”.

“Em 2017, serão promovidos 16 encontros, possibilitando à sociedade debater temas ligados ao segmento agropecuário com especialistas”, conta o diretor.

As consultas ao banco de dados continuam disponíveis aos interessados para os últimos 24 meses. Dados históricos e séries estatísticas passaram a ser disponibilizados mediante consulta prévia e precificação do trabalho necessário para emissão de laudos.

“A adoção da política de pagamento por serviços de dados e informações configura-se como modalidade moderna de trabalho, pois a consulta livre anteriormente praticada não nos concedia a possibilidade de conhecer melhor nosso usuário”, explica Vegro.

Ele acrescenta que, com a criação da rotina, será possível customizar a informação solicitada provendo, assim, o usuário de melhores condições de conduzir sua tarefa.

Conforme o diretor, os produtores rurais constituem parte do grupo dos principais interessados que as estatísticas agrícolas sejam produzidas com credibilidade e independência: “Gerar recursos próprios para melhorar a qualidade dos levantamentos e reduzir os prazos para divulgação dos números auxiliam no processo de tomada de decisões dos empreendedores rurais”.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Limão Taiti é cultivado no Projeto Hidroagrícola São João e vendido no mercado de Palmas

O cultivo do limão Taiti tem se mostrado uma excelente alternativa para a agricultura familiar, diversificando a produção, onde 80% dos produtores têm propriedades inferiores a dez hectares, criando postos de trabalho e melhorando a renda das famílias. No Tocantins a produção ainda é tímida, atualmente existem plantios da fruta no Projeto Hidroagrícola São João, há cerca de 30 km de Palmas.

Segundo dados de 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Tocantins possui uma área plantada com limão Taiti de nove hectares e a produção de 169 toneladas. Todo limão produzido no projeto é vendido no mercado da Capital e ainda há uma demanda de mais de 11 mil kg, ao mês. De acordo com dados da Central de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros (Ceasa) essa demanda vem sendo suprida com a importação do produto dos estados da Bahia, Goiás e São Paulo.

Segundo o diretor de Políticas para Agricultura da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), José Américo Vasconcelos o limão Taiti pode e deve ser cultivado no Tocantins, uma vez que existe demanda e que o Estado apresenta ótimas condições de solo e clima para o cultivo da fruta. Além de diversificar a produção da agricultura familiar, cria postos de trabalho e melhora a renda das famílias. “Para garantir as vendas o produtor precisa ter regularidade de oferta e para isso tem que planejar a produção. Quando planejada e bem conduzida, a atividade é lucrativa”, afirma o diretor.

Planejamento

O técnico agrícola do Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins), Santi Hunter, que orienta a produção no São João explica como o agricultor pode fazer o planejamento da produção. “O plantio deve ser baseado na quantidade que se quer colher. Se quer colher 100 caixas da fruta por semana, tem que ter no mínimo 100 pés em produção”, orienta. “O produtor também pode fazer a escala de produção planejando a poda dos limoeiros para forçar a floração de acordo com o tempo que quer colher mais”, explica. 

O fruticultor, Corombert Leão de Oliveira, iniciou um plantio com três mil pés de limão Tahiti, em 12 hectares no Projeto São João. “Essa é a primeira colheita, então será uma experiência. Por isso vou analisar a quantidade produzida, a época de maior produção e os valores da fruta durante os meses de colheita. Com essas informações vou planejar a indução floral de modo a ter mais frutas durante a entressafra, período de baixa oferta e preços melhores”, explica. 

Para saber sobre os melhores meses de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, os interessados podem acessar o calendário de comercialização Proshort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado), no endereço eletrônico www.ceasa.to.gov.br no link: Calendário de comercialização.

Início da colheita da uva é celebrado na 9º edição da Vindima

O início da colheita da uva é celebrado a partir desta quinta-feira, dia 19, em Urussanga, na 9º edição da Vindima. O público poderá acompanhar o início da colheita da fruta símbolo do município até domingo, dia 22, saboreando os vinhos, sucos e espumantes, além da gastronomia típica que será oferecida nos restaurantes, cafés e sorveterias da cidade.

De acordo com o diretor de cultura de Urussanga, Paulo Henrique Savio, a Vindima é uma grande celebração da colheita, que se estende até fevereiro, de mais uma safra. “A programação inicia com a colheita simbólica da uva Goethe no parreiral do produtor Gilson Fontanella, às 10 horas, desta quinta-feira. No mesmo dia teremos o ponto alto da festividade. A partir das 18:30 uma missa em honra a São Vicente, padroeiro dos vinicultores, ocorrerá na Igreja Matriz abençoando todos os nossos produtores” detalha.

Ainda na quinta-feira, às 20 horas, na Praça Anita Garibaldi, haverá a entrega dos troféus Amigos do Goethe, o esmagamento das uvas com os pés, jogos temáticos, o tombamento da polenta e a animação da orquestra municipal.

O diferencial desta edição para as demais, segundo a membro da Associação Progoethe e do Núcleo de Turismo de Urussanga, Patrícia Mazon, será o receptivo oficial. “Como não será um evento com os visitantes se deslocando para uma estrutura fixa, teremos o receptivo oficial no qual os interessados poderão entrar em contato e agendar visitas nos parreirais, vinícolas e nos demais pontos turísticos”, explica.

Ainda de acordo com Patrícia, a realização da Vidima também é uma das formas de valorizar e perpetuar a produção no município. “Percebemos que as produções estão crescendo na cidade e novas tecnologias estão chegando”, comenta. A expectativa é que a safra deste ano seja melhor em relação com o ano passado, considerada abaixo do esperado. Em torno de 95% da uva produzida em Urussanga é consumida pela região Sul do Estado.

