quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Fundecitrus e Secretaria da Agricultura promovem seminário sobre a mudança da legislação de cancro cítrico

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) promovem no dia 8 de novembro, das 14h às 18h, no Centro de Citricultura Sylvio Moreira/Apta, em Cordeirópolis, o seminário internacional “A mudança da legislação para controle do cancro cítrico” no Estado de São Paulo.

O secretário Arnaldo Jardim apresentará as ações que serão desenvolvidas pela Secretaria, por meio de seus órgãos de defesa agropecuária, extensão rural, pesquisa e desenvolvimento agropecuário com base no cumprimento da Instrução Normativa (IN) n.º 37, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que determina novos critérios e procedimentos para o estabelecimento e a manutenção do status fitossanitário relativo ao cancro cítrico, doença que ataca todas as variedades e espécies de citros. Publicada em 5 de setembro pelo Mapa, a IN 37 tem o prazo de seis meses para ser implementada.

Eriko Tadaschi Sedoguchi, chefe da Divisão de Programas e Campanhas Fitossanitárias da Coordenação-Geral de Proteção de Plantas/Departamento de Sanidade Vegetal, do Mapa, abordará a nova legislação de controle do cancro cítrico. Mário Sérgio Tomazela, coordenador-adjunto da Defesa Agropecuária, explicará a nova legislação de controle do cancro cítrico no Estado de São Paulo.

A coordenação do evento convidou dois palestrantes com larga experiência no sistema de mitigação de risco (SMR) para o cancro cítrico, que é um dos quatro sistemas estabelecidos pela IN 37, a mais viável de ser implantada no Estado. José Croce Filho trará o exemplo da aplicação do SMR no Estado do Paraná, pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar); e Jacqueline Ramallo, da San Miguel Global, apresentará a experiência da implantação do sistema em Tucumám, Argentina.

Como informa Tomazela, “a apresentação de modelos de sucesso já implantados em outro país e Estado, para conhecimento do setor produtivo, é importante nesta etapa de adoção do SMR em São Paulo. Também é a oportunidade de discutir as dificuldades e vantagens da opção, tendo como objetivo facilitar a gestão do processo para que possamos obter resultados positivos que agreguem confiança do produto paulista no mercado e que, produzindo com sanidade, o produtor não seja penalizado”.

Juliano Ayres, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Fundecitrus abordará as ações da entidade frente à mudança da legislação.

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Fonte: Fundecitrus

Pesquisa busca para reduzir perdas de rendimento causadas por Fusarium em bananas em São Paulo

A banana tem um grande impacto socioeconômico no Brasil, abrangendo cerca de 500 mil ha, com um valor de produção anual de cerca de 6 bilhões de dólares. A fusariose, também conhecida como mal-do-Panamá, é um grave obstáculo, especialmente para os produtores das variedades Prata e Maçã.
A doença pode forçar os agricultores a abandonar áreas ou mudar para as variedades menos rentáveis ou mesmo para outras culturas.

Práticas de manejo direcionadas à melhoria da saúde do solo e das raízes têm um grande potencial para diminuir o impacto da a fusariose da bananeira. No entanto, o sucesso desta estratégia se baseia em dados consistentes e profunda compreensão das interações solo-planta, que são em grande parte influenciados por práticas de manejo e fatores específicos do local.

No trabalho apresentado no Simpósio Promusa 2016, em Montpellier, na França, em outubro, pesquisadores da Embrapa, IAC e APTA abordam resultados de duas estratégias de pesquisa realizadas em plantações de banana no Estado de São Paulo.

Conforme Miguel Dia, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), lotado na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), na primeira estratégia, estudos de campo são realizados em áreas contrastantes quanto à intensidade da fusariose com o objetivo entender uma possível relação de práticas de manejo, fatores bióticos e abióticos, com a intensidade da doença. Esses estudos são financiados pela Fapesp e abarcam 20 propriedades de quatro polos produtores do Estado de São Paulo, Vale do Ribeira, São Bento do Sapucaí, Jales e Cândido Mota.

A segunda estratégia é fundamentada no estabelecimento de ensaios experimentais em áreas altamente afetadas pela doença. Nessas áreas um conjunto de práticas de manejo são integradas visando criar ambientes contrastantes de saúde do solo. Estas práticas incluem fontes diferentes de N, P, K, aplicação de silício, matéria orgânica, inoculação de microrganismos benéficos, bem como o uso cultivares gerados pela Embrapa com diferentes níveis de resistência à Fusariose da bananeira.

Resultados preliminares da primeira estratégia variam de acordo ao polo de produção , mas ressaltam a necessidade de uso de material de plantio livre da doença, bem como práticas adequadas de manejo do solo e controle de nematoides e brocas. Já os resultados da segunda estratégia indicam que a variedade 'Prata' responde positivamente às práticas de manejo de saúde do solo com uma redução de até 50% na fusariose no primeiro ciclo de produção. Variedades geradas pela Embrapa como BRS Platina (tipo Prata) e BRS Princesa (tipo Maçã) tem mostrado altos níveis de resistência à fusariose e grande potencial produtivo.

Fonte: Embrapa

Tamanho e época das lesões de cancro cítrico influenciam na queda de frutos

A queda prematura de frutos por conta de cancro cítrico está relacionada ao tamanho das lesões e à época de contaminação, de acordo com uma pesquisa realizada pelo engenheiro agrônomo Weber Marti, durante o Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros – MasterCitrus, com orientação do pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau.

Durante a pesquisa, 91,3% dos frutos caídos apresentaram ferimentos grandes e 34,9% dos que tiveram a primeira lesão quando tinham em média 30 milímetros de diâmetro caíram. Os dados foram coletados em dois experimentos, implantados nos municípios de Guairaçá e Paranavaí, no Paraná. O primeiro avaliou a relação entre as características das lesões de cancro cítrico e a força necessária para remover os frutos das variedades ‘Iapar 73’ e ‘Valência’. O segundo observou a influência da época de surgimento e das características dos sintomas na queda de laranjas ‘Valência’.

As avaliações mostraram que quanto maior a proximidade da lesão ao pedúnculo, a quantidade de sintomas, a severidade e o tamanho das lesões, menor a força necessária para remover o fruto da planta e que sintomas pequenos, inferiores a cinco milímetros, não influenciam na força de remoção das laranjas.

Dos frutos que caíram, 91,3% tinham pelo menos uma lesão – superior a cinco milímetros –, enquanto que na parcela de laranjas colhidas esse percentual foi de 54,5%.

Sendo que nos frutos caídos, as lesões grandes estavam predominantemente mais próximas ao pedúnculo, em maior quantidade, com maior diâmetro e severidade do que as presentes nos frutos colhidos. 

A pesquisa mostrou ainda que os frutos contaminados mais jovens têm maior tendência de queda. Nas laranjas em que o sintoma surgiu em outubro, 45 dias após o florescimento, quando estavam com cerca de 30 milímetros, o percentual de queda foi de 34,9%. Para os frutos em que a primeira lesão apareceu em novembro, 75 dias após o florescimento, o índice de queda foi de 16,3%. Não foi observada perda nos frutos que apresentaram a primeira lesão de cancro cítrico em dezembro, quando o tamanho era de 45 milímetros. Em janeiro, quando já tinham diâmetro médio de 50 milímetros, não foram identificados frutos com lesões. A queda das laranjas em que os sintomas iniciais apareceram em outubro começou em janeiro, se intensificou em abril e foi mais concentrada em setembro, pouco antes da colheita. Os de novembro, começaram a cair em abril e também apresentaram ápice de queda no mês de setembro.

De acordo com o pesquisador Franklin Behlau, uma das estratégias para minimizar os prejuízos de cancro cítrico em pomares muito afetados é a antecipação da colheita para evitar o período em que a queda é mais acentuada. Outra medida indicada é o planejamento das aplicações de cobre, de acordo com o destino das frutas: consumo in natura ou extração de suco. Os citricultores que têm pomares com a produção para a indústria, devem concentrar o controle químico até os frutos atingirem de 45 a 50 milímetros de diâmetro, com aplicações de cobre até quatro meses a partir do florescimento. “O objetivo é prevenir infecções quando o fruto está altamente suscetível, a fim de evitar ou diminuir a quantidade de lesões grandes e, consequentemente, a queda da produção”, diz o pesquisador.

Nos pomares que produzem para o comércio, no qual a aparência do fruto é importante, o controle químico deve ser estendido para evitar qualquer tipo de lesão. “O prolongamento do controle evita a depreciação da produção ou embargos comerciais devido à presença de lesões nos frutos”.

Estudo do Mapa vai identificar potencial de crescimento das exportações agrícolas

A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está desenvolvendo um estudo para verificar o potencial de crescimento do agronegócio brasileiro. O Brasil detém 6,9% do comércio mundial do agronegócio, estimado em US$ 1,1 trilhão. A meta do governo é atingir 10% do mercado internacional em cinco anos.

As informações sobre o estudo foram apresentadas nesta quinta-feira (27) para representantes dos ministérios que participam da Câmara do Comércio Exterior, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e de outras secretarias do Mapa.

“Identificamos que a grande oportunidade está em produtos agrícolas processados, como bebidas, óleo de palma, pescados congelados e chocolates”, salientou o secretário da SRI Odilson Ribeiro. Esses itens têm valor agregado.

“Somos competitivos em 40% do mercado agrícola mundial. Nos 60% restantes, procuramos identificar novos produtos potenciais, que poderão atingir mais de 1% de participação nas exportações mundiais. A ideia é aprofundar o trabalho com esses setores”, acrescentou Odilson Ribeiro.


Modernizando os hortifrútis - por Marcos Sawaya Jank e Altivo Andrade de Almeida Cunha

Frutas, legumes e verduras: a última fronteira de organização do agro



A mudança do entreposto da Ceagesp na capital paulistana vem ocupando espaço crescente na mídia. Discussões sobre o tráfego de caminhões na cidade, o valor da venda, o custo de uma nova estrutura e a especulação imobiliária têm deixado em segundo plano a questão essencial: qual é a real função dos grandes entrepostos de comercialização –as chamadas Ceasas, ou centrais de abastecimento– nos dias de hoje?

As Ceasas brasileiras comercializam 15 milhões de toneladas de FLV (Frutas, Legumes e Verduras) por ano, mas vêm perdendo espaço como canal de distribuição no Brasil e em boa parte do mundo. No embalo da busca por conveniência (praticidade), qualidade e alimentos naturais e saudáveis, 80% das compras de FLV no Brasil são hoje feitas em supermercados, que vêm roubando o espaço das feiras livres, das quitandas e mesmo das Ceasas.

Enquanto as Ceasas oferecem mais de 400 tipos de produtos e variedades, os supermercados médios trabalham com cerca de 30 itens e são bem mais seletivos em termos de produtos ofertados e principalmente de fornecedores.

Diferentemente do pequeno varejo, os supermercados forçam uma intensa concorrência de preços em um sistema que opera com volumes altos e margens apertadas, vitaminado por altas doses de propaganda focada e bem posicionada. Além disso, o canal mostra uma capacidade crescente de coordenação da cadeia produtiva tanto a montante (padrão, seleção, qualidade, transporte e embalagens) como a jusante (entrega em domicilio, por exemplo).

Para sobreviver, mais do que mudar de endereço, como vai acontecer em São Paulo, as Ceasas precisam urgentemente se adaptar aos novos tempos. Infelizmente a valorização da informação e da qualidade tem passado à margem das Ceasas brasileiras. Quase todos os grandes entrepostos brasileiros tornaram-se precários, antiquados e inseguros. Seu modelo baseado em gestão estatal pesada e ineficiente não tem assegurado a geração de bens públicos como o estabelecimento de padrões claros (pesos, medidas e classificação), a difusão de informação transparente sobre preços e origem de produtos e, principalmente, a geração de novas oportunidades que ofereçam um futuro mais promissor para os milhares de produtores, comerciantes e compradores que utilizam o canal.

É hora de pensar seriamente num modelo mais moderno e eficiente de gestão das Ceasas brasileiras e de melhor organização do sistema produtivo de FLVs. Privatização ou concessão privada (como no caso dos aeroportos) são caminhos óbvios a serem trilhados, desde que o sistema resultante assegure a geração dos bens públicos acima citados.

Na Europa, na Ásia e mesmo na América Latina, algumas centrais de abastecimento souberam se reinventar sob o conceito de "polos agroalimentares", focadas na preparação de alimentos frescos para serviços de alimentação, hotéis, restaurantes, cadeias de fast food e até mesmo para os supermercados. Mercados atacadistas ultramodernos em Lima (Peru), Santo Domingo (República Dominicana), Shenzhen e Tianjin (China) conseguiram conectar a oferta nas propriedades rurais com as novas tendências de consumo por meio de infraestruturas modernas e sistemas sofisticados de informação de preços, qualidade e rastreabilidade dos produtos ofertados. O grande entreposto de alimentos de Paris abriga hoje uma incrível incubadora de empresas de agronegócios voltadas para a oferta de alimentos frescos e pré-processados para a cidade.

O amplo acesso à informação e as redes sociais criaram novos canais e possibilidades de escolha. Os consumidores querem saber o valor de cada alimento para a saúde e como, onde e por quem foram produzidos.

Por isso, mais importante que saber para onde irá a Ceagesp paulistana é saber o que ela pretende ser quando se tornar jovem.


Marcos Sawaya Jank:

Especialista em questões globais do agronegócio. Escreve aos sábados, a cada duas semanas. Jornal “Folha de São Paulo”, Caderno Mercado, 29/10/2016

Altivo Andrade de Almeida Cunha:

Especialista em abastecimento e consultor do escritório regional da FAO para a América Latina e Caribe.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Sead recebe comitiva da Nigéria para discutir o Mais Alimentos Internacional

Os programas e políticas públicas da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) são referência em todo mundo. Nesta terça-feira (01/11), o secretário especial, José Ricardo Ramos Roseno, recebeu uma comitiva da Nigéria, liderada pelo ministro da Agricultura, Akinwumi Adesina, para discutir a participação do país africano no programa Mais Alimentos Internacional.

O programa prevê uma linha especial para o financiamento de exportação de maquinário agrícola e tratores para ampliar a produção de alimentos na África, com base no modelo brasileiro de desenvolvimento rural e produção da agricultura familiar. A comitiva da Nigéria está no Brasil para conhecer de perto o programa Mais Alimentos Internacional e viabilizar um acordo de cooperação.

Roseno destaca que o Brasil é referência em políticas públicas para promoção da agricultura familiar. “No Brasil, a agricultura familiar é produtiva, econômica e social. Corresponde a aproximadamente 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Além disso, o setor é responsável pela base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes e responde por 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional”, destaca Roseno.

O secretário também ressaltou a efetiva atuação internacional da Sead, através das cooperações técnicas. “São cada vez maiores as demandas da população mundial sobre a agricultura e o Brasil exerce um papel importante nesse cenário. Através das cooperações internacionais podemos compartilhar nossos programas e políticas que podem exercer um importante papel no desenvolvimento social e econômico de outros países.”


Produtores de frutas participam de Tarde de Campo em Campestre da Serra

Também foi apresentada uma técnica de manejo da coroa de muda frutífera para mantê-la livre de ervas concorrentes


Na tarde da última sexta-feira (28/10), a Emater/RS-Ascar promoveu uma Tarde de Campo para os produtores de uva e frutas de caroço do município de Campestre da Serra, na propriedade da família de Clauber e Sandra Pieri, na Comunidade de São Manoel.

Com o objetivo de sensibilizar e qualificar os agricultores quanto à importância do uso de plantas de cobertura do solo, extensionistas da Emater/RS-Ascar falaram sobre as principais espécies de cultivo, épocas de plantio, manejo e benefícios para o solo e as frutíferas. Também foi abordado o tema da fertilidade do solo e o correto manejo das adubações de correção do solo, formação de frutíferas e produção, tanto com adubos químicos quanto orgânicos. 

Na ocasião, também foi apresentada uma técnica de manejo da coroa de muda frutífera para mantê-la livre de ervas concorrentes. Com o uso de papelão tratado, evita-se a utilização de herbicidas, roçadas e capinas, proporcionando o desenvolvimento da planta de forma mais sustentável. 

Os participantes do evento avaliaram como uma tarde produtiva e bons conhecimentos práticos que serão utilizados em suas propriedades. 


Fonte: Emater - RS

Emater-MG realiza palestras para prevenir greening, doença que provoca perdas na citricultura

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está realizando uma série de palestras sobre o greening, considerada e pior doença para a citricultura, em nível mundial. O objetivo é alertar sobre os riscos e as formas de prevenção da enfermidade que não tem cura e provoca deformação, maturação irregual, redução e queda das frutas, nas plantas contaminadas por determinados tipos de bactérias. Os eventos estão sendo direcionados a fruticultores de citros de alguns municípios produtores da região central do Estado.

Duas dessas palestras estão agendadas para o dia 08 de novembro, na cidade de Piedade dos Gerais, às 13 e 14 horas, na Casa da Cultura Isabel Resende, como parte da programação do Circuito Frutificaminas. A promoção é da Emater-MG e da Prefeitura Municipal, com o apoio da Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Por ser a Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, quando o IMA recebe alguma notificação do greening, ele providencia o deslocamento fiscal até à propriedade envolvida para coleta da amostra da planta e o envio a laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A doença, que pode afetar as lavouras de laranja, limão e tangerina, chegou ao Brasil em 2004 e já se encontra em pomares de Minas Gerais, como explica um dos palestrantes, da próxima terça-feira, em Piedade dos Gerais, o engenheiro agrônomo e coordenador técnico estadual de Frutificultura da Emater-MG Deny Sanábio. “Essa doença não tinha no país, tinha nas regiões produtoras da China. Foi detectada pela primeira vez em São Paulo. É de difícil controle e fácil disseminação, já que o vetor é o inseto psilídeo Diaphorina citri, que por ser sugador da seiva, pode se contaminar com bactérias presentes no sistema vascular da planta. Desta forma, ao voar ele vai visitando várias plantas e infectando as demais”.

Sanábio destaca que apesar da gravidade do mal, é possível adotar medidas de proteção nas lavouras. “O greening não tem controle curativo, mas temos ações preventivas, através de mudas; eliminação das plantas com os sintomas e as que estão no raio delas; além do controle do inseto”, explica. Ainda de acordo o coordenador técnico, uma vez instalada a doença, a perda chega a 100/% da planta, inviabilizando a cultura. “ O greening está presente no Estado de Minas Gerais, mas quando se confirma a gente toma todas providências e cuidados, através do IMA, junto com assistencia técnica rural para que não se propague mais”, ressalta.

De acordo o agrônomo da Gerência de Defesa Vegetal do IMA, Wagner Aquino, havendo a suspeita de contaminação da frutífera, o produtor deve imediatamente marcar a referida planta e comunicar ao IMA ou à Emater-MG. “Daí pra frente, caberá ao IMA tomar as providências cabíveis. Se o resultado for positivo a planta deve ser imediatamente erradicada e o produtor passa a ter a obrigação de realizar levantamentos fitossanitários trimestreais e dois relatórios semestrais para encaminhar ao IMA”, informa.

Piedade dos Gerais

Um dos organizadores das palestras do próximo dia 08, o técnico agropecuário do escritório local da Emater-MG, no município de Piedade dos Gerais, Bruno Brandão, preocupa com os danos que o avanço da doença pode trazer. “O principal risco econômico, caso a doença se espalhe é a queda da produção de frutas cítricas. Isso pode diminuir a renda dos produtores e culminar com a diminuição de vagas para os trabalhadores rurais, que prestam serviços temporários de tratos culturais e colheita nas lavouras.

De acordo com Bruno, Piedade dos Gerais tem hoje 997 hectares de citros, sendo que, 870 hectares são de tangerina, 76 de limão e 51 de laranja. Juntos a citricultura local produz cerca de 31.275 toneladas de frutas. “São aproximadamente 400 citricultores, produzindo no município. Mais de 95% deles são da agricultura familiar”, afirma. Ainda segundo o extensionista, as frutas cítricas da cidade e região são destinadas principalmente para o mercado nordestino, paulista, carioca, goiano e para a Ceasa Minas, unidade de Contagem. Brandão chama a atenção para os que desejam participar das exposições. “As palestras do Circuito Frutificaminas, etapa Piedade dos Gerais, destinam se a todos os produtores de citros da cidade e para os interessados em investir na citricultura”. 


Fonte: Emater/MG

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Embrapa e Epagri lançam variedade de banana para processamento

Na sexta-feira, 28 de outubro, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri lançaram, em Siderópolis (SC), a variedade de bananeira BRS SCS Belluna. "Com base em análises realizadas pelas Embrapa e Epagri, observou-se que a BRS SCS Belluna possui características de sabor e aroma que agradam ao consumidor de Santa Catarina, além de apresentar qualidades nutricionais diferenciadas que a tornam uma opção como alimento funcional", explica o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético da Bananeira da Embrapa.

Resultado de uma expedição para coleta de germoplasma realizada por técnicos da Embrapa na Tailândia em 1985, com posterior introdução no Banco de Germoplasma de Banana mantido em Cruz das Almas. Após avaliações agronômicas nos campos experimentais, a cultivar mostrou-se promissora e foi enviada para diferentes regiões brasileiras para validação final, incluindo Santa Catarina, onde Epagri foi a responsável pelas avaliações agronômicas e sensoriais. "Em 1999, a Embrapa junto com a Epagri plantou aqui no estado mais de 15 unidades de observação, tanto no litoral norte como no sul do estado e ela se destacou em relação às outras cultivares. Tem o tamanho de fruto médio a pequeno, que é adequado para as famílias atuais, produção muito boa, produz a base de um cacho por ano por planta", informa Márcio Sônego, pesquisador da Epagri.

Características
A nova cultivar é uma bananeira naturalmente biofortificada, o que a coloca em posição de destaque quando comparada às cultivares hoje em uso pelos agricultores brasileiros. É indicada tanto para o consumo in natura quanto processada, em especial sob a forma de farinha, chips e passas (banana desidratada). Mostrou-se rica em fibras e com menor conteúdo de carboidratos e valor calórico que as cultivares comerciais. Além disso, possui quatro vezes mais amido resistente que a Grande Naine e duas vezes mais que a Prata-Anã.

A BRS SCS Belluna é resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá e moderadamente resistente à Sigatoka-negra, principais doenças que causam danos à bananicultura brasileira e mundial, e é excelente opção para cultivo em sistemas intensivos de produção orgânica e/ou agroflorestal. A produtividade média é em torno de 30 toneladas por hectare ao ano, podendo chegar a 40 toneladas/hectare/ano.

A escolha do nome "Belluna" é uma homenagem à cidade de Siderópolis (SC), que em anos passados era chamada de Nova Belluno, uma menção à Comuna de Belluno, no norte da Itália, região de origem dos imigrantes que fundaram a cidade em 1882.

Um edital de oferta do material básico da nova cultivar foi aberto pela Embrapa no último dia 14. Produtores interessados em implantar jardim clonal e produzir mudas micropropagadas da BRS SCS Belluna devem se inscrever em www.embrapa.br/produtos-e-mercado.


Fonte: Embrapa

Como bancas de aço inox podem aumentar a lucratividade do hortifrúti

Frutas e legumes frescos e com boa aparência fazem toda a diferença nos corredores de supermercados e hortifrútis, já que chamam a atenção do consumidor por aparentarem saúde e bons cuidados. Para manter os produtos com essa aparência, os estabelecimentos se atentam a questões como exposição, disposição das bancadas, iluminação e climatização, que garantem artigos mais frescos por mais tempo. Entretanto, muitos comércios não se atentam a uma questão importante e que deve ser uma das prioridades na hora de montar um projeto de expositores de hortifrútis: o material que compõe esses expositores.

Segundo Carlos Pinotti, diretor da indústria Start Metalúrgica, fabricante de expositores metálicos especializados em hortifrúti, expositores construídos com materiais de baixa qualidade e sem atender às normas da Vigilância Sanitária podem prejudicar o estabelecimento com possíveis advertências e multas vindas do órgão regulamentador e perdas precoces dos produtos perecíveis, gerando um desperdício maior de alimentos.

“Segundo consta nos artigos a seguir da RESOLUÇÃO - RDC No - 218, DE 29 DE JULHO DE 2005 da ANVISA, fica claro os cuidados que os móveis usados em hortifrúti devem ter ‘Os utensílios e as superfícies dos equipamentos e dos móveis que entram em contato com alimentos e bebidas devem ser de material liso, impermeável, lavável que não transmita substâncias tóxicas, odores e sabores indesejáveis, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser de fácil limpeza e resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza’. Além dessas regras, há outras que mostram ao proprietário de hortifrútis e supermercados como cuidados dos seus produtos com mais higiene”, afirma o executivo. Atualmente no mercado é comum encontrar expositores feitos de madeira e aço inox, que possuem bastante diferença entre seus benefícios.

Pinotti ressalta que a montagem do expositor requer cuidados desde a escolha do material até o seu manuseio para limpeza do espaço. “O aço inox é um material muito higiênico e resistente a altas temperaturas. Seu aspecto ‘gelado’ ajuda a conservar a temperatura das frutas e legumes que nele são expostos. Além disso, impede o acúmulo de sujeira. A manutenção é simples, necessitando apenas de um pano com água para limpeza”. 

Já a madeira exige impermeabilização para amenizar a danificação do material. Como a banca é uma área que acaba tendo água acumulada proveniente da limpeza e da própria irrigação de alguns produtos do FLV, é preciso tomar um cuidado extremamente alto com esse material. “Além de danos irreparáveis, como madeira que precisa ser trocada precocemente, o mesmo ainda pode ficar sujo, tendo sua durabilidade comprometida, e ainda ajudando a atrair insetos e outros animais peçonhentos, sendo algo inaceitável dentro de um hortifrúti ou qualquer outro estabelecimento alimentício”, explica.

O diretor diz que as melhores dicas de diferenciação neste ramo é trazer novos conceitos em exposição do FLV, com bancas pensadas na necessidade do consumidor final, atendendo preceitos de higiene e fácil manutenção para o proprietário.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Epagri lança em Itajaí cultivares orgânicos de tomate, alface e banana

Na última quinta-feira, 27, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) lançou em Itajaí, novos cultivares de alface e de tomate desenvolvidos para produção orgânica e de banana com qualidades nutricionais diferenciadas. Os lançamentos ocorreram a partir das 10h15. As atividades encerraram a programação comemorativa dos 40 anos de fundação da Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI).

A legislação nacional está evoluindo e, dentro dos próximos anos, exigirá que hortaliças orgânicas só possam ser produzidas a partir de sementes também orgânicas. Foi preocupada com esse cenário que a EEI focou esforços no desenvolvimento da alface SCS374 Litorânea e do tomate SCS372 Kaiçara.

Após sucessivas seleções e avaliações feitas desde 2008 na área de pesquisa em hortaliças da EEI e em propriedades de tradicionais produtores de alface na região, a EEI chegou ao cultivar Litorânea. É uma alface lisa que se destaca dos cultivares disponíveis por apresentar boa produtividade, baixa suscetibilidade às doenças foliares, boa qualidade das plantas, maior número de folhas, bom sabor, bom aspecto visual e bom vigor das plantas. A alface é uma das hortaliças mais populares e consumidas no Brasil e no mundo.

O Kaiçara é um tomateiro que apresenta um ótimo desenvolvimento em abrigos de cultivo e nos sistemas de produção orgânica. Ele sofre menor incidência de doenças foliares, como a requeima e a mancha-de-cladiosporium, quando comparado com outros cultivares e híbridos comerciais. Tem folhas mais eretas e curtas, que facilitam a pulverização de caldas fitossanitárias no interior dos abrigos e possibilitam melhor aeração do cultivo, reduzindo a presença de orvalho sobre as folhas e levando a uma menor incidência de doenças foliares.

Esse tomateiro produz frutos de elevada qualidade, com formato ‘caqui’, de tamanho médio, coloração vermelha e intensa, excelente sabor e prolongado tempo de prateleira. Outro estaque é a boa produtividade, uma média 5kg de tomates por planta, que associado ao maior adensamento, decorrente do tamanho menor da planta, possibilita elevadas produções por área.

Além destas vantagens, o tomateiro Kaiçara é um material genético de polinização aberta, o que possibilita a obtenção de sementes pelo próprio agricultor. Considerando o elevado custo da semente de tomate e que, especialmente na produção orgânica, a utilização de sementes híbridas será restringida, esse novo cultivar da Epagri tem grande importância para o mercado produtor.

Banana nutritiva

A Epagri lança também o cultivar BRS SCS Belluna, que produz uma banana com qualidades nutricionais diferenciadas, rica em fibras, com menor conteúdo de carboidratos e valor calórico mais baixo que os cultivares comerciais. Possui quatro vezes mais amido resistente que a Caturra e duas vezes mais que a Branca, produzindo uma banana naturalmente biofortificada, fato que a diferencia das cultivares hoje em uso pelos agricultores brasileiros.

O material genético selecionado é indicado para produção de fruto de mesa e industrialização e excelente para cultivo em sistemas intensivos de produção orgânica e/ou agroflorestais.

A BRS SCS Belluna é resistente a sigatoka-amarela e ao mal-do-panamá, e moderadamente resistente a sigatoka-negra, principais doenças que causam danos à bananicultura brasileira e mundial. A escolha do nome é uma homenagem a cidade de Siderópolis (SC), que em anos passados era chamada de Nova Belluno, uma menção à comuna de Belluno, Norte da Itália, região de origem dos imigrantes que fundaram a cidade em 1882.

Informações e entrevistas:

Alface Litorânea: Rafael Gustavo Ferreira Morales, pesquisador: (47)3398-6358

Tomate Kaiçara: Rafael Ricardo Cantú, pesquisador: (47) 3398-6359

Banana Belluna: Ramon Felipe Scherer, pesquisador: (47) 3398-6347

José Alberto Noldin, gerente da EEI: (47)3398-6296

Alexandre Visconti, pesquisador de organizador do evento: (47) 3398-6315

Informações para a imprensa:
Gisele Dias, jornalista: (48) 9989-2992 / 3665-5147
Cinthia Freitas, jornalista: (48) 3665-5344
Isabela Schwengber, jornalista: (48) 3665-5407


Mapa e estados debatem ações para tornar agropecuária ainda mais eficiente

Com a participação dos estados e do Distrito Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será ainda mais eficiente no atendimento aos pleitos do setor produtivo. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, ao se reunir nesta quarta-feira (26) com o Conselho de Secretários Estaduais de Agricultura (Conseagri). Para que isso ocorra, Novacki reforçou a necessidade de as administrações estaduais participarem do Plano Agro+, lançado pelo governo federal em agosto deste ano para para desburocratizar, modernizar e simplificar os serviços prestados pelo Mapa ao agronegócio.

Estimativas preliminares indicam que o Agro+ pode representar economia de até R$ 1 bilhão com a simplificação de procedimentos na cadeia do agronegócio. “Seremos mais eficientes se buscarmos soluções em conjunto”, destacou Novacki. A reunião teve a participação de secretários e representantes de Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins. Durante o encontro, o Mapa apresentou sugestões de logomarcas para o Agro+ nas unidades da Federação.

De acordo com o presidente do Conseagri e secretário da Agricultura de Minas Gerais, João Cruz, alguns estados já estão realizando esforços para implantar programas similares ao Agro+. “A defesa agropecuária é o tema mais recorrente nas discussões. Os problemas já foram identificados e agora buscaremos as soluções. As administrações estaduais precisam participar da elaboração das políticas públicas”, enfatizou.

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, assinalou que os pontos nevrálgicos para o Mapa na implementação do Agro+ é o Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi) nas unidades da Federação. “Também é preciso que o setor privado cumpra seu papel na fiscalização agropecuária”, ressaltou Rangel.

O Agro+ deverá atender aproximadamente 350 demandas do setor agropecuário até o final do ano, adiantou Novacki. O plano objetiva eliminar a burocracia para facilitar a vida dos produtores, mantendo a qualidade e a sanidade dos produtos. Uma das áreas mais focadas no Agro+ é a de inspeção de produtos de origem animal. As medidas adotadas para a fiscalização visam reduzir tempo de inspeção, o custo das empresas, o que, consequentemente, deve resultar em preços mais acessíveis aos consumidores.

Entre as ações já adotadas por meio do Agro+, estão a redução da temperatura de congelamento de -18°C para -12°C dos cortes suínos. Isto tem impacto no gasto de energia elétrica, aliviando o custo de produção dos frigoríficos. Outra medida foi a dispensa do carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas carcaças bovinas, dentro das plantas frigoríficas, sendo mantida apenas a carimbagem para os países importadores que exigem o selo do SIF. A medida vai garantir menos perdas na hora da limpeza das carcaças e agilidade no processo de produção.