sexta-feira, 27 de março de 2015

Em PE, agricultores economizam até 50% de água com irrigação localizada


Foto: Beto Macário/UOL
Em uma das regiões mais secas de Pernambuco, o verde é a cor que predomina, seja nos períodos chuvosos ou nos de estiagem. Para manter suas terras produtivas durante todo o ano, os agricultores de Petrolina (a 714 km do Recife) aprenderam que não é preciso muita água para irrigar suas plantações, bastando usá-la com sabedoria.

A reportagem do UOL percorreu mais de mil quilômetros entre os Estados do Ceará, do Piauí e de Pernambuco em busca de exemplos de como é possível driblar a escassez de água. As experiências podem servir de lição para a região Sudeste, que enfrenta uma grave crise de falta de água desde o começo de 2014.

Em 2014, choveu apenas 480,7 milímetros ao longo de todo o ano em Petrolina, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Na falta da água do céu, os produtores recorrem à do rio São Francisco.

Mas custa caro levar essa água até as propriedades rurais. Por isso os agricultores têm buscado formas de usar cada vez menos água, sem comprometer a produtividade.

O agricultor Paulo Ramos cultiva uva há mais de 20 anos. Ele conta que no início a irrigação era feita por aspersão, que consiste no lançamento de jatos de água no ar.

Atualmente, no entanto, ele utiliza a técnica de gotejamento. Em sua plantação, mangueiras com pequenos furos liberam aos poucos gotas de água que molham apenas o solo, atingindo as raízes das videiras.

"Pelas contas [de água] que eu pagava antes e pago hoje, reduziu pela metade, seguramente", comemora Ramos. E ele pretende reduzir ainda mais o consumo. "É possível economizar ainda mais, melhorando a eficiência para que possa usar menos água", garante.

Ramos tem dois lotes de terra no perímetro Senador Nilo Coelho --projeto de irrigação administrado pelo poder público--, na zona rural do município. No perímetro, mais de 80% das unidades produtivas usam a irrigação localizada: 21% por gotejamento e 60% por microaspersão. Essa última usa 40% a menos de água que a irrigação por tradicional por aspersão.

O perímetro tem 23 mil hectares de área irrigada e 2.523 propriedades, entre lotes familiares, de pequenas, médias e grandes empresas.
Novas tecnologias

O engenheiro agrônomo José Adauto Valença afirma que existem tecnologias que alcançam uma economia de água até maior, de até 70%. "Há um sistema que você pode colocar sonda diretamente no sistema radicular, e a planta é que condiciona a liberação de água. À proporção que ela vai exigindo água, ela pode acionar um sensor, que libera a água", explica.

Ainda de acordo com ele, esse é um dos sistemas mais econômicos existentes no mundo e é usado atualmente em países como Espanha, Israel e Estados Unidos.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o setor da agricultura é o que mais consome água, sendo responsável pela utilização de 70% da água potável disponível no mundo. A indústria e o consumo doméstico são responsáveis por 20% e 10%, respectivamente.

Fonte: UOL Notícias

Embrapa transfere tecnologia para o fortalecimento da cadeia produtiva do maracujá


Na última quarta-feira, 25 de março, foi assinado um contrato de transferência de tecnologia do processo de reaproveitamento de resíduos de indústrias de sucos de frutas entre a Embrapa Agroindústria de Alimentos, Universidade do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e a Indústria Extrair, em Campos dos Goytacazes (RJ). A patente é resultado do projeto "Inovação Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável da Cadeia Produtiva do Maracujá no Arranjo Produtivo Local" (APL Maracujá), coordenado pelo pesquisador Sérgio Cenci, da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

O processo patenteado de separação e purificação de sementes e mucilagem de polpa de frutas para obtenção de óleo, torta desengordurada e arilo desidratado foi depositado junto ao Instituto de Patrimônio Industrial (INPI) em 2010 e agora, com a assinatura do contrato, começará a gerar royalties a partir da comercialização dos produtos obtidos nesse processo. A Indústria Extrair – Óleos Naturais deverá enviar relatórios técnicos anuais a serem entregues aos coordenadores técnicos nomeados pela UENF e pela Embrapa, com informações sobre ao uso da tecnologia.




