sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Setor produtivo discute utilização de defensivos para pequenas culturas

Discutir e reunir propostas de produtores rurais para a liberação e uso de defensivos específicos para segmentos como fruticultura, hortaliças e florestas plantadas. Este foi o foco do III Encontro sobre Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), realizado em 28/01, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. 
O evento reuniu, além do setor agropecuário, representantes de indústrias, governo e entidades de pesquisa, que debateram e apresentaram projetos para as pequenas culturas as chamadas minor crops. A iniciativa foi promovida pela CNA, Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Uma das conclusões do encontro é de que os participantes reconheceram a necessidade de aumentar o número de moléculas disponíveis para estas atividades. Neste contexto, um dos temas abordados no encontro foi a atualização da Instrução Normativa Conjunta (INC) 01/2014, que reformulou uma INC de 2010, ampliando o amparo legal e o número de culturas específicas para a utilização de agroquímicos. A norma foi elaborada pelo MAPA, Anvisa e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), diante da demanda de produtores que estavam na “ilegalidade involuntária”, em razão das dificuldades de se encontrar produtos liberados para uso nestas pequenas atividades.

Com a falta de produtos específicos para as minor crops, muitos exportadores de frutas, por exemplo, acabam perdendo mercado e competitividade por não atenderem ás exigências de países importadores. No entanto, a partir da publicação da INC, produtores de frutas e hortaliças ganharam uma motivação a mais para aumentar a produção, e as indústrias podem ficar mais estimuladas a produzir mais ingredientes ativos, substâncias utilizadas na fabricação de defensivos, pelo fato de a norma instrucional reduzir as exigências e os custos de fabricação.

“É inegável que a INC trouxe avanços. Mas diante da demanda real dos produtores, 5% das nossas necessidades foram atendidas. Ainda há muito para fazer, mas já vemos o envolvimento da cadeia nesta questão”, disse o novo presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Tom Prado. Segundo ele, para que o setor tenha mais amparo legal para a utilização de agroquímicos específicos para as minor crops, é preciso que um número cada vez maior de produtores apresente suas demandas, para que todos os elos da cadeia produtiva avancem nesta questão. “A CNA terá papel fundamental neste ponto para mobilizar os produtores”, completou.

Para o diretor de Sanidade Vegetal do MAPA, Luís Rangel, não apenas as demandas, mas o número de pessoas envolvidos nesta discussão tem aumentado a cada ano, principalmente após a edição da INC. Ele destacou, também, o avanço do país em relação a este tema. “Em cinco anos, chegamos ao Limite Máximo de Resíduos (LMR) que os Estados Unidos têm há 40 anos”. O LMR mede a quantidade de resíduos de agroquímicos nos produtos vegetais, a partir da aplicação dos agroquímicos.

Os primeiros resultados após a vigência da nova versão da INC 01 foram apresentados pelo fiscal agropecuário Álvaro Inácio, do Departamento de Fiscalização de Insumos Agropecuários do MAPA. Uma das novidades é que a norma também passou a considerar a análise de produtos por alvo (insetos, bactérias, ervas daninhas e fungos). Os dados mostram que já houve 286 novas inclusões de alvos, além de 138 novas inclusões de ingredientes ativos para culturas. Há, ainda, 381 inclusões de culturas em análise.

Renato Abdo, integrante da Câmara Setorial de Hortaliças, também reconheceu os avanços da INS, mas ressaltou que “há um longo caminho pela frente”, em razão das diversas culturas de hortaliças estarem classificadas como CSFI. Já a engenheira agrônoma Anita Gutierrez, da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), atribuiu a incidência de praga e doenças ao cultivo de poucas espécies comestíveis cultivadas no mundo. Segundo ela, milho, trigo e arroz respondem por 60% do consumo humano e 30 espécies comestíveis representam 95% do que é consumido mundialmente, diante de um universo de mais de 12 mil espécies. “As poucas espécies geram mais dificuldades para produzir por conta do surgimento de mais pragas e isso gera maior necessidade por defensivos”, explicou.

O pesquisador Marco Botton, da Embrapa Uva e Vinho, defendeu maior utilização da pesquisa para desenvolver produtos capazes de conter as pragas e doenças. “Ou produzimos com segurança ou paramos de produzir”, alertou. O encontro terminou com a apresentação de representantes de empresas produtoras de defensivos agrícolas, que apresentaram projetos de desenvolvimento e utilização de produtos específicos para as minor crops.

Para visualizar as apresentações do III CSFI, acesse os links abaixo: 

Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419


Curso Básico para a Elaboração de Vinhos




A Embrapa Uva e Vinho promove, no próximo dia 10 de Fevereiro, o Curso Básico para a Elaboração de Vinhos. O Curso será realizado na unidade da empresa e é voltado para agricultores, técnicos, agrônomos e demais interessados em aprender os aspectos básicos da produção de vinho.Pesquisadores e técnicos da empresa demonstrarão as boas práticas necessárias à produção de vinhos de qualidade, desde a escolha da uva até os processos que garantirão um produto final livre de contaminantes e com sabor e características adequadas para o consumo.As vagas são limitadas e as inscrições custam R$80,00. Mais informações pelo e-mail fabio.ribeiro@embrapa.br ou pelo telefone (54) 3455-8087


Unidade Responsável: Embrapa Uva e Vinho
Estado: Rio Grande do Sul Município: BENTO GONCALVES
Promoção: Promovido pela Embrapa

32ª Festa da Maçã começa nesta sexta-feira em Porto Amazonas


(Foto: Reprodução/TV Integração)

Barracas na Praça Mario Alves Guimarães terão produtos à base da fruta. Nesta safra, produtores da cidade somaram 9.200 toneladas de maçã



Começa nesta sexta-feira (6) a 32ª Festa da Maçã de Porto Amazonas, na região dos Campos Gerais do Paraná. Haverá venda da fruta "in natura", das variedades Eva e Gala, e de guloseimas à base de maçã. A festa termina no domingo (8).

O evento será na Praça Mario Alves Guimarães, a partir das 20h30. Além das barracas para venda de alimentos e bebidas, haverá um palco para apresentações musicais à população. Os shows acontecem nas noites de sábado (7) e domingo (8).

Segundo a prefeitura, os produtores colheram 9.200 toneladas das macieiras plantadas em 213 hectares no município. A colheita será encerrada neste mês.

Ainda conforme a prefeitura, a produção é comercializada em São Paulo, Brasília, Goiás e Curitiba. Menos de 30% da produção são vendidos na região de Porto Amazonas.

Fonte: G1 Campos Gerais e Sul

Produtores rurais terão espaço exclusivo na Feira do Empreendedor do Sebrae-SP




Estande é iniciativa da FAESP/SENAR-AR/SP permite que pequenos agricultores exponham mais de140 produtos

O maior evento de empreendedorismo do Brasil, a Feira do Empreendedor 2015, que acontece de 7 a 10 de fevereiro, no Anhembi, terá um espaço voltado exclusivamente para o agronegócio. O estande da FAESP/SENAR-AR/SP reunirá 20 produtores rurais, de várias partes do Estado.

Durante a Feira do Empreendedor 2015 eles terão a oportunidade de apresentar seus produtos e estabelecer contatos com futuros parceiros comerciais, encontrando novas maneiras de distribuir sua produção. A FAESP/ SENAR reuniu representantes das cadeias produtivas de flores, laticínios, mel e derivados, olericultura, fruticultura, artesanato rural, entre outros. Ao todo, são mais de 140 produtos.

Para participar da 4ª Feira do Empreendedor acesse o link http://feiradoempreendedor.sebraesp.com.br ou ligue para 0800 570 0800.

