Técnicos da ADS, em parceria com o CTA/Musa, realizaram visitas às famílias de agricultores do AM, onde iniciaram o plantio de vegetais poucos conhecidos
Parte dos produtos são comercializados em feiras regionais fixas realizadas semanalmente pela ADS como as feiras do Asa, Cassam, PM e Cidade Nova (Divulgação) |
A Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) busca parceria com o Centro de Treinamento Agroflorestal do Museu da Amazônia (CTA/Musa) com o objetivo de resgatar o plantio e comercialização de uma diversidade de vegetais poucos conhecidos, chamados não convencionais da Amazônia, como taioba, vinagreira, ariá, bertalha, azedinha, araruta, cubiu, cará, entre outras.
Técnicos da ADS realizaram visitas às famílias de agricultores familiares do Assentamento Água Branca, localizado no Puraquequara, Zona Rural de Manaus, que já iniciaram o plantio dessas espécies não convencionais.
O agrônomo da ADS, Charlles Osawa, destacou a importância dessas hortaliças no cenário nacional e mundial. “A ADS é uma instituição governamental que apoia a comercialização de produtos do setor primário, por isso damos prioridades às ações que visam a sustentabilidade e acima de tudo, buscando novos caminhos para a comercialização dessas espécies da agricultura familiar”, enfatizou.
Benefícios
O casal de agricultores Manoel Nogueira e Francisca Moraes cultivam hortaliças que vinham sendo esquecidas. Uma das espécies que eles passaram a plantar depois do projeto é a taioba, uma planta que produz folhas comestíveis gostosas, rica em nutrientes e muito fácil de ser produzida, especialmente no verão amazônico.
Para Manoel Nogueira, participar do projetos traz inúmeros benefícios como o aumento da renda da família e ter mais opções para oferecer aos clientes. “Nós participamos das feiras da ADS, e percebemos que os clientes a cada dia querem algo diferente e nutritivo. Poder plantar espécies pouco conhecidas nos abriu novas oportunidades de negócios”, explicou.
De acordo com o especialista em gestão de negócios da ADS, Aldeney Cajueiro, esta visita às propriedades dos produtores é para avaliar as potencialidades de comercialização das hortaliças não convencionais.
O presidente da ADS, Miberwal Ferreira Jucá, destaca que a maior parte desses produtores rurais fornecem para as quatro feiras de produtos regionais fixas e semanais que a ADS realiza (ASA, Cassam, PM e Cidade Nova), que funcionam aos sábados pela manhã, promovendo e beneficiando aproximadamente 2,6 mil famílias que geram recursos em torno de R$ 9,5 milhões por ano. “Por meio dessas feiras apoiamos a comercialização de vários produtos regionais, que com esse parceria entre a ADS e o MUSA, iremos ampliar oferecendo outras espécies para a alimentação, que são ricas em nutrientes e cultivadas em pequena escala”, afirmou.
O presidente Miberwal ainda ressalta que o cultivo dessas hortaliças pelos agricultores familiares é primordial para a sustentabilidade, pois promove a ampliação e preservação dessas espécies. “Com isso também promovemos soberania alimentar para a região do Amazonas”, concluiu.
Além das Feiras a ADS também administra a Central de Abastecimento, no município de Iranduba.
O coordenador do projeto do MUSA, Eric Brosler, afirmou que uma das vantagens do cultivo dessas espécies não convencionais é a baixa utilização de insumos químicos. “Essas hortaliças se adaptam facilmente na região amazônica, por serem espécies nativas”, descreveu.
Fonte: Jornal A Critica
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