Resultado foi puxado pelo bom desempenho da pecuária. Em 12 meses até janeiro, o setor acumula expansão de 1,72%.
Puxado pelo bom desempenho da pecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 0,13% em janeiro na comparação com igual mês do ano passado. Esse foi o melhor resultado desde julho de 2014, quando a taxa havia sido de 0,16%. Em 12 meses até janeiro, o setor acumula expansão de 1,72%. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (15), são parte de uma pesquisa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
Segundo a pesquisa, a alta do mês foi quase que determinada pela pecuária, que cresceu 0,34%. A agricultura avançou menos, 0,02%. Diante desse quadro, a renda do agronegócio para 2015 ficou estimada em R$ 1,209 trilhão, sendo R$ 819,46 bilhões (68%) referentes ao ramo agrícola e R$ 390,48 bilhões (32%) ao setor pecuário.
O desempenho da pecuária em janeiro resultou do crescimento de todos os segmentos, com exceção da indústria de processamento animal, que recuou 0,07%. Para insumos, a alta foi de 0,42% e a lista segue com expansão de 0,48% para primário e 0,28% para serviços. No ramo agrícola, apenas o segmento de insumos cresceu, registrando um avanço de 0,47%. O segmento primário da agricultura manteve-se praticamente estável. Apresentou alta de 0,01%. Já a indústria e os serviços recuaram 0,03% e 0,05%, respectivamente.
Apesar do ligeiro crescimento da agricultura em janeiro, com expansão de 0,02%, o acumulado de 12 meses até o esse início de 2015 continua negativo, a queda é de 0,67% no período. A pecuária, em contraponto, continua apresentando taxas robustas de expansão e, em 12 meses, acumula alta de 7,09%.
Segundo a CNA, na agricultura, um desempenho considerado fraco para os preços pesou e a média das atividades acompanhadas pelo estudo apresentou elevação real de apenas 0,03%. Com isso, o crescimento da produção previsto para este ano foi classificado como "relativamente modesto" pela entidade, com expectativa de alta de 0,95% frente a média de 3,05% de 2014. Esse cenário, no entanto, foi desenhado antes da disparada do dólar frente o real, fator que pode ser um determinante para as exportações de produtos agrícolas.
Entre as culturas acompanhadas, espera-se crescimento anual para arroz (0,42%), batata (130%), café (54,18%), cebola (126,28%), fumo (3,51%) e tomate (1,39%). Os produtos para os quais se espera retração do faturamento em 2015 são algodão ( queda de 36,68%), banana (- 12,43%), cacau (-17,69%), cana (-3,09%), feijão (-8,51%), laranja (-2,54%), mandioca (-57,06%), milho (-4,09%), soja (-8,5%), trigo (-29,09%) e uva (-2,03%).
Fonte: Globo Rural