FEIRA DO EMPREENDEDOR SEBRAE-SP
07 A 10 DE FEVEREIRO DE 2015
De Sábado a Terça-feira – 10h às 21h
PAVILHÃO ANHEMBI PARQUE
Av. Olavo Fontoura, 1209
São Paulo – SP

ENTRADA GRATUITA E EXCLUSIVA PARA MAIORES DE 14 ANOS
 

Crianças aprendem brincando na fabriquinha Sufresh inaugurada na KidZania São Paulo

         Atividade estimula imaginação ao simular o processo de fabricação dos sucos
que fazem parte do dia-a-dia da garotada

Wow! Nutrition – empresa detentora da marca Sufresh

A mais nova opção de lazer para crianças em São Paulo, a KidZania (localizada no subsolo do Shopping Eldorado), conta com uma opção imperdível para quem quer aprender brincando. A Wow! Nutrition leva ao espaço a Fabriquinha Sufresh, na qual as crianças podem se divertir aprendendo um pouco mais sobre todos os cuidados envolvidos na preparação de sucos.

A Fabriquinha Sufresh foi toda pensada em harmonia com o conceito de educação com entretenimento, o “edutenimento”, proposto pela KidZania, promovendo experiências que priorizam a educação, a sustentabilidade e a cidadania.

Após ouvir um pouco sobre como funciona uma fábrica de verdade, na Fabriquinha Sufresh os pequenos colocam a imaginação para funcionar conhecendo e selecionando as melhores frutas. Na sequência, ainda aprendem brincando como as frutas se transformam em suco. A última etapa do processo é o envase. Ao final, a criançada leva para casa uma amostra de Sufresh com o selinho de garantia Kidzania.

O vice-presidente da Wow! Nutrition – empresa detentora da marca Sufresh –, Ricardo Machado, acredita que essa é uma oportunidade de estreitar a relação da marca com o público. “A WOW! valoriza muito o desenvolvimento das crianças. Esperamos que elas e os pais apreciem ainda mais os momentos de nutrição e diversão em que consomem os produtos Sufresh”, explica.


A WOW! Nutrition atua no segmento de bebidas saudáveis, com marcas como Sufresh, Soyos e Feel Good, no segmento de adoçantes, com Assugrin, Doce Menor, Gold e Tal e Qual, e em nutrição infantil, com Vitalon. A empresa emprega 1.200 funcionários distribuídos entre sua sede administrativa, na capital paulista, e sua planta industrial em Caçapava (SP). Com o slogan “Nutrição para o bem viver”, a WOW! Nutrition expressa jovialidade, inovação e preocupação com a nutrição.

Sobre a KidZania

A Kidzania é uma minicidade de “Edutenimento”, ou seja, edução + entretenimento. Através de cada brincadeira e atividade, as crianças aprendem sobre o funcionamento da sociedade, educação financeira, trabalho em equipe, independência, autoestima e habilidades da vida real. Tudo isso em um ambiente seguro, realista e educacional. Criada em 1999, está presente em 16 países, além de estar em desenvolvimento em mais 8 países.

Serviço

Endereço: Shopping Eldorado – Av. Rebouças, 3970, Pinheiros, segundo subsolo

Telefone: (11) 39954500

Funcionamento: 9h às 14h e das 15h às 20h, todos os dias

Preços:

Período da manhã - criança R$ 100 / Adulto R$ 50

Período da tarde - criança R$ 120 / Adulto R$ 50

Idade: entre quatro e 14 anos

Site: www.kidzania.com.br

Preços válidos até 28 de fevereiro




Fonte: SEGS Portal Nacional
Wesley Figueiredo (assessoria de imprensa)

Mato Grosso já utiliza 100 mil hectares com adubação biológica

A agricultura brasileira, ao longo dos anos, tem sofrido o peso da compactação do solo e, como resultado, estamos chegando numa crise produtiva importante e preocupante em várias regiões, onde os custos de produção tendem a ser maiores. A adubação biológica tem sido a solução de baixo custo para agricultores do estado do Mato Grosso, onde já são mais de 100 mil hectares adubados com a técnica no Estado.

O agricultor Valdevino Luiz Martelli, do município de Campo Novo dos Parecis (MT) utilizou a técnica da adubação biológica nos seus 7.950 hectares de soja no verão, justamente preocupado com a compactação do solo. “Tivemos um resultado de quatro sacos a mais de soja, elevando a 63 sacos/ha onde fiz talhões-testemunha (comparativos) sem uso da adubação biológica”, destaca Martelli que gostou do resultado e aplicou a técnica nas lavouras de inverno: milho, pipoca e girassol.

O solo compactado ao longo dos anos faz com que as plantas (soja, milho, girassol e trigo e outras) tenham dificuldade para obter melhor enraizamento impedindo que nutrientes cheguem às folhas e a toda planta.

“Com a adubação biológica, tivemos um melhor equilíbrio microbiológico do solo e até sentimos uma redução dos danos do nematoide na soja”, destacou Valdevino Martelli.

Já o produtor rural de Rondonópolis (MT), Paulo Sachetti, que utiliza a adubação biológica em 90 dos seus 600 hectares de algodão, gostou da experiência e disse que a tendência é aumentar a aplicação. “Neste segundo ano de uso deu para perceber uma melhora no meio ambiente do solo, trazendo de volta todos os micro-organismos, além de termos um solo mais poroso e que retém água da chuva. Tivemos aumento de 6 arrobas a mais na produção de algodão. Mais dinheiro no bolso do agricultor”, reforça Sachetti.

Biofábrica de baixo custo pra produção da adubação biológica

Para ter um biofábrica na fazenda é preciso ter um tanque com poucos equipamentos, colocar água, 15% de esterco bovino, 5% de MICROGEO, aguardar 15 dias para aumentar as bactérias, fungos e actomicetos e depois retirar diariamente ou a cada sete dias, dependendo do manejo da fazenda. O valor investido varia em cada região do País. São aplicados em todo de 300 litros a cada ciclo, dependendo da dinâmica da fazenda, se for aplicar 7,5kg de MICROGEO, o agricultor vai investir em torno de R$ 150 a R$ 160,00 por hectare.

O MICROGEO é um produto que permite ao agricultor e pecuarista estabelecerem e manterem sua própria produção do adubo biológico. É um componente usado na fermentação e Compostagem Líquida Contínua (CLC) com as funções: Alimentar com nutrientes e substrato a atividade biológica ruminal; Regular a produção do adubo biológico mantendo a fermentação contínua; Evitar a fermentação alcoólica, ácida ou láctea; Manter o adubo biológico sempre pronto para o uso, somente fazendo a reposição do MICROGEO conforme recomendação do Manual Técnico da empresa.

Fonte: Grupo Cultivar

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Tucumã pode ser usado para substituir dendê na culinária


Pesquisa da Embrapa analisa potencialidades da fruta.
Tucumã também pode ser usado para produção do biodiesel.


O tucumã, fruto bastante conhecido na região amazônica, pode ser encontrado em várias espécies na natureza. Devido às diversas utilidades do fruto, técnicos e pesquisadores da Embrapa passaram a estudar os cachos que o Tucumanzeiro do Pará exibe na floresta, analisando diversas características, como peso, quantidade e espessura da fruta. Com o levantamento, iniciado há 20 anos, foi descoberto o potencial do tucumã para diversos setores. O azeite extraído da fruta pode até mesmo substituir o azeite de dendê na culinária.

O tucumã também tem potencial para a agricultura e para a produção do biodiesel. No momento de colher os cachos é preciso atentar para muitos detalhes. O assistente de pesquisa, Antônio Costa, explica que sobe na árvore e checa as ramificações, onde nascem as flores. "Tem que ter flores femininas, senão a raquila seca e não dá fruto", descreve.

O trabalho de seleção dos melhores frutos e vegetais é possível também desenvolver sementes melhores para o cultivo. Assim, eles buscam tornar os tucumanzeiros produtivos, com mais frutas e polpa. "Elas vão gerar frutos que tenham próximo de 80% ou mais de rendimento de frutos, acima de 66% de polpa por frutos e teor de óleo até um pouco mais que o dendê", afirma a engenheira agrônoma Socorro Padilha.

A espécie ainda está em domesticação no que se refere à transformação da polpa em azeite, mas não para Luís Moraes, que tem experiência de 30 anos no assunto. A extração do líquido é realizada quase que exclusivamente no Brasil pela fábrica dele, em Ananindeua. O azeite do tucumã tem mais gordura insaturada, que é a gordura boa, se comparado ao dendê. Outra vantagem é o fato de ser mais suave e interferir menos no sabor dos alimentos.

Produção
Por ano, uma indústria compra entre 100 e 200 toneladas de tucumã. Lá, o fruto passa por um processo de beneficiamento. A polpa é retirada por meio de máquinas. Depois, a massa seca é transformada em pó e colocada em uma prensa. É neste processo que se extrai o azeite.

Cem quilos de polpa rendem 18 litros de azeite, cada um vendido em média a R$ 38. O azeite de tucumã é apenas um dos 16 tipos vendidos pela fábrica, e já se tornou a nova aposta para o mercado. "A indústria cosmética utiliza como antioxidante para cremes, óleo de massagens. Como alimentícia a gente costuma fornecer para os grandes chefs para eles darem um toque diferente", explica Luís Moraes, dono da fábrica.

Se depender das propriedades da fruta, o novo azeite tem tudo para se popularizar. Testes da Embrapa mostraram ainda que o azeite de tucumã tem mais gordura insaturada e menos gordura saturada do que o dendê, por exemplo, o que o torna mais saudável.

Fonte: G1 Pará

Emater/MG orienta produtores sobre economia de água na irrigação


No Brasil, a agricultura irrigada ocupa 6,7% da área plantada e responde por 20% da produção de alimentos. Em Minas Gerais, a área com uso de irrigação é de 600 mil hectares. Segundo o coordenador Técnico Estadual de Irrigação e Recursos Hídricos da Emater-MG, João Carlos Guimarães, o manejo correto da irrigação é fundamental para que captação de água seja realmente a necessária para cada cultura.

Obter informações precisas sobre o clima da região e dos solos ajuda a estabelecer a quantidade e o momento certo de irrigar. Se não houver uma estação climática próxima, uma alternativa é a aquisição, por um grupo de irrigantes, de estação uma climática automatizada. Outro equipamento que pode ser útil é um sensor de solo que informa o teor de umidade retida pelo solo. Com isso, é possível reduzir em até 20% a quantidade de água utilizada na irrigação.

A Emater-MG também orienta os produtores a utilizar sistemas de irrigação adequados para cada tipo de cultura e que ajudam na economia de água. “A irrigação localizada é a mais econômica. Ela é indicada nas áreas de produção de hortaliças, frutas e café”, explica João Carlos. A irrigação localizada pode tanto ser por gotejamento ou por microaspersão. Ela é feita próxima ao pé da planta e aplicando água em pequenas quantidades.

No caso do gotejamento, a água é disponibilizada por intermédio de mangueiras, com pequenos furos, que ficam espaçadas pela lavoura, junto às fileiras de plantas. Segundo o coordenador, a economia chega a 50% em relação aos métodos convencionais. Já o uso de microaspersores, reduz a quantidade de água utilizada entre 25% e 30%.

Já quando a cultura exige uso do sistema de aspersão convencional – plantio de grãos, por exemplo – a recomendação é utilizar equipamentos (aspersores de baixa precipitação, sistema Lepa etc) que ajudam a controlar a vazão e permitem que a irrigação seja feita o mais rente possível ao solo, reduzindo a dispersão da água.

“O sistema Lepa, por exemplo, é muito utilizado nas grandes áreas irrigadas com pivô central”, explica o coordenador da Emater-MG. Lepa significa Low Energy Precision Application, ou aplicação precisa de água com baixo consumo de energia. Sua utilização promove uma redução nas perdas de água pelo vento e evaporação.

João Carlos destaca a importância da irrigação para a oferta de alimentos e aumento da produtividade na agricultura. “Com a irrigação é possível produzir mais, em uma mesma área, evitando o desmatamento e a abertura de novas frentes de produção”, informa. Ele lembra que boa parte da água utilizada para irrigar as lavouras, retorna para o meio ambiente.

“Uma parte da água é absorvida pela planta, a outra infiltra no solo e vai para o lençol freático. Além disso, há a evapotranspiração da água pela planta e pelo solo, que se transforma em chuva. Em algumas culturas, a retenção da água é muito baixa. Os grãos consumidos, por exemplo, têm apenas 3% de umidade. Ou seja, a maior parte retorna ao ambiente”.

Áreas irrigadas

Em Minas Gerais, a maior parte das áreas irrigadas está no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, com as lavouras de grãos e café. No Norte de Minas, destaca-se a produção de frutas e hortaliças, principalmente nos projetos Jaíba e Gorutuba, onde a irrigação localizada (gotejamento e microaspersão) é a mais utilizada.

Já no Sul de Minas, a produção de morango é irrigada por gotejamento. Nos municípios do entorno de Belo Horizonte, há uma grande produção de hortaliças. Boa parte dos agricultores utiliza a irrigação localizada. As áreas irrigadas necessitam de outorga (autorização) para uso da água. No caso de Minas Gerais, ela é concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Se a água utilizada é de algum rio de domínio da União, a outorga é concedida pela Agência Nacional de Águas (ANA).

Orientações para economia de água na irrigação:

- Uso de informações de estações climáticas

- Uso de sensores de solo para verificar a retenção de água

- Priorizar o sistema de irrigação localizada nos plantios de café, hortaliças e frutas

- Uso de sensores nos equipamentos por aspersão, principalmente o pivô central

Áreas irrigadas em Minas Gerais:

- Área total irrigada no Estado: 600 mil hectares

- Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste: café, milho, feijão e soja

- Norte de Minas: frutas e hortaliças

- Sul de Minas: morango

- Região metropolitana de Belo Horizonte: hortaliças

- Em diversas áreas do Estado: pastagem


Fonte: Diário de Araxá

Consumo de suco de laranja deve crescer no Brasil segundo CEPEA


Foto: freepick
A demanda por suco de laranja nos principais destinos do produto brasileiro (União Europeia e Estados Unidos) tem recuado nos últimos anos, em função principalmente da concorrência com outras bebidas. As grandes indústrias de suco do Brasil exportam praticamente toda a sua produção, mas algumas mudanças no mercado interno a partir deste ano devem melhorar o consumo nacional do produto, que ainda não é considerado significativo.

Entre as mudanças está o aumento da quantidade mínima exigida por lei de suco de laranja na composição dos néctares. Desde o dia 31 de janeiro as engarrafadoras brasileiras estão obrigadas a elevar o percentual mínimo de 30% para 40%. Em janeiro/16, está previsto um novo aumento, para 50%. 
Segundo pesquisadores do Cepea, o incremento do consumo de suco de laranja seria benéfico tanto para os consumidores, que teriam uma bebida mais saudável, quanto para as indústrias brasileiras, que teriam um acréscimo de 10 mil t nas vendas até o ano que vem. Produtores também poderiam ganhar com o novo cenário, que implicaria em maior demanda por matéria-prima e, consequentemente, melhora nos preços pagos pelas indústrias.


 (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )

Pesquisa: Manejo intenso nas bordas reduz HLB

80% dos psilídeos são encontrados na periferia das propriedades, controle nessa área deve ser reforçado


Uma pesquisa do Fundecitrus mostra que 80% das plantas infectadas por greening (Huanglongbing/HLB) encontram-se nos primeiros 150 metros a partir da divisa da fazenda, isto é, na borda do pomar. De acordo com o estudo, 50% dos insetos são encontrados nos primeiros 50 metros iniciais dos talhões, este número sobe para 70% nos primeiros 75 metros e para 80% nos 100 metros a partir da borda do talhão. 
O "efeito de borda" é uma característica marcante do HLB. Ocorre porque o psilídeo tem caráter migratório e está sempre em busca de novas brotações. Quando voa de um pomar para outro, aterrissa nas primeiras plantas de citros que encontra. Para identificar por onde o psilídeo chega ao pomar, os produtores devem instalar armadilhas adesivas amarelas na periferia dos talhões. 
"Se por um lado, a área de borda é a mais sacrificada devido à alta incidência de greening e, consequente, tem maior necessidade de erradicação de plantas doentes, por outro lado um controle mais rigoroso do inseto nesta área impedirá a disseminação do HLB para a parte central da fazenda", afirma o pesquisador do Fundecitrus Renato Beozzo Bassanezi.
O especialista indica que os produtores apliquem inseticidas nos primeiros 100 metros da propriedade com mais frequência, se possível a cada semana. Desse modo, os talhões centrais ficam mais protegidos e não precisam de tanta pulverização, que pode ser feita a cada quinzena ou mês, dependendo da presença de brotações. Pequenas propriedades, que têm a área de borda maior do que a central, devem fazer o manejo regional, controlando o inseto e a doença em parceria com os seus vizinhos. 
Outra indicação é aumentar a densidade de plantio nas bordas e replantar frequentemente, não deixando espaços vazios. Dessa forma evita-se as falhas que facilitam a penetração do psilídeo para o interior do pomar, levando a doença para dentro da fazenda. Recomenda-se que o plantio seja feito paralelo à divisa do pomar, pois facilita a operação das pulverizações mais frequentes e, com o crescimento das plantas, serve de barreira "quebra-vento", dificultando a disseminação do inseto pelo vento para o interior da propriedade. É preciso evitar o plantio de talhões retangulares e/ou estreitos, pois têm área maior de borda do que os talhões quadrados de mesma área.

Fonte: Fundecitrus

Iapar lança publicação técnica que orienta sobre produção de maracujá



O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, lança no Show Rural deste ano, em Cascavel, um boletim técnico contendo orientações para a produção de maracujá-amarelo no Paraná. “Esperamos que esta obra ajude a consolidar o agronegócio desta fruta”, afirma Pedro Antonio Martins Auler, coordenador das pesquisas em fruticultura da instituição.

A publicação, destinada a técnicos e produtores, consolida resultados de estudos que o Iapar vem realizando desde a década de 1970, época em que o maracujá-amarelo passou a integrar a carteira de pesquisas da instituição.

O livro discute todas as etapas de produção – regiões indicadas para o cultivo; critérios para seleção de cultivares; formação de mudas; implantação do pomar; manejo de plantas daninhas, pragas e doenças; colheita e comercialização. Também há um capítulo dedicado à apresentação de índices técnicos para o cálculo de custos de produção.

CULTIVO – O cultivo de maracujá-amarelo é uma importante fonte de renda para a agricultura familiar e, por isso, tornou-se relevante na economia de vários municípios do Paraná, segundo o pesquisador.

Ocupando uma área de aproximadamente 1200 ha, a cultura de maracujá tem potencial no Estado. “Ultimamente tem faltado fruto no mercado e os preços são remuneradores, só não se expande mais devido a dificuldades técnicas no manejo das principais doenças”, diz Auler, referindo-se ao vírus do endurecimento do fruto e à bacteriose.

O pesquisador explica que, de modo ideal, o cultivo de maracujá-amarelo deve se dar em parceria com a indústria de processamento, para viabilizar o melhor aproveitamento e escoamento da produção, como já ocorre no polo de Corumbataí do Sul. “O produtor pode destinar para fabricação de sucos os frutos que não atingem o padrão exigido pelo mercado de mesa”, analisa.

Auler também defende a organização dos produtores em cooperativas ou associações para “favorecer a contratação de assistência técnica especializada, que é fundamental para a atividade”, explica.

Em pomares conduzidos de acordo com as recomendações técnicas é possível obter até 60 toneladas de frutos por hectare, em duas safras anuais. Mas a cultura não deve ser implantada em regiões mais frias e sujeitas a geadas frequentes. “É muito importante observar o zoneamento agroclimático, assunto abordado com detalhes na publicação”, conclui Auler.

LIVRO – O livro “Maracujá-amarelo: recomendações para cultivo no Paraná” custa R$ 5,00. Pode ser adquirido no estande do Iapar no Show Rural, pelo telefone (43) 3376-2373 e também na página www.iapar.br (nesse endereço também é possível baixar gratuitamente a versão em PDF).

Serviço:

Livro “Maracujá-amarelo: recomendações para cultivo no Paraná”.
Autores: Sérgio Luiz Colucci de Carvalho, Neusa Maria Colauto Stenzel e Pedro Antonio Martins Auler
Preço: R$ 5,00
Aquisição no endereço: www.iapar.br ou pelo telefone (43) 3376-2373.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:

Fonte: Agencia de Noticias do Paraná
Governo do Estado do Paraná

Produtores resgatam o plantio de frutas e hortaliças pouco convencionais da Amazônia


Técnicos da ADS, em parceria com o CTA/Musa, realizaram visitas às famílias de agricultores do AM, onde iniciaram o plantio de vegetais poucos conhecidos
Parte dos produtos são comercializados em feiras regionais fixas realizadas semanalmente
pela ADS como as feiras do Asa, Cassam, PM e Cidade Nova (Divulgação)

A Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) busca parceria com o Centro de Treinamento Agroflorestal do Museu da Amazônia (CTA/Musa) com o objetivo de resgatar o plantio e comercialização de uma diversidade de vegetais poucos conhecidos, chamados não convencionais da Amazônia, como taioba, vinagreira, ariá, bertalha, azedinha, araruta, cubiu, cará, entre outras.

Técnicos da ADS realizaram visitas às famílias de agricultores familiares do Assentamento Água Branca, localizado no Puraquequara, Zona Rural de Manaus, que já iniciaram o plantio dessas espécies não convencionais.

O agrônomo da ADS, Charlles Osawa, destacou a importância dessas hortaliças no cenário nacional e mundial. “A ADS é uma instituição governamental que apoia a comercialização de produtos do setor primário, por isso damos prioridades às ações que visam a sustentabilidade e acima de tudo, buscando novos caminhos para a comercialização dessas espécies da agricultura familiar”, enfatizou.

Benefícios

O casal de agricultores Manoel Nogueira e Francisca Moraes cultivam hortaliças que vinham sendo esquecidas. Uma das espécies que eles passaram a plantar depois do projeto é a taioba, uma planta que produz folhas comestíveis gostosas, rica em nutrientes e muito fácil de ser produzida, especialmente no verão amazônico.

Para Manoel Nogueira, participar do projetos traz inúmeros benefícios como o aumento da renda da família e ter mais opções para oferecer aos clientes. “Nós participamos das feiras da ADS, e percebemos que os clientes a cada dia querem algo diferente e nutritivo. Poder plantar espécies pouco conhecidas nos abriu novas oportunidades de negócios”, explicou.

De acordo com o especialista em gestão de negócios da ADS, Aldeney Cajueiro, esta visita às propriedades dos produtores é para avaliar as potencialidades de comercialização das hortaliças não convencionais.

O presidente da ADS, Miberwal Ferreira Jucá, destaca que a maior parte desses produtores rurais fornecem para as quatro feiras de produtos regionais fixas e semanais que a ADS realiza (ASA, Cassam, PM e Cidade Nova), que funcionam aos sábados pela manhã, promovendo e beneficiando aproximadamente 2,6 mil famílias que geram recursos em torno de R$ 9,5 milhões por ano. “Por meio dessas feiras apoiamos a comercialização de vários produtos regionais, que com esse parceria entre a ADS e o MUSA, iremos ampliar oferecendo outras espécies para a alimentação, que são ricas em nutrientes e cultivadas em pequena escala”, afirmou.

O presidente Miberwal ainda ressalta que o cultivo dessas hortaliças pelos agricultores familiares é primordial para a sustentabilidade, pois promove a ampliação e preservação dessas espécies. “Com isso também promovemos soberania alimentar para a região do Amazonas”, concluiu.

Além das Feiras a ADS também administra a Central de Abastecimento, no município de Iranduba.

O coordenador do projeto do MUSA, Eric Brosler, afirmou que uma das vantagens do cultivo dessas espécies não convencionais é a baixa utilização de insumos químicos. “Essas hortaliças se adaptam facilmente na região amazônica, por serem espécies nativas”, descreveu.

Fonte: Jornal A Critica

Índice Ceagesp registra alta de 2,81% em janeiro

Depois de verão quente e sem chuvas, índice de preços da Ceagesp começa 2015 em alta de 2,81%. Com crise hídrica, maiores e mais duradouros aumentos devem acontecer ao longo do ano. Em 2014, indicador subiu 8,9%. 

A falta d’água na região sudeste tem afetado diretamente os sistemas de irrigação da produção de hortifrutícolas. Por isso, diminuições no volume de frutas, legumes e verduras em cidades do estado devem se intensificar nos próximos meses. Mesmo assim, produtores esperam aumento do consumo com o fim das férias.

Índice dos setores

Único com quedas, o setor de frutas, diminuiu 1,33%. Dentre os produtos, a maior baixa foi do limão taití (-56,4%), e a maior alta da uva niagara (43,5%). Nos legumes, a alta foi de 10,41%. O chuchu aumentou 117,9% e o pepino japonês 99,9%. Já o cambuci caiu -18,5%. O setor de verduras também aumentou, atingindo o número de 16,59%. O brócolis, com 44,8%, e o repolho, com 39,1%, sofreram os aumentos mais significativos. No entanto o setor passou sem quedas.

Entre os diversos – que teve aumento de 5,10%, a principal alta foi da batata lisa (31,8%), e queda no coco seco (-18%). Entre os pescados (que subiu 7,78%), destaca-se o aumento do cascote (46,5%), e a queda do espada (-13%).


Fonte: Revista Globo Rural

Seca atinge o Circuito das Frutas e reduz a produção de caqui e goiaba

Mananciais secaram entre Valinhos e Louveira, segundo os agricultores.
Frutas não se desenvolveram devido à falta de chuva no estado de SP.


Goiaba pequena em lavoura de Valinhos por causa da crise hídrica
(Foto: Tony Mendes/EPTV)
Com nascentes secando em municípios do Circuito das Frutas, na região de Campinas (SP), produtores de goiaba e caqui estão prevendo quebras na safra entre 30% e 50% em 2015. Os frutos estão menores e o preço ao consumidor deve subir. 

O produtor rural Marcos Antônio Lúcio, de Valinhos (SP), espera colher menos da metade da produção de goiabas de 2014. Com pouca chuva, boa parte não vingou, e as que foram à diante estão menores.

Em anos anteriores, elas eram maiores do que a palma da mão, mas agora cabem duas frutas. “ Sem chuva os frutos não desenvolvem direito. Muitas vezes murcham”, lamenta o produtor. 
O local tem mangueiras que fazem a irrigação nos pés, mas elas estão quebrando porque estão secas.

Em Louveira, a produção de caqui terá queda de 30%, segundo os agricultores. A falta de água comprometeu o desenvolvimento dos pés.

As folhas estão menores e os frutos queimaram. Por causa da crise hídrica e perdas, os agricultores mudaram o manejo com a terra.

No ano passado, os corredores entre os pés de caqui não tinham mato, mas este ano a vegetação foi plantada para segurar umidade da madrugada. “O que nós estamos fazendo é não passar herbicida, deixando sempre roçadinho e a cama do caqui verde para absolver o sereno da noite”, disse o produtor rural Célio José Biasi.

E para piorar, a chuva de granizo danificou os frutos. E o preço para o consumidor deve aumentar. “Estamos preocupados porque vai faltar água e os primeiros cortes serão na agricultura”, finaliza Biasi.

De acordo com a última análise das Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), nas últimas semanas o preço do caqui e a qualidade do fruto se mantiveram estáveis. O Circuito das Frutas é composto pelos municípios de Atibaia, Indaiatuba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo.

Fonte: G1 Campinas - EPTV

Kátia Abreu vai propor redução de alíquotas incidentes sobre suco de frutas

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, disse nessa quarta-feira (04/02) que levará ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a proposta de redução das alíquotas de PIS/Cofins que incidem sobre os sucos de frutas, a fim de incentivar o consumo desses produtos. Hoje, as alíquotas dos sucos são as mesmas dos néctares.

Kátia Abreu deu a declaração após participar da posse do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, na sede do tribunal.

Segundo a ministra, a medida não só contribui para fortalecer as empresas do setor, mas também para melhorar a saúde dos brasileiros.

Os fabricantes de bebidas só podem chamar de suco os produtos que tiverem no mínimo 50% de polpa, a parte comestível da fruta. Já o néctar de frutas tem entre 20% e 30% de polpa de frutas.

PIS é o Programa de Integração Social que tem a finalidade de promover a integração do empregado com o desenvolvimento da empresa. São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Já a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) é uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social.

Fonte: Agência Brasil

Empresa italiana investirá em polo de frutas de Pernambuco


A companhia italiana Food & Innovative Technologies (FIT), de tecnologia para o setor hortifrúti, vai instalar este ano uma fábrica em Petrolina (PE), no Vale do São Francisco. A empresa, que faturou € 1 bilhão em 2014, pretende investir R$ 60 milhões na unidade, onde fabricará um equipamento que elimina micro-organismos que aceleram o apodrecimento de frutas e verduras.

Chamada de micro-ondas a frio, a tecnologia é exclusiva da empresa italiana e inédita no Brasil. Nos últimos cinco meses, o equipamento já vem sendo apresentado aos produtores locais por representantes comerciais. No entanto, a previsão é que a fábrica no país comece a funcionar apenas no segundo semestre. A terraplenagem começa após o Carnaval e em, seguida, a fábrica desembarcará, pré-montada, no porto de Suape.

Atual diretor comercial do grupo italiano, Nicola Gallone comandará as operações da empresa no Brasil. Segundo o executivo, a decisão de instalação da fábrica no município de Petrolina, no sertão pernambucano, foi motivada pelo elevado interesse dos produtores de frutas da região e do poder público municipal e estadual no empreendimento.

A unidade em Petrolina será a primeira da FIT fora da Itália. Originalmente, a empresa tinha plano de levar a fábrica para o Chile. As negociações para que a FIT mudasse sua rota em direção ao Brasil duraram dois anos e meio. "A empresa foi atraída pela robusta produção de frutas na região do Vale do São Francisco e também pelos incentivos fiscais da região", explica Erbert Casanova, sócio da Confiance Gestão Contábil & Negócios, que intermediou o negócio.

A região do Vale do São Francisco produz anualmente cerca de um milhão de toneladas de frutas. A Valexport, que representa produtores da região, estima um incremento de 10% na produção deste ano. Atualmente, cerca de 16% das uvas de mesa e 18% das mangas produzidas no local, que engloba municípios de Bahia e Pernambuco, são destinados à exportação.

Segundo Erbert Casanova, a operação da fábrica em Petrolina terá desconto de 85% de ICMS e de 75% no imposto de renda. Cerca de 90% dos R$ 60 milhões que serão investidos virão de recursos próprios da FIT. Os 10% restantes ficarão a cargo de um investidor local, que terá financiamento do BNDES.

Responsável pela apresentação dos produtos no mercado brasileiro, Edgard Rilho diz que a tecnologia italiana é capaz de prolongar a vida útil de frutas e verduras em até dois meses e substituiu produtos químicos amplamente usados no Brasil para este fim. Além de ser ecologicamente correto, segundo o executivo, o micro-ondas a frio promete preservação de 100% das propriedades de cheiro, cor e sabor dos alimentos.

Para empresários que exportam, como é do caso dos produtores do Vale do São Francisco, haveria a possibilidade de se trabalhar com estoques, reduzindo custos logísticos em até 20%.

Valdemir Dollazen, supervisor de produção da Agrícola Fraiburgo (SC), produtora de maçãs, diz que foi apresentado ao micro-ondas a frio no fim do ano passado, mas que ainda está avaliando a eficácia da tecnologia. No momento, a Agrícola Fraiburgo usa a lavagem a cloro e um produto chamado MCP para retardar a maturação da fruta e evitar mofo.

Segundo Dollazen, o setor está sempre de olho em novas tecnologias para prolongar a vida útil das frutas na prateleira e reduzir as perdas entre a colheita e o consumidor final. "Alguns produtores estão testando um sistema de lâmpadas infravermelhas, mas ainda não se tem certeza sobre a eficiência do processo", conta.

Em um primeiro momento, a FIT venderá o micro-ondas a frio apenas para produtores e cooperativas no Brasil e demais países da América do Sul e Central. Enquanto a fábrica não fica pronta, a empresa está medindo o apetite dos produtores para definir seu posicionamento de preços. Somente no Chile, estima Casanova, o mercado potencial chega a aproximadamente R$ 800 milhões.

No entanto, para o médio prazo, a empresa também vislumbra a possibilidade de colocar no mercado um equipamento para uso residencial, que custaria entre R$ 200 e R$ 300.



Fonte: Marina Falcão, Valor Econômico

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Agritech 2015 - Evento irá acontecer em Israel de 28 a 30 de abril



De 28 a 30 de abril acontecerá em Israel a Agritech 2015 (www.agritech.org.il

O evento abrange diversas áreas e segmentos do setor de agrotecnologia, e este ano o tema central será Pós-Colheita e Segurança Alimentar, onde o segmento de frutas estará plenamente inserido no contexto.

Contato e Informações:

Missão Econômica de Israel no Brasil
São Paulo - (11) 3095-3111
Ana Claudia B. Felisardo - ana.felisardo@israeltrade.gov.il
Rio de Janeiro - (21) 3259-9148
Tamires Poleti - tamires.poleti@israeltrade.gov.il



Ibraf participa da reunião com a ministra Kátia Abreu

Seguem algumas fotos da participação de nosso representante em Brasilia, Sr. Carlos Alberto de Albuquerque na reunião ocorrida no último dia 21 de janeiro com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, onde representantes de vários setores da fruticultura reuniram-se para discutir as principais demandas e soluções para o setor de Frutas.





terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Concurso vai premiar pesquisadores que apostam na biotecnologia rural

Pesquisadores ligados ao SNPA podem concorrer ao prêmio de R$ 60 mil. Inscrições são online e acontecem até o dia 4 de março.

Estudos criativos que apostam na biotecnologia rural feitos por pesquisadores agropecuários no Amapá podem se inscrever no 2º Concurso Frederico de Menezes Veiga. A competição quer estimular pesquisas que contribuam com o desenvolvimento sustentável do espaço rural, com foco no agronegócio através das tecnologias. As inscrições iniciaram no dia 19 de janeiro e estão abertas até às 20h do dia 4 de março pelo site do Prêmio Frederico de Menezes Veiga 2015.

A segunda edição do concurso tem como tema "Inovações de Base Natural - Contribuições para Inserção da Agricultura na Nascente Bioeconomia". Para participar, o pesquisador deve estar vinculado a uma das instituições do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), e não pode ser empregado na Embrapa.

Podem ser inscritos estudos inovadores que permitam, por exemplo, transformar cana-de-açúcar em garrafas PET, produzir estofados de carro com material biodegradável, aplicar biomateriais para reparar tecidos ósseos, dentre várias outras possibilidades.

Para inscrever o estudo, o pesquisador deve preencher o formulário online disponível na página do Prêmio até às 20h, horário de Brasília, do dia 4 de março. O pesquisador deve enviar, durante a inscrição, um "position paper", documento elaborado pelo autor onde se posiciona em relação ao tema e a contribuição da pesquisa para o futuro.

O "position paper" deve ser redigido em fonte Arial, tamanho 12, espaço simples, com no máximo 25 laudas. O limite máximo para o tamanho do arquivo é de 20 MB. Serão aceitos trabalhos realizados em coautoria, cabendo aos coautores indicar, no ato da inscrição, o pesquisador que os representará no concurso.

A premiação será uma peça de arte simbólica, diploma e prêmio em dinheiro no valor de R$ 60 mil. Para mais informações o candidato pode acessar o edital disponível na página online da certame.

Fonte: G1

Mbac busca parcerias para desenvolver os seus projetos de fertilizantes no país

A Mbac, listada na bolsa de Toronto, no Canadá, e com exploração de fertilizantes no Brasil, busca parceiros para "estabilizar" seu primeiro projeto de produção de fertilizantes à base de fosfatos no país e viabilizar um outro, estimado previamente para começar a operar em 2018.
O projeto Itafós, no Estado de Tocantins, para produção de superfosfato simples (SSP) começou a produzir efetivamente no começo do ano passado. A operação tem capacidade para 500 mil toneladas de SSP por ano, mas em 2014 produziu menos de 100 mil toneladas, segundo Cristiano Melcher, presidente e CEO da Mbac. Já o projeto Santana, considerado a "joia da coroa" do portfólio da companhia por apresentar alto teor de fósforo na reserva (13%), localizada no sul do Pará, quase divisa com Mato Grosso, deverá produzir em sua primeira fase 500 mil toneladas de superfosfato simples. Mato Grosso é o maior Estado consumidor de fertilizantes no país.
Em uma segunda fase, o projeto no sul do Pará deve produzir adubos com alta concentração de fósforo, o MAP (fosfato monoamônico), o TSP (superfosfato triplo) e um outro tipo voltado à nutrição animal, afirma Melcher. "O objetivo agora é estabilizar Itafós para a comprovação do mérito econômico e partir para o [projeto] Santana". Inicialmente, Santana demandará entre US$ 450 milhões e US$ 500 milhões, segundo o executivo. A estimativa preliminar é iniciar o projeto Santana em 2018. Melcher, que participou ontem do "Fertilizer Latino­Americano 2015", evento organizado pela consultoria britânica CRU, em São Paulo, lembrou que para tornar a produção nacional mais competitiva o setor demanda a reintrodução de tarifas de importação de fertilizantes com base em fosfatos e nitrogênio.
Em 2006, com um acordo entre Brasil e Mercosul, nove fertilizantes foram colocados na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) e ficaram sem a cobrança de tarifa. As importações, segundo ele, representam 80% do consumo doméstico de fertilizantes no país. O setor também defende que a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no comércio de adubos entre os Estados seja reduzida e unificada. Conforme Melcher, a cobrança diferenciada dos Estados gera distorções no segmento, já que algumas misturadoras de adubos estão distantes dos locais onde os produtos são comercializados.
"A ideia é ter uma tarifa básica e única em todas as transações, tanto para o importado quanto para as [operações] interestaduais", diz. Como a produção nacional de fertilizantes não cresce, empresas estrangeiras do setor estão de olho no mercado brasileiro. É o caso da americana CF Industries, a maior produtora de nitrogênio para fertilizantes na América do Norte e a segunda do mundo, que tem planos de aumentar suas exportações para o Brasil, de acordo com Bert Frost, vice­presidente sênior de vendas, distribuição e desenvolvimento de mercado da CF, que também participou do evento setorial.Ele não informou qual é o volume de produtos vendidos ao Brasil, mas disse que a quantidade é pequena e que a companhia americana quer crescer no país. Hoje, os produtos da CF são vendidos ao Brasil por meio da Keytrade, uma joint venture de importadores na qual a CF tem 50% de participação.
A Keytrade vende para o Brasil cerca de 1 milhão de toneladas de vários tipos de adubos, segundo ele. O executivo disse que há interesse da companhia em desenvolver o mercado brasileiro para um tipo de fertilizante nitrogenado líquido, que pode ser muito demandado pelo setor de cana­de­açúcar e que nos EUA é usado principalmente nas culturas do milho e trigo. Em 2013, as vendas de nitrogênio e derivados da CF totalizaram 13 milhões de toneladas, gerando uma receita de US$ 4,7 bilhões. Atualmente, cerca de 95% da produção da empresa é direcionada aos EUA e Canadá.

Fonte: Valor Econômico

Balança comercial tem déficit de US$ 3,17 bilhões em janeiro

As importações superaram as vendas externas, resultando em déficit da balança comercial brasileira, em US$ 3,17 bilhões em janeiro deste ano, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Este foi o quarto ano seguido no qual a balança comercial tem saldo negativo em janeiro. Em janeiro de 2012, 2013 e 2014, o déficit da balança comercial somou, respectivamente, US$ 1,3 bilhão, US$ 4,04 bilhões e US$ 4,06 bilhões. Deste modo, o déficit ficou menor do que o registrado em janeiro do ano passado.

"Chamo a atenção para a característica sazonal para janeiro, que é deficitário. Resultado da entressafra [de grãos], das férias coletivas e da baixa atividade econômica [e seus impactos nas exportações]. As importações já começam a subir em janeiro, com as empresas começando a repor seus estoques", avaliou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho.

Governo prevê saldo positivo em 2015
O secretário não quis fazer uma estimativa para o saldo comercial deste ano e para as exportações. Se limitou a dizer que espera um saldo positivo (exportações maiores do que importações) em todo este ano.

"Isoladamente, com o resultado de janeiro não podemos fazer uma projeção para todo ano. Pelo lado positivo, há a questão do câmbio [dólar mais alto, que estimula exportações] e recuperação nos Estados Unidos. Pelo lado dos desafios, temos preços das 'commodities' [produtos básicos] deprimidos e incertezas sobre parceiros importantes [como Europa]", acrescentou Godinho.

Exportações e importações em janeiro
Segundo o governo, as vendas ao exterior somaram US$ 13,7 bilhões em janeiro e, com isso, tiveram uma queda de 10,4% sobre janeiro de 2014. Os produtos manufaturados e básicos registraram retração de vendas, mas os semimanufaturados tiveram aumento de exportações.

De acordo com dados oficiais, a média diária de exportações do mês passado, de US$ 652 milhões, é a menor para todos os meses desde janeiro de 2010 - quando somou US$ 565 milhões, ou seja, em cinco anos. 

"Temos um efeito da questão dos preços de 'commodities' que tiveram queda mais acentuada do que o esperado por todo mercado. Isso impacta a balança comercial, mas temos oportunidades claras em produtos manufaturados e estamos desenvolvendo o plano de exportações", afirmou Godinho, do MDIC.

As vendas de produtos básicos recuaram 11,1% sobre janeiro do ano passado, enquanto os manufaturados registraram queda de 14,6%. Já as vendas externas de semimanufaturados cresceram 3,1%.

Segundo números do MDIC, a queda de 49% no preço do minério de ferro impactou as vendas externas do produto, que somaram US$ 1,2 bilhão no mês passado, contra US$ 2,5 bilhões em janeiro de 2014 - impactando o saldo comercial no mês passado.

Ao mesmo tempo, as importações somaram US$ 16,87 bilhões em janeiro, com queda de 12% sobre o mesmo mês de 2014. Na comparação com janeiro de 2014, recuaram os gastos com com combustíveis e lubrificantes (-28,4%), bens de consumo (-14,2%), bens de capital (-8%) e matérias-primas e intermediários (-7%).

Plano para aumentar exportações
O novo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, afirmou nesta segunda-feira em São Paulo que o governo anunciará no início de março o plano nacional de exportações, uma das bandeiras defendidas no início de sua gestão, junto a uma agenda de reformas microeconômicas.

Ele disse acreditar que o atual patamar do dólar frente ao real (mais alto frente ao ano passado) oferece uma perspectiva positiva para o país retomar as exportações neste momento. “Acreditamos que [o plano de exportações] pode ser um vetor para manter o nível de atividade econômica do país”, afirmou.

Monteiro destacou ainda a necessidade de dar maior ênfase a acordos bilaterais e colocar os Estados Unidos no centro da estratégia da política comercial brasileira, junto de países da América Latina como Chile, Peru, Colômbia e México.

Resultado de 2014
Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.

De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.

Estimativas do mercado e do BC para 2015
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 5 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.

Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 6 bilhões para 2014, com exportações em US$ 234 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 228 bilhões.

Fonte: G1

Emater-MG orienta produtores sobre economia de água na irrigação

A grave estiagem dos últimos meses aumentou a preocupação dos agricultores em relação ao desenvolvimento das lavouras. Em muitos casos, a produção só é possível com o uso da irrigação. No Brasil, a agricultura irrigada ocupa 6,7% da área plantada e responde por 20% da produção de alimentos. Em Minas Gerais, a área com uso de irrigação é de 600 mil hectares. Segundo o coordenador Técnico Estadual de Irrigação e Recursos Hídricos da Emater-MG, João Carlos Guimarães, o manejo correto da irrigação é fundamental para que captação de água seja realmente a necessária para cada cultura. 

Obter informações precisas sobre o clima da região e dos solos ajuda a estabelecer a quantidade e o momento certo de irrigar. “Se não houver uma estação climática próxima, uma alternativa é a aquisição, por um grupo de irrigantes, de estação uma climática automatizada. Outro equipamento que pode ser útil é um sensor de solo que informa o teor de umidade retida de pelo solo. Com isso, é possível reduzir em até 20% a quantidade de água utilizada na irrigação. 

A Emater-MG também orienta os produtores a utilizar sistemas de irrigação adequados para cada tipo de cultura e que ajudam na economia de água. “A irrigação localizada é a mais econômica. Ela é indicada nas áreas de produção de hortaliças, frutas e café”, explica João Carlos. A irrigação localizada pode tanto ser por gotejamento ou por microaspersão. Ela é feita próxima ao da pé da planta e aplicando água em pequenas quantidades. No caso do gotejamento, a água é disponibilizada por intermédio de mangueiras, com pequenos furos, que ficam espaçadas pela lavoura, junto às fileiras de plantas. Segundo o coordenador, a economia chega a 50% em relação aos métodos convencionais. Já o uso de microaspersores, reduz a quantidade de água utilizada entre 25% e 30%. 

Já quando a cultura exige uso do sistema de aspersão convencional – plantio de grãos, por exemplo – a recomendação é utilizar equipamentos (aspersores de baixa precipitação, sistema Lepa, etc) que ajudam a controlar a vazão e permitem que a irrigação seja feita o mais rente possível ao solo, reduzindo a dispersão da água. “O sistema Lepa, por exemplo, é muito utilizado nas grandes áreas irrigadas com pivô central”, explica o coordenador da Emater-MG. Lepa significa Low Energy Precision Application, ou aplicação precisa de água com baixo consumo de energia. Sua utilização promove uma redução nas perdas de água pelo vento e evaporação. 

João Carlos destaca a importância da irrigação para a oferta de alimentos e aumento da produtividade na agricultura. “Com a irrigação é possível produzir mais, em uma mesma área, evitando o desmatamento e a abertura de novas frentes de produção”, informa. Ele lembra que boa parte da água utilizada para irrigar as lavouras, retorna para o meio ambiente. “Uma parte da água é absorvida pela planta, a outra infiltra no solo e vai para o lençol freático. Além disso, há a evapotranspiração da água pela planta e pelo solo, que se transforma em chuva. Em algumas culturas, a retenção da água é muito baixa. Os grãos consumidos, por exemplo, tem apenas 3% de umidade. Ou seja, a maior parte retorna ao ambiente”. 

Áreas irrigadas
Em Minas Gerais, a maior parte das áreas irrigadas está no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, com as lavouras de grãos e café. No Norte de Minas, destaca-se a produção de frutas e hortaliças, principalmente nos projetos Jaíba e Gorutuba, onde a irrigação localizada (gotejamento e microaspersão) é a mais utilizada. Já no Sul de Minas, a produção de morango é irrigada por gotejamento. Nos municípios do entorno de Belo Horizonte, há uma grande produção de hortaliças. Boa parte dos agricultores utiliza a irrigação localizada. 

As áreas irrigadas necessitam de outorga (autorização) para uso da água. No caso de Minas Gerais, ela é concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Se a água utilizada é de algum rio de domínio da União, a outorga é concedida pela Agência Nacional de Águas (ANA).

Fonte: DeFato online

Estoque das indústrias de suco de laranja do Brasil deve cair 16% em 2014/15, diz CitrusBR

Os estoques globais de suco de laranja brasileiro deverão cair 16 por cento ao final da temporada 2014/15, em 30 de junho deste ano, na comparação anual, estimou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

O chamado estoque de passagem em poder das empresas associadas à CitrusBR deverá atingir 447.276 toneladas ante 534.529 toneladas em 30 de junho de 2014. A estimativa refere-se a suco concentrado congelado (FCOJ) e teor de açúcar equivalente a 66º brix.

Em junho de 2013, os estoques chegaram a ser de 765.924 toneladas.

Em 31 de dezembro de 2014, na metade da temporada atual, os estoques das empresas associadas à CitrusBR, em pontos de armazenagem no Brasil e ao redor do mundo, eram de 1.002.038 toneladas, queda de 4,2 por cento em relação às 1.046.465 toneladas existentes na mesma data do ano anterior.

O volume total de laranjas processadas na safra 2014/15 no cinturão citrícola que compreende São Paulo e Minas Gerais, incluindo empresas de associadas e não associadas à CitrusBR, deverá chegar a 270 milhões de caixas de 40,8 kg. Caso se confirme, o número representará um crescimento de 4,6 por cento em relação a estimativa divulgada pela associação em julho de 2014.

O Brasil é o maior exportador global de suco de laranja, com o mercado sendo dominado pelas três gigantes associadas da CitrusBR: Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus.

(Por Gustavo Bonato - DCI)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Famílias do sul do Ceará garantem renda com a cultura do pequi

Começo do ano é época de pequi. O fruto é muito usado para temperar comida, principalmente em Minas Gerais, Goiás e no nordeste do Brasil. No Ceará, agricultores se mudam para perto dos pequizeiros para trabalhar na colheita do fruto.

A safra do pequi muda a rotina de muita gente em Jardim, no sul do Ceará. Todos os anos, a família de Iraci Bernardino migra para um acampamento no município vizinho de Barbalha. Cada um leva o que pode em uma caminhada de oito quilômetros.

“É o melhor tempo, a melhor época, é essa que a gente faz a mudança para o acampamento, porque significa mais pão na mesa, mais saúde, as crianças crescem mais, engordam, a gente para de sentir dor e sofrimento”, conta a agricultora.

Nos meses de janeiro e fevereiro a família participa da colheita do fruto. No acampamento é montada uma estrutura para acomodar os agricultores. A área faz parte da floresta nacional do Araripe, que pertence à União.

Cerca de 130 famílias garantem a renda com o extrativismo do pequi, pelo menos 20 delas vão para o acampamento.

A expectativa é que nesta safra sejam colhidas 200 toneladas do produto. O trabalho começa cedo. Em um dia, é possível catar até dois mil frutos. Pedro Martins conhece bem essa rotina há 70 anos.

“Todo ano eu venho colher pequi, há sessenta anos eu faço isso. Tudo o que eu tenho na vida se deve ao pequi, minha casa, comprei terreno, moveis, tudo com o dinheiro da venda da fruta”, conta

A venda de pequi é feita às margens da rodovia estadual 060. No início de safra, o cento custa R$ 10, no final da coleta o preço chega a triplicar. “Dá pra tirar cerca de R$ 60 a R$ 70 por dia”, diz o extrativista Odaílo Sousa.

Fonte: G1 -Globo Rural

Coopervinho Paulista - A primeira cooperativa de suco de uva de São Paulo

Com sede em Vinhedo/SP, a Coopervinho Paulista é a primeira cooperativa de suco de uva de São Paulo


Foto: Canal Rural - Crédito: Erik Leite/Divulgação

Na  ultima quarta, dia 28, foi lançada a primeira Cooperativa de Suco de Uva do Estado de São Paulo, a Coopervinho Paulista, com sede em Vinhedo.

Presidida por Nivaldo Tordin, a entidade conta com 24 cooperados das cidades de Vinhedo, Valinhos, Jundiaí, Itupeva, Campinas, Jarinu, São Miguel Arcanjo e Amparo. 
De acordo com Tordin disse também que o suco já tem o registro necessário no Ministério da Agricultura e que a expectativa é que com 100 mil quilos de uva sejam produzidos 60 mil litros de suco. 

- Acabamos de obter registro para a produção de vinho tinto seco e suave e expandiremos nossa produção - anunciou.

O prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz, afirmou que é uma honra para Vinhedo ser sede da cooperativa justamente às vésperas da abertura da 54ª edição da Festa da Uva e 6ª edição da Festa do Vinho, que acontecerá entre 7 e 22 de fevereiro no Parque Municipal Jayme Ferragut. Também como presidente do Circuito das Frutas, ele ressaltou que a entidade reforça ainda mais as possibilidades de desenvolvimento do turismo na região. 

- Vamos trabalhar intensamente para fortalecer as atividades econômicas que estão por trás da produção de frutas e derivados em toda a região e o turismo também ganhará mais atrativos - disse.

Fonte: Canal Rural