sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Exportações brasileiras de suco de laranja fecharam dezembro em alta

O Brasil embarcou exportou 278,60 mil de toneladas de suco de laranja em dezembro de 2014, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


O volume aumentou 241,5%, frente as 81,60 mil toneladas de novembro. Na comparação com dezembro de 2013 o incremento foi de 56,2%.

A média diária foi de 12,7 mil toneladas, alta de 49,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A tonelada de suco de laranja para exportação fechou cotada, em média, em US$948,30 em dezembro último, uma queda de 26,1% frente ao mês anterior.


Autoria: Scot Consultoria

    CITROS/CEPEA: Lima ácida tahiti se desvaloriza com oferta elevada


    A oferta da lima ácida tahiti voltou a aumentar no mercado paulista, visto que a dificuldade em encontrar colhedores diminuiu após as festas. 
    Além disso, segundo informações do Cepea, o período de safra já se aproxima e parte da tahiti já pode ser colhida. Neste cenário, as cotações da fruta recuaram. A média parcial da semana (de segunda a quinta-feira) é de R$ 14,53/cx de 27 kg, colhida, queda de 9,9% em relação ao período anterior. 

    A expectativa é que os preços da tahiti continuem em queda, já que o pico de safra deve ocorrer em fevereiro. Antes do retorno das chuvas, acreditava-se que o período de maior oferta fosse ocorrer apenas a partir de março, mas o clima favoreceu o desenvolvimento das frutas. Ainda assim, o volume disponível pode ser menor que o de 2014, já que a seca limitou a abertura de floradas. Quanto ao mercado de laranja de mesa, as vendas melhoraram nesta semana. De acordo com colaboradores do Cepea, o clima no estado de São Paulo contribuiu para a boa demanda pela fruta.

    Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera no mercado in natura tem média de R$ 15,31/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 0,2% frente à anterior. 

    (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )

    IBGE confirma safra recorde para 2014 e vê alta maior em 2015

    País colheu 192,8 milhões de toneladas de grãos no ano passado. Este ano, safra deve ser maior nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

    O Brasil colheu 192,8 milhões de toneladas de grãos em 2014, segundo estimativa divulgada nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume é recorde, ficando 2,4% acima do obtido em 2013 – mas é 0,9% menor que a estimativa feita em novembro para a safra do ano passado.

    Dentre os 26 principais produtos, 15 apresentaram alta na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (26%), amendoim em casca 2ª safra (35,9%), arroz em casca (3,3%), batata-inglesa 3ª safra (24,6%), cacau em amêndoa (7,3%), café em grão - canephora (22,2%), cebola (6,4%), feijão em grão 1ª safra (29,1%), feijão em grão 2ª safra (1,3%), mamona em baga (203,8%), mandioca (8,8%), milho em grão 2ª safra (3,9%), soja em grão (5,8%), sorgo em grão (3,9%) e trigo em grão (8%).

    Onze produtos tiveram produção menor que a registrada em 2013: amendoim em casca 1ª safra (14,6%), aveia em grão (23,0%), batata-inglesa 1ª safra (0,8%), batata-inglesa 2ª safra (0,2%), café em grão - arábica (15,6%), cana-de-açúcar (6,7%), cevada em grão (19,7%), feijão em grão 3ª safra (9,7%), laranja (8,8%), milho em grão 1ª safra (10,4%) e triticale em grão (5,8%).


    Safra 2014 (Foto: Reprodução/IBGE)Safra 2014 (Foto: Reprodução/IBGE)
    O IBGE também fez o terceiro prognóstico para a safra de 2015, e estimou a colheira de 202,9 milhões de toneladas. Este aumento deve-se às maiores produções previstas para Nordeste (+24,7%), Sudeste (+10,5%) e Sul (+7,5%).
    Dentre os oito principais produtos, seis apresentam altas na produção: café arábica (1,1%), feijão 1ª safra (16,2%), amendoim (em casca) 1ª safra (18,4%), soja (11,4%), arroz (em casca) (3,2%) e o milho 1ª safra (3,0%), enquanto dois apresentam variação negativa na produção: algodão herbáceo (-7,4%) e café canephora (-1,1%).

    Fonte: G1 / IBGE

    Corte na pasta da Agricultura para despesas mensais é de R$ 47,5 milhões

    O corte nos gastos definido pelo governo federal nesta quinta-feira, 8, representa R$ 47,5 milhões a menos na previsão de gastos discricionários do Ministério da Agricultura. A redução foi aplicada a cada órgão federal, com a definição de quanto poderá ser utilizado até que o Congresso Nacional aprove o Orçamento de 2015. Na Agricultura, a ministra Kátia Abreu (PMDB) terá de administrar um limite orçamentário R$ 95 milhões mensais para pagar as contas da pasta. Antes do corte efetuado hoje pelo Palácio do Planalto, o ministério podia gastar cerca de R$ 142,6 milhões por mês.

    O Planalto publicou hoje um decreto reduzindo de R$ 5,6 bilhões para R$ 3,7 bilhões o total mensal que os órgãos, os fundos e as entidades do Poder Executivo poderão gastar até a aprovação do Orçamento. Isso representa uma economia por mês de 33% e deve ter vigência até o final de fevereiro e início de março, quando o Congresso deve votar o Orçamento de 2015.

    O Ministério da Agricultura tem R$ 11,615 bilhões previstos para despesas em 2015. Esse valor já foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas pode sofrer alteração na votação em plenário do Congresso. O teto imposto pelo governo, com a perda de R$ 47,5 milhões por mês, representa 0,41% deste total para o ano. 


    Fonte: Estadao Conteudo

    Santa Catarina quintuplica área de produção de maracujá com tecnologias IAC

    Municípios sul catarinenses adotam tecnologias IAC e produzem maracujás de alta qualidade para a CEAGESP


    Produtores de maracujá do Estado de Santa Catarina resolveram, em 2010, expandir a produção. Até então, os pomares locais eram bastante restritos devido às limitações climáticas. A partir desse interesse, um trabalho do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri), e o agrônomo da Cooperativa Agrícola de Jacinto Machado (Cooperja), Délcio Macarini, resultou em treinamento e suporte técnico para os produtores familiares, com base em ações conjuntas e pesquisa participativa. Os resultados vieram nas safras de 2012 e 2013, com frutos de alta qualidade e comércio garantido na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), reconhecido por sua exigência em qualidade. As principais cidades catarinenses produtoras de maracujá são Sombrio, Araranguá e Araquari.

    Laura Maria Molina Meletti, pesquisadora do IAC, levou para lá a tecnologia de produção recomendada para o cultivo do maracujá e também divulgou as cultivares lançadas pelo IAC, durante o Simpósio Regional da Cultura do Maracujá, em Santa Catarina, realizado em 2011. “Eram tecnologias testadas e aprovadas nos pomares paulistas. Em 2013, retornei à região para o II Simpósio do Maracujá e constatei que nossa ação contribuiu para que Santa Catarina passasse a ter uma fruta da mais alta qualidade no mercado atacadista de frutas frescas”, afirma Laura.
    Ela explica que a produção de maracujá de Santa Catarina é voltada para o mercado de frutas frescas, que exige produtos maiores e pesados. “Essas características estão reunidas nas cultivares IAC 273 e IAC 277. A partir dos novos padrões que foram criados com o lançamento dessas cultivares, os produtores conseguiram desenvolver um produto para o mercado mais exigente que existe, a CEAGESP”, diz a pesquisadora do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 


    Além do frio, grande adversário da cultura naquela região, também havia o desafio da distância até a Companhia de Entreposto. Para os produtos aguentarem os quase mil quilômetros até a Capital paulista, foi necessário desenvolver frutos com cascas mais espessas, mais resistentes ao murchamento pelo calor e ao amassamento durante o transporte e descarregamento. Em pesquisa participativa, os fruticultores, a Epagri e o IAC desenvolveram um material com este perfil, capaz de atender aos interesses comerciais da região.


    O IAC transferiu para os municípios catarinenses o conhecimento sobre o uso de sementes selecionadas, implantação de quebra-ventos, formação de mudas de alta qualidade, polinização manual e controle preventivo de doenças. Laura afirma que até 2010, o Estado de Santa Catarina não possuía expressão na produção nacional do maracujá. Hoje, a área plantada foi multiplicada por cinco e a qualidade dos frutos resultantes é das melhores do Brasil. “Já pode ser comparada aos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, que também já receberam pacotes tecnológicos do IAC”, afirma a responsável pela geração de transferência de tecnologia do maracujazeiro no IAC.


    A pesquisadora reforça a importância do trabalho conjunto com o pesquisador da Epagri, Ademar Brancher, que a contatou há vários anos em busca de conhecimentos na cultura. “A região produzia principalmente uva, arroz e palmito. Enxerguei nesta parceria com a Epagri uma alternativa agrícola rentável para os agricultores familiarss e investimos no treinamento deles”, relata. Ela reconhece que sozinha e a distância, não conseguiria mudar muita coisa, mas com a participação da Epagri foi possível ter fitotecnista na região, reforçando a tecnologia de produção preconizada. “A situação mudou completamente, mudas de alta qualidade chegaram aos pomares e com elas é possível obter pomares especiais e produção altamente rentável”, comemora.

    Para explicar a qualidade alcançada, Laura destaca o capricho dos produtores, a polinização manual e a preocupação com cada fase da produção, além da ausência do vírus do endurecimento dos frutos naquela região, que já dizimou muitos pomares paulistas, baianos, mineiros, paraenses, goianos e fluminenses.


    As diferenças na produção de maracujá nos dois Estados vão além da questão climática. Embora ambas sejam realizadas por agricultores familiares, em São Paulo a produção é dispersa, não há cooperativismo e os frutos são destinados para indústria e consumo in natura. São Paulo já foi o maior produtor de maracujá brasileiro durante quase uma década. Atualmente, está em fase decrescente, tanto em área como em produtividade, devido ao vírus que causa o endurecimento dos frutos, transmitido por pulgões e de difícil controle.

    Em Santa Catarina, embora a produção esteja em expansão, ainda é concentrada no litoral sul. Por lá, tem-se trabalhado bastante para evitar a entrada do vírus causador do endurecimento do fruto. “O ritmo da produção catarinense é crescente, o inverso do que se observa em São Paulo. Estão conseguindo atender aos mercados compradores que eram nossos (paulistas). Eles produzem numa época definida, de bons preços e assim não precisam fazer uma safra longa”, afirma Laura. Os produtores catarinenses concentram a colheita em abril e maio, oferecendo produto altamente diferenciado, que alcança preços tão elevados que eles conseguem bancar a produção, pagar o frete e ter lucro, mesmo colhendo apenas dois meses por ano.


    Desde o início das atividades, os fruticultores buscaram aplicar corretamente os conceitos da cultura e com o apoio técnico disponibilizado pelo IAC, pela Epagri e pela Coooperja, alcançaram nível admirável em produtividade e qualidade, mesmo quando o Estado não era considerado um local adequado para o maracujá.

    O Brasil é o maior produtor mundial da fruta e também o maior consumidor. Por isso as exportações são pouco significativas, já que o mercado interno é sólido e paga preços altamente compensadores.


    Transferência de tecnologia


    A transferência de tecnologia inclui os simpósios realizados, em que a pesquisadora ministrou cursos, fez visitas a propriedades, treinou técnicos da cooperativa e da Epagri. Produtores que entregam os frutos na CEAGESP, muitas vezes passam pelo IAC, em Campinas, para esclarecer dúvidas. O intercâmbio de conhecimento ocorre também por e-mails. “Conversamos muito e isso dá aos dois lados um ganho técnico bastante significativo. No dia-a-dia, os produtores me perguntam como realizar determinadas etapas da produção. Até enviam fotos para identificação de doenças e recomendação de tratamento”, diz. A pesquisadora afirma que os encontros com Ademar Brancher nos congressos de fruticultura permitem que eles selecionem os trabalhos de experimentação que devem ser feitos em Santa Catarina ou em São Paulo e aqueles que precisam de repetição nos dois Estados.


    Fonte: IAC - Instituto Agronômico de Campinas
    Por Carla Gomes (MTb 28156) e Mônica Galdino (MTb 47045) – Assessoria de Imprensa – IAC

    Preço ao produtor cresce 1,16% de outubro para novembro, segundo IBGE

    O Índice de Preços ao Produtor (IPP) cresceu 1,16% em novembro do ano passado, 0,5 ponto percentual superior ao mês imediatamente anterior. Com o resultado, de outubro a novembro a taxa acumulada no ano passou de 2,75% para 3,94%: alta de 1,19 ponto percentual.

    O IPP foi divulgado nesta quarta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta de novembro reflete aumento em 20 das 23 atividades pesquisadas, em relação a outubro, com as maiores variações acontecendo nos segmentos de fumo (2,9%), papel e celulose (2,33%) e outros equipamentos de transporte (2,26%).

    Já as atividades que exerceram as maiores influências na composição da taxa foram alimentos (com 0,29 pontos percentual); refino de petróleo e produtos de álcool (0,2); veículos automotores (0,12) e metalurgia (com 0,11 ponto percentual)

    Já no acumulado do ano, alta de 3,94%, as atividades que tiveram as maiores variações percentuais foram metalurgia (10,48%), bebidas (8,92%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,42%) e calçados e artigos de couro (7,96%); com as maiores contribuições percentuais sendo verificados também em metalurgia (0,80 ponto percentual); veículos automotores (0,68), refino de petróleo e produtos de álcool (0,57) e outros produtos químicos (com 0,28 ponto percentual).

    Em novembro, os preços dos alimentos apresentaram alta de 1,45%, a maior variação desde a taxa de 1,55% de setembro de 2013. Nos 15 meses que separam setembro de 2013 de novembro de 2014, houve sete resultados negativos e oito positivos. Com esse resultado, a maior influência no indicador das indústrias de transformação (1,16%) foi também do setor de alimentos, com contribuição de 0,66%, primeiro resultado positivo da série no ano.