Receptivo oficial:
DS Travel Tur (48) 3465-6020

Hospedagem:
Vigna Mazon (48) 3465-1500
Hotel Contessi (48) 3465-3194

Restaurantes conveniados:
Vigna Mazon (48) 3465-1500
Piatto D’Oro (48) 3465-1703
empero de Mãe (48) 3465-1416
Roma Gelato e Caffé (48) 3465-4907
Ventuno Pizzaria (48) 3465-3760.

Vinícolas:
Casa Del Nono (48) 3465-1693
De Nono (48) 3465-3744
Quarezemin (48) 3447-6025
Trevisol (48) 3465-2813
Vigna Mazon (48) 3465-1500.

Fonte: Engeplus

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Moscato Branco- uma cultivar tipicamente brasileira

Também foi parte do evento a apresentação sobre a limpeza fitossanitária


Apesar de ser também conhecida como ‘Moscato Italiano', a 'Moscato Branco', cultivar referência da Indicação de Procedência Farroupilha para vinhos finos moscatéis, não apresenta identidade com nenhuma das centenas de cultivares de uvas aromáticas moscatos descritas na viticultura italiana. Segundo registros apresentados pela pesquisadora e coordenadora do Programa de Melhoramento Genético da Uva da Embrapa Uva e Vinho, Patrícia Ritschel, durante seminário técnico sobre a cultivar, no dia 10 de janeiro, em Bento Gonçalves (RS), a Moscato Branco já estava presente na Serra Gaúcha em 1932, quando foi introduzida na coleção da antiga Estação Enológica para multiplicação e distribuição para os viticultores. Diversos estudos, inclusive com a participação de pesquisadores estrangeiros, auxiliaram na caracterização molecular por meio de testes de DNA, que confirmam que ela tem identidade comprovada e não é uma mistura de materiais.

Também, por meio da ampelografia (análise morfológica das diversas partes da videira, como os brotos, as folhas , os cachos e as bagas), chegou-se à conclusão de que são fortes os indícios de que a Moscato Branco, que responde por cerca de 50% do volume de produção das uvas moscateis do País, só é cultivada comercialmente no Brasil. A próxima etapa é compará-la a cultivares do tipo moscato mantidas em coleções de outros países, como Portugal, o que deverá resultar na prova definitiva do seu cultivo exclusivo em solo brasileiro.

A pesquisadora Patrícia Ritschel também apresentou uma ampla caracterização dessa cultivar, com o objetivo de identificar clones de valor agronômico e enológico, que posteriormente serão disponibilizados com sanidade superior, após limpeza de vírus e outras doenças fúngicas.

De acordo com Mauro Zanus, chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, a produção da cultivar 'Moscato' é uma grande oportunidade para o setor. "Podemos diferenciar o vinho brasileiro e resgatar variedades históricas, como é o caso da ‘Moscato Branco'. Vamos fazer vinhos diferentes com variedades diferentes", propôs Zanus na abertura do seminário, promovido pela Embrapa e pela Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), e que reuniu cerca de 80 produtores, técnicos, extensionistas e estudantes. 

Na avaliação do agrônomo e consultor Valdemir Bellé, o trabalho que vem sendo feito com a cultivar 'Moscato Branco' é importante para a vitivinicultura. "A cultivar é histórica na região e fazer o seu resgate, a limpeza, a identificação e a caracterização das cultivares e dos clones relacionados ao moscato e do polo produtor de Farroupilha são fundamentais para o seu uso e sua potencialidade em relação aos espumantes moscatéis", avaliou.

João Carlos Taffarel, presidente da Afavin, destacou a importância do trabalho com as uvas moscato, em especial com a ‘Moscato Branco', para o avanço da Indicação Geográfica de vinhos da região. "Neste segundo semestre de 2016, colocamos no mercado os primeiros vinhos certificados. Para nossa surpresa, foram aprovados 13 produtos, totalizando 397.505 selos de Indicação de Procedência concedidos e já disponíveis para o público", celebrou.

Fabiano Fávero, produtor de uva moscato em Farroupilha, ficou entusiasmado ao falar sobre as ações apresentadas, pois não imaginava que a Embrapa estivesse fazendo um trabalho tão completo. "É uma esperança para nós produtores. Achei interessante a parte de limpeza do material, pois já cobrávamos há anos e não sabíamos que já estavam fazendo". Fávero começou a plantar a cultivar 'Moscato Branco' por solicitação da Cooperativa Garibaldi, para quem vende a uva. O produtor também aprovou as orientações repassadas sobre os cuidados com as mudas, pois serão importantes para o trabalho de renovação de vinhedos, que está realizando com acompanhamento técnico da Embrapa.

Mais sobre o seminário técnico

Paulo Adolfo Tesser, produtor de uvas moscato e engenheiro agrônomo da Cooperativa São João, uma das vinícolas associadas à Afavin, falou sobre a grande importância da cultivar moscato no Rio Grande do Sul e no município de Farroupilha, que responde por quase 50% da uva moscato produzida no Estado. Em termos de produção, é a uva que mais produz e que mais cresceu em área nos últimos dez anos; sua produção é direcionada para espumante e vinhos aromáticos. "Alta produtividade, brotação tardia (o quê a faz escapar das geadas primaveris), boa procura no mercado e preço variado são os maiores atrativos para optar por essa cultivar", resume Tesser. Ele apresentou um panorama da produção em Farroupilha, no qual destacou como um dos problemas a idade avançada dos vinhedos.

