sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Saiba como produtores de fruta economizaram 30% unindo esforços

O monitoramento, o controle de gastos e a cooperação garantem melhor desempenho na atividade e maiores lucros no campo. Os bons resultados dessas estratégias são mostrados no Projeto de Irrigação de Pirapora, no município de mesmo nome, às margens do Rio São Francisco, no Norte de Minas. A partir do programa Educampo/Gestão Avançada, implantado com o suporte do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Micro Empresa), oito produtores de frutas (quase todos descendentes de japoneses) do perímetro irrigado sabem na ponta do lápis todas as despesas de suas atividades. Eles também participam de um sistema de compra coletiva que resultou na economia de quase 30% na aquisição de insumos.

Instalado pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), o Projeto Pirapora conta com uma área irrigada de 1,236 mil hectares, concentrando 34 produtores, a grande maioria descendente de japoneses. Os oito participantes do Programa Educampo/ Gestão Avançada representam cerca de 15 produtores, já que em suas áreas também atuam seus familiares. A maior parte das frutas colhidas em Pirapora vai para o entreposto da Ceasa (Central de Abastecimento) na Grande BH.

O programa funciona da seguinte forma: o agrônomo Saulo David Rezende, consultor técnico contratado pelos agricultores, visita mensalmente as áreas de plantio e faz o levantamento relativo aos custos de mão de obra, gastos com irrigação, insumos e depreciação de benfeitorias. Também apura os dados sobre a produtividade das plantações, com uma avaliação separada de cada “talhão” (área) da propriedade. Em seguida, após a análise de custos, as informações são tabuladas e os resultados são repassados para cada irrigante, que, a partir daí, adota as medidas para a melhoria do processo produtivo.

A gestão avançada foi implementada há dois anos e meio. Os produtores também participam de reuniões, nas quais discutem os resultados da análise de custos. Durante os encontros, eles compartilham informações. Desta forma, a iniciativa possibilita a melhoria da gestão do sistema produtivo, com o aproveitamento das experiências bem-sucedidas.

Dono de uma lavoura de 50 hectares de banana-prata anã no perímetro irrigado de Pirapora, o produtor Edson Yuki Sassaki ressalta que a gestão avançada tem proporcionado a melhoria do desempenho da cultura, permitindo a tomada de decisões que incrementam a produção. “Com base nas informações levantadas, particularmente, cada produtor pode tomar uma decisão para diminuir custos. Se um talhão está com uma produtividade média, cabe ao agricultor retirar o plantio e tentar recuperar o cultivo na referida área”, diz Sassaki.

Ele ressalta a importância da discussão e da troca de informações sobre os resultados de custos verificados separadamente em cada lote do perímetro irrigado. “A gente analisa quais propriedades estão dando lucros e quais estão no prejuízo. Com a comparação, podemos adotar as metodologias mais satisfatórias usadas pelos vizinhos”, afirma o fruticultor.

Edson Sassaki chama a atenção para a importância da união dos irrigantes. “A primeira questão é que comunicando melhor a gente tem um melhor foco no negócio, o que permite traçar um planejamento de acordo com a necessidade de cada um. Juntos, alinhamos as nossas demandas e procuramos a solução dos problemas com o apoio do Sebrae. Tentamos sempre a busca de soluções colegiadas para nossas necessidades”, assegura.

Outro irrigante de Pirapora entusiasmado com o programa de gestão avançada é Rubens Shigueru Minane, que planta banana, uva e tangerina em uma área de 180 hectares. “Além de fazer a análise de custos, compartilhamos conhecimento sobre as técnicas de manejo. Assim, podemos melhorar a nossa produtividade”, comenta Rubens Shigueru.

Ele destaca que o modelo possibilita aos produtores uma situação de “pés no chão”, com informações sempre atualizadas a respeito dos seus custos e do desempenho da propriedade. “Com a análise do custo, o agricultor verifica realmente se a propriedade é viável para o negócio. Ele fica sabendo se a cultura está dando retorno ou não”, explica.