    A atividade refino de petróleo e produtos de álcool registrou variação de 1,80% em novembro de 2014 com relação a outubro, invertendo resultado negativo do mês anterior. No ano, o setor acumula alta de 5,11%, enquanto o indicador dos últimos 12 meses registra elevação de 8,19%.

    Os produtos em destaque para o indicador mensal foram álcool etílico, asfalto, cimento de asfalto ou outros resíduos de petróleo ou de minerais betuminosos e óleo diesel e outros óleos combustíveis, todos com variações positivas, e querosenes de aviação com variação negativa.

    A fabricação de veículos automotores registrou em novembro variação de 1,03% no indicador mensal, alcançando 6,25% no acumulado do ano. Com relação aos últimos 12 meses, o índice da atividade foi de alta de 5,87%.

    Com esses resultados, a atividade exerceu a segunda maior influência sobre o acumulado do ano, e a terceira maior influência sobre o índice mensal do IPP. Dentre os produtos mais importantes para o resultado mensal, veículo para mercadorias a diesel é o único produto que apresenta resultado negativo e se destaca tanto em termos de influência quanto pela sua variação.

    Fonte: Revista Globo Rural

    IBRAF participa da solenidade de posse do novo secretário da Agricultura do Estado de São Paulo

    O Diretor Presidente do IBRAF Moacyr Saraiva Fernandes, juntamente com o Gerente de Inteligência de Mercado do IBRAF que também é o Presidente da Câmara Setorial de Frutas do Estado de São Paulo, Cloves Ribeiro, participaram nessa quinta-feira, dia 08 de Janeiro, da Solenidade de transferência de cargo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Na ocasião Mônica Bergamaschi transferiu o cargo para o atual Secretário Arnaldo Jardim.


    Safra menor e tensão entre produtor e indústria devem afetar setor

    A forte estiagem no parque citrícola comercial brasileiro - entre São Paulo e o Triângulo Mineiro - deve prejudicar a oferta, com uma menor safra de laranja em 2015. Além da quebra na produção, o setor deve seguir pautado pela tensão entre citricultores e a indústria produtora de suco, mesmo após a criação do Consecitrus, órgão paritário para a discussão dos principais temas da cadeia citrícola.

    A seca de 2014 ajudou no rendimento das frutas colhidas para a atual safra, pois melhorou o teor de açúcar das laranjas. Mas a estiagem prejudicou a florada das variedades precoces e de meia estação e dificilmente a oferta para a safra 2015/2016, a ser iniciada oficialmente em julho, deve superar os 308 milhões de caixas (de 40,8 kg) colhidas no atual período. "Seguramente a queda vai ser significativa", resumiu o presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antonio dos Santos.

    Além da estiagem, o presidente da Associação Brasileira de CitricultOres (Associtrus), Flávio Viegas, cita o menor trato cultural em pomares, alguns até abandonados, como outro motivo para a queda esperada na produção de laranja. Com isso, Viegas e Santos esperam que os preços aos produtores na próxima safra sejam mais remuneradores. O atual ciclo começou com preços em torno de R$ 7 a caixa, que subiram a R$ 10 durante o avanço da colheita. Os citricultores que participaram de operações de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) obtiveram o preço mínimo de R$ 11,45 a caixa.

    Com os cortes nas despesas e o ajuste fiscal na economia programados pelo governo federal para 2015, os produtores temem que os recursos do Pepro, estimados em R$ 50 milhões em 2014, caiam. "O governo vai fechar torneira e não sei se vamos conseguir o Pepro, que só na atual safra ajudou o escoamento de 20 milhões de caixas", lamentou Santos, da Câmara Setorial.

    Após amargar uma queda média de 9% no volume e de 10% na receita com exportações, a indústria também traça um cenário pouco positivo para 2015. A queda no consumo mundial de suco e a retração superior a 10%, na comparação anual, das exportações ao mercado europeu, principal destino da bebida brasileira, são os principais entraves às processadoras brasileiras. "Esperamos que as exportações da segunda parte do ano-safra (a partir de janeiro) deem uma tracionada, mas o ano será complicado", afirmou Ibiapaba Netto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

    O executivo cita como exemplo de queda no consumo de suco de laranja o avanço do suco de maçã na Europa, bebida que também pode ser utilizada em refrigerantes à base de frutas. Essa oferta ocorreu principalmente pela Polônia, que teve uma supersafra de maçã e, diante das dificuldades de exportação para a Rússia, por conta do embargo ao país, escoou a fruta e a bebida na Europa. "A cada ano dividimos pedaço menor do mercado", afirmou Netto.

    Tensão

    Pouca mudança deve ter a relação tensa entre produtores e a indústria em 2015. As discussões e acusações entre as duas partes serão levadas ao Conselho dos Produtores de Laranja e da Indústria de Suco de Laranja (Consecitrus), criado oficialmente em 2014 com o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

    Antes mesmo da aprovação do estatuto do Consecitrus, os dois lados já sinalizam que temas polêmicos podem travar o foro de discussão do setor. A ideia de citricultores de incluir no estatuto uma fórmula transitória para calcular o preço da fruta paga pela indústria é um exemplo de proposta considerada fora de cogitação pela indústria. "O Consecitrus não é agência reguladora e o estatuto apenas define as atribuições do órgão", disse uma fonte das companhias.

    O diretor-executivo da CitrusBR informou que a indústria não vai se manifestar sobre o estatuto até receber a proposta do documento dos produtores. Já Viegas, da Associtrus, defende a inclusão da precificação provisória no estatuto e dá sinais de que a eterna briga com a indústria continuará no Consecitrus. "A indústria não tem interesse que isso funcione, quer apenas cumprir a exigência do Cade da forma mais básica possível", afirmou.

    Além das discussões, o Consecitrus terá de arrumar ainda um novo diretor-executivo, já que o atual, o ex-secretário de Agricultura de São Paulo João Sampaio, disse que fica só até o anúncio de outro nome para substituí-lo.

    Fonte: Agencia Estado
    Jornal EM Digital
    http://www.em.com.br/

    Guaraná Antarctica Black chega ao mercado

    Bebida combina o refrigerante com açaí e frutas naturais da Amazônia e tem coloração e espuma avermelhadas. Já está disponível no RJ e em SP e chegará em todo o país


    Chega ao varejo de todo o país, nesta semana, o Guaraná Antarctica Black, que combina o refrigerante com o sabor do açaí e de frutas da Amazônia. O novo produto tem coloração e espuma avermelhadas e já está disponível do Rio de Janeiro e em São Paulo, chegando aos demais estados nos próximos dias. O lançamento tem versões em lata e PET de dois litros.
    A identidade visual do item foi inspirada na campanha “Se Joga No Escuro”, que incentiva o consumidor a provar o desconhecido. Além de espalhar pelo mobiliário urbano peças que convidavam as pessoas a tuitarem a hashtag #SeJogaNoEscuro, a marca criou um site de pré-venda em que o consumidor adquiria o produto às cegas e era surpreendido em casa com o novo Guaraná Antarctica Black.

    A matéria-prima para a produção do lançamento tem origem em Maués, na Amazônia, onde a Ambev mantém a Fazenda Santa Helena, um grande banco genético de guaraná, e a filial Extratos. A fazenda é o local onde a companhia desenvolve as técnicas para o cultivo da planta e a filial Extratos é a responsável pela produção de todo o extrato de guaraná utilizado nos refrigerantes, incluindo o novo Guaraná Antarctica Black.


    Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 08/01/2015
    renata.leite@mundodomarketing.com.br

    quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

    Presidente do IBRAF faz um balanço do mercado de frutas em 2014


    Em entrevista ao Canal Terra Viva, o presidente do Instituto Brasileiro de Frutas, Moacyr Saraiva, faz um balanço do mercado de frutas no ano de 2014.
    Confira no link abaixo:
    http://goo.gl/MruUaQ

    Nova opção de uva de mesa é introduzida em Santa Teresa/ES

    O município de Santa Teresa, conhecido pela produção de uva e vinhos, introduziu, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), uma nova cultivar de uva na região, a Uva ‘Vitória’. Com sabor intensamente doce e resistente a doenças, a uva ‘Vitória’ é uma nova opção de uva de mesa, juntamente com a Niágara Rosada, mas sem sementes.

    De acordo com o extensionista Carlos Alberto Sangali de Mattos, a nova variedade é resistente ao míldio, que é a doença mais danosa que atinge a videira. “Além da resistência à doença, a uva ‘Vitória’ é vigorosa, com produtividade que atinge 30,0 toneladas por hectare. Possui tonalidade preta e atinge altos teores de açúcares, possuindo um sabor especial de framboesa”, afirmou Sangali.
    Ele também disse que a uva ‘Vitória’ tem boa aceitação no mercado e o preço é 50% mais elevado que a Niágara Rosada. Outra característica interessante dessa cultivar é que a uva não possui sementes, sendo uma boa opção para uva de mesa.

    Unidades Demonstrativas

    A uva ‘Vitória’ foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e lançada em 2012. No início de 2014, o escritório local do Incaper em Santa Teresa trouxe a nova cultivar para ser validada em terras capixabas. “Realizamos o plantio de uva em seis propriedades do município e estamos confirmando em campo as suas características e benefícios. A partir do próximo ano, teremos material genético para disponibilizar aos produtores interessados”, informou Sangali.

    Panorama da vitivinicultura em Santa Teresa

    Atualmente, o município de Santa Teresa possui 50 hectares de área total destinados ao cultivo de uva. Em torno de 35 hectares estão em plena produção e 15 hectares em formação.

    Em termos de variedades de uva, para consumo in natura, o município possui a Niágara Rosada. Para o processamento, as variedades mais utilizadas para suco são Isabel Precoce, Cora, Violeta, Bordô, Carmen e Concord. Já para fabricação de vinhos e espumantes, utilizam-se as variedades Cabernet Sauvignon, Syrah, Lorena, Isabel e Bordô.
    A produção média de uva em Santa Teresa é de 20 toneladas por hectare. A produção de suco é de 20 mil litros.

    Atualmente, 75 propriedades cultivam uva no município, o que envolve o trabalho de 250 pessoas. Há 11 agroindústrias desse ramo em Santa Teresa.


    Fonte: Incaper

    Ibraf presente na posse da nova ministra do MAPA


    Nosso diretor de Relações Institucionais e Governamentais, Sr. Carlos Alberto Albuquerque, esteve presente na cerimônia de posse de Kátia Abreu, nova ministra do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).







    Mulheres da zona rural da Paraíba vendem até 100 kg de doce por mês


    Grande parte da produção é vendida para João Pessoa.Alternativa surgiu para ajudar nas despesas de casa.


    Em busca de soluções para conseguir um aumento na renda mensal, famílias da cidade de Bananeiras, no Brejo da Paraíba, se utilizaram das frutas, matéria-prima encontrada em abundância na região, para a produção de doces. Em alguns casos o comércio consegue vender até 100 kg por mês.
    Joelma Ramalho mora na parte alta da zona rural de Bananeiras e há cinco anos começou a produção de doces, toda feita em forno a lenha “tornando o processo rústico e agregando o valor caseiro”. O doce de banana, embalado diferencialmente em palha de bananeiras, é vendido em grande parte para a capital do estado, João Pessoa.
    "A encomenda de 50 kg para João Pessoa é garantida a cada 15 dias. A maioria é para casamentos, festas juninas ou lembranças”, contou a doceira.
    No assentamento Nossa Senha das Graças, onde 63 famílias se mantêm da agricultura, Josefa da Silva tinha o sonho de ajudar o marido com as despesas da casa e há oito anos começou a produzir doces. “Os de banana e de mamão são os mais pedidos, mas também produzimos de jaca e caju e se a safra não for boa, precisamos comprar em outra cidade”, disse a doceira.
    Nas feiras de Bananeiras e Solânea Josefa consegue vender 12 kg semanalmente. Ela já participou de programas públicos de alimentos e produzia doces para a merenda escolar da cidade. “Gostaria de uma cozinha maior, podendo empregar outras pessoas. Seria bom ter uma ajuda. Meu marido e meu filho me ajudam também, porque eu não conseguiria sozinha”, explica.

    Fonte: G1

    Curso: Aprenda mais sobre a saúde no trabalho rural



    Qual o objetivo principal do curso?

    Oferecer ao trabalhador rural, informações que possibilitem a prevenção e redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho rural, promovendo sua saúde.
    A quem se destina?

    Destina-se a pessoas do meio rural com idade igual ou superior a 14 anos. Dirigentes de sindicatos rurais, estudantes e profissionais de Direito, Serviço Social, Sociologia, Agronomia, Engenharia Agrária, Veterinária, Zootecnia e outras áreas afins. Que não sejam concluintes em turmas anteriores.

    Maiores Informações, acessem o Portal SENAR - EAD

    Índice CEAGESP fecha 2014 com alta de 4,84%


    Mesmo com condições climáticas adversas durante boa parte do ano, preços caem em dezembro e Indicador apresenta resultados anuais inferiores a inflação oficial.

    O Índice de preços da CEAGESP registrou alta de 4,84% em 2014. A forte retração de 5,25% em dezembro contribuiu diretamente para que o índice se mantivesse em patamares satisfatórios, mesmo com os problemas climáticos enfrentados durante o ano. As reduções dos preços das frutas (-6,21%) e legumes (-11,93%) foram determinantes para a queda do indicador em dezembro.

    Este resultado de 4,84% deverá manter os preços dos hortifrutícolas abaixo da inflação oficial do país, já que o IPC-A, ainda não divulgado oficialmente pelo IBGE, deverá fechar o ano com elevação próxima a 6,4%.

    No acumulado do ano, porém, o índice CEAGESP registrou elevação em todos os setores. O setor de diversos, com 10,99%, assinalou a maior elevação, influenciado, principalmente pela alta da batata. Em seguida, os principais aumentos ocorreram no setor de verduras (5,22%), legumes (4,86%), frutas (4,59%) e pescados (3,89%), conforme quadro detalhado abaixo: 

    Análises e tendências

    Durante 2014, a estiagem e a escassez de água prejudicaram o abastecimento e a produção agrícola em praticamente toda a região sudeste desde o primeiro semestre. A partir de novembro, com o início do período de chuvas e altas temperaturas, fatores climáticos extremamente prejudiciais para a produção agrícola, a expectativa era de mais elevações, inclusive para o mês de dezembro. Porém, não foi o que aconteceu.

    “O que se viu em dezembro foi um enorme volume ofertado de frutas e legumes. Em relação as frutas, a maior oferta de frutas tropicais e natalinas foi suficiente para atender o aumento da demanda e, no setor de legumes, os preços de culturas importantes como tomate, chuchu, pimentão, vagem, berinjela, entre outros, tiveram quedas acentuadas em razão da baixa procura e da excelente oferta”, destaca Flávio Godas, economista da CEAGESP. 

    O primeiro trimestre do ano tem como principais características o calor excessivo e as chuvas quase que diárias. Este conjunto, típico do verão brasileiro, é extremamente prejudicial para a produção, principalmente de legumes e verduras. 

    Assim, com essa expectativa de redução no volume ofertado e demanda por alimentos mais leves e saudáveis aquecida, a tendência é de preços elevados, principalmente nos legumes mais sensíveis e verduras folhosas. 

    As chuvas também interferem na extração de produtos mais resistentes como a batata. Portanto, o setor de diversos também deve continuar com preços em alta, porém, sem elevações acentuadas.

    O setor de pescados também apresenta neste período elevação do consumo e diminuição do volume de extração. Algumas espécies iniciam o período de defeso. Portanto, o setor também deve seguir com preços elevados.

    Índice CEAGESP
    Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento. 

    Fonte: CEAGESP : http://www.ceagesp.gov.br/
    e MAXPRESS: http://www.maxpressnet.com.br/

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    Câmbio traz alento para o agronegócio em 2015

    O ano de 2015 mal começou, mas o agronegócio brasileiro sabe que a temporada será de margens apertadas, principalmente no setor de grãos. A boa safra dos Estados Unidos, a previsão de colheita recorde no Brasil e o aumento dos estoques nacionais e mundiais indicam que as cotações das principais commodities agrícolas (soja e milho) devem seguir em queda ou, no máximo, manter os patamares atuais ao longo do ano, dependendo se haverá problemas climáticos. Segundo projeção da Expedição Safra Gazeta do Povo, o país deve atingir 202 milhões de toneladas de grãos no ciclo 2014/15.

    Diante deste cenário pouco animador, os produtores brasileiros comemoram a desvalorização do real diante ao dólar, mesmo que isso dificulte o controle da inflação. A moeda americana na casa dos R$ 2,70 faz com que a cotação da saca de soja seja negociada perto dos R$ 60 em todas as praças agrícolas do país neste início de ano. Ontem, em algumas localidades como Cascavel, Maringá e Londrina, a cotação bateu R$ 62 por saca, enquanto Paranaguá chegou a R$ 65/sc.

    "O câmbio será um alento (para o agronegócio). Sempre que o real se desvaloriza, a remuneração é maior para o produtor. Como a cotação do dólar não sinaliza alteração, a taxa de câmbio irá continuar favorecendo o agronegócio brasileiro", destaca Lucilio Alves, professor e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.

    No Brasil, a projeção apresentada pelo Banco Central no Boletim Focus aponta para uma cotação média de R$ 2,71 em 2015. A previsão para o câmbio no fim deste ano é de R$ 2,80.

    De acordo com a consultoria FCStone, os preços não devem retornar aos níveis dos últimos anos, pois a oferta será capaz de atender toda a demanda adicional prevista para 2015 e ainda restará uma quantidade adequada para os estoques de passagem.

    Oportunidade
    Para o especialista da Cepea, os preços movidos pelo câmbio dão um ânimo extra para as vendas da safra 2014/15, que já está sendo colhida no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de criar novas oportunidades de negócios.

    "Se os produtores cederem um pouco no preço existe a possibilidade de atrair mais compradores. Isso não significa estar perdendo", diz Alves. "Como a Argentina, que é o nosso principal competidor, está numa situação nada boa, o Brasil aparece como uma oportunidade para negócios."

    Sustentabilidade

    A baixa nas cotações das commodities também será um chamariz para o produtor encontrar a tão falada sustentabilidade na produção de grãos. O crescimento dos estoques globais exige novas estratégias. Entre as safras 2005/06 e 2012/13, a demanda internacional por soja cresceu 2,43% diante dos 2,18% da produção global. Na safra passada houve inversão com o aumento de 4% no consumo e a produção 5,9%. De acordo com estimativas da Expedição Safra, o cenário será semelhante nesta temporada, com crescimento de 7,4% na produção e de 4,9% no consumo.
    "Depois de anos com preços bons nos grãos, 2015 será com a relação benefício/custo apertada. Se o produtor não tomar cuidado, poderá ser negativo inclusive", destaca.

    No milho, relatório da FCStone aponta a necessidade novas opções de consumo, como o investimento na produção de etanol a partir do cereal.

    Principais cadeias

    Dos grãos às carnes, setores produtivos têm expectativas diferentes e até opostas para este ano. Confira o que esperam os analistas:

    Grãos: O ano para a soja começa indefinido, pois ainda é preciso aguardar a colheita da safra da América do Sul, onde pode ocorrer problemas climáticos, e o fim da estimativa da colheita nos Estados Unidos. Porém, independente do clima, as cotações não devem voltar aso patamares dos últimos anos. No milho, é forte a previsão de redução da área na safrinha, pois o consumo continua tímido e, consequentemente, os preços pouco atraentes.

    Pecuária: O ciclo relativamente longo indica a continuidade da oferta limitada de carne bovina. As cotações recordes de 2014 devem ser mantidas ou até mesmo superadas. Na suinocultura é esperado um aumento no custo de produção e cotações nos patamares do ano passado. Assim, o setor trabalha para que os plantéis não aumentem significativamente para não gerar cenário semelhante ao da crise de 2012. Na avicultura, as exportações, que consumem um terço da produção nacional, devem continuar firmes e o consumo interno pode aumentar diante do alto preço da carne bovina.

    Trigo: 2015 será de recuperação dos prejuízos de 2014, a começar pela perspectiva de preços melhores na entressafra, que deve ter oferta menor em função das perdas provocadas pelo clima adverso do ano passado. Somente no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do país, a perda superou 1 milhão de toneladas.

    Pecuária leiteira: A perspectiva é de um ano de aperto. O preço do leite pago ao produtor ao longo de 2014 foi um dos menores dos últimos anos, reflexo do aumento na captação do produto em diversos estados. A expectativa é de que as cotações continuem assim até o meio do ano, quando pode ocorrer redução na oferta.

    Açúcar: Os preços do produto devem iniciar movimento de recuperação neste ano. A perspectiva de um déficit de 2,8 milhões de toneladas, reflexo da produção menor no Brasil e na Tailândia, tende a impulsionar as cotações internacionais, em especial no segundo semestre, para quando é esperado um aperto nos estoques globais.

    Café: O setor deve continuar instável e qualquer problema climático pode levar os preços a patamares mais elevados. A safra 2015/16, estimada em 50 milhões de sacas, será justa diante do consumo interno e das exportações, projetados em 53 milhões de sacas.

    Fertilizantes: A China irá substituir a extinguir a janela de baixas tarifas de exportação de fosfatados e nitrogenados por uma única taxa ao longo de todo o ano. Essa mudança na política comercial irá gerar preços mais competitivos aos produtos, tetos mais baixos ao mercado internacional e facilidade logísticas.

    Fonte: Grupo Cultivar
    http://www.grupocultivar.com.br
    07/01/2015

    Produtor de melancias do município paulista de Campina do Monte Alegre, investe em nutrição balanceada e comemora sucesso da safra

    Foto: Divulgação Nutriceler
    Cada caminhão que deixa a Fazenda Vale do Sol, nas terras arrendadas pelo agricultor José Ferreira Sobrinho, no município paulista de Campina do Monte Alegre, sai carregado com mais de 17 toneladas de melancias vendidas para uma empresa da grande São Paulo. A safra deste ano foi positiva para o agricultor, também conhecido como Zé Curtinho, tanto em qualidade quanto em produtividade das frutas.

    Desde a época do plantio, em meados de agosto, as lavouras plantadas com as variedades híbridas Talismã e Top Gun, sofreram com as altas temperaturas. “De agosto a outubro passamos por um período muito seco, com pouquíssimas chuvas. Isso atrapalhou um pouco o desenvolvimento da melancia, que é um produto que precisa de muita água”, explica o agricultor.
    Com a complementação nutricional adequada, o produtor conseguiu garantir a qualidade e a sanidade de mais de 1.200 toneladas da fruta até o final da colheita.
    Seguindo o Manejo Integrado da Nutrição sugerido pela Nutriceler, o agricultor investiu em adubação nitrogenada via folha e micronutrientes especiais. “Nossa sugestão nutricional teve como base os produtos Coron® 25-0-0 e Coron® 10-0-10.5B, nitrogênio líquido que libera o nutriente na planta continuamente, enquanto houver demanda. Contou também com os produtos Metalosate® Potássio e Metalosate® Tropical. Juntos, esses produtos foram responsáveis pelo desenvolvimento espetacular desta lavoura”, explica o engenheiro agrônomo Ricardo Wernek, supervisor técnico da Nutriceler que acompanhou a área de Zé Curtinho.

    Wernek destaca a atuação do Metalosate® Potássio e do Coron® 10-0-10.5B no enchimento das frutas e no aumento do brix, o teor de açúcar na planta. “O casamento desses dois produtos deixou o manejo muito mais eficiente e menos oneroso para o produtor. O Metalosate®, com sua rápida absorção e translocação para os pontos de maior demanda, ou seja, no momento de frutificação, quando as frutas em formação consomem e exigem uma quantidade maior de nutrientes, resultaram em frutas grandes e doces, de excelente valor comercial”, explica o agrônomo.
    A ação da tecnologia Coron® também chamou a atenção do agricultor Zé Curtinho, que ficou surpreso com a disponibilidade contínua do nitrogênio. “Mesmo após o fechamento do ciclo, a planta continuou vegetando normalmente, mas nunca vi algo parecido. Realmente, o Coron® continuava alimentando a planta enquanto ela precisava. É um produto que me surpreendeu”, comemora o agricultor.

    Experiência - Os mais de 20 anos de experiência com o cultivo de melancias tornaram Zé Curtinho referência técnica na região. Além do cuidado e atenção na escolha da cultivar e dos insumos utilizados, o agricultor desenvolveu técnicas próprias ao longo dos anos para otimizar o plantio e produzir frutos de melhor qualidade. “Para não correr o risco de sofrer perdas com o frio durante a germinação, desenvolvi uma técnica artesanal onde quebro a dormência das sementes para conseguir uma lavoura com um arranque mais uniforme”, revela o agricultor que auxilia outros agricultores interessados em investir na fruta nos próximos anos.
    Mercado – Com a proximidade das festividades de fim de ano, os preços nas gôndolas de supermercados sobem, mas a realidade no campo não segue a mesma regra. Zé Curtinho explica que o momento é bom, porém, o período de colheita faz os preços sofrerem ligeiras quedas devido à grande oferta no mercado. “Nesta safra conseguimos vender a melancia por R$ 0,45 por quilo, o que é um preço razoável. Vai dar para pagar as contas e pensar em investir para o ano que vem”, diz.

    Fonte: Nutriceler
    http://www.nutriceler.com.br/

    Porto Alegre inicia colheita da safra de uva e ameixa

    Agricultores da Capital Gaúcha aproveitaram evento oficial para pressionar autoridades pela aprovação do projeto que reinstitui a zona rural

    Confiantes na recuperação das vendas este ano, os fruticultores da zona Sul da Capital deram início ontem à colheita da uva e da ameixa na região. Com a presença de autoridades municipais e de produtores, a cerimônia serviu para apontar as perspectivas para o setor este ano e, principalmente, pressionar para a aprovação do projeto de lei do Executivo municipal que reinstitui a zona rural de Porto Alegre, em tramitação na Câmara de Vereadores.

    Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor em 2014, como granizo e inverno ameno, a previsão é de que a safra 2014/2015 seja boa, com a colheita de 300 mil quilos de uva e 500 mil de ameixa. Somando todos os insumos produzidos no cinturão agrícola da cidade - como pêssegos, figos, morangos, uvas, melões, peras, goiabas - a atual safra deve chegar a 4 mil toneladas.

    O secretário municipal da Indústria e Comércio, Humberto Goulart, destacou que embora a produção realmente não represente uma parte muito significativa do PIB da Capital, é responsável pelo sustento de muitas famílias que vivem da terra e pelo equilíbrio ambiental da cidade. “Essa região é o pulmão de Porto Alegre, reflete diretamente no ar respirado no Centro. Além disso, as frutas têm características próprias”, defendeu Goulart. O microclima da zona Sul, aliado ao solo e à topografia, contribui para a produção de frutas de qualidade.

    O prefeito José Fortunati ressaltou que a zona rural de Porto Alegre tem grande importância econômica e social para o município. A área é a segunda maior em extensão do País (atrás apenas de Palmas, no Tocantins), a primeira em produção e a 23ª maior fornecedora de bens para a Ceasa.

    Seu reconhecimento enquanto área rural possibilitará aos agricultores o recebimento de investimentos governamentais e o acesso a linhas de crédito e financiamento. “Nós não abrimos mão desse projeto, por isso eu peço que a recriação da zona rural seja analisada o quanto antes”, salientou Fortunati, alertando para a especulação imobiliária na região.

    O presidente da Câmara de Vereadores, Mauro Pinheiro (PT), garantiu que os parlamentares estão trabalhando para que a matéria seja aprovada ainda este ano. “Temos uma audiência pública pela frente, mas tudo indica que antes da metade de 2015 ele vá para votação”, afirmou. A última audiência pública sobre o tema foi realizada no dia 11 de dezembro, quando as manifestações foram a favor da zona rural. Houve muita discussão sobre as regras, o zoneamento e as questões envolvendo ocupações irregulares. 

    Paralelamente ao início da colheita, ocorreu o lançamento da 24ª Festa da Uva e Ameixa. O evento ocorre a partir deste sábado, junto à praça Nossa Senhora de Belém Velho, próximo à capela Nossa Senhora de Belém. A festa estará aberta aos visitantes em dois fins de semanas, nos dias 10, 11, 17 e 18 de janeiro, das 9h às 20h e é promovida pela Divisão de Fomento Agropecuário da Smic e o Sindicato Rural de Porto Alegre, com apoio da Associação Comunitária Belém Velho (Ascobev), Instituto São Benedito, Amparo Santa Cruz e Emater.

    A fim de alavancar ainda mais as vendas diretas, a Smic desenvolve o Produtos de Época, que leva as frutas até a área central da cidade para facilitar o acesso ao consumidor e o escoamento da safra. O agricultor Luciano Bertacco, comemorava a nova praça de vendas no Centro da cidade. “Apenas em um ponto de venda melhor, mais próximo ao consumidor, o produtor vai conseguir se recuperar um pouco das perdas de 2014”, projetou. 

    A feira está situada na praça Parobé, ao lado do Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre. As barracas com as frutas ficam abertas durante todo o mês de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20hs.

    por Roberta Mello
    Jornal do Comercio
    http://jcrs.uol.com.br/
    08/01/2015

    quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

    Pesquisa testa fruticultura orgânica em larga escala

    Tullio de Pádua - O abacaxi BRS Imperial, resistente à fusariose e sem espinhos na coroa e na folha, vem demonstrando boa adaptação ao sistema orgânico
    Sistemas orgânicos de produção de diferentes frutas estão sendo construídos de forma pioneira pela Embrapa com base em experimentos instalados na Chapada Diamantina (BA). Todos são resultados de um projeto realizado em parceria com a empresa Bioenergia Orgânicos no Município de Lençóis que experimenta soluções para a produção de orgânicos em larga escala, algo ainda difícil de se fazer. 


    A Embrapa está elaborando protocolos de produção usando a estratégia de geração e validação simultânea dos resultados. Os resultados do primeiro ciclo de produção mostram níveis de produtividade superiores ao convencional.



    Duas culturas apresentaram resultados mais rápidos: a do abacaxi e a do maracujá. No caso do abacaxi, o trabalho desenvolve um sistema de produção para duas cultivares: a Pérola, a mais plantada no País, e a BRS Imperial, desenvolvida pela Embrapa, cuja principal característica é a resistência à fusariose, mais importante doença da cultura, que chega a causar 100% de perda da lavoura. Outra vantagem da variedade é não conter espinhos na coroa e na folha, o que facilita o manejo e reduz custos e risco de acidentes. 



    A qualidade dos frutos tem surpreendido a equipe. No caso do abacaxi Pérola, eles apresentaram média de peso entre 1,6 kg e 2 kg. "É difícil até no plantio convencional apresentar essa média. Entendemos também que o clima da região, tropical semiúmido, propicia um bom desenvolvimento da cultura", sugere o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Tullio de Pádua. 



    "Como não tínhamos nenhuma informação sobre produção de abacaxi em sistema orgânico, inicialmente fizemos trabalhos para definir densidade de plantio, adubação e manejo de cobertura do solo para as duas variedades", conta Tullio. E os primeiros resultados, segundo ele, são positivos, principalmente pelo fato de ter havido poucos problemas com a fusariose no Pérola. "O controle dessa doença é necessário e um desafio maior no sistema orgânico. Treinamos os funcionários da empresa para fazer o monitoramento constante e eliminar as plantas doentes, como forma de reduzir a disseminação da doença," conta.



    Atuação começou em 2011



    O principal desafio para os cientistas é ajustar constantemente seus conhecimentos de pesquisa com as necessidades de quem está na linha de produção. "Desde o início, quando a proposta foi concebida, sabíamos que para implantar um projeto dessa magnitude teríamos de ter a pesquisa como aliada", afirma Osvaldo Araújo, um dos sócios da Bioenergia, empresa que tem por objetivo final o processamento de polpa integral para abastecer o mercado de suco. Em meados de 2011, pesquisadores e técnicos especialistas em diversas fruteiras começaram a atuar no convênio, com duração de cinco anos e que poderá ser renovado. A previsão é que a indústria entre em funcionamento em 2016. 



    Para a Embrapa, a proposta significa a possibilidade de avançar na pesquisa com orgânicos. "Encontramos um parceiro que nos colocou à disposição uma área de 80 hectares para pesquisa, que se tornou a nossa grande estação experimental de fruticultura orgânica [no Município de Lençóis], com a infraestrutura disponível e mão de obra", avalia o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Zilton Cordeiro, coordenador do trabalho. Segundo ele, associar as pesquisas já considerando a produção pode trazer resultados importantes em um prazo relativamente curto.



    Entre os vários obstáculos, o especialista destaca os fitossanitários. A primeira grande batalha foi contra uma cochonilha que acometeu a plantação de acerola. Para o controle, foi utilizada uma estratégia de poda com aplicação de uma calda de sabão. A infestação recuou. Há áreas em que a infestação passou de 25% para 1%. "Uma série de outras questões irá surgir, e as alternativas serão pesquisadas na hora," diz o pesquisador.



    Peso acima da média



    Um exemplo de que a produção orgânica se baseia em séries de testes é o trabalho realizado com o BRS Imperial. Diferentemente do que acontece com o Pérola, o BRS Imperial apresenta baixa taxa de florescimento natural, por isso é feita a indução floral. "Temos observado que o abacaxi BRS Imperial parece responder melhor em relação a peso de fruto a um ciclo vegetativo mais longo. Em vez de 12 meses, que é o padrão, fizemos a indução em 14. A média dessa variedade no sistema convencional é 1,2 kg. Obtivemos frutos acima desse peso médio," comemora. Ele revela que serão testadas induções com diferentes idades vegetativas para observar a produção.



    Inicialmente, os sócios não haviam pensado na alternativa de comercializar frutos in natura, mas, diante da qualidade do produto, hoje eles já consideram essa possibilidade. "Pensamos primeiro apenas no processamento. Mas colocamos como teste esses frutos aqui no mercado local e a aceitação tem sido muito boa. Isso nos fez pensar em trabalhar uma classificação com produtos in natura no mercado", conta Araújo.
    As necessidades de ajustes são constantes. As bases do sistema de produção para o abacaxi e para o maracujá estão sendo finalizadas. "Não temos o sistema de produção perfeito, assim como não há perfeição para o sistema convencional. Mas já temos a base", salienta Zilton. Inicialmente a área destinada aos experimentos com abacaxi era de um hectare. As mudas produzidas estão sendo transferidas para uma área de dez hectares, já com o objetivo de saída comercial. Araújo afirma que serão plantadas agora 300 mil mudas. 



    Em relação ao maracujá, a primeira etapa, cuja meta era avaliar os melhores materiais genéticos para o sistema orgânico levando-se em consideração produtividade e resistência a doenças, foi concluída. Foram analisados 14 híbridos do programa de melhoramento da cultura, que envolve pesquisas da Embrapa Mandioca e Fruticultura e Embrapa Cerrados (DF). BRS Sol do Cerrado e BRS Rubi do Cerrado foram os dois híbridos selecionados e vão compor a área comercial de dez hectares. 



    O principal obstáculo para o maracujá são os vírus, que afetam plantações do País inteiro. Para driblar o problema, a ideia dos pesquisadores é trabalhar com plantas que entrem em produção precocemente, o que reduz o risco da atividade. Está em teste um sistema de produção em que se clona uma planta muito produtiva no campo. Dela é retirada uma estaca que é enraizada em ambiente protegido. "Quando a gente enraíza uma estaca, ela já está na fase juvenil, assim rapidamente essa muda entra em processo de florescimento e frutificação. Fizemos os clones das estacas e levamos para campo de produção. Quanto mais precoce o material, mais produzirá na ausência do vírus," explica o pesquisador da Embrapa Raul Castro.



    O plantio de maracujá começou a sofrer a incidência de um ácaro transmissor do chamado vírus da pinta-verde, que dá uma aparência depreciativa ao fruto. "Estamos tentando controles com caldas e um inseticida orgânico, o mais antigo que se tem registro até hoje, o enxofre. Quando falamos que, em quase dois anos do ciclo, nunca se pulverizou, ninguém acredita," ressalta Castro. A produção da fruta chegou a 36 toneladas por hectare, equivalente a três vezes mais que a média nacional. O pesquisador lembra, no entanto, que na medida em que se amplia a área de plantio, aumenta também a pressão de pragas e doenças.



    A manga vem na sequência das culturas que se destacam no projeto. Como é de ciclo mais longo, de cerca de três anos, as primeiras avaliações ainda não foram concluídas. O trabalho começou com 22 variedades. Três apresentam maior potencial para processamento: a Ubá, a Palmer e a Imperial, porém há expectativas de que outras variedades sejam recomendadas para essa utilidade. O pesquisador Nelson Fonseca indica como um dos principais desafios em termos orgânicos a parte de indução floral. "Dois fatores são indutores naturais: o frio e o período seco. Na região de Lençóis, há o período frio, de maio a agosto, e nessa época também praticamente não chove lá. A união desses dois fatores seria como uma pré-indução. Isso pode favorecer em termos de florescimento e início de frutificação."



    Um dos problemas que a cultura vem enfrentando é o controle da formiga (boca de cisco ou rapa-rapa). No sistema convencional basta um pesticida para dar conta, mas, no orgânico, esse problema exige muita criatividade. Já foram testadas várias alternativas, inclusive uma fita adesiva com dupla face para impedir a formiga de subir na planta e atacar a copa. "Testamos a manipueira [líquido que sai da mandioca durante a fabricação de farinha], no entanto temos dificuldade de obter o líquido novo, tirado na hora, para ser usado na área experimental. Também se utilizou uma cal virgem, mas também não deu muito resultado," narra o pesquisador. Segundo ele, o uso da calda de sabão apresentou resultados no controle, porém, o custo de sua fabricação é alto. Por isso, ainda estão sendo investigados nossos meios de controle da formiga, conforme informa Nelson. A área destinada à manga está sendo ampliada de dez para 21 hectares, também em escala comercial. "Já temos cerca de 20 mil mudas para o plantio e vamos preparar 70 mil para 2015", informa o outro sócio, Evanilson Montenegro.



    Além do trabalho voltado especificamente para cada cultura, Zilton destaca três frentes de experimentos que vão dar a base para a continuação do trabalho na Bioenergia: preparo e manejo do solo, independentemente da cultura; manejo integrado de pragas; e a parte de nutrição vegetal com o desenvolvimento de formulações fertilizantes.



    Área experimental



    Dentro dos estudos realizados pela empresa, a região do interior da Bahia foi escolhida em função de ter o clima, água e solo mais adequados à fruticultura orgânica, com disponibilidade de terras virgens. Foram compradas três fazendas em Lençóis que totalizam 3,5 mil hectares. Dos 80 hectares destinados aos experimentos da Embrapa, já ocupados hoje, há 22 hectares de manga, dez hectares de maracujá, dez hectares de abacaxi (essas três primeiras áreas já para escala comercial), três hectares de Spondias (nome científico da família do umbuzeiro e do umbu-cajazeiro), cinco hectares de acerola, três hectares de goiaba, 3,5 hectares de citros, além de um hectare para experimentos de solos. Esse material integra a Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica (UPPO), na Ceral Marimbus. Há ainda uma área de viveiros de 2,5 hectares. Já foram instalados um viveiro de mudas e uma estufa com telado antiafídeo para citros. 




    Parceria com produtores locais



    O objetivo final da empresa Bioenergia é o processamento de polpa integral. A previsão dos sócios é que a indústria esteja funcionando em 2016 com capacidade para processar 40 toneladas de frutas por dia em um turno. A produção virá das fazendas, mas a empresa pretende também envolver produtores da região, como forma de promover o desenvolvimento local. 



    Pelo planejamento, a Bioenergia vai produzir 50% da capacidade de processamento da indústria e os outros 50% serão produzidos por parceiros. "A ideia é desenvolver parceiros produtivos focados na agricultura familiar. Vamos fornecer a muda, o adubo a preço de custo e garantir a compra de 100% em contrato, e o produtor terá o compromisso de nos entregar, no mínimo, 50%", explica Araújo. E acrescenta que o desenvolvimento desses parceiros — selecionados a princípio em Lençóis e nos municípios em um raio de 100 quilômetros da indústria, como Bonito, Utinga, Andaraí e Piatã — vai acontecer quando a empresa tiver as mudas em quantidade para distribuição. "Devemos iniciar com duas culturas entre um e três hectares para cada produtor: o maracujá em consórcio com a manga. Enquanto as mangueiras crescem nos dois primeiros anos, o produtor tira duas safras de maracujá. Assim, o custo será reduzido e ele vai ter uma renda no fim do primeiro ano."



    A inclusão social se dá também pelo emprego de mão de obra local. Os sócios informam que 80% dos colaboradores do projeto provêm de duas comunidades quilombolas próximas.




    A indústria



    A empresa Bioenergia assinou com o governo do estado da Bahia o protocolo de intenções para a instalação da unidade de processamento industrial, cujo projeto vem sendo desenvolvido sob a orientação do Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas (Ital). Essa unidade estará localizada próximo às áreas de plantio, e, de acordo com os sócios, a recepção e seleção das frutas serão feitas de modo automatizado a partir da lavagem até a embalagem asséptica, ou seja, sem contato manual. "A vantagem de todo o processo é que, numa superprodução, tem-se um custo baixo de armazenamento porque não exige refrigeração", informa Montenegro. E o grande cliente, como ressaltam, é o mercado de suco.



    Alessandra Vale (MTb 21215/RJ) 

    Embrapa Mandioca e Fruticultura 
    mandioca-e-fruticultura.imprensa@embrapa.br 
    Telefone: (75) 3312-8076




    Mais informações sobre o tema
    Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)