Também foi parte do evento a apresentação sobre a limpeza fitossanitária, ou seja, a retirada de vírus e outros microrganismos que podem prejudicar a produção das tradicionais cultivares moscato coletadas na Serra Gaúcha, pela equipe do Laboratório de Cultura de Tecidos, com a coordenação da pesquisadora Vera Quecini. Ela mostrou as etapas que estão sendo realizadas para ofertar mudas de qualidade superior, e os aspectos que levam o processo ser demorado, de três a dez anos, dependendo do tipo de patógeno a ser removido e da regeneração do tecido da planta.

O coordenador do Programa de Mudas de Qualidade Superior, o agrônomo Daniel Grohs, apresentou todo o processo que vem sendo realizado para disponibilizar materiais de qualidade superior aos viveiristas e produtores, e foi enfático ao reforçar o papel do produtor: "a qualidade do material básico vegetativo só permanecerá se o processo de produção da muda for de qualidade e o plantio da muda na área definitiva também for de qualidade. É necessário o procedimento operacional padrão para garantir parreirais sadios e longevos", ponderou.

Ao final do Seminário e da parte prática sobre mudas de qualidade e o trabalho de limpeza de mudas, os participantes visitaram o vinhedo vitrine de uvas moscato, onde são realizadas as pesquisas de manejo e caracterização das plantas, e ainda degustaram os vinhos elaborados a partir das uvas de cada um dos clones potenciais que estão sendo avaliados.


Fonte: Embrapa

São Paulo lança versão local do programa de desburocratização do agronegócio

O anúncio de medidas elaboradas em conjunto pelo estado e pelo governo federal será no próximo mês



O Plano Agro+, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será lançado no dia 20 de fevereiro, em São Paulo, com anúncio de uma série de medidas elaboradas pelo ministério e pelo governo do estado. O evento deverá ser realizado na Federação da Agricultura de SP, reunindo produtores e o setor público. A informação é do coordenador do Agro+, Ricardo Cavalcanti. O Agro+ foi criado para desburocratizar, modernizar e agilizar as atividades do agronegócio, com propostas encaminhadas por entidades representativas do setor produtivo.

O primeiro estado a implantar o Plano Agro+ foi o Rio Grande do Sul, em novembro de 2016. A edição gaúcha propôs medidas visando simplificar processos e normas de atendimento do setor público, estimulando, com isso, o crescimento da agropecuária no estado. As principais questões encaminhadas ao governo gaúcho referem-se a licenciamento ambiental, sanidade vegetal e saúde anima, inspeção de produtos e de insumos agropecuários, fiscalização de atividades, revisão ou adequação de regulamentos e procedimentos administrativos internos.

Está previsto também o lançamento do Agro+ em Rondônia, no dia 13 de março. Na oportunidade deverá ser assinado termo de cooperação na área de pescado. O estado tem posição de destaque entre os produtores de peixe de água doce em cativeiro do país. Também deverá ser assinado convênio para repasse de equipamentos do Mapa com a Secretaria de Agricultura do estado.


Safra de uva na Serra Gaúcha será acima da média

Se as condições climáticas continuarem favoráveis, a atual safra de uva na Serra Gaúcha deverá chegar a 790 mil toneladas, conforme estimativas da Emater/RS-Ascar, um volume 10% cima da média histórica e 160% superior à safra passada, que foi de apenas 304 mil toneladas. "No quesito qualidade, embora as frequentes precipitações e baixa insolação a partir de dezembro tenham afetado a sanidade (podridões) e a concentração de açúcares (graduação) das variedades superprecoces (Vênus, Concord, Pinot Noir, Chardonay), as de ciclo precoce, médio e tardio ainda podem ter essa situação revertida", projeta o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn. 

Com exceção da Niágara, as demais cultivares, principalmente a Isabella e a Bordô, que representam mais de 50% da área cultivada na Serra, apresentam carga acima das suas médias. As condições climáticas foram fundamentais para a boa safra de 2016/2017. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini, explica que o frio intenso e contínuo ocorrido da última semana de abril até o final de setembro caracterizou o melhor inverno das últimas décadas, tanto em quantidade quanto em qualidade, viabilizando uma excelente brotação de gemas vegetativas, tanto no número quanto na uniformidade dos brotos. Conforme registros da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, houve um acúmulo de 530 horas de temperaturas abaixo de 7,2 graus - necessário para que a planta possa superar o estágio de latência - quantidade bem acima da média dos últimos 35 anos, que é de 410h, e muito além das 145 horas do último ano. 

Além disso, as geadas de outubro e novembro foram de baixa intensidade, por isso não afetaram o desenvolvimento e produtividade da cultura. Somente na segunda quinzena de outubro, época em que a maioria das variedades passa por uma das suas fases mais críticas, que é o florescimento, foram registrados altos volumes de chuvas em dias consecutivos, o que provocou o abortamento de flores/bagas, porém, isso pouco afetou o potencial produtivo, pois as que permaneceram compensaram pelo calibre (diâmetro) e peso. "Afora esse fato, a primavera apresentou ótimas condições para o desenvolvimento e sanidade dos parreirais, refletindo-se em baixo número de aplicações fitossanitárias", avalia Todeschini.

"Devido aos baixos estoques de produtos da safra passada (vinho, suco, espumantes) e ao incremento do consumo neste ano, motivado pelas condições típicas do inverno, o panorama é de valorização da uva, evidenciado pela precoce e forte procura do produto", finaliza o presidente Clair. 


Fonte: Emater - RS

Investimento vai melhorar qualidade da banana de Manoel Urbano/AC


Os produtores de banana de Manoel Urbano tiveram uma ótima notícia nesta quinta-feira, 12. A Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) anunciou a aprovação, pela Fundação Banco do Brasil, de um convênio no valor de R$ 200 mil para o fortalecimento da cadeia produtiva da banana naquele município.

Manoel Urbano é um dos principais produtores da fruta no Acre, com cerca de 300 hectares cultivados e uma produção anual estimada em 3,6 mil toneladas.

Nos últimos anos, o governo tem incentivado o aumento da produção com a distribuição de quase 200 mil mudas de banana e promovido a capacitação dos produtores com a oferta de cursos de boas práticas que englobam manejo, escolha da área, tratos culturais, controle de pragas e doenças, colheita e comercialização.

O recurso do convênio vai ajudar a resolver um dos principais problemas enfrentados pelos bananicultores: o armazenamento adequado da fruta.

Com a aquisição de uma câmara de climatização de banana será instalada uma casa de embalagem que vai proporcionar mais qualidade na fruta, diminuindo de forma significativa as perdas, elevando os índices produtivos e, consequentemente, incrementando a renda dos produtores.

“Esse recurso chegou em um ótimo momento. Estamos vivendo uma fase muito boa na produção de bananas. Hoje, já mandamos nossa banana para Rondônia, Amazonas e Mato Grosso, mas a competitividade lá fora é muito grande. Além disso, temos a entrada da banana da Bahia aqui no Acre. Precisamos, então, cada vez mais ter um produto com mais qualidade”, destaca José Carlos Reis, gestor da Seap.

Convênio será celebrado com cooperativa de produtores

O recurso disponibilizado pela Fundação Banco do Brasil vai ser destinado à Cooperativa de Artesãos, Agricultores Familiares e Economia Solidária de Manoel Urbano, a Coopam.

Segundo a presidente da entidade, Peregrina da Silva Lima, são 40 produtores atualmente na cooperativa, mas a intenção é ampliar esse número para beneficiar mais agricultores.

“O grande desafio de quem planta banana em Manoel Urbano é armazenar e transportar de forma correta para que a fruta chegue em perfeitas condições nos compradores. Essa casa de embalagem vai mudar nossa realidade.”

Além da câmara de refrigeração, também está prevista a aquisição de uma camionete para o suporte à produção de banana na região.

Viticultores racionalizam adubação e colhem bons resultados em Fagundes Varela

No ano de 2016, 85 agricultores fizeram análises de solo e receberam recomendações de adubação



Em Fagundes Varela, a vindima de 2017 já teve início e, neste ano, um grupo de viticultores já pode observar mudanças na colheita da safra em seus vinhedos. Isso devido ao trabalho de racionalização da adubação nos parreirais de famílias do município, coordenado pela Emater/RS- Ascar. 

Em 2015, a Instituição realizou um diagnóstico da situação em que as famílias de viticultores se encontravam na atividade, e o manejo do solo e da adubação foi um dos temas identificados como gargalos da produção. "Muitos parreirais estavam desequilibrados devido ao excesso de fertilizantes utilizados na videira, o que aumentava o vigor das plantas e dificultava até o controle de doenças", explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Leandro Ebert.

A partir daí, foram realizadas capacitações para os agricultores sobre coleta de amostras de solo para análise e ações de conscientização sobre a importância de realizar adubação correta do solo. Já em 2016, para qualificar o trabalho que vinha sendo desenvolvido, o pesquisador George Wellington de Mello, da Embrapa Uva e Vinho, esteve no município alertando os viticultores sobre o excesso de fertilizantes e a importância do manejo adequado do solo com cobertura vegetal, em uma palestra para cerca de 20 famílias. 

O próximo passo foi a elaboração de Programas de Adubação para a Cultura da Videira para os parreirais de viticultores que aderiram à iniciativa. Ebert explica que, para a elaboração do Programa, foram feitas coletas de amostras de solo de todos os parreirais, divididos em glebas e com várias subamostras, com a interpretação da análise e a recomendação de fertilizantes de acordo com a necessidade, seguindo a pesquisa agropecuária. O agrônomo explica ainda que alguns produtores optaram por realizar adubação orgânica, conforme a recomendação, enquanto outros realizaram a adubação química parcelada e em pequenas doses, de maneira racional e associada ao manejo da cobertura de solo.

"Os primeiros resultados já podem ser observados no campo, com as primeiras uvas colhidas sadias, com boa produtividade e equilibradas", relata o agrônomo. O viticultor Natalino Sobierai, que cultiva cerca de 13 hectares de uvas na comunidade de São José, segue as recomendações elaboradas pela Emater/RS-Ascar pelo segundo ano e se surpreendeu com a uniformidade, sanidade e produtividade de seus parreirais nesta safra, assim como os viticultores Adair Migon e Evandro Zechin, da comunidade de Santa Lúcia, que obtiveram bons resultados com o trabalho. Ari Sechin, viticultor da comunidade de São Jorge, além de corrigir a acidez do solo, realizou adubação orgânica e já observa diferença em seus parreirais. Edivaldo Taglian, da mesma comunidade, explica que em anos anteriores já teria aplicado o dobro de adubo na área e ainda herbicidas para controle de plantas daninhas. "Este ano, além de economizar com fertilizante e herbicida, ainda tenho solo fértil e parreira mais bonitas", destaca. 

O agricultor Diego Russi, da comunidade de Nossa Senhora do Rosário, também realizou a adubação de acordo com o Programa elaborado pelo engenheiro agrônomo a partir de análises de solo de seus parreirais, e na última sexta-feira (13/01) colheu as primeiras uvas da safra, obtendo boa qualidade nos frutos, além de ver seus parreirais carregados de cachos e com maior equilíbrio vegetativo que em anos anteriores.

No ano de 2016, 85 agricultores fizeram análises de solo e receberam recomendações de adubação para 630 hectares do município, especialmente para lavouras de grãos. Já na viticultura, participaram do projeto 13 famílias, que realizaram Programas de Adubação para a Cultura da Videira, somando mais de 50 hectares de parreirais do município. "Para o próximo ano, o objetivo é estender o projeto para mais viticultores fagundenses", conclui Ebert. Fagundes Varela produz, anualmente, cerca de 5 milhões de quilos de uvas.


Fonte: Emater - RS

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Produtores de Carandaí investem em fruticultura de clima temperado

Os produtores começaram a investir em fruticultura a partir de 2012


Um dos principais municípios produtores de hortaliça de Minas Gerais, Carandaí, tem chamado a atenção pelo aumento de agricultores que apostaram no cultivo de frutas. Visto como um meio alternativo para diversificação de renda aos produtores, a fruticultura tem ganhado espaço e preferência nas propriedades familiares.

Os produtores começaram a investir em fruticultura a partir de 2012, onde as primeiras Unidades Demonstrativas (UDs) foram instaladas, com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Emater-MG, para a produção de figo, possibilitando além da fruta, a confecção de doces. Percebeu-se, então, uma necessidade de mais investimentos na fruticultura. Alguns produtores de Carandaí começaram a direcionar seu foco para a plantação de videiras e com um maior número de UDs e áreas bem cuidadas em processo de ampliação, o cultivo da uva tem crescido.

As variedades “Niágara Rosada” e “Niágara Branca”, ambas de mesa, são as mais cultivadas. A preferência se dá pelo bom preço alcançado no mercado e por ter grande apreço dos consumidores. A ideia dos viticultores é acelerar a produção, colocando o produto no mercado antes da colheita de São Paulo, obtendo assim maior lucro, visto que com uma maior oferta de uvas, a tendência é que o preço caia em Minas Gerais. As mudas de videiras plantadas em Carandaí são produzidas no Núcleo Tecnológico Epamig Uva e Vinho, em Caldas-MG.

Carlos Alberto Nichele, viticultor de Carandaí, começou a investir na plantação de videiras há três meses e já pretende ampliar. “Já cultivei morango e outras frutas, mas agora pretendo investir na produção de uva. Futuramente devo aumentar os campos de plantio para obter maior lucro”, planeja Carlos, que começou com o plantio de 300 mudas e tem buscado as melhores condições para obter um resultado satisfatório.

De acordo com os pesquisadores da Epamig Paulo Norberto e Ângelo Albérico, a ideia é expandir para outras espécies frutíferas como pêssego, goiaba, atemoia, entre outras. "A proposta é verificar o potencial produtivo dessas frutíferas na região, bem como ampliar a área cultivada com frutas e aumentar o número de fruticultores, impulsionando a produção de frutas em Carandaí e em outros municípios da região do Campo das Vertentes", afirma Paulo. Ele conta que a partir de 2008 foram implantadas Unidades Demonstrativas com frutíferas de clima temperado em alguns municípios da região, entre eles: São João del-Rei, Tiradentes, Coronel Xavier Chaves, Prados, Resende Costa, Lagoa Dourada, Barroso, Piedade do Rio Grande e Carandaí. 

Atualmente, o programa conta com 23 Unidades Demonstrativas distribuídas nesses municípios, e em diversas comunidades rurais da região do Campo das Vertentes, como forma de apresentar uma alternativa viável para geração de emprego e renda a pequenos e médios produtores dessa região.


Delegate da Dow tem novos alvos biológicos no citros e tomate


O inseticida Delegate (Espinetoram), da Dow AgroScience, teve aprovada a inclusão de novos alvos biológicos para as culturas do citros e do tomate no Brasil. A liberação foi publicada através do Ato Nº 3, de 5 de janeiro de 2017, publicado pelo Departamento De Fiscalização de Insumos Agrícolas da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins no Diário Oficial da União da última segunda-feira (09.01).


O produto (registro nº 14414) teve liberada a recomendação de combate ao Psilídeo-do-citros (Diaphorna citri) na cultura do citros e Broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantalis) na cultura do tomate. No ano passado o inseticida já havia recebido a extensão de bula para cobrir 44 culturas e 32 diferentes pragas.



Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

34ª Festa da Uva de Jundiaí faz abertura oficial no próximo dia 19

Há ainda exposição de orquídeas, passeios turísticos, mostra de implementos e apresentações culturais


A organização da 34ª Festa da Uva de Jundiaí se reuniu com o secretário-adjunto de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Rubens Rizek Jr., para oficializar o convite para a abertura do evento. A edição 2017 da comemoração, que já tem 80 anos de vida, será aberta na próxima quinta-feira, 19, a partir das 19h, no Parque Comendador Antônio Carbonari, na Avenida Jundiaí, s/n.

O convite foi entregue na sexta-feira, dia 13, ao secretário-adjunto pela corte oficial da Festa, a rainha Ana Paula dos Santos, a 1ª princesa Verônica Antoniol dos Santos e a 2ª princesa Gabriela Campos Rodrigues; pelo secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Eduardo Alvarez; e por Renê José Tomasetto, presidente da Associação Agrícola de Jundiaí.

“A uva Niágara da região de Jundiaí tem um potencial enorme que precisa ser explorado. O vinho produzido com ela tem um diferencial”, elogiou Rizek, relembrando que desde menino vai à festa. O evento inclui ainda em sua programação a V Expo Vinhos, que destaca a qualidade da bebida feita pelos produtores jundiaienses.

A programação conta com ainda exposição, venda e premiação de uvas; exposição e venda de vinhos produzidos em Jundiaí; exposição e venda de artesanato; espaço infantil; festival de bandas; workshops culinários com pratos à base de uva; cortejos e atrações circenses e praça de alimentação.

Há ainda exposição de orquídeas, passeios turísticos, mostra de implementos, apresentações culturais e a tradicional cerimônia de pisa da uva – realizada aos sábados e domingos, às 14h30.

A 34ª Festa da Uva será entre os dias 19 e 22 de janeiro, 27 e 29 de janeiro e 3 e 5 de fevereiro. Às quintas e sextas-feiras, o horário de funcionamento é das 18h às 22h; das 10h às 20h aos sábados; e das 10h às 21h aos domingos.


Avança negociação para rastreabilidade da produção de alimentos

Objetivo de parceria com supermercados é garantir produtos com menos agrotóxicos



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estão avançando na parceria, estabelecida em Termo de Cooperação, que amplia o acesso do agricultor a boas práticas de produção integrada agropecuária. O objetivo é reduzir custos de produção, com vantagens para o consumidor e o abastecimento de alimentos mais saudáveis, livres de resíduos que ofereçam riscos à saúde.

Segundo o coordenador de Produção Integrada Agropecuária da Secretaria de Mobilidade e Cooperativismo do Mapa, Helinton Rocha, a cooperação entre o governo e o setor deverá expandir o Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (Rama). Houve experiência piloto bem sucedida em Santa Catarina, envolvendo mais de 30 grandes redes de supermercados.

O Rama será implantado no Rio Grande do Sul e no Paraná. As centrais de abastecimento de São Paulo (Ceagesp) e a de Minas Gerais (Ceasa Minas) também deverão estimular seus fornecedores a produzir alimentos mais seguros e com rastreabilidade.

O Rama é baseado no monitoramento e rastreabilidade de frutas, de legumes e de verduras (FLV), monitora resíduos de agrotóxicos utilizados desde a produção até o ponto de venda. O principal objetivo é garantir que resíduos de defensivos agrícolas encontrados nos alimentos não estejam acima de níveis que ofereçam riscos à saúde e também do nível permitido legalmente, estando, portanto, seguros para o consumo humano.

O superintendente da Abras, Márcio Milan, disse que a entidade e o Mapa buscam maneiras de incluir todos os envolvidos na produção de vegetais e de frutas, até mesmo fabricantes de agrotóxicos, para que garantam produtos seguros e de qualidade.

Agricultores irão receber treinamento para fornecer produtos com maior valor agregado e varejistas para vender alimentos seguros. Milan informou que os produtos que mais preocupam em relação ao excesso de agrotóxicos são o pimentão, o morango e a laranja. Garantiu que as medidas de proteção não deverão aumentar os custos para os consumidores.

Em reunião realizada nesta terça-feira (17) no Mapa, participaram representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade Federal de Viçosa (MG), da Associação Brasileira de Automação (GS1) e da Associação Brasileira de Sementes (Abrasem). 

A Produção Integrada Agropecuária – PI Brasil, que respalda o selo oficial “Brasil Certificado” é um Sistema de Produção capaz de produzir comida segura para o consumo, com menor impacto ambiental, maior responsabilidade social e rastreabilidade garantida, assegurando que a procedência do alimento é conhecida. Na Europa, mais de 90% das frutas, legumes e verduras são produzidos no sistema integrado.


Roteiro da Uva em Sarandi atrai turistas de diferentes regiões do Estado

Roteiro da Uva e Vinho envolveu a gastronomia típica italiana, com café da manhã e almoço



O Roteiro da Uva e Vinho, já tradicional no município de Sarandi, realizou mais uma edição superando as expectativas do público visitante neste fim de semana. No último sábado (14/01), um grupo de 55 pessoas de diferentes regiões do Estado, Frederico Westphalen, Passo Fundo, Carazinho, Rondinha, Sarandi e Porto Alegre, participaram do Roteiro e puderam vivenciar um pouco da experiência da vida no meio rural e da cultura que envolve o cultivo da uva e a produção de vinho em Sarandi.

O Roteiro da Uva e Vinho envolveu a gastronomia típica italiana, com café da manhã e almoço, regados com muito suco de uva e vinhos, além da colheita e degustação de uva direto do parreiral, visitação a agroindústria de sucos e vinícola, momento de história e cultura com visitação a sede da Confraria Amigos do Vinho de Sarandi e visita às futuras instalações do Museu do Vinho. A Capela São João também faz parte do Roteiro e relembra aos turistas parte da história da comunidade local.

Esta edição do Roteiro da Uva e Vinho foi organizada pela Agência Aeroplus, com o apoio da Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar (Sintraf), Conselho Municipal do Turismo (Comtur) e Prefeitura, através do Departamento de Cultura e Turismo.

O trabalho da Emater/RS-Ascar envolvendo o turismo rural tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento da atividade turística sob a ótica da sustentabilidade econômica, social e ambiental, valorizando a cultura local e promovendo a integração da comunidade, para contribuir com a consolidação da atividade como fonte de renda às famílias rurais.

De acordo com a extensionista social da Emater/RS-Ascar, Lisiane Staggemeier Mattje, os roteiros turísticos rurais são uma forma de mostrar as potencialidades das comunidades do meio rural, incentivar a permanência das famílias no campo, além de valorizar a cultura e resgatar a história dos antepassados. "Além de valorizar o meio rural, esta atividade tem um viés econômico que fortalece a renda das famílias e traz a diversificação à propriedade rural. Além da alegria e da descontração de um dia no meio rural, conhecendo e relembrando o modo de vida destas famílias de agricultores familiares. Cada vez mais o turismo de Sarandi está ganhando destaque regional e em todo o Estado. Os turistas vêm pra Sarandi para retornar aos costumes e tradições, participar de vivências do meio rural", revelou Lisiane.

Feira da Uva 2017

O Roteiro da Uva e Vinho faz parte da programação da 9ª Feira da Uva e da Agroindústria Familiar de Sarandi e Região. De 20 a 22 de janeiro, na Praça Farroupilha, a Feira da Uva terá programação cultural, show, comercialização de uva e derivados, além de embutidos, hortifrutigranjeiros, agroindustrializados e artesanato. A Feira abrirá os estandes na tarde de sexta-feira (20/01). No sábado (21/01), acontecerá o Seminário da Agricultura Familiar, com tema diversificação e geração de renda na propriedade rural. O evento acontecerá no porão do Salão Paroquial, a partir das 8h30.

Quatro painéis serão apresentados ao longo do Seminário. Entre as temáticas abordadas estão qualidade de vida e geração de renda no espaço rural, fruticultura, olericultura e piscicultura, todas apresentadas pela Emater/RS-Ascar. Representantes do Centro Superior de Ensino Riograndense (Cesurg), apresentarão um painel sobre gestão e qualificação da propriedade rural.

A abertura oficial da 9ª edição da Feira da Uva de Sarandi acontecerá no sábado (21/01), às 11h30, com presença de autoridades e degustação de uva.


Fonte: Emater - RS

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Citros/Cepea: Em pico de safra, preços da tahiti caem SP

O volume de lima ácida tahiti ofertado no mercado paulista está elevado desde meados de dezembro e a colheita da fruta deve seguir intensa até pelo menos fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a quantidade e qualidade da fruta neste ano devem superar as da temporada de 2016, devido ao clima favorável durante as floradas e desenvolvimento da variedade.


Do lado da demanda, as vendas internas e externas estão enfraquecidas, cenário que tem pressionado os valores da fruta em São Paulo. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da lima ácida tahiti foi de RS 11,93/cx de 27 kg, colhida, queda de 10% em relação à anterior. Caso as baixas nos preços no mercado de mesa sejam muito intensas, citricultores podem priorizar o envio da fruta à indústria. 

Fonte: Cepea/Esalq

Produtores de abacaxi de Frutal profissionalizam produção com cooperativismo

Região do Triângulo Mineiro responde por 95% da produção estadual; safra 2014/2015 chegou a 82,8 mil toneladas



Minas Gerais é o terceiro estado com maior produção de abacaxi no Brasil: 80% dela se encontra em Aparecida de Minas, distrito de Frutal. Para capacitar produtores dessa localidade, o Sebrae Minas promoveu um programa de capacitação com 25 agricultores familiares. Com o apoio da Emater, o Sicoob Frutal e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o programa Cultura da Cooperação permitiu que os agricultores ampliassem a capacidade de agir coletivamente por meio de consultorias oferecidas por técnicos das instituições parceiras.

A iniciativa teve duração de 18 meses e foi concluída em dezembro. Ao longo do programa, foram realizadas compras coletivas, que diminuíram os custos com a produção, e visitas técnicas em cooperativas de produtores de frutas nas cidades de São Gotardo e Jaíba, em Minas Gerais. O grupo também assumiu a realização da Feira Regional de Agronegócios do Abacaxi, com o apoio de várias entidades parceiras, e contribuiu para a formação da primeira Cooperativa de Produtores de Aparecida de Minas.

Segundo a analista do Sebrae Minas em Frutal Joana Corrêa, o projeto aumentou consideravelmente a representatividade dos produtores na região. “Em 2017, o Sebrae dará continuidade ao projeto para fortalecer ainda mais a cadeia local de cultura do abacaxi, e ganhar destaque na produção estadual e nacional”, afirma.

Aparecida de Minas possui, atualmente 1.260 hectares de produção da fruta – 70% do município de Frutal –, contando no total, com 160 agricultores. No distrito, ainda há 2.000 hectares de área em formação, destinada ao processo de florescimento do abacaxizeiro que, por não ser uniforme, compromete a regularidade da produção, podendo resultar em frutos não enquadrados no padrão comercial.


Relatórios de inspeção do cancro cítrico e greening devem ser informados até 15 de janeiro

O citricultor deve informar, no mínimo, uma inspeção obrigatória por trimestre



No Estado de São Paulo, o citricultor paulista (proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título) tem até o próximo dia 15 de janeiro para informar as inspeções e as eliminações de plantas com sintomas do greening e do cancro cítrico realizadas no pomar durante o segundo semestre de 2016. Com base nos dados do semestre anterior, a expectativa é que 11.142 relatórios sejam entregues à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O engenheiro agrônomo Disnei Amelio Cazetta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que atua junto à Defesa Agropecuária, explica que “a migração, declaração e envio do relatório de cancro cítrico e greening para o segundo semestre de 2016 deverão ser feitos pelo sistema informatizado Gedave. Dessa forma, o citricultor tem até 15 de janeiro para migrar, declarar e enviar o relatório online pelo sistema”.

O acesso ao Gedave é feito pelo endereço https://gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br/. O antigo sistema, que foi utilizado para declarar e enviar do relatório no primeiro semestre de 2016, permanece aberto para que o citricultor possa fazer consultas e impressão de relatórios e comprovantes de entregas dos semestres anteriores.

O citricultor deve informar, no mínimo, uma inspeção obrigatória por trimestre, ou seja, ao menos duas inspeções devem ter sido realizadas durante o segundo semestre de 2016.

Mesmo não encontrando plantas cítricas com sintomas de greening e cancro cítrico ou mesmo que tenham sido eliminadas todas as plantas cítricas durante o semestre, é preciso preencher o relatório e enviá-lo, pois, as legislações em vigor estabelecem que este procedimento é de comunicação obrigatória. A orientação é que o relatório de envio seja impresso e guardado para eventuais comprovações em auditorias realizadas pelo órgão oficial de defesa agropecuária.

O “Manual do Produtor Citricultor para entrega do Relatório de Cancro Cítrico e Greening", disponível no Gedave, tem as informações necessárias com relação à migração, declaração ou envio do relatório. Basta acessar:



A não-entrega do relatório sujeita o citricultor a multas que variam de 100 a 500 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps). O valor de cada unidade é de R$25,07.

Greening

Para o greening ainda não existe tratamento curativo, nem variedade resistente. Quando contaminadas, as plantas novas não chegam a produzir e as plantas adultas tornam-se improdutivas dentro de dois a cinco anos. A única forma de controle da doença é por meio de inspeções constantes, que devem ser realizadas pelo citricultor. Encontrando plantas com sintomas da doença elas devem ser eliminadas o mais rápido possível para eliminar as fontes de inoculo, associado com o controle do vetor da doença que é o psílideo (Diaphorina citri).

Cancro

Doença causada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri. No Estado de São Paulo, ainda está em vigor a Resolução SAA-147, de 31-10-2013, que estabelece para a supressão da doença a eliminação da planta contaminada e a pulverização, com calda cúprica na concentração de 0,1% de cobre metálico, de todas as plantas de citros que estiverem em um raio perifocal de, no mínimo, 30 metros medidos a partir da planta eliminada contaminada. A pulverização deverá ser repetida a cada brotação.

A partir de março de 2017, passará a vigorar as medidas estabelecidas pela Instrução Normativa n.º 37, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 5 de setembro de 2016, que determina novos critérios e procedimentos para o estabelecimento e a manutenção do status fitossanitário relativo ao cancro cítrico. No Estado de São Paulo, será adotado o sistema de mitigação de risco (SMR), que viabilizará o comércio de frutos tanto no mercado interno como no mercado internacional.


Produção de melancia está em fase de colheita no RS

A produção de melancia no Estado está em fase de colheita e Triunfo é o terceiro maior produtor da fruta, com uma área de 1.200 hectares e produtividade média de 35 toneladas por hectare, gerando um total de produção de cerca de 42 mil toneladas. Segundo o extensionistas da Emater/RS-Ascar Guilherme Niemxeski o plantio da melancia envolve 140 produtores rurais e 80% da produção já foi colhida no município. 

Niemxeski explica que a maioria da colheita se concentra nos meses de dezembro e janeiro e em torno de 60% da produção é comercializada na CEASA. Os outros 40% são vendidos diretamente na propriedade, para comerciantes que levam o produto para o Litoral Norte e para fora do RS. Do total de produtores, 70 vendem diretamente na Ceasa.

As melancias das variedades Geórgia, Topgun, Crinston, Staibrite e Jubilee são as que melhor se adaptam ao clima local e têm maior aceitação do mercado consumidor, em virtude disso, são as mais plantadas. O sistema de cultivo mais utilizado é o convencional, em que a terra é preparada e recebe uma lavração e gradagens entre o período de maio a agosto. Antes de arar a terra, deve ser feita a calagem do solo para que se misture durante o processo de lavração. Com o terreno preparado se faz a sulcagem e os sulcos recebem o adubo. Depois de alguns dias as sementes ou mudas são colocadas na terra por plantio manual em covas, o que normalmente ocorre no início de setembro.

Ainda na região metropolitana, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar, destacam-se São Jerônimo e Arroio dos Ratos. No primeiro município a fruta é cultivada em 1.050 hectares e a produção total chega a 31.500 toneladas. Já em Arroio dos Ratos, são 450 hectares e a produtividade fica em torno de 22 a 25 toneladas por hectare.

FESTA – Em Parobé a produção não é tão significativa como em Triunfo, São Jerônimo e Arroio dos Ratos, mas mantém-se a tradição de realizar a Feira da Melancia como forma de aproximar os agricultores dos consumidores e divulgar a produção local. A Feira acontece até dia 22 de janeiro na Rua Coberta junto à Praça 1º de Maio. Quem for ao local pode comprar não só a fruta, assim como produtos derivados de melancia como tortas, doces, sorvetes, sucos e cucas. A feira acontece das 10h às 22h e conta ainda com shows e apresentações artísticas.

No município 35 produtores se dedicam ao cultivo de melancia em 80 hectares. A produção deve chegar a um total de 1.200 toneladas, sendo que na feira, a expectativa dos participantes é venderem cerca de 600 toneladas.


Fonte: Emater - RS