Shigueru diz que os agricultores ainda não discutem a comercialização dos produtos. “Por enquanto, discutimos somente questões da porteira para dentro. Mas, quando o processo estiver mais amadurecido, também poderemos tratar do mercado”, informa. Também produtor no Projeto Pirapora, onde tem um cultivo de 35 hectares de banana, Ricardo Takeo Watanabe ressalta que a gestão avançada e a troca de experiências entre os irrigantes facilita a busca e o uso de novas tecnologias para o plantio irrigado de frutas na região. “Com certeza, isso garante melhor produtividade e mais qualidade aos nossos produtos”, avalia.

Florada da laranja no Paraná surpreende nesta safra


Com a contribuição do tempo e os pomares carregados, a meta certamente será atingida



Os pomares carregados e floridos prometem uma safra de laranja de alta qualidade. A Unidade Industrial de Sucos (UIS) da Integrada já está em plena atividade e espera receber nesta safra 1,7 milhão de caixas. Com a contribuição do tempo e os pomares carregados, a meta certamente será atingida.

De acordo com técnicos da Cooperativa Integrada, a laranja é uma atividade que usa uma menor área no comparativo com a produção de grãos e, ao mesmo tempo, oferece um melhor retorno financeiro por área.

Aqueles que buscam a certificação para ter uma nova fonte de renda ou agregar valor à propriedade, por exemplo, pode procurar qualquer unidade da cooperativa Integrada para receber todo o suporte técnico necessário para a produção de laranja.

Com relação à rentabilidade, o ciclo de produção da laranja é mais tardio. A partir do quinto ano de produção o produtor já paga os seus custos se o produtor seguir todas as recomendações técnicas do engenheiro agrônomo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MP quer suspender decreto que minimiza exigências para aplicação de agrotóxico

Medida alterou dispositivos que estabeleciam padrão mínimo para o uso, aplicação e destinação final de resíduos


O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da 16ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá, ingressou com ação civil pública com pedido liminar, contra o Estado, requerendo a suspensão imediata dos efeitos do decreto 1.651/13. A medida alterou diversos dispositivos que estabeleciam padrão mínimo para o uso, aplicação e destinação final de resíduos de agrotóxicos em Mato Grosso. A ação tramita na Vara Especializada do Meio Ambiente da Capital.

Entre as alterações trazidas pelo decreto que está sendo questionado pelo Ministério Público, estão dispensa da obrigação de implantação de pátio de descontaminação destinado à lavagem e limpeza dos equipamentos utilizados para aplicação terrestre de agrotóxicos; e a extinção da “guia de aplicação”, que era requisito essencial para a aplicação terrestre de pesticidas; pelas empresas que prestam serviço de aplicação terrestre de agrotóxicos.

“Todas essas alterações , consoante anotado por Wanderlei Antonio Pignati e pelo pesquisador João Inácio Wenzel na Nota Técnica, ampliarão os riscos de contaminação por agrotóxicos no Estado, sobretudo se considerado que nem mesmo os critérios de manipulação mais rigorosos, outrora estabelecidos no revogado Decreto Estadual 2.283/09, vinham se mostrando suficientes na garantia da preservação do meio ambiente e da saúde da população”, destacou o promotor de Justiça, Joelson de Campos Maciel.

Segundo ele, antes de ingressar com a ação, o Estado foi provocado pelo Ministério Público a apresentar as medidas a serem adotadas para conter o retrocesso socioambiental resultantes dessas alterações. Uma notificação recomendatória foi encaminhada ao governador Pedro Taques (PSDB) sugerindo a revogação do referido decreto, mas a Procuradoria Geral limitou-se a solicitar a dilação do prazo fixado a fim de que fossem realizados estudos internos sobre a matéria e consulta pública com a participação de entidades representativas do setor agrícola, em face dos altos impactos que a medida poderia provocar à economia do Estado.