Fonte: Emprapa
Aline Bastos (MTB 31.779/RJ) 
Embrapa Agroindústria de Alimentos 
agroindustria-de-alimentos.imprensa@embrapa.br

Agricultura utilizará informações estratégicas do Sistema Brasileiro de Inteligência

O general José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República apresentou, nesta quinta-feira (26), à ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), plataforma que coordena as atividades de inteligência federal. O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, também participou da reunião.

Como um dos órgãos constituintes do Sisbin, o Ministério da Agricultura pode solicitar ao Gabinete de Segurança Institucional estudos de inteligência sobre temas relacionados ao setor agropecuário.

Kátia Abreu manifestou interesse em obter informações mais detalhadas, por exemplo, sobre as jazidas de fosfato do Brasil, matéria-prima para a produção de fertilizantes; os linhões de energia elétrica em todo território nacional, para dar apoio ao programa de irrigação, e a fronteira oeste, para monitoramento do risco de entrada de animais com febre aftosa no país.

Fonte: MAPA

Tecnologia dá vida longa para o cajueiro

Práticas simples, como substituição de copas, manejo e enxertia, em um processo de rejuvenescimento, dão vida longa para os cajueiros. A recomendação do pesquisador José Lopes Ribeiro vem mostrando força nos últimos oito anos na região sudeste do Piauí, onde estão concentrados os maiores pomares do estado. O município de Picos, a 307 quilômetros de Teresina, é o maior produtor de caju.

As pesquisas a partir de 2006, com Unidades de Observação, apresentaram resultados animadores. A produtividade de castanha do cajueiro-comum ou de elevado porte variou de 414 quilos por hectares a 853 quilos por hectare. No ano seguinte, a produtividade oscilou entre 455 quilos por hectare e uma tonelada por hectare. No terceiro e quarto ano, houve um pequeno recuo: a produtividade variou de 446 a 816 quilos por hectare.

Segundo o pesquisador, a tecnologia do rejuvenescimento é recomendada para o cajueiro-comum com até 20 anos de idade, "ou para plantas enxertadas de cajueiro-anão-precoce que estejam com ramos entrelaçados e produtividade reduzindo ano após ano". Ele explica que o rejuvenescimento apresenta as mesmas fases da substituição de copas, "mas apenas a enxertia não é realizada"

José Lopes Ribeiro aponta as vantagens da substituição de copas: "redução da altura e uniformização das plantas, facilidade de execução no controle de pragas e doenças, colheita manual, elevação da produtividade e aproveitamento dos sistemas radiculares, além do menor custo de implantação por hectare".

No Nordeste, a cajucultura tem grande importância econômica e social, gerando emprego e renda no meio rural, principalmente no período de seca. A maioria dos pomares é explorada por pequenos e médios agricultores. Segundo o IBGE, o Estado do Ceará permanece na frente como o maior produtor de castanha, além de ter a maior área plantada. Em 2014, foram 88.022 toneladas numa área de 382.621 hectares. O Rio Grande do Norte ocupa a segunda posição: 31.076 toneladas numa área de 112.779 hectares. Na terceira posição está o Piauí, com 12.347 toneladas de castanha em 92.338 hectares.


Fonte: 
Fernando Sinimbu (654 MTb/PI) Embrapa Meio-Norte 
meio-norte.imprensa@embrapa.br 

Argentina pede que Brasil retome importações de maçãs e peras


Argentina pediu nesta quinta-feira (26) ao governo brasileiro que levante a suspensão das importação de maçãs e peras instituída esta semana após as autoridades brasileiras detectarem a presença de uma praga conhecida como traça da maçã em carregamentos da Argentina.

Em comunicado, o Ministério da Agricultura argentino disse que a situação atual da praga "Cydia pomonella" é exatamente a mesma que em anos anteriores e que, portanto, as autoridades argentinas não concordam com a decisão do Ministério da Agricultura brasileiro.

O Brasil suspendeu a importação das frutas na terça-feira (26), dizendo que a medida visa a proteger os produtores de um eventual retorno da praga erradicada em 2014.

"O atual comércio de maçãs, peras e marmelos da Argentina para o Brasil é coberto em um acordo bilateral fitossanitário, por meio de um programa que oferece garantias suficientes em matéria de proteção fitossanitária ao país vizinho", disse o ministério argentino.

Em nota, o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil afirmou que "discorda dos termos da nota divulgada pelo governo argentino referente à suspensão das importações de maçã, pera e marmelo daquele país".

O Brasil já havia ameaçado um bloqueio às importações de maçã argentina, caso o governo argentino não permitisse que técnicos brasileiros inspecionem áreas no país vizinho suspeitas de ter uma praga que ataca as macieiras, segundo fontes do governo brasileiro.

De acordo com a Argentina, auditorias realizadas por inspetores do Brasil neste programa têm dado resultados favoráveis, e o país levou em conta imediatamente e implementou soluções para todas as observações específicas feitas pelos auditores.

"A Argentina confirmou para 8 de abril a visita de inspeção dos auditores brasileiros em unidades de embalagem e pomares, sob o Sistema de Mitigação de Riscos de praga acordado por ambos os países", disse o Ministério da Agricultura do país vizinho.

O governo brasileiro, por sua vez, diz que "de acordo com dados do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), durante o ano de 2014 a Argentina exportou mais de 137 mil toneladas de peras e mais de 49 mil toneladas de maçãs certificadas para o Brasil".

"As autoridades brasileiras acusam o recebimento do Comunicado Oficial do governo argentino, que informa nova data para a inspeção do sistema de mitigação de riscos na produção das referidas frutas naquele país. O Mapa confirma que realizará a inspeção na data de 8 de abril, somente confirmado pelo Comunicado Oficial ora divulgado pelo Governo Argentino. O governo brasileiro ainda informa que a suspensão das importações de maçã, pera e marmelo estão condicionadas ao resultado da inspeção ao sistema de mitigação de riscos da Argentina", diz o Mapa.

Fonte: G1

quinta-feira, 26 de março de 2015

Ciclo de Seminários Estudos IEA - Financiamento do Agronegócio – safra 2015/2016



Ciclo de Seminários Estudos IEA - Financiamento do Agronegócio – safra 2015/2016



Palestrante: Ademiro Vian

Professor da Fundação Getúlio Vargas e diretor-adjunto da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN. É formado em Administração de Empresas com pós-graduação em Finanças, com extensa atuação na área de crédito desenvolvida em instituições privadas, em especial no agronegócio. Participou de projetos importantes que resultaram na criação de mecanismos para o financiamento agrícola, tais como a idealização dos Certificados de Direito Creditórios do Agronegócio – CDCA, das Letras de Crédito do Agronegócio – LCA e dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio – CRA. Foi gestor da carteira de Crédito Rural do Banco Mercantil de São Paulo e administrador do Serviço Social da Indústria - SESI. Na FEBRABAN, responde pelas áreas de produtos financeiros, crédito, tributação e contabilidade. É autor dos livros Securitização de Recebíveis e Novos Instrumentos de Financiamento do Agronegócio, e co-autor de diversos outros livros editados pela FEBRABAN, como Matriz de Riscos, Controles Internos e Compliance, além de diversos artigos técnicos divulgados pela imprensa. Atualmente também ministra os cursos de Crédito Rural e Agronegócio da FEBRABAN, e de Negócios Bancários da FAAP. É membro do Conselho de Administração do IPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuarias e Financeiras e do Conselho Fiscal do Sebrae/SP. É representante da FEBRABAN em diversas câmaras técnicas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - Mapa. 

Resumo : O que, efetivamente deve mudar para os produtores rurais e empresas ligadas diretamente ao agronegócio, no próximo PAP 2015/2016. A exaustão do atual modelo de financiamento da agricultura. 



Data: 01/04/2015

Horário: 14h00 às 16h00

Local: Instituto de Economia Agrícola

Praça Ramos de Azevedo, 254

4º andar – Auditório




Maiores Informaçõe:

Rosemeire Ceretti
Núcleo de Qualificação de Recursos Humanos
Fone: (11) 5067.0573

Em Tocantins, agricultores familiares produzem mais de 35 milhões de frutos de abacaxi por ano no estado


Os agricultores familiares representam 40% dos produtores de abacaxi do Tocantins, cultivando cerca de 35 milhões de frutos, em 1.400 hectares. Calcula-se que 800 agricultores, com o apoio do Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), conquistam novos mercados e expandem sua produção.

Os agricultores familiares tocantinenses cultivam em torno de 1,5 a 2 hectares, numa média de 25 mil frutos por hectare. Os municípios de Pau D´arco e Juarina, na região noroeste do Estado, concentram o maior número de produtores. A produção tocantinense já é comercializada em vários estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, além do Distrito Federal.

De acordo com a engenheira agrônoma extensionista rural do Ruraltins, Milene de Sousa Magalhães, o Estado possui características propícias para produção de abacaxi. “O Tocantins desponta como um dos grandes produtores do Brasil, com produtos que estão entre os melhores, em especial pela qualidade da fruta. Reunimos condições climáticas para produção do abacaxi”, disse.

A extensionista rural também destaca o trabalho desenvolvido pelo Ruraltins junto aos produtores. “Orientamos desde a aquisição até a qualidade da muda, preparo de solo, plantio, trabalhamos para deixar o produtor bem informado”, apontou, ao ressaltar ainda que o Estado também acompanha os produtores na elaboração de projetos para aquisição de créditos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Produção de Mudas

Considerando a importância da produção de abacaxi no Estado, a Instrução Normativa Federal nº 43, de 17 de setembro de 2013, que estabelece as normas para produção e comercialização de material de propagação do abacaxizeiro, adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi desenvolvida no Tocantins e passou a alcançar todo o país.

Segundo Milene Magalhães, os produtores têm até setembro deste ano para se adequarem às normas e, para isso, no Tocantins está prevista uma série de palestras sobre a legislação. “Realizamos a primeira palestra na região do Bico do Papagaio e nossa expectativa é que a partir das demandas que venham a surgir possamos atender ao maior número possível de produtores em todo o Estado, e os nossos escritórios [do Ruraltins] estão todos à disposição dos produtores”, ressaltou.

Fonte: Toda Fruta / Seagro-TO

Araraquara lança fábrica de vespinhas para combater greening nos pomares

Tamaríxias, têm menos de 1 milímetro e podem impedir início do amarelão.
Psilídeos são minúsculos, mas causam problemas e prejuízos a agricultores.


O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) lançou nesta terça-feira (24), em Araraquara (SP), uma fábrica de tamaríxias, também conhecidas como vespinhas. O inseto combate outro que é conhecido da citricultura por transmitir a bactéria do greening - também chamado de amarelão - e causar grande prejuízo aos pomares de laranja, deixando as folhas amareladas e afetando o desenvolvimento dos frutos.
As vespinhas não passam de um milímetro e precisam se alimentar dos psilídeos jovens para se reproduzir. O novo laboratório do fundo de defesa da citricultura em Araraquara foi montado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba (SP).

Os pesquisadores cultivam vasos de murtas, onde os psilídeos costumam botar ovos, em estufas. Em seguida são colocadas plantas junto com as vespinhas, que depositam ovos nos psilídeos jovens, chamados de ninfas. Ao nascerem, as larvas comem as ninfas e, assim, evitam a reprodução dos insetos do greening.

“Uma única tamaríxea consegue controlar no campo até 600 psilídeos”, disse o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Pedreira de Miranda.

Pesquisa

O laboratório tem capacidade para produzir 100 mil vespinhas por mês. Durante os testes, cientistas descobriram que, em uma única área, os predadores podem eliminar até 90% dos insetos que transmitem a doença. O próximo passo é soltar as vespas nas plantações.

A equipe vai liberar os insetos em áreas onde não há pulverização. “Pomares não comerciais, fundos de quintais, cemitérios e áreas urbanas onde há murta, por exemplo”, explicou o gerente geral do Fundecitrus, Antônio Ayres.

ssas ações vão ajudar a diminuir a doença, que já atingiu 60% dos pomares paulistas. “Para que esses insetos morram antes de migrar para as áreas comerciais, o que viria a ocasionar grande prejuízo ao citricultor”, comentou Ayres.

Produção
O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. No Estado de São Paulo, a citricultura movimenta a economia de 375 cidades. A laranja é a terceira cultura mais importante do Estado, atrás da cana-de-açúcar e da pecuária.

Fonte: G1

Ministra diz que embargo de maçã e pera argentinas visam segurança do Brasil


A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta quarta-feira (25) que a decisão do governo de suspender a importação de maçã, pera e marmelo da Argentina visa resguardar a segurança da produção brasileira. A medida foi tomada devido à presença da praga Cydia pomonella, conhecida como traça da maçã, em carregamentos provenientes daquele país.

A ministra lembrou que o Brasil é o único país do mundo que conseguiu extinguir de forma definitiva a Cydia pomonella das plantações. Ela concedeu entrevista à imprensa após participar de audiência a convite da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

“Foi com muito pesar que tivemos de suspender a entrada desses produtos porque nós somos parceiros do Mercosul. Mas, acima de tudo, está a segurança sobre a produção brasileira. Nós demos o mesmo tratamento técnico que os demais países do mundo nos impõem. O Brasil é tratado com rigor absoluto quando tem algum foco ou alguma doença”, declarou a ministra.

De acordo com Kátia Abreu, o Brasil solicitou diversas vezes que o governo argentino permitisse a verificação in loco do planejamento de contingência e mitigação de riscos – fiscalização que é realizada todos os anos. “Mas isso não foi permitido”, lamentou.

“Não tivemos outra alternativa a não ser suspender as importações até que a Argentina resolva nos dar a oportunidade, técnica e legal, de entrar no país e fazer as verificações necessárias”, concluiu.

Durante a audiência na Câmara dos Deputados, o secretário de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho, afirmou que o assunto preocupa fortemente os produtores brasileiros. “Não seria justo com nossa produção nem com o serviço de defesa brasileiro permitir a entrada dessa ameaça”, disse o secretário.


Fonte: Ministério da Agricultura

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2205
Priscilla Mendes

quarta-feira, 25 de março de 2015

Embrapa e Mapa monitoram pragas que ameaçam fruticultura

Foto: Claudio Melo / Embrapa
A fruticultura brasileira ocupa posição de destaque no cenário internacional em diversos cultivos, tanto na expressividade das exportações (quantidade e divisas para o país), bem como nas tecnologias até então desenvolvidas. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), o Brasil é desde os anos 70 o maior exportador mundial de suco de laranja e também se destaca como o maior produtor mundial de mamão e segundo maior de banana (atrás apenas da Índia), ocupando ao final a 9ª posição no ranking de exportadores mundiais de frutas, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Por esse motivo, qualquer ameaça à produção nacional de frutas deve ser considerada como um alerta importante para os produtores. É que o pensa o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Marcelo Lopes da Silva, autor do artigo "Fruticultura sob ameaça", publicado na edição de março de 2015 da Revista da Fruta.

No texto, Lopes ressalta que a entrada de pragas inexistentes no Brasil é uma ameaça particularmente preocupante para o setor de produção de frutas, uma vez que a defesa fitossanitária no setor apresenta dois gargalos principais: a restrição ao uso de agrotóxicos por questões de segurança alimentar e a falta de alternativas de controle biológico disponíveis no mercado. "Mais de uma centena de pragas quarentenárias, reconhecidas de maneira oficial como ameaças à agricultura brasileira, já está nos países sul-americanos. Esta situação é particularmente preocupante para o setor de produção de frutas", afirma o pesquisador. Por fim, as práticas para contenção de pragas quarentenárias consomem recursos financeiros e impactam nas economias locais. "Se estas práticas não forem eficientes no seu objetivo, o investimento nelas passará a ser contabilizado como prejuízo", diz Lopes.

O pesquisador destaca o aparecimento de duas pragas preocupantes em 2014: a mosca Drosófila-das-asas-manchadas (Drosophila suzukii) e o besouro Bicudo-da-acerola (Anthonomus tomentosus) parente próximo do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis). A mosca foi detectada pela primeira vez no Brasil em janeiro de 2014, em uma plantação de morangos na cidade de Vacaria (RS). Já o besouro foi achado nas plantações de acerola do estado de Roraima, principalmente nos municípios de Boa Vista, Mucajaí e Pacaraima, declarados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como zonas interditadas para o trânsito de frutos frescos de acerola. Segundo Marcelo, a espécie de mosca drosófila já era uma ameaça previsível, pois está se disseminando naturalmente pelo mundo com uma rapidez incomum. Esta praga está sob monitoramento pelo MAPA e Embrapa. "É muito difícil impedir a propagação dessa mosca, visto que ela se propaga naturalmente por voo a longas distâncias. A notícia boa é que a sua distribuição é dependente do clima e o clima tropical predominante no Brasil pode ser algo que impeça a disseminação dessa praga", diz o pesquisador. Já o Bicudo-da-acerola era, de acordo com o pesquisador, "praticamente um desconhecido", o que causou surpresa aos órgãos de defesa sanitária vegetal.

Outro passo importante no Brasil para assegurar a qualidade das frutas é a elaboração do "Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas" que vai integrar as iniciativas já existentes para o controle, a erradicação e a vigilância de diversas espécies de mosca das frutas e incentivar novas estratégias. A ideia do programa, que deve ser oficialmente lançado até o final do mês de junho, é elevar a qualidade da produção nacional e ampliar os mercados exportadores para as frutas nacionais.

O Diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA, Luís Rangel, afirma que os eixos básicos do programa serão divididos em três grandes áreas: a pesquisa agropecuária feita pela Embrapa e pelas universidades; a extensão rural para levar o conhecimento científico ao agricultor e o incremento da defesa agropecuária, por meio das ações de vigilância e monitoramento e da certificação fitossanitária, a fim de garantir que a Mosca da Fruta não seja uma barreira à exportação brasileira de frutas.

Fonte: Embrapa

Qualidade das mudas e controle ecológico de pragas são destaques da fruticultura

Planejar o plantio de frutíferas, desde a preparação do solo e escolha de mudas até o cuidado com doenças e pragas que podem atingir o pomar, é uma das orientações dadas pelos técnicos da Emater/RS-Ascar na parcela temática da fruticultura na 15ª edição da Expoagro Afubra. O local é um dos espaços em que a extensão rural e a pesquisa estão integrados, por meio da parceria entre a Emater/RS-Ascar e a Embrapa.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Wagner Soares, ao planejar o plantio das frutíferas o agricultor precisa estar atento a alguns cuidados, como a orientação do sol, sendo a iluminação pela manhã a mais recomendada, e as condições do solo. "Antes de tudo é importante realizar a análise do solo para uma avaliação da qualidade química, assim o agricultor poderá ter diversidade de espécies na propriedade e, com isso, a disponibilidade de frutas durante todo o ano, tanto para o consumo da família quanto para a comercialização", frisa Soares.

Outro fator importante é a escolha das mudas para o plantio, que devem ser oriundas de viveiros credenciados. Embora as mudas adquiridas nesses viveiros possuam um valor maior de comercialização, o engenheiro agrônomo ressalta os cuidados que se deve ter ao iniciar o plantio das espécies. "A muda não é um gasto, ela precisa ser vista como um investimento. A planta começará a produzir, em média, três anos após o seu plantio. Se tiver boa qualidade, tem menor possibilidade de apresentar problemas com doenças e pragas", lembra Soares.

Os agricultores Marcelo e Resioni Cerri, do município de Agudo, visitaram a Expoagro Afubra pela primeira vez e encontraram no espaço a oportunidade de esclarecer dúvidas. "As informações que recebemos aqui vão nos ajudar muito, pois essas orientações técnicas podem nos auxiliar na melhoria do nosso pomar", destacou Resioni.

Para combater a incidência de pragas e doenças nos pomares, a equipe de extensionistas e pesquisadores ensina a elaborar as caldas bordalesas e sulfocálcica, sendo que, a primeira possui efeito sobre as doenças que atingem o pomar e a segunda, sobre as pragas. "Essas caldas podem ser preparadas pelo próprio agricultor e não causam prejuízos à saúde do produtor", finaliza o extensionista.

Os cuidados com o solo também são recomendados pelos técnicos da Emater/RS-Ascar. No pomar implantado pela Emater/RS-Ascar, é utilizada a cobertura viva para o controle da umidade, o que evita também a erosão do solo e diminui a compactação do mesmo. Além disso, conforme o técnico da Emater/RS-Ascar Wagner Soares, a adubação verde é fixadora de nitrogênio no solo, o que garante a adubação.

Fonte: Emater/RS-Ascar

Brasil anuncia embargo a maçãs e peras argentinas


O Brasil decidiu nesta terça-feira suspender a importação de maçãs e peras argentinas em função da presença da praga Cydia pomonella nos frutos, em uma medida que visa proteger os agricultores brasileiros de uma eventual volta da doença, erradicada no país em 2014.

"Na questão de defesa sanitária e controle de pragas e doenças, o Brasil não pode transigir. A tolerância será zero, independentemente do parceiro comercial", afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em nota.

De acordo com a pasta, a suspensão vale até que o sistema argentino que fiscaliza os riscos relacionados à pragas e doenças seja reavaliado.

Na nota, o ministério afirma que a praga, conhecida como traça da maçã, foi encontrada em 15 carregamentos de maçãs e peras provenientes daquele país, nos primeiros meses do ano.

Carregamentos de marmelo oriundos do país vizinho também serão barrados.

O governo brasileiro já havia ameaçado embargar a importação da maçã argentina, caso o país não permitisse a entrada de auditores brasileiros para confirmar ou não a existência da praga nos carregamentos argentinos, conforme antecipou a Reuters na semana passada.

A protelação da Argentina em autorizar a entrada dos fiscais no país para inspecionar os frutos “in loco”, marcado para março e depois para abril, a pedido dos argentinos, fez com que o Mapa decidisse embargar o fruto.

Desde que erradicou a praga o Brasil possui um certificado internacional, ao contrário da Argentina, fazendo-se necessário a entrada desses auditores no país vizinho para realização de inspeções.

O bloqueio pode estremecer as relações comerciais com o país vizinho, ainda que o comércio da fruta envolva valores relativamente pequenos perto das exportações e importações dos principais produtos do agronegócio nacional.

No ano passado, as importações de maçã argentina pelo Brasil somaram 46,1 mil toneladas, o equivalente a 48,8 milhões de dólares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro.

Fonte: Exame.com

Com contratos futuros em euros, CME entra na "guerra" pelo cacau

A partir da próxima segunda-feira, a bolsa de Chicago (CME) dará início à comercialização de contratos futuros de cacau denominados em euro, na tentativa de tomar o mercado da bolsa de Nova York, sua maior rival. O vencedor será responsável por uma commodity­-chave, cujos contratos atingem não só os preços dos chocolates como a renda de milhões de pequenos agricultores. Com quase 70% da oferta mundial originada no oeste da África e destinada à indústria de chocolates ­ que movimenta US$ 150 bilhões ao ano ­, a amêndoa está sujeita à alta volatilidade. E isso gera tanto a necessidade de "hedge" quanto oportunidades comerciais no mercado futuro.

O cacau, ainda considerado um nicho em relação a outros grandes contratos de commodities agrícolas, já é negociado em dois mercados futuros: na ICE, que opera os contratos de cacau em Nova York e em 2013 assumiu o controle da Nyse Liffe, proprietária da bolsa de Londres, que também negocia cacau. Agora, a bolsa de Chicago irá apresentar um novo contrato físico de cacau em euros ­ e outro em dólar, negociado em dinheiro ­, enquanto a ICE, de olho em proteger a sua posição, lançará opções em euro para o cacau. A chegada da CME nesse mercado de entrega futura da amêndoa é a estreia de Chicago nas chamadas "soft commodities", que incluem café e açúcar. Se o lançamento for um sucesso, poderá abrir o caminho que poria fim ao "reinado" da ICE nestes segmentos agrícolas. Jeffry Kuijpers, diretor­executivo para commodities agrícolas da CME, diz que a ideia vinha sendo discutida há 18 meses com pessoas do mercado, entre eles processadores. Isso porque a negociação em libras esterlinas de contratos em Londres causava "preocupações" de falta de opções à ICE entre participantes do mercado de cacau. Além disso, a maior parte da amêndoa negociada em Londres é considerada de qualidade inferior e vendida a granel.

Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 24 de março de 2015

Gerente do Ibraf participa do quadro Mitos e Verdades do programa "Domingo Espetacular"

Nosso Gerente de Inteligência de Mercado, Cloves Ribeiro Neto, participou do programa Domingo Espetacular  exibido no último domingo, dia 22/03.

No quadro "mitos e Verdades" , Cloves fala sobre frutas exóticas como pitaya, cambuci, cupuaçu entre outras e suas propriedades.

Para ver o vídeo com a matéria completa, acesse o  link: