quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Agronegócio movimenta o mercado executivo

O setor de agronegócios no Brasil pode sofrer com eventuais adversidades climáticas, mas está menos sujeito às intempéries da economia. Responsável por mais de 20% do PIB do país, o segmento acena com boas perspectivas de trabalho para executivos neste ano, alimentadas em grande parte pela profissionalização das empresas.

A busca por resultados melhores e a consequente necessidade de mão de obra qualificada - tanto na área corporativa como na operacional - para alcançar essas metas têm se intensificado nos últimos anos. "O objetivo é chegar ao nível de profissionalização das empresas de bens de consumo", afirma Thiago Pimenta, sócio da consultoria Flow Executive Finders. Ele calcula que, em 2014, perto de 30% do resultado operacional da empresa veio do agronegócio, incluindo a infraestrutura e a logística de apoio ao setor.

Caroline Badra, sócia e consultora de recrutamento e seleção para a prática do agronegócio da Asap Recruiters, ressalta que o surgimento de vagas no segmento independe de fatores como eleições, política e situação econômica. "Tem havido na indústria agrícola uma forte entrada de multinacionais, sobretudo de defensores e fertilizantes. Fundos de investimento têm adquirido empresas familiares brasileiras, e muitas se dedicam cada vez mais a preparar a sucessão."

Para Jeffrey Abrahams, sócio-gerente da companhia de recrutamento de executivos Fesa, essa movimentação abre caminho para a contratação de CFOs, controllers e gerentes gerais. "Há também, na área de insumos, muitas fusões e aquisições que aquecem o mercado", afirma.

A procura por executivos, diz Caroline, ganha força no Norte e Nordeste - em Estados como Bahia, Maranhão e Piauí -, e especialmente no Centro-Oeste, que respondeu por cerca de 30% das vagas do setor que a Asap trabalhou no ano passado. Por essa razão, a mobilidade é um quesito importante para os executivos que atuam nesse campo. Como diz Cristiano Soares, diretor financeiro e de relação com investidores da V-Agro, produtora de grãos e fibras, "é preciso estar disposto a sujar a bota".

Formado em direito, Soares começou a carreira como advogado de um grupo de empresas e, em 2004, aproveitou uma oportunidade em uma companhia de biodiesel. "Interessei-me pelo projeto e fui para trabalhar na criação do negócio", diz. No ano seguinte, migrou para o mercado financeiro, mas rapidamente voltou à mesma empresa de biodiesel, dessa vez para a implementação de sua oferta pública de ações (IPO). Entre 2006 e 2007, esteve em uma companhia do setor de shopping centers, e em 2008 chegava pela terceira vez à Brasil Ecodiesel, agora com a missão de participar de sua reestruturação financeira.

Em 2010, a empresa decidiu entrar no negócio de grãos e fibras. Para tanto, incorporou o grupo agroindustrial Maeda e, pouco depois, a Vanguarda Participações. Em 2013, Soares foi convidado pelo CEO da então recém-constituída V-Agro para assumir sua área financeira, com a condição de sair "da zona de conforto e do ar-condicionado". "Um gestor do agronegócio tem de entender os problemas que o administrador da fazenda enfrenta. É fundamental participar ativamente da produção", afirma. Dessa forma, embora esteja alocado em um escritório em São Paulo, o diretor financeiro visita semanalmente as instalações da V-Agro em Nova Mutum, no Mato Grosso.

Em sua opinião, o setor prepara o profissional para situações que exigem jogo de cintura e flexibilidade. "As projeções mudam o tempo todo e a programação requer adaptações de última hora", explica. "Há a interferência do clima, de pragas e de mudanças de preço. Os ciclos são longos, já estamos preparando a safra que será plantada em setembro ao mesmo tempo em que colhemos a de 2014/15."

Em termos de atratividade, Pimenta, da Flow, define o agronegócio como grande chamariz e formador de bons executivos, justamente pelo desafio de trabalhar com recursos que não são controlados pelas companhias. O consultor diz que é comum a migração de profissionais das indústrias de bens de consumo, automobilística e do setor de serviços para o segmento - embora ainda identifique certo preconceito dos que não conhecem bem as oportunidades que o negócio oferece. "Os salários chegam ao nível dos oferecidos pelas empresas de bens de consumo", afirma.

A área de planejamento financeiro é uma das que estão aquecidas no agronegócio, na percepção de Alexandre Kalman, sócio da Hound Consultoria, especializada no recrutamento profissional para os departamentos de finanças e impostos. "Buscam-se gestores com um olhar estratégico para o futuro", diz. Entre janeiro e outubro do ano passado, 30% do faturamento da Hound ficou por conta do agronegócio.

Há menos de um ano na Biosev, companhia do setor sucroalcooleiro, como gerente tributária estratégica, Fernanda Santos de Oliveira conta que pesquisou bastante antes de aceitar uma oferta no setor. Antes na área consultiva tributária, ela diz que foi atraída pelo grande dinamismo das operações ligadas a sua formação. "Trata-se de uma boa oportunidade para o desenvolvimento de minha função. Reporto-me diretamente ao CFO e planejamento é desafiador."

Ela explica, por exemplo, que as contribuições previdenciárias são específicas e, além dos impostos federais, algumas operações incluem impostos estaduais. "Devido às especificidades, quem chega de outras áreas de negócio precisa ser flexível para adquirir a vivência necessária", ressalta Caroline Badra, da Asap.

Aos 38 anos, o engenheiro agrônomo Edson Corbo já acumula 16 de mercado. Atualmente, ele é diretor de agronomia para a América do Sul da NexSteppe, empresa de comercialização de sementes de sorgo. "Sempre fiz tanto a função de gestão de projetos como a de pessoas em áreas técnicas", diz.

Para Corbo, o conhecimento técnico em seu cargo é necessário para conectar profissionais e projetos às necessidades da própria companhia. Ele já havia exercido o papel de gestor em seus empregos anteriores, na Dow AgroSciences e na Monsanto. Além de acumular cursos, o executivo afirma que desenvolveu competências de liderança ao mudar muito de departamento e de localização geográfica de trabalho, o que "dá bagagem para interagir com pessoas".

Corbo vê mais desafios para o executivo no agronegócio brasileiro do que no mercado americano. Isso porque o Brasil é um país tropical que produz nos 12 meses do ano, o que exige muito mais do profissional. "Nos EUA, o inverno é usado apenas para planejamento na área agrícola. Aqui, plantamos e colhemos ao mesmo tempo, em regiões diferentes", afirma.

Apesar de a economia brasileira não estar em um momento favorável, o diretor da NexSteppe destaca que, em termos de necessidade de profissionais, o mercado local continua bastante atrativo. "As empresas vão precisar de pessoas com experiência, que agreguem mais aos projetos". Nessa conjuntura, as companhias também investem em treinamento para os funcionários. "Elas estão preocupadas com retenção", diz.

De olho na busca por aprimoramento em capacidade de gestão por parte dos profissionais do setor, as escolas têm feito investimentos. Na Fundação Dom Cabral (FDC), o programa de gestão em agronegócios surgiu em 2013. Segundo Denise Leite, gerente de projetos dos programas abertos da FDC, ele foi precedido por um núcleo de desenvolvimento do conhecimento em agronegócio, criado em 2012 com o objetivo de levantar temas de gestão com foco no setor.

"A estrutura do curso é modular, para que possa ser conciliado com as atividades do aluno, seja no campo, na cooperativa ou na empresa", explica. São cinco módulos de 14 horas, totalizando 70 horas, e a frequência das aulas é quinzenal. O perfil dos participantes é heterogêneo, de acordo Denise. "Há empresários e gestores de empresas e de propriedades rurais particulares."

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Agricultores criam produtos feitos com frutas da caatinga


Há quase 20 anos, pequenos agricultores do sertão baiano se uniram para aumentar a renda familiar e a partir dessa ideia eles começaram a vender produtos feitos a partir de frutas nativas, como o maracujá do mato e umbu, para países europeus.




Confira o  vídeo no link abaixo

Fonte: G1 - Programa Bahia Rural

ITAL divulga o calendário de eventos e cursos do ano de 2015

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), órgão da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios e vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está divulgando o calendário de eventos de 2015. Neste ano, o ITAL irá oferecer ao público o total de 56 eventos, entre workshops, cursos, seminários etc. 

Os eventos do ITAL têm como objetivo contribuir para a capacitação e aperfeiçoamento de profissionais que atuam nas áreas de alimentos e embalagens e à complementação da formação de estudantes. 

O calendário de eventos é elaborado a partir da identificação de demandas das áreas de alimentos e de embalagens e inclui temas de interesse das áreas de cereais, chocolates, balas e confeitos carnes e derivados; frutas e hortaliças; produtos de laticínios, embalagem e engenharia, bem como aspectos relevantes sobre segurança de alimentos, sustentabilidade e inovação.

Em 2014, foram realizados 46 eventos – que incluíram cursos, seminários, simpósios e jornadas. Além dos eventos do calendário anual, as Unidades de Pesquisa do ITAL também oferecem treinamento “in company”, para empresas interessadas em treinamentos específicos, que, inclusive, podem ser ministrados no próprio local de trabalho. 

A programação anual dos eventos do ITAL está sujeita a alteração e poderá ser conferida no site do Instituto, no campo “Calendário de Eventos”: www.ital.sp.gov.br.

Fonte: ITAL

Encontro sobre o Registro de Agrotóxicos para CSFI acontecerá no fim do mês

Com o objetivo de fomentar a discussão sobre as Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI) – conhecidas popularmente como minor crops -, apresentar os avanços alcançados e determinar os novos rumos a serem seguidos, tanto pelas entidades públicas como as privadas, será realizado, no dia 28 de janeiro, no Edifício Sede da CNA, o III Encontro sobre o Registro de Agrotóxicos para CSFI. 

O evento é organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Associação Brasileira dos Produtos Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

Durante o encontro, os inscritos terão acesso a diversas mesas e palestras sobre o tema. O Diretor de Sanidade Vegetal do Mapa, Luís Rangel, por exemplo, irá moderar o debate sobre os novos desafios para as CSFI no Brasil. O papel da pesquisa agropecuária no desenvolvimento das CSFI no Brasil será outro tema a ser abordado no evento, em forma de palestra conduzida por Marcos Botton, da Embrapa Uva e Vinho. O setor empresarial também estará presente no encontro, apresentando projetos e opinando sobre o assunto em questão.

Para se inscrever no evento, o interessado deve encaminhar um e-mail para encontro3CSFI@gmail.com até a data limite de 23/01/15 informando o nome completo, instituição que representa, e-mail e telefone para contato. A inscrição é gratuita e o número de inscritos limitado.

Histórico – A publicação da Instrução Normativa Conjunta nº 01 de 23 de fevereiro de 2010 (INC 01/10), pelo Mapa, Anvisa e Ibama, representa um marco regulatório importante para o registro de agrotóxicos para as CSFI e promove, com os critérios científicos exigidos, o aprimoramento do sistema de registros desses produtos no Brasil.

Cientes da importância do setor produtivo e da indústria no sucesso da implementação da norma, os órgãos de governo citados organizaram o I Encontro Nacional sobre o Registro de Agrotóxicos para CSFI realizado no dia 26 de outubro de 2011, em Brasília – DF, que teve como objetivo aproximar os segmentos interessados na INC 01/10 e promover o debate sobre as prioridades, demandas e soluções para atender as cadeias produtivas de CSFI. A Reunião contou com a participação de 200 pessoas, entre representantes de governo, da pesquisa agropecuária brasileira, de empresas do setor de agrotóxicos, do terceiro setor e de produtores rurais.

Em novembro de 2012, os órgãos de governo organizaram o II Encontro Nacional sobre o Registro de Agrotóxicos para CSFI, também em Brasília – DF, que teve estrutura semelhante ao anterior, mas com destaque para as participações de representantes dos programas para minor user americano (IR-4) e canadense (Pest Management Centre - PMC) com apresentação dos seus respectivos programas e a assinatura de um Memorando de Entendimento que foi firmado entre a Anvisa e estas instituições. Esse segundo encontro foi fundamental para alavancar a participação dos produtores rurais e suas representações nas discussões sobre o tema, promovendo a sua organização e estruturação, o que resultou na criação de grupos técnicos, no âmbito das Câmaras Setoriais do MAPA, com participação dos demais atores do processo (indústria e governo) viabilizando o avanço do tema no Brasil.

Como resultado desse esforço conjunto, em 16 de julho de 2014, foi publicada a INC 01/2014, revogando a antiga INC 01/2010, e trazendo adequações técnicas , com o reagrupamento de culturas e a inserção de novos grupos, que permitiram o aporte de mais de 60 projetos de registro de produtos formulados p or parte das empresas registrantes de agrotóxicos. Esses processos já entregues ao governo estão sendo analisados e todos os novos LMRs definidos para essas culturas estão sendo colo cados em consulta pública, quando da inclusão das mesmas nas monografias dos respectivos ingredientes ativos. Neste primeiro momento já foram avaliados o estabelecimento e extrapolação de mais de 500 novos Limites Máximos de Resíduos (LMR), nas mais diversas culturas, principalmente frutas e hortaliças consideradas como CSFI.

Fonte: Ministério da Agricultura

Tecnologia desponta como aliada para produtividade no agronegócio brasileiro

O desafio do setor para este ano que se inicia é manter um crescimento sustentável frente à ampliação da concorrência no mercado internacional de produtos primários e às condições climáticas desfavoráveis nas principais áreas de cultivo no país.

Diante desse cenário, o agricultor brasileiro deve se perguntar se ele está atualizado para enfrentar os desafios do seu tempo. É aí que a tecnologia marca posição num setor historicamente visto como "atrasado", mas que, mesmo longe dos centros urbanos, ocupa a dianteira do que há de mais inovador e moderno.

O avanço de equipamentos high tech no campo responde à ampliação da fronteira agrícola no país e, com ela, a necessidade de novos métodos que permitam gerir a produção de modo inteligente. Nesse contexto, a chamada Agricultura de Precisão (AP) reúne um conjunto de técnicas e tecnologias voltadas para a racionalização do manejo agrário e da aplicação de insumos agrícolas, com vista a redução de gastos, aumento dos ganhos de produtividade e diminuição do impacto ambiental decorrente da atividade agrícola.

Se no lado de fora da porteira o gargalo de infraestrutura dificulta o escoamento da produção agrícola e encarece as vendas, dentro dos limites do cercado o agricultor já tem condições de gerenciar e ampliar a produção: equipamentos de TI permitem monitorar as plantações com eficiência e precisão, de modo a reduzir os custos de produtividade e, assim, compensar o impacto que o chamado "custo Brasil" gera sobre seus negócios.

Após a maior parte das lavouras do país inovar suas operações com o uso de maquinário com tecnologia de ponta, técnicas de última geração na modificação genética de sementes e insumos desenvolvidos em laboratórios internacionais, surgem novas ferramentas de TI que dispensam o uso de lápis e planilha na hora de calcular a safra, monitorar o plantio e racionalizar a aplicação de fertilizantes e defensivos.

Cabe ao pequeno, médio e grande produtor se adequarem aos novos sistemas de gestão informatizada e integrá-los à tecnologia já agregada ao maquinário e aos insumos, com vista a otimizar a tomada de decisões em tempo real.

Para 2015, a prevista supersafra norte-americana deve ampliar a oferta de commodities no mercado mundial e acirrar a competitividade desse setor. Frente ao cenário adverso, os agricultores brasileiros devem estar preparados para cobrir a oferta da concorrência e atender um mercado consumidor que se mantém aquecido. Para tal, é necessário atualizar o campo com tecnologias que permitam ao agronegócio continuar puxando o crescimento da frágil economia brasileira.

Fonte: Grupo Cultivar
http://www.grupocultivar.com.br

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Produtores rurais estimam colher 600 mil toneladas de uva na Serra do RS


O Rio Grande do Sul deve ter uma safra de uva mais doce e de alta qualidade. É o que apontam especialistas após um ano de temperaturas e clima que beneficiaram a maturação e o desenvolvimento da fruta nas lavouras gaúchas. Estima-se que sejam colhidas cerca de 600 mil toneladas do produto na região da Serra, o que representa mais de 40% da produção brasileira.

O técnico agrícola Zair Molon explica que o início de primavera mais frio foi benéfico para a lavoura. "O frio facilitou a brotação inicial. Houve chuvas, mas dentro da normalidade então conseguimos controlar pragas e doenças. Estamos chegando ao final do plantio com uma sanidade boa de uva e esperamos por dias quentes e noites frias que melhorem a maturação da uva", explica.

Molon acredita ainda que assim os produtores terão uma uva com uma acidez melhor, o que também beneficia a produção de espumantes. A propriedade dele deve colher 130 mil quilos de uva.

Os produtores também estão animados com a venda do produto. O preço mínimo da uva foi reajustado de acordo com a inflação e está em R$ 0,70 por quilo.
“A demanda é boa, muitas vinícolas do estado e até de fora já vieram atrás da uva. Esperamos que continue assim, para que o produtor receba mais, já que o custo de produção ainda é alto”, diz o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin.

A colheita da fruta segue até março. Em todo o país, a safra deve alcançar 1,4 bilhão de quilos de uva.

Fonte: G1

Citricultor deve enviar relatório de cancro cítrico e greening para CDA até quinta-feira, dia 15


O citricultor tem até 15 de janeiro de 2015 para entregar o relatório à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) com a declaração das inspeções de cancro cítrico e greening (HLB) realizadas nos pomares de citros durante o 2º semestre de 2014.

O formulário do relatório está disponível no site da CDA. O documento pode ser impresso e guardado para eventuais comprovações em auditorias realizadas pela Defesa Agropecuária. Caso o citricultor tenha alguma dúvida, ele pode consultar o Manual Básico do Usuário, também disponível no site.

De acordo com o setor, a legislação em vigor estabelece que proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título, deve realizar, no mínimo, uma inspeção trimestral, eliminar as plantas suspeitas e, a cada semestre, enviar relatório ao órgão oficial de defesa agropecuária. Mesmo não encontrando plantas com sintomas do cancro cítrico ou greening, o citricultor deve preencher o relatório e enviá-lo, pois este procedimento é de comunicação obrigatória.

O produtor que deixar de enviar o relatório semestral estará sujeito a multas que variam de 100 a 500 unidades fiscais do estado de São Paulo (Ufesps). O valor de cada unidade é de R$ 20,14.

Fonte: Fundecitrus

MDA divulga lista de produtos com direito a bônus na agricultura familiar

Frutas, como a banana, estão entre os produtos contemplados com o bônus da agricultura familiar
(Foto: Ed. Globo)
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informou os 22 produtos que darão direito ao bônus para agricultores familiares com financiamento de custeio no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A bonificação é relativa às parcelas com vencimento entre 10 de janeiro e 9 de fevereiro de 2015. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (12/1).

Prevista no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar, a bonificação é concedida quando os valores praticados no mercado estiverem abaixo daqueles definidos a cada ano/safra. A referência para o preço de mercado e o valor do bônus é o mês de dezembro de 2014.

Serão beneficiados produtores com culturas de açaí, babaçu (amêndoa), banana, borracha natural cultivada e natural extrativa, cacau (amêndoa), cana-de-açúcar, cebola, feijão, laranja, leite, manga, mangaba, maracujá, milho, pequi, piaçava (fibra), raiz de mandioca, sorgo, trigo, triticale e umbu.

FonteESTADÃO CONTEÚDO / revista globo rural

Pesquisadores chegam ao sequenciamento do genoma citros

Os trabalhos de um consórcio internacional de pesquisadores dos Estados Unidos, França, Itália, Espanha e Brasil resultaram no sequenciamento do genoma citros, divulgado pela primeira vez em 8 de junho de 2014, na Nature Biotechnology. Os representantes brasileiros são pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, e da Embrapa. Com este resultado, a equipe espera possibilitar o desenvolvimento de estratégias para melhoramento de citros, incluindo a resistência ao huanglongbing (HLB) e outras doenças. “Esse é um resultado que está sendo perseguido há vários anos por toda a comunidade internacional que trabalha em pesquisa com citros. É um marco na história da pesquisa em citricultura”, afirma Marcos Antonio Machado, pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

O grupo analisou e comparou as sequências do genoma de dez diferentes variedades de citros, incluindo laranjas, doce e azeda, toranjas e tangerinas. Os esforços de cientistas de diversas regiões do mundo têm o objetivo de aplicar ferramentas genômicas e novas abordagens para compreender como surgiram as variedades de citros e como elas respondem às doenças e a outros estresses ambientais, como o hídrico. Ao entender esse comportamento, a pesquisa poderá ser direcionada ao desenvolvimento de soluções para os desafios do setor citrícola, como o ataque do huanglongbing (HLB), doença infecciosa que vem destruindo os pomares no Estado de São Paulo e na Flórida, principais regiões citrícolas no planeta.

“O objetivo desta pesquisa, primeiramente, foi gerar um genoma de referência de alta qualidade, para tanto utilizamos uma espécie haploide (apenas um cromossomo de cada par) de tangerina Clementina. Depois sequenciamos mais nove espécies de citros, incluindo laranja doce e tangerina”, explica Machado, pesquisador do IAC que integra o consórcio internacional. Ele afirma que a estratégia visou à obtenção de uma boa ideia sobre como uma espécie originou outra ao longo da evolução. O estudo mostrou que essas diversas variedades analisadas são derivadas de duas espécies de citros selvagens, existentes no Sudeste Asiático há mais de cinco milhões de anos. Uma das sequências foi o genoma de referência de alta qualidade da tangerina Clementina.

Segundo Machado, a partir de agora a ciência tem novas ferramentas e um enorme banco de dados de informações genéticas e genômicas para abordar com mais segurança os trabalhos de melhoramento, como os que são realizados no Centro de Citricultura do IAC, em Cordeirópolis, interior paulista.
O trabalho, desenvolvido desde janeiro de 2009, viabilizou o entendimento da estrutura genética de laranjas doce e azeda, tangerinas e toranjas. Com esse ponto de partida, é possível reproduzir as fases iniciais da domesticação, até então desconhecidas, por meio do uso de técnicas modernas de melhoramento e possibilitam o desenvolvimento de novas variedades.

Os resultados obtidos poderão proporcionar o melhoramento dirigido por sequência, levando a materiais mais resistentes a pragas, doenças e mudanças ambientais. De acordo com Machado, os desafios do melhoramento poderão ser mais bem superados com essas novas ferramentas obtidas das informações sobre o genoma. “A expectativa é que tenhamos um melhor entendimento dos processos que levam ao HLB e consigamos controlá-lo. Mas ainda não tem nada 'concreto' para amanhã. Genoma é, em última análise, informação e esta só tem valor se puder ser utilizada”, diz o pesquisador sobre a importância de o conhecimento continuar sendo explorado até chegar a tecnologias em vias de adoção pelo setor de produção. O caminho é longo.

Machado esclarece que essa pesquisa abre portas para outros estudos. “É um alento saber que novas ferramentas estão disponíveis e novas abordagens são prováveis de sucesso para velhos desafios, isto é, melhorar o grupo dos citros”.

O pesquisador e diretor do Centro de Citricultura do IAC afirma que as próximas etapas envolvem análises que possam levar a respostas sobre as diferenças nos genomas entre uma espécie e outra, como laranja doce e tangerinas, por exemplo. “Quais as principais diferenças que poderiam estar associadas aos fenótipos dessas espécies? As diferenças observadas explicam porque as tangerinas são resistentes a algumas doenças e as laranjas mais suscetíveis? Será possível modificar uma espécie aproximando-a das características da outra?”, questiona.

O sequenciamento do genoma citros representa um diferencial, segundo Machado, ao disponibilizar novas ferramentas no ofício contínuo da investigação científica. A partir deste resultado tão perseguido, muitos outros estão por vir. “Temos uma excelente base genética e bons mapas genéticos que nos permitem aproveitar muito mais as informações geradas”, diz.

No Brasil participam o IAC e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Parte do financiamento desse sequenciamento vem também de recursos de agências de fomento brasileiras, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do Ministério de Ciência e Tecnologia, além de recursos do IAC e da Embrapa.

Genoma viabiliza link entre primatas e a ciência moderna

Ao debruçar durante pouco mais de cinco anos sobre o sequenciamento dos citros, os cientistas do consórcio internacional conseguiram levantar informações referentes a espécies cítricas que existiram há cinco milhões de anos. É difícil imaginar algo há tanto tempo atrás. Mas essa ferramenta da biotecnologia permite analisar materiais cítricos e identificar que as diversas variedades estudadas originaram de duas espécies de citros selvagens, existentes no Sudeste Asiático, lá na fase dos primatas.

Segundo o documento do consórcio, uma dessas espécies selvagens deu origem à toranja cultivada, o maior fruto de citros, podendo pesar de 500 gramas a um quilo. As pequenas tangerinas, bem conhecidas do consumidor brasileiro e facilmente descascáveis, resultam de misturas genéticas de uma segunda espécie e da própria toranja. A laranja doce, a variedade de citros mais cultivada em todo o mundo, é um híbrido genético complexo de tangerina e toranja, presumivelmente responsável por suas qualidades únicas. A laranja azeda, importante porta-enxerto usado na citricultura brasileira no início do século XX, seria um híbrido interespecífico independente. Uma das sequências foi o genoma de referência de alta qualidade da tangerina Clementina.

A conhecida tangerina Ponkan também foi sequenciada com investimento do INCT. As análises revelaram que as toranjas representam uma espécie única de citros. Essa mesma afirmação não pode ser atribuída às tangerinas cultivadas, que há tempos foram consideradas livres de mistura com outras variedades. Na pesquisa, a comparação entre as sequências das chamadas tangerinas "tradicionais", como a cultivar asiática Ponkan e a cultivar mediterrânea Mexerica do rio, com tangerinas conhecidas para desenvolvimento de híbridos, concluiu-se que todos contêm segmentos do genoma de toranja. O genoma da tangerina “selvagem” Mangshan da China revelou que ela é uma exceção à regra, por ser uma espécie separada de outras tangerinas cultivadas.

Os citros formam o grupo de frutas mais cultivado no mundo. No Brasil, o setor citrícola movimenta cerca de US$ 5 bilhões, por ano, principalmente na produção e exportação de suco concentrado congelado e suco não concentrado. Nos EUA, a cultura foi avaliada em mais de US$ 3,1 bilhões, em 2013.


Instituto Agronômico (IAC) e Embrapa são os participantes brasileiros no consórcio internacional
Por Carla Gomes (MTb 28156) – Assessora de Imprensa – IAC

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Agronegócio brasileiro exportou US$ 6,77 bilhões em dezembro

Entre janeiro e dezembro de 2014, o montante alcançado foi de US$ 96,75 bilhões

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a cifra de US$ 6,77 bilhões em dezembro de 2014, o que representou um aumento de 5,9%, em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram registradas exportações de US$ 6,39 bilhões. De acordo com nota da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa), os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o crescimento do resultado do mês, além de terem representado 71,2% da pauta exportadora.

Em dezembro do ano passado, as vendas externas foram lideradas pelo setor de carnes, que atingiram o montante de US$ 1,46 bilhão, aumento de 3,8% no valor exportado. A carne de frango foi o item mais exportado, com US$ 653 milhões, crescimento de 5,9%. Em segundo lugar está a carne bovina, com exportações que somaram US$ 636 milhões, aumento de 2,9%. Já a carne suína foi o terceiro item do setor e teve crescimento de 5,3%, com receita de US$ 105 milhões.

O complexo sucroalcooleiro ficou em segundo no ranking das exportações do agronegócio de dezembro, sendo que o açúcar fechou o mês com US$ 821 milhões. Já para o álcool, a cotação média da tonelada ficou em US$ 710, valor 6,4% menor do que de dezembro de 2013. Apesar disso, a quantidade exportada do produto avançou 38%, fechando em 106 mil toneladas, o que resultou em uma receita de US$ 76 milhões, aumento de 29,2%.

Em terceiro lugar no ranking estão os produtos florestais. O aumento de 12,3% na quantidade exportada pelo setor impediu a queda da receita, que foi de US$ 873 milhões, aumento de 0,3% em comparação ao mesmo período de 2013. No setor, papel e celulose fecharam o mês com US$ 610 milhões e madeiras com US$ 263 milhões.

Cereais, farinhas e preparações ficaram na quarta posição do ranking de exportações de dezembro, somando US$ 768 milhões, o que representou crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período de 2013. No setor, o produto mais representativo foi o milho, com vendas externas de US$ 621 milhões e incremento de 2,2%.

O café complementou o rol dos cinco setores mais relevantes para as exportações de dezembro. Com crescimento de 67,9%, as exportações do setor somaram US$ 681 milhões. O café em grãos foi o destaque, com um aumento de 79,8% em relação a dezembro de 2013, com montante que alcançou US$623 milhões.

Janeiro a dezembro de 2014

Entre janeiro e dezembro de 2014, as exportações dos produtos do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 96,75 bilhões e as importações somaram US$ 16,61 bilhões. Dessa forma, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro foi superavitário em US$ 80,13 bilhões.

No período, o setor que mais exportou foi o complexo soja, com US$ 31,40 bilhões, incremento de 1,4%. Em segundo, está o setor de carnes, com US$ 17,43 bilhões em vendas externas, aumento de 3,7%. Já o complexo sucroalcooleiro ficou em terceiro, com US$ 10,37 bilhões; os produtos florestais em quarto, com US$ 9,95 bilhões e em seguida o setor cafeeiro, com US$ 6,66 bilhões.

Clique aqui para acessar a nota da balança comercial.

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social 
Rayane Fernandes 
(61) 3218-2205

Valinhos espera mais de 650 mil pessoas no maior evento turístico do município



A 66ª Festa do Figo e a 21ª Expogoiaba, maiores eventos turísticos de Valinhos (a 90 quilômetros de São Paulo) e que abrem o calendário festivo do Circuito das Frutas paulista, serão promovidas entre os dias 17 de janeiro e 1º de fevereiro de 2015, com a expectativa de receber mais de 650 mil visitantes.


O sertanejo Daniel e o pagodeiro Thiaguinho são as principais atrações musicais dos festejos, que terá também apresentações do Teatro Mágico, Sambô, Rosa de Saron, Amigos do Pagode 90, Blitz, Thalles Roberto, Cezar & Paulinho e Festival Kids.

Os festejos, que têm entrada franca com exceção nos dias de shows especiais nos dias 23 e 30 de janeiro, serão realizados no Parque Municipal ‘Monsenhor Bruno Nardini’ (Rua Dom João VI, s/nº, Jardim Planalto), que conta com uma área de 130 mil m² e completa infraestrutura.
Os ingressos antecipados para os shows de Daniel no dia 23 de janeiro e Thiaguinho no dia 30 custarão R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). No dia do espetáculo sairão por R$ 40 e R$ 20, respectivamente.
“Manteremos a nossa proposta bem sucedida de promover uma festa voltada para a família, com o resgate de tradições, a valorização do homem do campo e a participação de entidades assistenciais, além de shows locais e de grande porte e variadas atrações culturais para agradar a todos os gostos”, destacou o prefeito de Valinhos, Clayton Machado.
“A Festa do Figo e a Expogoiaba são patrimônios do valinhense e divulgadoras do potencial agrícola de Valinhos, que é conhecida como ‘Capital do Figo Roxo’ e grande produtora de goiaba, ao mesmo tempo em que une a classe agrícola e as entidades assistenciais para levar alegria e diversão à população da região e turistas de todo país”, ressaltou o presidente da Comissão Organizador, Ederson Marcelo Valêncio.

Atrações especiais - Vários agricultores da cidade e região participarão da exposição e da venda de frutas, que oferecerá ao visitante a oportunidade de conhecer o que há de melhor na fruticultura local, além de comprar frutas frescas, colhidas no dia, a preços especiais. No ano passado, em 15 dias de festas, foram comercializadas 233 toneladas de frutas.

O presidente da Comissão Organizadora salientou que muitas atrações especiais estão sendo preparadas para esta edição, tais como exposição e venda de artesanato, completa praça de alimentação, provas e desfile de muladeiros, parque de diversão, turismo rural e ecoturismo, apresentações culturais, encontro de carros antigos.
As festas têm também um caráter social, com o envolvimento da Associação das Entidades de Assistência e Serviços de Utilidade Comunitária de Valinhos (ASSERUTIL), responsável do estacionamento e a barraca da calabresa. O Fundo Social de Solidariedade também tem participação marcante.
A ASSERUTIL também cuidou da organização do concurso que elegeu a rainha e as princesas dos festejos. A corte de 2015 é composta pela rainha Gabriela Moraes Gregio, a primeira princesa Mariana Melissa de Souza e a segunda princesa Beatriz Zacharias. Já a Associação dos Muladeiros de Valinhos elegeu como rainha Daniela Pereira da Silva.
“A Comissão Organizadora está trabalhando para atrair grande público e assim superar os ótimos resultados das edições anteriores. Tenho certeza de que será uma grande festa para toda a família”, finalizou Ederson Marcelo Valêncio.


Origem – A primeira edição da Festa do Figo foi realizada em 1949, por iniciativa e desejo do padre Monsenhor Bruno Nardini em angariar recursos para construção da nova Matriz de São Sebastião. De forma simples e comunitária, o pároco, homem dinâmico e considerado líder na comunidade, idealizou a obra e mobilizou agricultores e moradores para esse objetivo, com a realização de quermesses. Assim, ao mesmo tempo em que começou a angariar fundos para a empreitada, ajudou os produtores rurais na comercialização de seus frutos.


Confira a programação de shows do Palco 2:
  • Teatro Mágico – 17 de janeiro
  • Sambô – 18 de janeiro
  • Rosa de Saron – 22 de janeiro
  • Daniel – 23 de janeiro
  • Amigos do Pagode 90 – 24 de janeiro
  • Blitz – 25 de janeiro
  • Thalles Roberto – 29 de janeiro
  • Thiaguinho – 30 de janeiro
  • Cezar & Paulinho – 31 de janeiro
  • Festival Kids – 1º de fevereiro
SERVIÇO


66ª Festa do Figo e 21ª Expogoiaba de Valinhos

Período: De 17 de janeiro a 1º de fevereiro de 2015
Entrada franca, com exceção dos dias 23 e 30 de janeiro, quando serão realizados shows especiais e cobrada entrada no valor de antecipado: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). No dia: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).


Horários:

Terça a sexta-feira: 18 às 23 horas
Sábados e domingos: 10 às 23 horas
Dia 20 de janeiro (feriado municipal): 10 às 23 horas


Local:

Parque Municipal ‘Monsenhor Bruno Nardini’
Rua Dom João VI, s/nº – Jardim Planalto
Mais Informações nos telefones: (19) 3849-5557, 3871-4850 ou 3849-7790
Site do Evento: http://www.festadofigo.com.br/

Fonte: Prefeitura de Valinhos

http://www.valinhos.sp.gov.br/

Safra de uva 2015 deve ser 20% maior na Cooperativa Vinícola Garibaldi

Expectativa é colher 19 milhões de quilos de uva, resultado do crescimento do mercado, especialmente para espumantes e sucos

A Cooperativa Vinícola Garibaldi já começa 2015 a todo vapor. A vinícola deu início a sua vindima com a expectativa de colher 19 milhões de quilos de uvas, 20% a mais do que em 2014. O aumento na safra de 2015 é resultado do crescimento da demanda de mercado, em especial de espumantes e sucos. “Para chegarmos à meta de 20%, incrementamos o nosso quadro de associados, passando de 340 famílias para 370”, explica o presidente da cooperativa, Oscar Ló. 

Até agora, os cooperados já coletaram 50 mil quilos da variedade Chardonnay, utilizada na elaboração do espumante Brut. Nessa semana, também começam a ser recebidas na cooperativa as de variedade Bordô, destinada à elaboração de sucos. Segundo o enólogo Gabriel Carissimi, a precocidade da safra se deve ao clima. “O pouco frio na brotação acelerou o início da formação do cacho e, consequentemente, adiantou a fase de maturação da fruta”, explica. No entanto, Carissimi observa que a qualidade da uva não foi atingida, apresentando assim excelente relação entre açúcar e acidez. “Devemos ter ótimos espumantes em 2015, com boa estrutura e ótimo frescor em boca”, complementa.

A expectativa é que a colheita se estenda até o início da segunda quinzena de março. Para garantir a qualidade das uvas de seus cooperados, a vinícola desenvolve um programa de melhoria contínua junto à produção. Os agricultores associados são acompanhados desde a implantação dos vinhedos até a classificação das uvas no momento da entrega à cooperativa. “A remuneração da uva começa a ser caracterizada no modelo de plantio, o que estimula a produção de uvas de qualidade”, esclarece Carissimi.

Fonte: Agrolink