O Ministério Público solicitou cópia dos estudos técnicos que ampararam a revogação dos decretos anteriores, mas o material solicitado não foi apresentado pela Procuradoria Geral do Estado. “Mato Grosso primeiro optou por mitigar o patamar de proteção ambiental assegurado pela regulamentação que orientava a manipulação de agrotóxicos na região, para, depois, buscar respaldo técnico apto a justificar o ato pernicioso”, acrescentou.

O promotor de Justiça argumenta que durante a elaboração do Decreto 1.651/13 não foram observadas as prescrições jurídicas aplicáveis aos atos administrativos e a garantia constitucional implícita da proibição do retrocesso.

Infraestrutura e energia são os principais desafios para o desenvolvimento da agropecuária

O estado de Roraima ainda carece de infraestrutura adequada para se desenvolver. O principal porto da região é de Caracaraí, município que fica a 86 km de Boa Vista. Outros possíveis acessos aos mercados são os portos de países vizinhos, como Venezuela e Guiana. Mais um fator preocupante é o fornecimento de energia elétrica, que é importada da Venezuela, país que há vários anos vive momentos conturbados. Estes foram os principais temas discutidos nas palestras realizadas na solenidade da abertura oficial da Colheita da Soja 2016, que ocorreu na noite da última sexta-feira, dia 2 de setembro, no Centro Amazônico de Fronteira (CAF) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista, Roraima.

De acordo com o economista e consultor em logística, Luís Antônio Pagot, um dos palestrantes do evento, Roraima precisa de uma infraestrutura mais adequada de acesso a portos, como a saída por Georgetown, Guiana e pela Venezuela, o que poderia facilitar e acelerar o processo de desenvolvimento da cadeia de soja. Para ele, Roraima é uma plataforma de alimentos para o Brasil e o mundo, uma vez que a região é “lacrada”, sem ligação direta com a Amazônia e regiões do Sul e Sudeste, o que reduz muito o risco de contaminação de pragas nas lavouras.

“Como resultado, os produtos são mais limpos e que podem agradar muito mais o mercado internacional. Para mim este é um ponto crucial dessa nova fronteira agrícola”, destacou. E finalizou: “agora é a hora de os produtores e a população roraimense desfrutarem dessa qualidade, da viabilidade de buscar novos mercados e oportunidades”. Mas, para isso se tornar realidade, é preciso melhorar a infraestrutura de transporte e o fornecimento de energia no estado.

O engenheiro civil, Gabriel Debellian, experiente em administração portuária, também foi um dos palestrantes do evento, onde apresentou estudo com as possíveis alternativas logísticas para a exportação de soja de Roraima. Para ele, não existem soluções imediatas, é preciso investir no asfaltamento das rodovias, racionalizar a atuação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e órgãos correlatos, estipulando prazos razoáveis (para sim ou não) quanto a emissão de licenças para a operação dos terminais; aumentar os investimentos privados em terminais, frotas fluviais e ferrovias na região, para que a logística consiga ajudar o desenvolvimento agropecuário roraimense.

No estudo, Debellian traçou a importância do Porto de Georgetown como uma alternativa imediata, principalmente para o pequeno produtor mandar a soja dele individualizada. “É uma forma muito parecida com o que os americanos fazem. O custo é barato e eficiente”, explicou.

Plantio de soja no mundo – Vlamir Brandalizze, outro palestrante do evento, falou sobre as tendências do agronegócio mundial e brasileiro com foco em grãos e carnes. Segundo ele, o plantio de soja em vários países e a demanda crescente de todos os alimentos têm limitações. No Brasil, os produtores continuam melhorando a produtividade em suas lavouras, o que acaba influenciando as cotações de suas exportações, de certa forma, sustentando o país.

