quarta-feira, 7 de outubro de 2015

FMI prevê piora da economia mundial e riscos mais acentuados

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta em documento divulgado nesta terça-feira, 6, que os riscos para a piora da economia mundial parecem "mais acentuados e mais significativos" agora do que há alguns meses, de acordo com o relatório Panorama Econômico Global.

O relatório chama atenção, sobretudo, para a recente piora do cenário para os mercados emergentes e a possibilidade de meses mais duros pela frente.

"As condições externas estão ficando mais difíceis para a maioria dos emergentes", afirma o documento. A perspectiva de elevação dos juros nos Estados Unidos e o fortalecimento do dólar já contribuíram para o aumento dos custos de financiamento para estes mercados.

Além disso, a desaceleração da China, que no momento ocorre de acordo com o previsto, vem tendo repercussões internacionais que parecem mais fortes do que o inicialmente estimado, incluindo o impacto nos preços das commodities e na queda das importações do país asiático.

"Os riscos de piora da economia mundial aumentaram", afirma o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, em um vídeo divulgado junto com o relatório.

Nesse ambiente, os emergentes não devem ter uma recuperação generalizada em 2016, mas apenas uma "recessão menos profunda" ou uma normalização parcial das condições verificadas em 2015, destaca o documento do FMI, mencionando a recessão mais forte que o esperado no Brasil e na Rússia.

Depois de crescerem 4,6% em 2014, a previsão é que a expansão dos emergentes recue para 4% este ano e aumente para 4,5% em 2016.

Entre os principais riscos para a economia mundial, o FMI alerta para uma desaceleração mais forte que o esperado da China; uma queda mais acentuada dos preços das commodities; um fortalecimento adicional do dólar; turbulência forte nos mercados com reflexos nos fluxos internacionais de capital.

Por isso, a recomendação do FMI é a de que políticas que fortaleçam a atividade econômica e reforcem o crescimento potencial, aquele que não gera inflação, devem ser prioridade dos principais governos.

O relatório nota que alguns emergentes estão melhor preparados agora para lidar com um cenário de maior volatilidade, mas o Fundo recomenda que os governos fiquem atentos e usem medidas macroprudenciais para lidar com uma eventual piora do ambiente econômico.

Fonte: Exame.com

Inflação fica em 7,64% de janeiro a setembro, a maior desde 2003

Taxa é a mais alta considerando período de janeiro a setembro, diz IBGE.
Aumento no preço do botijão de gás liderou os impactos de setembro.



A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 0,22% em agosto para 0,54% em setembro, segundo informou nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumulado está em 7,64%, o mais elevado para o período desde 2003, quando atingiu 8,05%. Em 12 meses, avanço é de 9,49%.

O que mais pesou no bolso do consumidor brasileiro foi o aumento de quase 13% no preço do botijão de gás. O impacto poderia ter sido ainda maior se as distribuidoras tivessem aplicado o percentual máximo permitido pela Petrobras, de 15%. De janeiro a setembro, a alta do produto é de 17,56%.

Influenciado pelo aumento do gás, os preços relativos a habitação registraram a taxa mais alta entre os grupos analisados pelo IBGE, de 1,30%, após chegar a 0,29% em agosto. O custo de água e esgosto também influenciou o resultado, com avanço de 1,48%.

Além do gás de cozinha ter puxado o avanço geral de preços, as tarifas de ônibus (2,59%) e as passagens aéreas (23,13%) também pesaram sobre o IPCA, levando o grupo de transportes a subir 0,71%, depois de ter recuado 0,27% em agosto. 

Os alimentos também voltaram a subir em setembro, depois de terem recuado no mês anterior, chegando a uma alta de 0,24%. O que ficou mais caro foram os alimentos consumidos fora de casa (0,77%). Os consumidos em casa ficaram quase iguais de um mês para o outro.

A variação dos preços do grupo de gastos relacionados a vestuário avançou de agosto para setembro, passando de 0,20% para 0,50%, puxada pelo aumento dos calçados. Já a alta dos preços de saúde e cuidados pessoais perdeu força, de 0,62% para 0,55%, com destaque para o item plano de saúde.

Mais caro em Brasília
Brasília registrou a maior inflação, de 1,25%, entre as cidades pesquisadas, porque a conta de luz ficou quase 12% mais cara. Na outra ponta está Campo Grande, que registrou deflação de 0,28%, sob influência da queda no preço da energia elétrica.

Expectativa dos economistas
A estimativa dos economistas dos bancos é de que o IPCA feche o ano de 2015 em 9,53% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,46%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando somou 12,53%. Essa foi a terceira alta seguida no indicador. O BC informou recentemente que estima um IPCA de 9,5% para este ano.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,51% em setembro. No ano, o índice acumula alta de 8,24% e, em 12 meses, de 9,90%.

Fonte: G1 Economia

Piúma inaugura fábrica de beneficiamento de frutas

A Cooperativa de Agricultores de Piúma destaca que um dos objetivos da Frutificar é fixar o jovem no núcleo familiar e no campo, além de abrir novos mercados para o produtor final


O município de Piúma, no estado do Espírito Santo, acaba de ganhar uma fábrica de beneficiamento de frutas, que é um sonho antigo da cooperativa dos agricultores daquele balneário, que reúne 42 jovens agricultores com idades entre 18 e 29 anos. É a Frutos da Agricultura Familiar (Frutificar).

As instalações da Frutificar foram inauguradas oficialmente na manhã desta segunda-feira (5) contando com a presença do governador Paulo Hartung, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço, o prefeito Samuel Zuqui, entre outras lideranças políticas da região. “Não podemos ficar dependentes de uma só cultura. Diversificando, temos uma renda média, que dá suporte a uma vida digna no interior do Estado”, enfatizou, em seu discurso, o governador.

Ady Brunini, presidente da Cooperativa de Agricultores de Piúma (Coopervidas) destaca que um dos objetivos da Frutificar é fixar o jovem no núcleo familiar e no campo, além de fortalecer o sentido do cooperativismo e abrir novos mercados para o produtor final.

“A Coopervidas já tem mais de dez anos lutando pelo produtor rural de Piúma. Esse projeto objetiva principalmente melhorar a vida dos produtores, pois ele agrega e aumenta o rendimento médio da produção de frutas dos participantes em até 150%”, garante Ady Brunini.

Fonte: Folha Vitória

Agricultores aprovam alternativa eficaz e livre de resíduos para maturação de uvas

Fertilizante enriquecido com o aminoácido metionina induz maturação natural de frutas sem deixar resíduos e dispensa o uso de produtos tóxicos e agressivos


Para conquistar melhores preços, produtores de frutas e hortaliças precisam correr contra o tempo, sem abrir mão da qualidade do produto final. O caminho que as frutas e verduras percorrem até chegar às prateleiras dos supermercados pode ser longo, e quem chega primeiro pode ser melhor remunerado. O engenheiro agrônomo Marcelo Guedes Paranhos, que atua na área de pesquisa e consultoria da Nutriceler, explica que para ganhar tempo, é comum que os produtores adotem técnicas de maturação.

Marcelo afirma ainda que o etileno é um hormônio que, ao final do ciclo da planta, protagoniza o processo de maturação e colabora para a coloração dos frutos. “A planta precisa ter a produção do etileno estimulada para intensificar e uniformizar sua coloração e fechar o ciclo de maturação da fruta”, resume o pesquisador. Marcelo conta que para suprir essa demanda, a aplicação de etileno na forma sintética é uma das práticas mais tradicionais e usuais de promover a coloração e maturação, assim como uniformização e antecipação da colheita. “Apesar dos resultados, o etileno sintético pode oferecer riscos à saúde humana, causa amolecimento dos frutos e diminui o tempo de prateleira. Outro detalhe muito importante para quem vai exportar é que ele deixa resíduos nas frutas, o que pode ser um limitante neste mercado”, alerta Marcelo.

Foto: Arquivo IBRAF
Uma alternativa aos danos causados pelo etileno artificial já está sendo utilizada por produtores do Vale do São Francisco, região brasileira com produção expressiva de uvas tipo exportação. “Estamos com áreas sendo tratadas com o fertilizante Matur-Up, inovação trazida ao Brasil pela Nutriceler. Os resultados são visíveis e estão agradando os produtores, que querem novidades menos agressivas e eficientes”, diz. A formulação de Matur-Up conta com compostos orgânicos e tem como base a combinação de potássio, nitrogênio, boro e ferro, associados ao aminoácido metionina. “O produto estimula a planta a produzir o etileno de forma natural, sem deixar resíduos e danificar a planta e sem agredir a saúde do trabalhador”, acrescenta.

Ainda de acordo com o pesquisador, o mercado de frutas, principalmente o de exportação, está cada vez mais restrito e exigente, barrando a entrada de produtos que apresentem resíduos químicos. “A realidade está mudando e o agricultor que quer acompanhar o mercado precisa se atualizar e trocar o tradicional pelo sustentável”, comenta Marcelo.

Para potencializar os resultados, os produtores nordestinos de uva estão realizando as aplicações do Matur-Up juntamente com o Metalosate Potássio, fertilizante de rápida absorção e metabolização. “A tecnologia Metalosate reforça o manejo com sua rápida absorção e metabolização, realizada em poucos minutos pela planta. Os nutrientes são quelatados por aminoácidos, e é esse o grande diferencial que agrega tantos resultados”, finaliza.

Matur-Up – O produto de origem italiana chegou ao Brasil através da Nutriceler e se destaca por ser um fertilizante especial elaborado com matérias-primas orgânicas, à base de ervas e extratos hidrolisados de proteínas de origem vegetal, óleos essenciais, entre outros elementos naturais, que associados às suas garantias nutricionais promovem maturação dos frutos de maneira natural sem deixar resíduos.

Fonte: Cenário MT

Exportação de frutas frescas aumenta 38% no Pecém


O Porto do Pecém, Ceará,  movimentou 82.176 toneladas (t) de frutas frescas nos nove primeiros meses deste ano, aumento de 38% em relação ao mesmo período de 2014, colocando-o entre os maiores exportadores do País na categoria. As frutas que lideram as movimentações deste ano são melão (39,6 mil t), manga (21,2 mil t) e melancia (11,5 mil t). Esse volume de exportações através do Porto do Pecém é resultado da localização privilegiada, que diminui o tempo de viagem para países importadores, quando comparado a outros portos do Brasil.

Além disso, o terminal oferece a infraestrutura adequada para que este tipo de mercadoria seja comercializado, pois precisa de um transporte especial, através de contêineres refrigerados. O porto tem, no seu pátio de armazenamento, mais de 800 tomadas reefers, específicas para fornecer energia a esse tipo de contêiner. Assim a carga permanece na temperatura adequada, garantindo a qualidade do produto.

O porto conta ainda com duas câmaras frigoríficas. “Elas mantêm a integridade da fruta caso haja a necessidade de inspeção por ordem da Receita Federal ou Ministério da Agricultura, trazendo mais segurança aos produtores”, destaca a diretora comercial da Cearáportos, Rebeca Oliveira. O Porto do Pecém exporta frutas produzidas nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. Os principais destinos são Holanda (36%), Estados Unidos (24%), Grã-Bretanha (25%) e Espanha (6%).

Fonte: O Estado - Ceará

Mudança e modernização do sistema de cultivo de morangos eleva os preços entre 20% e 40%

Foto: Divulgação R7
Buscando aliar maior rentabilidade e melhor qualidade de vida, produtores de morango estão migrando para sistemas de cultivo nada tradicionais. A produção convencional tem perdido morangueiros para os sistemas orgânico e semi-hidropônico, que agregam mais valor à fruta pelo não uso ou diminuição do uso de agrotóxico.

Há seis anos, Rosângela Pereira Silva é produtora de morangos nas variedades Camarosa, Albion e Oso Grande, no município de Estiva, no sul de Minas. Ela possui 100 mil pés plantados, o que demanda colheita diária. “A quantidade colhida varia de acordo com o tempo e outros fatores de produção, mas eu consigo produzir o ano todo”, afirma.

Ela direciona sua venda, em Belo Horizonte, para lojas de produtos orgânicos, e, em São Paulo, para uma rede tradicional de mercados. Com o manejo 100% orgânico, uso de ervas, compostagem própria e certificação, seu custo é um pouco maior, porém a rentabilidade compensa. “Meu morango é inspecionado pela IBD Certificações, que comprova a qualidade das frutas. Isso eleva meus custos, mas me dá a garantia de um preço de venda melhor”, conta.

Rosângela Silva, que antes trabalhava no sistema convencional, não se arrepende da mudança“Só existe vantagens em trabalhar de forma orgânica. Além de o valor de venda ser maior, sendo as nossas mudas próprias, não tenho dificuldade nenhuma porque temos o controle desde o plantio. Hoje, nem penso em voltar para o sistema antigo. Minha qualidade de vida melhorou muito, tanto como consumidora, quanto produtora”. Apesar de todas as vantagens e do aumento do número de adeptos, os agricultores que trabalham com o sistema orgânico em Minas Gerais ainda são em número pequeno, representando apenas 5% do total de morangueiros.

Semi-hidropônico
O outro sistema que os produtores estão começando a utilizar é o semi-hidropônico, modalidade desenvolvida em estufa. A fruta fica suspensa, sem contato com o solo, o que diminui o custo de produção, pois não precisa serem feitos investimentos para combater pragas e doenças, com uso em menor quantidade de agrotóxico, tornando o morango uma fruta com um padrão mais elevado.

Ao contrário do semi-hidropônico, no sistema convencional se perde muita muda por causa do calor. No novo processo, nos meses mais quentes, se produz menos, mas a produção não para e a muda pode ser cultivada por dois ou três anos. Rodrigo Pereira é produtor da variedade Albion, em Cambuí, no sul de Minas. Há 10 anos, ele trabalha com a cultura, mas somente há seis meses mudou o manejo para o semi-hidropônico.

“A mudança só trouxe benefícios. Hoje, trabalhamos em pé, sem precisar ficar agachados no chão, e isso me dá mais tranquilidade por saber que não terei graves problemas de coluna no futuro. O fato também de o sistema colocar as mudas elevadas, sem contato com o solo, diminui bastante as pragas e doenças, de forma que usamos três vezes menos agrotóxicos. Assim, o morango fica com uma qualidade melhor e se torna mais rentável”, afirma Rodrigo Pereira.

O produtor lembra que o investimento inicial é maior, mas a durabilidade do processo também. “Numa propriedade de mil metros quadrados, onde o custo é de R$ 10 mil a R$ 12 mil para o cultivo tradicional, no sistema semi-hidropônico o investimento é em torno de R$ 60 mil”, diz Rodrigo.

Minas Gerais é o maior produtor do país
Minas Gerais tem 1.790 hectares de plantação de morango, sendo a maior produção do país, com 41 toneladas por hectare. A produção esperada para a safra 2015 é de 72.716 toneladas. O estado foi o primeiro a produzir a fruta, seguido do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Paraná é o segundo maior produtor, com 18 mil toneladas.

A produção de morangos se concentra no sul de Minas, principalmente na região de Pouso Alegre. Os municípios que mais produzem são: Espírito Santo do Dourado, com 270 hectares; Estiva, com 234 hectares; Bom Repouso, 200 hectares; Senador Amaral, 200 hectares, e Pouso Alegre, com 144 hectares. A região de Barbacena também tem uma boa produção da fruta.

De acordo com o coordenador da Emater-MG, Deny Sanábio, o número de produtores em no estado tem se mantido. “Na regional de Pouso Alegre, por exemplo, continuam os mesmos agricultores familiares trabalhando com a cultura. Eles são 3.071 produtores de morango. É um cultivo de alto custo, não tem gente entrando nem saindo”.

As dificuldades dos produtores, principalmente dos que trabalham com o cultivo convencional, segundo ele, são as pragas e doenças, especialmente as fúngicas. Outro problema é a importação das mudas. “Hoje, o produtor quer comprar a muda pronta e nós não as temos aqui no Brasil. Importamos do Chile e Argentina, e isso acaba aumentando o custo inicial da produção do morango”, explica.

Normalmente, o pico de colheita da cultura é junho, julho e agosto, podendo ir até setembro. Quem trabalha com o sistema convencional consegue prolongar o tempo fazendo um túnel, numa altura de um metro do chão, para amenizar o calor. Uma saída que os produtores têm encontrado também para evitar a perda da fruta que não foi comercializada é congelar o morango individualmente. “Eles cortam as folhas verdes e congelam a fruta. Isso tem sido uma excelente alternativa para aumentar a rentabilidade e evitar o desperdício”, aponta Deny Sanábio.

Biofábrica de inimigos naturais
Está surgindo mais um aliado à produção de morangos sem o uso de agrotóxicos. Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) criaram uma Biofábrica de Inimigos Naturais, a Econtrole, que mesmo estando na incubadora de empresas da escola, é uma forte alternativa agroecológica de combate às principais pragas de morangos. 

O controle biológico de pragas utiliza inimigos naturais, que podem ser predadores ou parasitas, para combater as pragas que causam danos ao cultivo de qualquer cultura agrícola. Os pesquisadores elegeram, para início dos trabalhos, o cultivo de morangos atacados por dois tipos de ácaros: o rajado (Tetranychus urticae) e o enfezamento (Phytonemus pallidus).

Eles testaram a metodologia em uma propriedade no município de Ervália, próximo a Viçosa. “Acompanhamos uma safra de morangos comparando o controle químico com a introdução do ácaro predador Neoseiulus anonymus, um inimigo natural do ácaro praga. O controle biológico foi mais eficiente e bem mais econômico para o produtor”, afirmou João Alfredo Ferreira, da Econtrole.

“Hoje, o produtor quer comprar a muda pronta e nós não as temos aqui no Brasil. Importamos do Chile e Argentina” (Deny Sanábio - Coordenador da Emater)

“Acompanhamos uma safra de morangos comparando o controle químico com a introdução do ácaro predador, um inimigo natural do ácaro praga” João Alfredo Ferreira, da Econtrole.

Fonte: R7
Por: Lídia Salazar - Especial para Força do Campo

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Produtor de Guararema corre contra o tempo para colheita da jabuticaba

Em geral, a safra é rápida, mas neste ano, as chuvas aceleraram o ciclo.
Apesar das perdas, preço da fruta caiu.


Por causa do tempo, a safra da jabuticaba, que já costuma ser rápida, está ainda mais concentrada nesse ano. Desse jeito o agricultor não consegue colher tudo e perde parte das frutas. Em Guararema, os funcionários de uma propriedade chegam a colocar 2 toneladas por dia nas caixas.

As frutas são da variedade sabará. Em julho, o proprietário Paulo Higashi planejou fazer a irrigação dos pés em tempos diferentes para que a produção não fosse concentrada em uma única época. Com as mudanças no tempo, o tempo está sendo curto para a colheita. “A chuva fez a irrigação nossa, de uma vez só. Foi muito forte e está causando uma colheita muito rápida.”

Com a quantidade de jabuticabas, até mesmo a rotina dos funcionários mudou. “Nós estamos começando a trabalhar mais cedo, com mais pessoas. Se não, nós não vamos conseguir colher”, acrescenta.

Mais temporários tiveram que ser contratados nesse ano. 20 homens e mulheres fazem a colheita e, mesmo eles juntos sendo mais que o triplo do número de funcionários fixos, é quase impossível salvar toda a produção. Não deu tempo de colher quando as jaboticabas estavam mais verdes, por isso as frutas estão saindo dos pés maduras demais. Quando se tira uma, outra cai. “Vamos perder no total, cerca de 5% devido as frutas maduras. Graças a Deus não está aquele calor das últimas semanas. O tempo refrescou um pouco e segura um pouco o amadurecimento das frutas.”

O agricultor espera colher nos 700 pés do sítio 70 toneladas nesse ano, menos do que em 2014, mesmo com o raleio e adubação das plantas. As graúdas são poucas nos pés e elas seriam o "trunfo" para valorizar a mercadoria, num ano de altos custos de produção. “A oferta é grande, o preço está em baixa e o consumidor agradece. O consumidor está pagando menos da metade do valor do ano passado”, finaliza.

Neste ano, Paulo afirma que a colheita dura três semanas.

Fonte: G1

Agricultores de Linhares investem no cultivo do mangostão


Fruta tradicional do Sudeste Asiático chama atenção pelo sabor.Clima tropical torna o cultivo possível na região norte do estado.

Uma fruta típica do Sudeste Asiático, o mangostão, tem sido cultivada em Linhares, na região Norte do Espírito Santo. Considerada como uma fruta saborosa, o magostão é valorizado no mercado, chegando a ser comercializado por até R$36 o quilo, em supermercados.

A fruta vem de uma região tropical, parecida com a do Norte do Espírito Santo. Apesar das condições climáticas favoráveis, o cultivo da fruta se concentra nos estados do Pará e da Bahia.

"A gente tem muito pouca informação aqui no Brasil. Ela é da região do Sudeste Asiático e aqui no Brasil, na Bahia, tem uma colônia de japoneses que já cultiva há muito tempo. No início da produção aqui, há cinco anos, fizemos um estágio lá para conhecer como é a colheita, para ver como são os cuidados, a limpeza da fruta, a embalagem", afirmou o produtor Fabio Prezzoti.

Segundo a Central de Abastecimento (Ceasa), apenas Linhares produz o mangostão e em uma escala pequena. A árvore dá frutos uma vez por ano, entre os meses de junho e agosto. “Ela é uma produção bem tranquila, não necessita de muitos cuidados. Mas não é uma planta chata, não tem muita praga", completou Prezzoti.

E em uma propriedade do distrito de Bananal do Sul são 550 pés que renderam 12 toneladas, na safra de 2015. "A gente separa por tamanho, o calibre, seleciona todas elas, limpa as frutas, e embala para poder entregar na Grande Vitória, Rio, São Paulo e Belo Horizonte. A gente tem mais ou menos 5 anos de produção. É bem valorizada até porque o tempo de cultivo é muito grande”, afirmou a produtora Flávia Caliman.

A árvore do mangostão leva em média 8 anos pra dar frutos, mas a produção só ganha força após 12 anos de cultivo.

Fonte: G1