Para Brandalizze, especialista em mercados agrícolas, as tendências indicam excelentes condições de crescimento e rentabilidade aos produtores. “Com avanço nas exportações e demanda interna nos setores de carnes, grãos, entre outros, o país vai se posicionando como líder no comércio internacional”, observou o engenheiro agrônomo.

O mesmo panorama é vislumbrado para o setor de carnes. Do ponto de vista da produção, o Brasil é o mais competitivo do mundo e o maior exportador de carne bovina e de frangos. Posição que também pode ser alcançado pela venda da carne de suínos. “Estamos crescendo no mercado mundial, ocupando espaços deixados pela falta de oferta para atender à crescente demanda. Assim, vamos liderando nos diversos mercados, garantindo melhores condições de oferta e rentabilidade aos produtores brasileiros”, comentou.

Brandalizze prevê que os produtores brasileiros podem vislumbrar expressiva participação no mercado internacional, por muitos anos, o que garantirá um crescimento sustentável, já que em muitos países o setor agropecuário está estagnado. “Há uma forte queda na área agrícola da Ásia. A América do Norte e a Europa não mostram evolução de novas áreas e a produtividade está estável. No Brasil, ao contrário, com a expansão de novas áreas - como em Roraima, que rapidamente deverá se tornar um grande polo do agronegócio, além da abertura de novas fronteiras, deve-se destacar a crescente melhoria da produtividade de nossas commodities agrícolas”, frisou o especialista.

China: Blairo Maggi diz que o Brasil tem condições de atender demanda mundial de alimentos

Governo brasileiro quer ampliar a participação do agronegócio no mercado mundial


Durante palestra no Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China, em Xangai, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que a agricultura brasileira tem capacidade de aumentar ainda mais a sua participação no mercado mundial do agronegócio. “O complexo do agro é bastante diversificado no Brasil. Temos condições de atender a toda população brasileira e as demandas mundiais”, garantiu. 

Maggi revelou que sua meta a frente do Ministério da Agricultura é aumentar a participação brasileira no mercado mundial de 6,9% para 10% em um prazo de cinco anos. Para tanto, ele fez um apelo ao presidente Michel Temer para que peça ao presidente da China, Xi Jinping, com quem manterá um encontro neste sábado, que abra a possibilidade de ampliar o comércio com o Brasil. 

“Nós temos capacidade de produzir, sabemos como fazer, mas temos restrições, muitas vezes impostas pelos organismos aqui da China. Eles têm colocado algumas imposições, medidas fitossanitárias que não fazem muito sentido, que prejudicam o comércio”, afirmou Maggi durante exposição que contou com a participação de empresários e políticos brasileiros e chineses.

O ministro da Agricultura reclamou da demora do governo chinês para liberar a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras. Para Maggi, essas dificuldades impostas pelo país asiático são usadas como “moeda de troca” para impor produtos chineses. 

Blairo Maggi viajou no último dia 30 para China onde participará da reunião do G-20. O ministro encontrou o presidente Michel Temer, que voltou a elogiar o plano Agro + lançado pelo Ministério da Agricultura na semana passada. Durante a primeira reunião ministerial, após tomar posse em caráter definitivo como presidente da República, Temer pediu aos demais ministros que façam o mesmo em suas pastas. 

“Quero pedir a todos que nos respectivos ministérios criem um grupo para desburocratizar as medidas que são tomadas pelo ministério. O ministro Blairo Maggi apresentou um plano, depois que um grupo trabalhou reduzindo as dificuldades burocráticas em 63 pontos determinados”, afirmou.

O presidente revelou que pensava em criar um órgão específico para cuidar exclusivamente da desburocratização, mas, após o lançamento do programa Agro+ do Ministério da Agricultura, ele entendeu que o melhor seria que os próprios ministros possam examinar quais são as dificuldades existentes em suas pastas e apresentar as soluções. A coordenação ficará a cargo do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Embrapa lança livro sobre frutas tropicais para estrangeiros

As frutas tropicais nem sempre são apreciadas por pessoas de outras nacionalidades pela falta de hábito de consumo ou por não serem tão facilmente encontradas no mercado externo. E quando as encontram, os estrangeiros normalmente não sabem como consumi-las. Diante desse cenário, uma equipe da Embrapa Agroindústria de Alimentos reuniu em um livro algumas frutas tropicais produzidas e consumidas no Brasil, cujas formas de consumo podem ser consideradas diferenciadas. Ilustrado com fotografias, o livro traz informações em português, inglês e espanhol, e foi lançado na Feira Rio Alimentação Sustentável, durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro.

O Brasil possui uma grande diversidade de frutas tropicais nativas e exóticas, ou seja, importadas de outros climas tropicais e adaptadas ao nosso ecossistema. "Para os estrangeiros, as fotografias das frutas presentes no livro passam a ser fundamentais, já que muitas são totalmente desconhecidas para eles", afirma o engenheiro da Embrapa, Marcos Maia, autor das fotos. O conteúdo da publicação traz informações gerais sobre as frutas com enfoque no consumo. "É possível consumir as frutas com casca, inteira, com ou sem semente, com ou sem auxílio de talheres. E há, ainda, aquelas que só podem ser consumidas após processadas, na forma de suco, sorvete ou geleia, por exemplo", conta a pesquisadora Virgínia da Matta, uma das autoras da publicação.

As frutas são constituídas de fibras alimentares, compostos antioxidantes, vitaminas, minerais (potássio, ferro, manganês, cálcio, fósforo etc.) e outros componentes benéficos para a saúde. Devido à sua importância nutricional e funcional, há inúmeros programas mundiais e permanentes para o aumento do consumo de frutas pela população. Frutas tropicais, sejam da região amazônica, do cerrado, da mata atlântica, da caatinga; "qualquer que seja sua origem, forma ou tamanho, o mais importante é saboreá-las. Esperamos que este pequeno guia forneça aos leitores informações úteis que os ajudem a usufruir mais e melhor deste fantástico universo das frutas tropicais", conclui a pesquisadora Regina Lago, coautora da publicação.

Para ter acesso ao livro, clique aqui.

Feira Rio Alimentação Sustentável

O livro "O Sabor das Frutas Tropicais" foi lançado durante a Feira Rio Alimentação Sustentável, que ocorreu entre os dias 12 e 14 de agosto no Largo do Machado e na Praça do Ó, no Rio de Janeiro. A publicação atraiu a atenção não só dos estrangeiros, mas também dos brasileiros que circularam por lá. No evento, a Embrapa também apresentou alimentos biofortificados e pesquisas voltadas para o setor agroindustrial.


Missão do Governo na Ásia busca ampliar participação do agronegócio no mercado mundial

Durante palestra no Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China, em Xangai, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que a agricultura brasileira tem capacidade de aumentar ainda mais a sua participação no mercado mundial do agronegócio. "O complexo do agro é bastante diversificado no Brasil. Temos condições de atender a toda população brasileira e as demandas mundiais", garantiu. O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, integra a comitiva do Governo Federal em missão na Ásia.

Maggi revelou que sua meta a frente do Ministério da Agricultura é aumentar a participação brasileira no mercado mundial de 6,9% para 10% em um prazo de cinco anos. Para tanto, ele fez um apelo ao presidente Michel Temer para que peça ao presidente da China, Xi Jinping, com quem manterá um encontro neste sábado, que abra a possibilidade de ampliar o comércio com o Brasil.

"Nós temos capacidade de produzir, sabemos como fazer, mas temos restrições, muitas vezes impostas pelos organismos aqui da China. Eles têm colocado algumas imposições, medidas fitossanitárias que não fazem muito sentido, que prejudicam o comércio", afirmou Maggi durante exposição que contou com a participação de empresários e políticos brasileiros e chineses.

O ministro da Agricultura reclamou da demora do governo chinês para liberar a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras. Para Maggi, essas dificuldades impostas pelo país asiático são usadas como "moeda de troca" para impor produtos chineses.

Blairo Maggi viajou no último dia 30 para China onde participará da reunião do G-20. O ministro encontrou o presidente Michel Temer, que voltou a elogiar o plano Agro + lançado pelo Ministério da Agricultura na semana passada. Durante a primeira reunião ministerial, após tomar posse em caráter definitivo como presidente da República, Temer pediu aos demais ministros que façam o mesmo em suas pastas.

"Quero pedir a todos que nos respectivos ministérios criem um grupo para desburocratizar as medidas que são tomadas pelo ministério. O ministro Blairo Maggi apresentou um plano, depois que um grupo trabalhou reduzindo as dificuldades burocráticas em 63 pontos determinados", afirmou.

O presidente revelou que pensava em criar um órgão específico para cuidar exclusivamente da desburocratização, mas, após o lançamento do programa Agro+ do Ministério da Agricultura, ele entendeu que o melhor seria que os próprios ministros possam examinar quais são as dificuldades existentes em suas pastas e apresentar as soluções. A coordenação ficará a cargo do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O ministro Blairo Maggi seguiu na tarde desta sexta-feira (2), no avião presidencial, para Hangzhou onde vai participar da reunião do G-20.

Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo lança livro digital gratuito com dicas e receitas para incentivar o consumo de citros



Uma das principais culturas da agricultura paulista, os citros são alimentos saborosos, versáteis, com alto valor nutricional, baixo custo e podem ser encontrados em qualquer região do País. Para incentivar o consumo desses produtos, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lança o “Manual de Citros”, publicação digital gratuita com informações técnicas, orientações e receitas.

A publicação elaborada pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), da Secretaria, está disponível gratuitamente para leitura e download nas livrarias e plataformas digitais Amazon, Itunes, Livraria da Cultura, Kobo e Issuu.

Desenvolvida pela equipe de nutricionistas do Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cesans) da Codeagro, a partir de uma demanda da Câmara Setorial de Citros, o manual traz dicas e ilustrações sobre como identificar os tipos de laranjas, tangerinas, limas e limões na hora da compra, como fazer a higienização e o armazenamento do produto, qual o fruto mais indicado para cada preparação e as principais propriedades que auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico e na prevenção de doenças. Além de incentivar o consumo da fruta in natura, o livro traz receitas de doces, salgados e bebidas.

Para a nutricionista do Cesans, Milene Massaro, o consumo dos citros deve ser incentivado em qualquer idade, por ser um alimento de baixo custo e muitos benefícios à saúde. “Os citros são ricos em vitamina C, que ajuda a prevenir ou deter o avanço de doenças cardíacas, câncer, catarata, escorbuto e envelhecimento; fibras, que ajudam a regular o funcionamento do intestino; pectina, que auxilia na saúde arterial e mais de 60 flavonoides, que entre outras propriedades têm efeito anti-inflamatório”, explicou.

“Com o lançamento do Manual de Citros, a Secretaria passa a oferecer 15 publicações gratuitas em plataformas digitais com

“Em agosto, atingimos a marca de 50 mil downloads e leituras dos livros digitais, o que sinaliza que há interesse da população em se alimentar com qualidade”, ressaltou o titular da Codeagro, Michel Reche Beraldo. informações e dicas de consumo dos alimentos para incentivar hábitos alimentares mais saudáveis à população”, afirmou Carlos Eduardo Batista Fernandes, da Codeagro.

Conforme enfatizou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, os livros digitais gratuitos auxiliam a população a aproveitar melhor os alimentos provenientes da agricultura. “O Estado de São Paulo é o maior produtor de laranja do mundo, por isso a importância de trazer essa qualidade à mesa do paulista. Estamos, assim, seguindo as determinações do governador Geraldo Alckmin, que é médico, e sabe da importância de zelar pela saudabilidade dos alimentos”, disse. 

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo