terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Importação complementar de cacau é única opção para a indústria processadora manter a produção

Há vários anos, cacau vindo de Gana tem ajudado no abastecimento do parque fabril nacional. A importação segue rigorosamente as medidas sanitárias previstas nas leis vigentes brasileiras.



O ano de 2016 fechou com forte redução na produção de cacau no Brasil, devido à crise hídrica que assolou, sobretudo, as lavouras do principal estado produtor, a Bahia. Com uma redução de 77 mil toneladas (34%) em relação a 2015, a quantidade entregue foi insuficiente para o abastecimento da indústria, cuja capacidade de moagem está em 275 mil toneladas, atualmente. A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) esclarece que foi inevitável aumentar as importações da amêndoa para evitar que o setor reduzisse suas atividades e evitasse demissões. Sem a medida, o setor teria comprometido seus contratos de exportação com a geração de divisas que o Brasil necessita.

Segundo apurou a AIPC, a indústria fechou o 4° ano consecutivo de queda na moagem, com o total de 217 mil toneladas em 2016 (o último ano com crescimento foi 2012 com 236 mil toneladas). O resultado indicou redução de 8% sobre o ano de 2012, e apontou um percentual muito abaixo da capacidade instalada atual, de 275 mil toneladas. Não fosse este cenário de queda da moagem, por reflexo da menor demanda do mercado interno, a importação complementar que a indústria foi obrigada a realizar teria que ser ainda maior. “Atualmente a indústria ocupa apenas 79% de sua capacidade, mas se tivesse de utilizar 100%, teríamos de ter uma importação ainda mais elevada, para complementar o abastecimento interno que foi de 152 mil toneladas”, observa o diretor executivo da AIPC, Eduardo Bastos. 

No ano passado, a indústria processadora teve de aumentar a importação do cacau em 57 mil toneladas, diante de uma redução na oferta local de 77 mil toneladas. O insumo provém de Gana, a única fonte de suprimento externo da amêndoa permitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), atualmente. O cacau proveniente da Costa do Marfim (maior produtor e exportador mundial), embora tenha sua importação autorizada por dispositivo legal, conforme prevê a Instrução Normativa IN 47/2011, encontra-se há mais de 5 anos com restrições ainda não esclarecidas. 

Importações e controle de pragas- Há vários anos, a indústria processadora no Brasil vem importando o cacau de Gana (segundo maior produtor e exportador do mundo, que fornece inclusive para países produtores, como a Indonésia). Apesar do receio de alguns produtores rurais, em relação à contaminação por pragas e doenças no processo de importação, este cacau que chega de fora aos portos brasileiros passa por todo o processo e manejo exigidos pelo MAPA e pela regulamentação sanitária prevista nas leis vigentes. “Ao longo de todo este período, nunca tivemos qualquer problema em relação a contaminações por doenças. Este é um cuidado que interessa não só aos produtores, mas também à indústria, uma vez que dependemos do cultivo interno para sobreviver”, salienta o executivo da AIPC. 

A entidade reforça que o fato de ter de importar o cacau para abastecer a indústria não é a situação ideal, pois a medida eleva os custos, gera incertezas e a necessidade de afretamento de navios para somente este tipo de carga, além de ser um processo muito mais burocrático. “A importação é sempre desvantajosa, mas tem sido a única maneira de cobrir a instabilidade da produção nas últimas décadas. Sem a importação, a indústria já teria reduzido ainda mais suas atividades no País, trazendo enormes prejuízos ao setor, notadamente aos produtores de cacau, uma vez que a presença da moagem interna é que garante a liquidez do cacau e preços, em geral, mais interessantes aos praticados na bolsa de NY. Por isso, estamos sempre, de alguma fora, buscando apoiar o cultivo nacional, atuando conjuntamente com os produtores em pautas que busquem melhorias para o cultivo, como as discussões de medidas que ajudem a mitigar a seca e em torno do reforço sanitário de prevenção e combate a pragas e doenças que possam afetar a lavoura cacaueira”, explica Bastos.

A AIPC tem se estruturado para apoiar a realização de um seminário para a discussão técnica de combate às pragas, não só quarentenárias, mas também das existentes, como a Vassoura de Bruxa. “Para reduzir a necessidade de importação, estamos construindo um plano de dobrar a produção nacional em 10 anos, com todo setor produtivo, desde os produtores, passando pela indústria de confeitos, Governo e terceiro setor. Esperamos colocar em prática as primeiras ações ainda em 2017”, revela o executivo. 

Seca- Em 2016, o cenário hidrológico que se mantinha muito ruim na Bahia (maior produtor de cacau do Brasil) se agravou, e a seca atingiu também praticamente todas as regiões produtoras do País, inclusive o Pará. O reflexo disso vem sendo a queda crescente da produtividade. No Brasil, toda a produção de cacau, medida pela soma de recebimentos da indústria, sofreu uma grande queda, de 209 mil toneladas em 2015, para algo em torno de 152 mil para a safra 2016. O pior resultado da produção de cacau dos últimos anos.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Vendas de máquinas agrícolas têm crescimento de 74,9% em janeiro

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado atingiram 2.786 unidades em janeiro. Segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a alta foi de 74,9% na comparação ao primeiro mês do ano passado. 

A previsão da entidade para este ano é de um aumento na produção de 10,7%, puxando o crescimento em 13% nas vendas internas e 6% nas exportações . “A previsão da safra recorde este ano é positiva para a questão das substituições de equipamentos agrícolas. Esperamos boa produtividade nessa safra e nas demais”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale. 

As vendas de máquinas agrícolas começou a apresentar números mais expressivos após o governo retomar o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), que cria incentivos para investimentos em máquinas mais modernas. 

Automóveis 

A Anfavea também divulgou que a produção das montadoras instaladas no Brasil cresceu 17,1% em janeiro deste ano ante janeiro do ano passado. 

No primeiro mês, foram produzidas 174.064 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Juntos, os automóveis e comerciais leves somaram 168.513 unidades em janeiro, alta de 17,5% em relação a janeiro do ano passado.

Entre os pesados, foram 4.482 caminhões produzidos, expansão de 7,8% ante igual mês de 2015 e crescimento de 9,3% sobre o volume de dezembro. No caso dos ônibus, as montadoras produziram 1.069 unidades no primeiro mês de 2017, avanço de 9,9% em relação ao último mês de 2016.

O nível de emprego nas montadoras ficou praticamente estável no primeiro mês de 2017. Em janeiro, foram eliminadas 53 vagas. 


Governo libera R$ 16,6 mi para a instalação da 1ª fábrica de suco de laranja do Pará

A instalação de uma fábrica de suco de laranja em Capitão Poço (PA) deverá gerar cerca de cem vagas de emprego diretas, além de outras mil espalhadas pela região. A abertura da fábrica foi viabilizada pele repasse de R$ 16,6 milhões do Ministério da Integração Nacional para o empreendimento. Os recursos virão do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), administrado pela pasta.

A empresa Citropar investirá R$ 3,2 milhões no projeto como contrapartida. Além do derivado de laranja, a fábrica produzirá também suco de limão.

"O Fundo Constitucional do Norte é um instrumento importante para ampliar a oferta de atividades econômicas que gerem emprego e renda. Nosso papel no Ministério da Integração é o de garantir que os recursos do Fundo possam chegar de maneira fácil, absolutamente acessível, àqueles empreendedores que desejam investir", afirmou o ministro Helder Barbalho.

Em 2016 foram investidos R$ 2,3 bilhões no setor produtivo da região Norte, a partir de mais de 19 mil empréstimos deste fundo. Desse total, quase R$ 643 milhões beneficiaram empreendedores do Pará.

O FNO dispõe, para o ano de 2017, de R$ 4,6 bilhões para financiar projetos nos sete estados da região Norte, um acréscimo de 36,1% em relação ao orçamento de 2016. No caso do Pará, estão previstos R$ 1,4 bilhão, o que representa um aumento de 40,6% em comparação com o último ano.

Investimentos em tecnologia

O Ministério da Integração Nacional já investiu R$ 3 milhões em um projeto voltado à hortifruticultura na região de Tapajós, com o objetivo de incentivar avanços tecnológicos nos municípios paraenses de Belterra, Mojuí dos Campos e Santarém e aumentar a rentabilidade de propriedades rurais.

O plano contempla 400 famílias de pequenos agricultores, que ganharam acesso a máquinas agrícolas e técnicas que permitem a clonagem de mudas de alto padrão genético, cultivadas in vitro. Neste ano, os produtores deverão inaugurar uma fábrica de processamento de polpas de frutas.

A iniciativa na região do Tapajós integra o programa Rotas de Integração Nacional, criado pelo Ministério para desenvolver cadeias produtivas em todo o país. O programa é conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Regional.

Fonte: Portal Brasil

Preços de frutas e legumes caem 4,57% em São Paulo

Os hortifrutigranjeiros comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ficaram em média 4,57% mais baratos do que em dezembro, segundo o Índice Ceagesp. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa indica retração de 3,92%.No entanto, a previsão da companhia é de alta em fevereiro, já que as chuvas mais concentradas no fim de janeiro afetaram as plantações de verduras e legumes.

Na análise do economista da Ceagep Flávio Godas, essa “ elevação prevista é uma situação absolutamente normal para o verão, que se caracteriza pelo excesso de chuvas e altas temperaturas, conjunto extremamente prejudicial para a produção de hortaliças”. Ele observou, por meio de nota, “que a busca por alimentos mais leves e saudáveis se intensifica no verão”.

O levantamento mostra que, no início de janeiro, as cotações de diversos produtos recuaram abaixo do custo de produção e, diante da queda, vários produtores rurais optaram pelo descarte ainda na lavoura. Entre os itens estão o tomate, batata e verduras.

Frutas custam menos 8,15%

O índice de janeiro foi influenciado, principalmente, pelo setor de frutas, com recuo de 8,15%. Segundo observa a Ceagesp, as cotações em queda destes produtos são normais em janeiro na comparação com dezembro quando a demanda maior por conta das festas de fim de ano pressiona os preços. Apesar disso, a companhia alerta que os valores já começaram a cair mesmo em dezembro.

Os produtos que mais tiveram redução de preço foram: limão taiti (-57,1%), abacate (-50,2%), carambola (-36,8%), mamão formosa (-33,7%) e uva niagara (-26,8%). Em sentido oposto, houve alta do coco verde (47,3%), abacaxi pérola (17,6%) e maracujá azedo (13,6%).

No setor de legumes, os valores tiveram diminuição de 4,43% com destaque para o pimentão amarelo (-46%), pimentão vermelho (-38,7%), mandioquinha (-27,4%), tomate (-21,2%) e batata doce rosada (-15,8%). No mesmo período, subiram, principalmente, os seguintes itens: chuchu (60,3%), berinjela (38,8%), pepino comum (31,1%), abobrinha brasileira (22,2%) e abobrinha italiana (16,5%).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Produção e comercialização da laranja são discutidas em Mariano Moro



Oportunidades de comercialização, profissionalização dos produtores de laranja, incentivo a produção, parcerias, assistência técnica, marcaram os temas do Primeiro Seminário da Laranja da Cooperativa dos Produtores Agropecuários de Mariano Moro (Cooperbemm), realizado na quarta-feira (01/02), na Casa da Memória e Cultura do município. A atividade reuniu produtores, representantes de entidades, vereadores e outros segmentos da cadeia produtiva. O evento foi promovido pela Cooperbemm, Prefeitura de Mariano Moro, Emater/RS-Ascar, Sicredi Norte, Cresol e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. 

O público recebeu as boas-vindas do prefeito Irineu Fantin, do gerente do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Gilberto Tonello, do presidente da Cooperbemm, Gilmar Ruaro, entre outras lideranças. O prefeito destacou que vai incentivar a produção e que o poder público será parceiro. No entanto, observou que o produtor tem que receber preço justo pela produção e que tenha garantia de mercado. Fantin observou ainda que o produtor deverá passar por um recadastramento, ?mostrar potencialidade para a atividade?.

Gilberto Tonello destacou a importância das parcerias e que a Emater/RS-Ascar tem um papel fundamental no processo e vem prestando assistência técnica para que os produtores tenham maior produção e com qualidade da citricultura. Tonello também parabenizou a forma de associativismo e cooperativismo para levar alternativas de produção e comercialização para os produtores, bem como os envolvidos na promoção do evento.

De acordo com dados apresentados na palestra do engenheiro agrônomo do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Mariano Moro, Laerth Gresele Suszek, na última safra a produção anual de laranja da variedade Valência, por exemplo, foi de cerca 40 toneladas por hectare. Segundo ele, existem 350 hectares de citros em produção no município e aproximados 70 hectares que ainda estão aptos para o cultivo. O agrônomo observou que a Emater/RS-Ascar trabalha com intuito de fomentar a produção com técnicas de manejo que visam a eficiência da produção e qualidade da fruta, com recomendações corretas para a maior produção, entre elas, o acompanhamento dos pomares existentes e visitas a áreas onde há intenção de implantação de novos pomares. 

Laerth também destacou a importância do manejo correto na condução dos pomares, como por exemplo, a recomendação de podas e aplicações de produtos em épocas indicadas, bem como o monitoramento de pragas e doenças nos pomares com recomendação de manejo para cada uma delas.

O presidente da Cooperbemm, Gilmar Ruaro, agradeceu os parceiros e se mostrou otimista com a comercialização da laranja pela entidade, que com apenas um associado entregou 300 toneladas na última safra que já foi comercializada e espera novas adesões de produtores. O produtor Ricardo Battisti relatou sua experiência com atividade, e entregou a primeira carga de sua produção a Cooperbemm. O agricultor cultiva uma área de 4,4 hectares com laranja. Segundo ele, na safra de 2016, produziu 180 toneladas, sendo que cerca de 60 toneladas foram comercializadas através da cooperativa.

O presidente da Cooperativa Central de Comercialização da Agricultura Familiar de Economia Solidária (Cecafes), Roberto Balen, observou que a laranja também passa a integrar o conjunto de produtos comercializados pela Cecafes e que a ideia é incentivar a produção. 

Fonte: Emater - RS

Citros/Cepea: Preço da laranja é recorde em janeiro

Os preços de todas as variedades de laranja in natura em São Paulo acompanhadas pelo Cepea atingiram novos recordes nominais em janeiro/17. Os patamares elevados das cotações refletem a combinação de baixa oferta e demanda aquecida nesta temporada 2017/18. De acordo com produtores consultados pelo Cepea, a procura aumentou ainda mais nos últimos dias, principalmente para reabastecimento de mercadoria.


Este é um fato atípico para o período de fim de mês, quando as vendas costumam diminuir. Além disso, com a interrupção da colheita e a queda na qualidade das frutas durante os dias de chuvas, a disponibilidade de laranja diminuiu, o que elevou as cotações na roça. Assim, aquisições da laranja pera chegaram a superar os R$ 45,00/cx, na árvore. A média parcial da semana (segunda a quinta-feira) da variedade foi de R$ 43,01/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 6,3% em relação à semana passada.


Fonte: Cepea/Esalq

Agronegócio: criatividade e superação


2017 será um ano que vai exigir muita criatividade, inovação e superação. Isto significa acima de tudo capacidade de aprender a aprender. E criatividade é o insumo mais barato do mundo. Não custa nada, basta pensar, concentrar, observar, reunir as melhores coisas que você observa, e integrar ao seu desafio, ao seu negócio.

Pesquisas revelaram que 97% das empresas mais bem sucedidas no mundo não são as que inventaram primeiro, foram as que captaram, replicaram, adaptaram e agiram com velocidade. Ou seja, foco e prontidão para criar e inovar.

O mundo vive agora uma crise globalizada, não espere moleza nem zona de conforto, tenha a certeza da volatilidade do câmbio, da incerteza das trocas comerciais, dos preços das commodities. Não espere lucidez e bom senso dos grandes comandantes do planeta, como Trump, Putin, novos governos nacionalistas ou protecionistas europeus.

Da mesma forma, não acredite que um ser transcendental irá se materializar em Brasília e transformar toda a guerra de poderes, o jogo dos egos, a imoralidade e a fragilidade da ética numa poção mágica de ordem e progresso.

Sendo assim, busque a sabedoria dos sábios. No agronegócio, o cooperativismo passa a ser coisa sagrada. Ninguém tem futuro sozinho, e se você não aprender estará incapacitado. Sistemas de integração são sábios, inovações como integração lavoura e pecuária. Não perca tempo, aprenda, diversifique e comece. Você ficará menos exposto a uma commodity só, e vá adiante, integre com floresta, com aquacultura. O pescado, por exemplo, vai crescer e já temos tecnologia e bons sistemas de aquanegócios.

A madeira continuará sendo demandada, na borracha o Brasil carece de autosuficiência, a palma e o cacau idem. O café deverá agregar valor, vamos vender mais cápsulas e multiplicar por 10 o valor de cada saca de café. E, o açúcar continuará adoçando o mundo bem como o etanol eletrificando novas gerações de automóveis híbridos.

De olho no clima, na sustentabilidade sirva-se do conhecimento de fundações que analisam com métricas as causas e efeitos de ações de sustentabilidade. Fique de olho nos 100 bilhões de dólares do Green Climate Fund.

Se ligue no não desperdício. Use os sensores instalados nas novas máquinas agrícolas, e pare de jogar sementes, adubo e defensivos fora. Na proteína animal, cuide do bem estar e do ambiente dos organismos dos suínos, aves, bovinos de corte e de leite, e diminua o potencial das doenças que começam pelos intestinos. Cuide da nutrição animal e dos nutrientes para a vida dos vegetais. E negocie, negocie muito mais e faça a gestão das cadeias produtivas. Isso sim significa agronegócio.

Em 2017, crie para espantar a crise, supere para fazer mais e melhor tudo o que você já fez um dia. 2017, ano de criatividade e superação. Jamais seremos os mesmos hoje e amanhã.


*José Luiz Tejon Megido

Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.

Fonte: Capital News.

Sistema Integrado de Agrotóxicos será lançado este ano

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deverá lançar este ano o Sistema Integrado de Agrotóxicos, que também envolverá a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Não se trata de simplificar procedimentos para o registro de agrotóxicos, mas desenvolver ações coordenadas para que seja agilizada a oferta de novos agroquímicos, atendendo, assim, as prioridades do agricultor”, disse o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel. O assunto foi debatido esta semana durante reunião do Mapa com entidades do setor.

O cruzamento dos dados dos três órgãos (Mapa, Anvisa e Ibama) deverá reduzir a burocracia, organizar a fila de pedidos de registro e acelerar a aprovação de novos produtos, principalmente os genéricos.

Em 2016, houve avanços com o maior número de registros. Tanto que o Mapa bateu o recorde com a aprovação de 277 desses produtos, a maior parte genéricos. “O ministério quer velocidade e segurança”, acrescentou Rangel. “A utilização de insumos mais adequados ao agronegócio deverá aumentar a produção e a produtividade.”


Além de Rangel, o assessor especial do ministro Blairo Maggi, Sérgio de Marco, esteve na reunião com o Ibama e entidades dos fabricantes de agrotóxicos para definir as prioridades de novos insumos agropecuários (defensivos) e garantir a oferta de produtos seguros, não contrabandeados e mais baratos aos produtores.

Estiveram na reunião representantes da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef); Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg); Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (Abifina): União dos Fabricantes/Produtores Nacionais de Fitossanitários (Unifito); Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja); Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa); Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).


Festa da Uva de Jundiaí recebe 159 mil pessoas

A 34ª edição da Festa da Uva e 5ª Expo Vinhos de Jundiaí recebeu cerca de 159 mil visitantes nos três finais de semana de evento. Segundo a Unidade de Abastecimento, Agricultura e Turismo, de sexta-feira (3) até as 19h deste domingo (5), 63 mil pessoas já tinham passado pelo Parque Comendador Antônio Carbonari, o Parque da Uva, onde o evento foi encerrado às 22h. No primeiro final de semana o público foi de 28 mil, enquanto no segundo chegou a 68 mil visitantes. 

Durante três finais de semana, visitantes de várias cidades do Brasil tiveram acesso a mais de 70 opções gastronômicas, intervenções culturais pelas ruas do parque, espaço kids, workshops culinários, venda de artesanato, além de exposição e venda de uvas, vinhos e outras frutas. Na manhã deste sábado (4), os produtores que participaram da festa foram homenageados com troféus, entregues pelo prefeito Luiz Fernando Machado e por outras autoridades presentes à cerimônia.


O produtor Andersom Alex Tomazetto foi o grande vencedor desta edição, com 17 prêmios e uma menção honrosa. João Alberto Lourençon ficou em segundo lugar, com 13 prêmios e uma menção. Na ocasião, o prefeito Luiz Fernando destacou a importância da Festa da Uva como instrumento de resgate e valorização do trabalho dos agricultores de Jundiaí e Região. “Faço um agradecimento especial aos produtores por tudo que eles proporcionaram aos visitantes durante os três finais de semana de festa”, disse. 

Também presente à homenagem, o gestor de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Eduardo Alvarez, ressaltou a parceria entre a prefeitura e a Associação Agrícola de Jundiaí como um dos segredos do sucesso da festa. O presidente da Associação, Renê Tomazetto, agradeceu aos produtores que participaram da festa, a quem ele chamou de “verdadeiros heróis do evento”.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Conforme Diretor da ABPM, safra brasileira de maçã deverá superar 1 milhão de toneladas


O Brasil deverá colher mais de um milhão de toneladas de maçãs nesta safra 2016/2017. A produção será 25% superior a obtida no período anterior. Os dados foram divulgados pelo Diretor Técnico e de Qualidade da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã(ABPM) no programa Dinâmica 1050 da Rádio Club AM de Palmas, sul do Paraná, na manhã desta quinta-feira(01).

Conforme o produtor palmense, Ivanir Dalanhol, da produção nacional de 1.079.525 toneladas, 22% irá para a indústria. Outras 800 mil toneladas para consumo in natura no mercado interno. Para o mercado externo serão destinadas 40 mil toneladas.

Na projeção da ABPM, o país deverá importar neste ano aproximadamente 80 mil toneladas. Deverão ser colhidas 534,9 mil toneladas da variedade Gala, em fase de colheita e 466 mil de Fuji, que são de ciclo tardio. Ambas representam 95% da produção nacional de maçãs.As demais variedades (precoces) deverão alcançar 78 mil toneladas. Revelou que os produtores de Palmas, sul do Paraná, estão muito satisfeitos com a qualidade dos frutos que estão saindo dos pomares.

As condições climáticas no inverno e primavera pouco chuvosa favoreceram o desenvolvimento das plantas e seu ciclo produtivo contribuindo para aumento do calibre e coloração dos frutos que apresentam excelente qualidade física e sanitária, crocantes, suculentos, aromáticos e com muito sabor.

Fonte: RBJ

Mamão de Linhares será exposto em feira internacional na Alemanha

O mamão de Linhares, norte do Espírito Santo, participará de uma das principais feiras de frutas do mundo, a Fruit Logistica, realizada em Berlim, na Alemanha, ainda este mês. Diversas empresas capixabas do setor terão a oportunidade de mostrar seus produtos para clientes de fora, além de trocar experiência com produtores de todo o mundo.

De acordo com o diretor técnico-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), José Roberto Macedo Fontes, todo ano a associação leva duas empresas associadas para expor seus produtos na feira. Além disso, outras empresas exportadoras de mamão possuem estande próprio no evento ou utilizam espaço cedido por parceiros comerciais.

Segundo Fontes, as duas empresas que participarão do evento este ano pela Brapex são a AGC Frutas e a Doce Fruit, ambas de Linhares. Outras associadas que marcarão presença na feira, por meio de parceiros comerciais, são a Interfruit, Caliman Agrícola, Marin Papaya, Frutmel Frutas e Bello Fruit, esta última do sul da Bahia. Já a UGBP possui estande próprio na feira.

"É uma oportunidade que essas empresas têm para trabalhar o relacionamento comercial. As exigências europeias vão além da qualidade intrínseca do produto, ou seja, são levadas em consideração também as qualidade ambiental e social desses produtos. Então é uma forma de as empresas compartilharem formas de produção com outras companhias e estreitarem laços comerciais com elas, além de expor seus lançamentos próprios e ampliar seu mercado. É uma feira que atrai a atenção de todo o mundo e pessoas de várias regiões, como o Oriente Médio, estarão presentes", ressaltou Fontes.

O diretor da Brapex destacou ainda a importância do mamão capixaba no mercado exterior. "Nosso mamão continua sendo a estrela em termos de qualidade, mas vem sofrendo e perdendo mercado para outros países produtores por causa da grande oferta. Contudo, nosso mercado interno também tem se mostrado bastante atrativo", ressaltou.

Feira

A Fruit Logistica será realizada nos próximos dias 8 e 10 e receberá mais de 2 mil empresas de toda a cadeia produtiva de fruta fresca. Durante o evento, os participantes poderão fechar negócios, conhecer novas tecnologias de produção e pós-colheita, além de estreitar a relação com varejistas e distribuidores do setor frutícola de todo o mundo.

Ao todo, participarão do evento 16 instituições brasileiras, entre elas a Brapex, que ocuparão 20 estandes. Além do mamão, os produtores brasileiros vão expor outras frutas, como uva, limão, melão, laranja, maçã e avocado.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Base de dados da Embrapa sobre espécies vegetais na alimentação e agricultura será compartilhada

Um dos principais objetivos é cumprir as exigências do TIRFAA



Brasília, 30 de janeiro de 2017 – Um acordo de cooperação firmado entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Crop Diversity, organização independente sem fins lucrativos, com sede em Bonn, Alemanha, vai viabilizar a migração automática de dados públicos sobre recursos genéticos de plantas importantes para alimentação e agricultura geradas no âmbito da Embrapa para o sistema de informações Genesys. Um dos principais objetivos é cumprir as exigências do Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura (TIRFAA), ratificado pelo Brasil em 2006, que estimula o compartilhamento de dados para facilitar o acesso aos acervos genéticos vegetais mantidos nas diferentes instituições, com vistas à repartição justa e equitativa dos benefícios derivados de sua utilização, em harmonia com a Convenção sobre Diversidade Biológica.

Os dados serão migrados de forma automática do AleloVegetal (https://www.embrapa.br/pt/alelo), responsável pela documentação e informatização de registros gerados pelas pesquisas de recursos genéticos de plantas para o Genesys, um portal mundial de informações sobre recursos genéticos vegetais para alimentação e agricultura, que reúne atualmente dados de bancos genéticos de mais de 250 países, abrangendo cerca de 11 milhões de registros, incluindo passaporte (espécie de “carteira de identidade” da planta), coleta, caracterização e avaliação..

Segundo o supervisor de TI da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Gilberto Hiragi, responsável pela gestão do Sistema Alelo, o Brasil já fazia parte da Plataforma Genesys, mas os dados de espécies vegetais eram repassados de forma manual e individual. Ou seja, os próprios pesquisadores é que colocavam as informações no sistema. Com a consolidação da cooperação, será criada uma ferramenta pela equipe de TI da Unidade, que vai permitir a migração automática dessas informações para o portal global.

“É importante enfatizar que os dados a serem compartilhados são aqueles corrigidos e validados pelos curadores dos bancos genéticos e/ou coleções e já disponibilizados para o público”, explica Hiragi.

Ferramenta de informática será a “ponte” entre o AleloVegetal e o Genesys

Na primeira fase da cooperação, o objetivo será criar a “ponte” entre o AleloVegetal e o Portal Genesys, ou seja, uma ferramenta de informática que será desenvolvida pela equipe de TI da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia responsável pela gestão do Sistema Alelo, para possibilitar a migração automática dos dados públicos sobre recursos genéticos de plantas de relevância para a alimentação e agricultura mantidos nos acervos da Embrapa para o portal global.

Hiragi acredita que essa ferramenta esteja pronta até o final de 2017. “Primeiro, temos que desenvolvê-la para, depois, testá-la, o que demanda meses. “É necessário trafegar alguns carrinhos (dados) para testar a resistência da ponte”, explica o analista, fazendo uma analogia com a vida real.

O projeto em cooperação entre a Embrapa e o Crop Trust é de três anos. Este primeiro ano será dedicado ao desenvolvimento da ferramenta. Os outros dois serão focados no treinamento das equipes dos bancos genéticos e coleções da Embrapa em todo o Brasil.

Além de facilitar o cumprimento do TIRFAA, a migração automática das informações permite aprimorar a qualidade dos dados compartilhados. “Essa interface diminui significativamente a possibilidade de erro”, ressalta Hiragi, lembrando que vai facilitar também o trabalho das equipes envolvidas que, muitas vezes, têm que reportar os mesmos dados a instituições diferentes, gerando retrabalho. “Com a automatização, os dados serão disponibilizados apenas uma vez no Sistema AleloVegetal e, de lá, sairão de forma automática para outras instituições nacionais e internacionais”, finaliza.


Indentificação de HLB em limão é mais difícil

Em novembro de 2016, o Centro de Diagnóstico de Doenças e Pragas de Citros do Fundecitrus chegou à marca de 90 mil testes de HLB realizados para citricultores, desde que a doença foi identificada em São Paulo, em 2004. A maioria das amostras eram de laranjeiras, principal atividade cítrica do estado. Mas, recentemente, a demanda por diagnóstico de HLB em plantas de lima Tahiti vem crescendo. Isso se deve à dificuldade de identificação dos sintomas de HLB, principalmente nas folhas, em plantas de citros que não são laranjeiras.

Os sintomas em plantas de laranja, como mosqueado e nervura saliente, são bastante conhecidos do citricultor, mas eles não são os mesmos nos outros citros. Algumas características podem ajudar o citricultor que tem dúvidas com sintomas em limeiras e limoeiros.

O mosqueado é bem característico nas folhas do limoeiro cravo. Entretanto, em limoeiro verdadeiro, há um padrão de sintoma foliar similar ao mosqueado, mas que não tem relação com o HLB, e cujas as causas ainda não são conhecidas.

Na limeira ácida Tahiti, o mosqueado não é muito contrastante, mas é claro o suficiente para permitir a identificação de plantas com HLB. Entretanto, a ocorrência da anomalia genética conhecida como Wood Pocket pode causar confusão. Seus sintomas usualmente desenvolvem-se em plantas com mais de dois anos e meio e são mais pronunciados em regiões quentes. Inicialmente afeta alguns setores da planta, mas progride para toda a copa, causando um mosaico nas folhas, com tecido esverdeado contrastando com o limbo amarelado, confundindo-se, em muitas situações, com o mosqueado de HLB. Nos frutos, são típicos os setores com impregnações lenhosas na casca, que deixam saliências longitudinais entre os dois polos dos frutos.

Essa anomalia é diferente da lima ácida Tahiti quebra galho. Um clone com presença de viroide. Os sintomas neste caso são a ruptura da casca dos ramos, com o desenvolvimento de tecido clorofilado próximo ao lenho, visível após a remoção da casca do ramo. Não ocorrem sintomas típicos nas folhas. Caso o porta-enxerto seja suscetível, como no caso de limão cravo e Poncirus trifoliata, ocorre descamamento, com consequente perda de vigor da planta devido aos sintomas de exocorte causado pelo viroide.

No campo, o quadro sintomatológico completo da planta, pode fornecer pistas para o correto diagnóstico da doença. O fato de conhecer os sintomas de HLB e os que podem levar a confusão no seu diagnóstico são úteis para o citricultor. No caso de persistirem dúvidas, o diagnóstico laboratorial por meio da PCR pode ser utilizado em um número de amostras representativas do problema e é um poderoso aliado para diagnosticar amostras foliares com sintomas de HLB.


Para os casos nos quais os sintomas não permitem identificar claramente a ocorrência de HLB, o diagnóstico laboratorial pode ser útil. No Fundecitrus os testes são gratuitos. A técnica utilizada é a reação em cadeia da polimerase (PCR), que identifica a presença de DNA da bactéria na amostra.

O resultado da PCR é sensível e específico, com grande confiabilidade. Para realizá-lo é preciso que haja uma coleta de amostras de folhas, de preferência com sintomas, de ramos afetados da planta suspeita. Caso seja feita a coleta de folhas em ramos sem sintomas, há grande chance de o teste produzir resultado negativo.

No Brasil foram relatadas três bactérias associadas ao HLB: Candidatus Liberibacter asiaticus, Ca. L. americanus e fitoplasma do grupo IX. Atualmente a Liberibacter asiaticus é a mais comum, ocorrendo em 99,9% das amostras. Nos testes realizados no Fundecitrus, cada amostra é diagnosticada para a presença dessas três bactérias em um teste simultâneo.

O DNA é utilizado para o teste de PCR quantitativo em tempo real, uma das mais sensíveis técnicas de detecção bacteriana. O resultado com a presença de uma das bactérias de HLB classifica a amostra como positiva para a doença, a qual tem sua foto confrontada com o resultado da PCR.

O resultado é enviado ao citricultor por e-mail em até duas semanas após o recebimento da amostra. Atualmente, além de confirmar a presença de HLB, o diagnóstico é utilizado para aferir equipes de inspeção quando essas têm dúvidas com amostras, seja pela ocorrência de deficiências nutricionais, ondas de frio que camuflam sintomas, lesão na casca do ramo ou outra causa que esteja confundindo os inspetores de campo.

Clique aqui para saber mais sobre o trabalho realizando no laboratório de Pesquisa e Diagnóstico do Fundecitrus.

Fonte: Fundecitrus

Governador Raimundo Colombo participa da abertura oficial da colheita da maçã em Fraiburgo

Colombo afirmou que medidas como a isenção do ICMS e o subsidio de parte do seguro agrícola auxiliaram o setor



Está oficialmente aberta a colheita da maçã em Fraiburgo, no Meio-Oeste de Santa Catarina. A solenidade que marcou o início da colheita no município, que é o segundo maior produtor da fruta no Estado, ocorreu nesta segunda-feira, 30, e contou com a presença do governador Raimundo Colombo. De acordo com informações da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), a safra 2017 está sendo classificada como excelente e será, em média, 20% maior que a de 2016, com um potencial de colheita em torno de 1,2 milhão de toneladas no país, cerca de 600 mil em Santa Catarina e aproximadamente 200 mil toneladas na região de Fraiburgo.

O governador Raimundo Colombo destacou o trabalho dos produtores e disse que o bom resultado da safra ajuda Santa Catarina a enfrentar o período de crise econômica brasileira. “A produção das grandes e pequenas propriedades tem sido um vetor importante de dinamismo econômico que nos mantém fortalecidos diante das dificuldades”, disse o governador. Colombo afirmou que medidas como a isenção do ICMS e o subsidio de parte do seguro agrícola auxiliaram o setor a superar prejuízos e dificuldades que vinham se acumulando e enfraquecendo a atividade no estado.

Aliado ao bom desempenho da safra agrícola catarinense, o governador reforçou a importância de não aumentar impostos como forma de manter o estado competitivo e o nível de emprego como um dos melhores no país. “Infelizmente, no Brasil, a taxa de desemprego já passa de 13%, enquanto que em Santa Catarina estamos na faixa dos 6,2%. É um indicador social que pauta o trabalho de qualquer agente público, e é por isso que optamos por arrecadar menos, é evidente, mas por proteger a sociedade catarinense”, argumentou Colombo.

Segundo o governador, o efeito positivo da decisão em não aumentar impostos deverá se acentuar no futuro, quando a crise for superada. “Teremos um dos melhores cenários para os novos investimentos que virão depois de superada essa fase complicada em nosso país”, completou.

Também participou do evento, o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merisio e o secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

Qualidade da safra em 2017 e a produção local

O diretor executivo da ABPM, em Fraiburgo, Moisés Lopes de Albuquerque explica que as condições climáticas foram fundamentais para uma safra maior e de melhor qualidade. “A maçã é uma fruta de clima temperado e que precisa de muitas horas de frio para se desenvolver. Esse ano, além de um inverno rigoroso tivemos uma primavera, na época da florada, de baixa umidade, foi essa combinação que formou frutas de casca lisa – sem problemas fitossanitários -, coloridas e graúdas”, comemora.

Depois de décadas de trabalho dedicadas ao cultivo de maçãs, o produtor de Fraiburgo Dirceu Dias conta que nunca havia colhido frutos de tão boa qualidade. “Numa primeira classificação, conseguimos enquadrar 86% das maçãs que colhemos em categoria 1, isso nunca havia acontecido, é um resultado excepcional”, afirma. De acordo com o produtor, categoria 1 é quando as maçãs atingem o nível máximo de qualidade tanto para o mercado nacional como para o de exportações.

Dirceu renovou todos os pomares e, esse ano, deve colher 800 toneladas em cerca de 20 hectares de área plantada. A fruta da variedade Gala é a primeira a ser colhida e o produtor só tem a comemorar esse início de colheita. De acordo com ele, a qualidade das frutas garante melhor preço ao produtor. Nos pomares de Dirceu, pelo menos 30 pessoas já estão trabalhando na colheita das maçãs.

O município de Fraiburgo, conhecido nacionalmente como Terra da Maçã, é hoje responsável por 20% da produção nacional, este índice, segundo a ABPM, sobe para 30% quando se fala em comercialização da fruta. Isto porque as empresas produtoras trazem o equivalente a mais 10% da produção nacional de outras regiões, para armazenagem, beneficiamento e venda no mercado interno e externo. 

A colheita da variedade Gala, que responde por 70% do volume de produção em Fraiburgo, deve se intensificar a partir do dia 23 de janeiro. Em março, inicia-se a colheita de variedade Fuji. Ambas representam cerca de 95% da safra fraiburguense.

Fraiburgo, com uma população de pouco mais de 36 mil habitantes, é considerado o berço da moderna pomicultura brasileira. O cultivo da maçã representa diretamente 35% da economia do município. Mas se for considerado o volume de empregos gerados no comércio pela cadeia produtiva, essa participação pode subir para pelo menos 50%.

Além de movimentar a economia local, a colheita da fruta, realizada de janeiro a maio, é responsável por atrair cerca de 10 mil turistas por ano. Em Santa Catarina, Fraiburgo é o segundo maior produtor da fruta, atrás apenas de São Joaquim.

No Brasil e no Estado

A Cadeia Produtiva da Maçã, considerando todo o seu ciclo, proporciona anualmente ao Brasil cerca de R$ 6 bilhões em riquezas, e gera 58,5 mil empregos diretos e outros 136,5 mil empregos indiretos.

O Estado de Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçã. Segundo informações da Associação Brasileira de Produtores, a maçã catarinense responde por 50% da safra brasileira.


Epagri lança sistema web para gerenciar dados da vitivinicultura

Dentro do Sysvitis, o agricultor vai cadastrar dados de sua produção, como fenologia, maturação e colheita



A Epagri lança nesta quarta-feira, 1, em São Joaquim, o Sysvitis, um sistema web para gerenciamento de dados da vitivinicultura catarinense. O evento ocorre às 19h30min, no auditório da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) local, e vai contar também com lançamento do livro “Tecnologias para o Desenvolvimento da Vitivinicultura de Santa Catarina” e a palestra “Resultados do Projeto de Vitivinicultura Trento-SC: Variedades Promissoras para Vinhos Finos em Santa Catarina”, proferida pelos pesquisadores Dr. Marco Stefanini e Dr. Duilio Porro, da Fundação Edmund Mach - Instituto Agrário de San Michele all’Adige (FEM-IASMA), de Trento, na Itália. 

O sistema a ser lançado amanhã é um site (http://ciram.epagri.sc.gov.br/sysvitis/) que poderá ser acessado por produtores de uvas ou pelo público geral, bastando para isso um login e senha, que devem ser solicitados pelo e-mail sysvitis@epagri.sc.gov.br.

Dentro do Sysvitis, o agricultor vai cadastrar dados de sua produção, como fenologia, maturação e colheita. Ele também vai associar a localização de seu parreiral à estação meteorológica mais próxima e assim, cruzar seus dados com os de clima gerados pelo equipamento, agregando valor à informação final. Por outro lado, o sistema vai fornecer informações importantes ao produtor, como datas de poda, floração, maturação e colheita adequadas para cada variedade.
Caberá ao vitivinicultor decidir se seus dados ficarão públicos ou para seu uso restrito. Já o usuário comum poderá ver os dados publicados, mas não poderá cadastrar informações no sistema.

Na prática, o Sysvitis vai se tonar, ao longo dos anos, um arquivo histórico da produção de uvas em Santa Catarina, que permitirá ao produtor e aos entes públicos realizar comparações entre safras e tomar decisões mais assertivas. Ao serem lançados no sistema, os dados também ganharão mais valor graças ao cruzamento com dados climáticos. Esse cruzamento irá gerar informações importantes para a prática agrícola, explica Hamilton Justino Vieira, Gerente do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Epagri/Ciram), que desenvolveu a tecnologia.

Em breve a Epagri/Ciram lança um aplicativo mobile que vai ser usado pelos agricultores para coleta dos dados em campo. Esses dados poderão ser coletados mesmo de modo off-line e, quando o agricultor chegar com seu celular ou tablete a um local com internet, eles serão automaticamente adicionados ao Sysvitis.

O Sysvitis é um dos resultados do projeto Tecnologias para o Desenvolvimento da Vitivinicultura Catarinense, desenvolvido desde 2005 numa parceria entre a Epagri/Ciram, a UFSC e o Instituto San Michele, localizado na Província Autônoma de Trento. A Província ofereceu apoio financeiro e suporte técnico-científico, permitindo o intercâmbio de técnicos e de conhecimentos que resultaram na produção de vinhos finos de altitude em Santa Catarina.

Serviço
• O que: lançamento do Sysvitis, sistema web para gerenciamento de dados da vitivinicultura catarinense;
• Quando: nesta quarta-feira, 1 de fevereiro, às 19h30min;
• Onde: o auditório da Agência de Desenvolvimento Regional de São Joaquim;
• Mais informações: Hamilton Justino Vieira, gerente da Epagri/Ciram, pelo fone (48) 98801-9235.


Parceria entre Embrapa e Epagri apresenta viticultura de qualidade

No dia 26 de Janeiro mais de 100 pessoas entre agricultores e técnicos se reuniram no município de Videira


Quando se fala em produção de uva, Janeiro é um dos meses mais corridos para os viticultores e técnicos, pois é o período em que começa a colheita da tão apreciada fruta. Mesmo assim, no dia 26 de Janeiro mais de 100 pessoas entre agricultores e técnicos se reuniram no município de Videira, região do Meio-Oeste Catarinense, para participar do Dia de Campo “Viticultura de Qualidade”, promovido em parceria entre a Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), Embrapa Produtos e Mercado – Escritório de Canoinhas e Epagri – Estação Experimental de Videira.

Com o foco em uma viticultura sustentável, que começa com a aquisição de mudas de qualidade genética e fitossanitária superiores, os pesquisadores da Epagri e analistas da Embrapa reuniram esforços para apresentar os resultados e avanços nas pesquisas que vêm sendo realizadas, cujo objetivo final é entregar aos agricultores recomendações e alternativas para que a atividade melhore em qualidade.

O evento foi realizado na propriedade da Família Viecelli, parceira da Embrapa desde 2014, quando o viveiro de mudas de videira foi licenciado para a comercialização de materiais desenvolvidos pela empresa. Atualmente Renato Viecelli, agricultor e produtor de mudas, faz parte do grupo de 10 viveiristas autorizados e acompanhados por uma equipe da Embrapa para a produção e venda de mudas de videira de qualidade diferenciada.


Durante o dia de campo, organizados em três grupos, os participantes visitaram 3 áreas: o engenheiro agrônomo da Embrapa Produtos e Mercado, Nelson Feldberg e o viveirista Renato Viecelli apresentaram a experiência de licenciamento do viveiro e as novas cultivares da Embrapa recomendadas para a região: ‘BRS Violeta, ‘BRS Carmem’ e ‘BRS Magna’ (para processamento) e ‘BRS Núbia’ (com sementes), ‘BRS Isis’ e ‘BRS Vitória’ (sem sementes), essas três últimas para consumo in natura (uvas de mesa).

O agrônomo Daniel Grohs explicou aos presentes a importância da utilização de mudas de qualidade, como identificá-las e quais os riscos da implantação de vinhedos com plantas de origem desconhecida, o que pode levar a uma produção menor e desuniforme e, inclusive, comprometer toda a produção do parreiral com a morte de plantas. A dupla de pesquisadores e agrônomos da Estação Experimental da Epagri de Videira, Marco Antônio Dalbó e André Luiz Külkamp de Souza apresentaram resultados dos experimentos com diferentes porta-enxertos testados na propriedade de Viecelli, bem como uma ampla coleção de uvas de mesa que têm se comportado bem na região e que são boas opções para os agricultores que querem investir na produção de uvas de mesa.

A região de Videira, em Santa Catarina, juntamente com os municípios de Tangará, Pinheiro Preto, Iomerê e Arroio 30, é bastante representativa para a viticultura catarinense, principalmente para processamento, mas também de mesa. A realização de eventos como esse, segundo Daniel Grohs da Embrapa Uva e Vinho, reforça a importância de levar a viticultores familiares conhecimentos que podem ajudá-los a melhorar a qualidade de sua produção. O sucesso do evento, segundo Neslon Feldberg da Embrapa Produtos e Mercado de Canoinhas, só reforça a ideia de que a parceria entre pesquisa e extensão é essencial para atingirmos objetivos comuns, como o fortalecimento da viticultura sustentável em diversas regiões do país.
Os agricultores participantes do evento, dentre eles alguns que produzem suas próprias mudas, ficaram surpresos com os resultados de pesquisa na região: novas cultivares, interação entre porta-enxertos e diferentes variedades de uva e os aspectos ligados ao declínio e morte de videiras foram alguns dos pontos destacados.

Evidentemente, seria impossível realizar um dia de campo sobre uva sem oferecer aos participantes a oportunidade de degustar diferentes uvas; por isso, ao final do evento, foi preparada uma degustação de uvas da cultivar ‘BRS Vitória’ e sucos de ‘BRS Magna’, e ‘BRS Carmem’.
Para a equipe da Embrapa envolvida na organização, eventos como esse demonstram a importância do desenvolvimento de parcerias entre instituições federais e estaduais, na busca da profissionalização do agricultor e seu contato com novas tecnologias.


Fonte: Embrapa

Propriedade diversifica a produção e garante lucro e renda para família rural

Há 32 anos, o produtor rural Joacy Elias Pereira e a esposa, Maria Sebastiana Pinho Pereira, proprietários de uma área de 20 hectares, no município de Santo Antônio de Leverger (34 km ao Sul de Cuiabá), moram no Sítio Ranchinho, na comunidade Sangradouro. A diversificação de culturas e criação de animais é a marca registrada da propriedade que recebe orientação dos técnicos da Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) no cultivo da mandioca, limão, pocan, criação de suínos, alevinos e gado.

O produtor fala que a parceria com a Empaer tem dado bons resultados e a assistência técnica tem proporcionado lucro e renda. Ele conta que tudo começou com o cultivo da citricultura, com a implantação de 200 mudas de limão Taiti e 35 mudas de pocan. Hoje eles produzem 60 quilos de limão por árvore em apenas uma semana de colheita e durante dois meses, colhem de nove a duas caixas de pocan. No ano passado, venderam o limão por R$ 50,00 o saco de 20 quilos e a pocan por R$ 30,00 a caixa de 20 kg.

Com 3.150 metros quadrados de lâmina d’água, divididos em quatro tanques, realizam cria e engorda de quatro mil alevinos, sendo três mil de tambatinga e mil de pintado. A intenção do produtor é fazer a despesca no momento certo da venda, ou seja, quando o pintado atingir o peso de três quilos, poderá ser comercializado em até R$ 60,00 a peça. A tambatinga com apenas dois quilos é vendida por R$ 20,00 o peixe inteiro, só retirado as vísceras. A comercialização está prevista para acontecer durante a semana Santa.

Com a previsão de colher 30 toneladas de mandioca até o mês de março, o produtor Joacy fala que também aprendeu a plantar a cultura com a mandioca e variedade certa que foram indicadas pela Empaer. Vende a mandioca nas feiras e na propriedade por R$ 2,00 o quilo com casca e R$ 2,50 descascada. A produtora Maria Sebastiana comenta que a lida na zona rural é diária, de domingo a domingo, e ela participa ao lado do produtor.

O engenheiro agrônomo da Empaer, Henrique Teodoro de Melo, esclarece que são repassadas informações sobre sistema de produção, desde escolha de semente, variedade e também com a criação de animais. E ressalta que todo o trabalho é uma parceria com o produtor, e que depende de ambos para ter sucesso.

O Sítio Ranchinho possui também uma pocilga com oito porcas e 30 leitões que são vendidos normalmente no final do ano e consumidos pela família. O gado é utilizado para produção de leite e carne. Joacy recorda que muita coisa mudou na vida da sua família e depois de todos esses anos na labuta da terra se sente um homem realizado em ver suas terras tão produtivas.

“Com o auxílio da Empaer e a assistência, tenho conseguido me manter produtivo nessas terras. E tudo que tenho hoje foi graças ao incentivo dos técnicos e o levantamento que foi realizado em minha propriedade, dando oportunidade de produzir diversas culturas e animais”, enfatiza Joacy.

De Acordo com Henrique, a agricultura familiar é uma atividade rural produtora de pequena escala diversificada, envolvendo o proprietário e a sua família, e produz exclusivamente para o consumo interno. “E as ações da Empaer têm como objetivo contribuir para o fortalecimento da agricultura com informações e conhecimento técnicos, baseados em sistemas adequados de produção que propiciem o desenvolvimento sustentável da pequena produção e consolidem o crescimento da renda e da melhoria das condições de vida do produtor e sua família”, destaca Melo.

Secretário-executivo do Mapa viaja à Rússia para intensificar negociações e participar de feira agropecuária

Na Prod Export, maior exposição de produtos agrícolas do país, Novacki falará sobre a qualidade dos produtos brasileiros



O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, embarca nesta quarta-feira (1°) para a Rússia, onde participa de mais uma rodada de negociação para ampliar o comércio entre os dois países. O primeiro compromisso será na sexta-feira (3), quando Novacki se reunirá com o vice-ministro de Agricultura da Rússia, Evgeny Gromyko.

No mesmo dia, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Eduardo Rangel, mantém encontro com o chefe do Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) da Rússia, Sergey Dankvert, para discutir sobre a legislação dos dois países.

No dia seguinte, os representantes do Mapa participarão da Prod Export, maior feira de produtos agropecuários da Rússia. No evento, o secretário-executivo fará uma apresentação sobre a qualidade dos produtos brasileiros, e Rangel falará sobre as garantias fitossanitárias do país.


A Rússia é um país com quase 150 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de cerca de U$ 1,3 trilhão. De acordo com dados do Mapa, o agronegócio representa 92% do total das exportações para o país asiático. Em 2015, as carnes – bovina, suína e aves – somaram 60% do total das exportações do setor para os russos.

Essa será a segunda visita do secretário-executivo do Mapa à Rússia em um período de quatro meses. A primeira foi em outubro do ano passado, quando Novacki negociou a ampliação do número de plantas frigoríficas autorizadas a exportar carnes para aquele país.

Na oportunidade, Novacki ainda discutiu com os russos a abertura do mercado para mel, frutas, ovos, lácteos e rações para animais de pequeno porte (pets). Por sua vez, os russos pretendem aumentar as exportações de pescados e trigo para o Brasil.


terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Balanço 2016 do setor de orgânicos

Mercado orgânico cresceu 20% no mercado interno e registrou queda de 9,5% nas exportações em 2016



O mercado nacional de orgânicos aumentou 20% em 2016, com faturamento estimado de R$ 3 bilhões, menos que nos anos anteriores por conta da crise econômica, segundo o Conselho Nacional da Produção Orgânica e Sustentável (ORGANIS) que avaliou os dados disponíveis sobre vendas no varejo e produção orgânica. 

Nas exportações, o grupo com 54 empresas associadas ao Organics Brasil fechou US$ 145 milhões em negócios, 9,5% menos que o previsto, consequência da oscilação do câmbio, apesar de terem exportado 15% a mais em volume. “O produto brasileiro ficou barato. A diferença do câmbio prejudicou as empresas. A expectativa é crescer 10% nas exportações em 2017, pois o setor continua em crescimento no mundo todo e o Organics Brasil participará das duas maiores feiras do setor – a Biofach, na Alemanha, em fevereiro; e a Expo West, na Califórnia, em março”, explica Ming Liu, diretor do Organics Brasil e do ORGANIS.

Ainda no primeiro semestre, o ORGANIS participará das feiras APAS (maio) e Bio Brazil Fair/ Biofach América Latina (junho) que permitirão negócios qualificados para toda cadeia dos orgânicos.

“A expectativa para 2017 é melhorar o ambiente de consumo no Brasil, apesar a retomada lenta da economia. O setor de bem estar propicia os orgânicos, como demonstra o aumento de feiras locais (mais de 600) e o aumento de oferta de produtos nos supermercados e empórios em todo o país”, explica Ming Liu.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Saiba qual o melhor horário para consumir o suco de laranja

Quando se pensa sobre os benefícios do suco de laranja para a saúde, rapidamente vem à cabeça a presença de vitamina C, que combate resfriados, e a alta quantidade de flavonoides como hesperidina, que reduz o mau colesterol e a pressão arterial, prevenindo problemas cardiovasculares e o risco de infarto.

De acordo com a nutricionista Paula Torcato, o consumo de suco de laranja traz muitos outros benefícios que podem ser potencializados de acordo com o horário que ele é ingerido. Confira as recomendações para o consumo e veja qual se enquadra no seu objetivo:

- Tomar o suco pela manhã energiza o corpo e promove o bom humor.

– Consumido em jejum, o suco de laranja puro purifica o corpo, elimina os resíduos e melhora o ciclo intestinal. A ingestão diária reduz em pelo menos 14% as possibilidades de obesidade.


– Tomado junto as refeições, o suco de laranja reduz grande parte da oxidação celular, retardando o envelhecimento e evitando doenças. A vitamina C também ajuda a produzir colágeno, que é responsável pelo bom estado dos tecidos dos órgãos.

– Recomenda-se que o suco de laranja seja consumido com carnes e lentilhas, pois facilita a assimilação do ferro. O consumo dessa maneira é indicado para pessoas que têm anemia.

(Com colaboração da nutricionista Paula C. Torcato - CRN3 35839)

Codasp prepara ampliação de seus serviços e garante sustentabilidade econômico-financeira de suas atividades

A Companhia pretende ainda investir em parcerias com prefeituras, usinas e empresas do segmento agropecuário



Com foco na ampliação dos serviços de infraestrutura para o agronegócio paulista, recuperação e preservação do solo e da água e na sustentabilidade econômico-financeira de suas atividades, a Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, apresentou, no dia 27 de janeiro de 2017, o planejamento das ações para o quinquênio 2017-2021 aos membros do Conselho de Administração da empresa.

Elaborado pela Comissão Interna da companhia, o plano levou em consideração um momento de reestruturação da empresa e tem como principais objetivos racionalizar o processo de compras e contratações, expandir o portfólio de serviços, promover a sustentabilidade econômico-financeira da empresa e ampliar a captação de serviços.

O diretor-presidente em exercício da Companhia, Alexandre Penteado Pires, ressaltou que o planejamento leva em consideração o momento de reestruturação das atividades da empresa. “Detectamos a necessidade de simplificar o nosso centro de negócios e criar uma área comercial, para dar maior visibilidade ao trabalho realizado em todo o Estado”, afirmou. “Por ter sido elaborado pela equipe interna, o plano nos possibilitou verificar as fortalezas, vulnerabilidades e oportunidades de crescimento”, pontuou o dirigente.

De acordo com Amanda Simionato de Almeida, que integra a Comissão Interna da Codasp, “o plano contempla ações de marketing para promover os serviços realizados pela empresa, bem como divulgar o seu reflexo positivo na sociedade”, afirmou. “As medidas visam tornar a empresa mais eficiente, mantendo a boa qualidade da prestação de serviço e ampliando sua capacidade produtiva”, complementou Henrique Fraga, que também participou da elaboração do plano.

Executora do Programa Melhor Caminho/Pontos Críticos, do Governo do Estado desde 1997, a Codasp já recuperou 12.586,40 quilômetros de estradas rurais paulistas. De acordo com Pires, há um grande potencial para que a companhia contribua ainda mais para a melhoria da malha viária e rodoviária rural, que totaliza 149.421,58 quilômetros. “Além da recuperação das estradas, a Codasp conta com técnicos capacitados para executar serviços como reflorestamento, recuperação de solo e de águas. Por ser uma empresa do Estado, há a vantagem de agilizar o acompanhamento das obras nos demais órgãos estatais”, ressaltou.

A Companhia pretende ainda investir em parcerias com prefeituras, usinas e empresas do segmento agropecuário para possibilitar a transferência de conhecimentos e de suas tecnologias. “Dessa forma, o município sairá ganhando, pois na execução de uma recuperação de estrada, por exemplo, ela poderá capacitar sua equipe ao acompanhar os trabalhos junto aos operadores, secretários de obras e fiscais da Codasp, criando um legado de conhecimento para que a manutenção das vias continue sendo feita posteriormente”, disse.

“A Codasp tem realizado com excelência um trabalho de recuperação de estradas rurais e conservação dos recursos naturais, contribuindo para uma agricultura cada vez mais harmônica com o meio ambiente. Essa é uma determinação do governador Geraldo Alckmin, que é entusiasta do trabalho realizado pela empresa”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, que é presidente do Conselho de Administração da Codasp.

Para o conselheiro Airton Sandoval, “a grande virtude do planejamento estratégico para os próximos anos é ter sido elaborado por esforço dos funcionários da empresa, que já conhecem sua estrutura e procedimentos. Trata-se de uma forma da direção prestigiar o trabalho de seus colaboradores”, afirmou.

A opinião é compartilhada pelo conselheiro Gualberto Luiz Nunes Gouvea, funcionário da Codasp há 40 anos. “O planejamento foi feito por pessoas que já estavam na empresa, um fato inédito. Isso possibilitará que as medidas sejam acompanhadas e revistas constantemente”, destacou.

“A direção da empresa conseguiu passar ao Conselho uma proposta de fôlego, muito bem estruturada com o auxílio técnico-administrativo das pessoas que estão em campo. Estamos muito entusiasmados e esperamos que este plano seja balizador, um indicativo de que a companhia possa viver tempos melhores”, afirmou o conselheiro Sergio Murilo Hermógenes da Cruz.

O Conselho de Administração da Codasp é composto ainda por Rubens Rizek Jr., secretário-adjunto de Agricultura e Abastecimento; Fernando Nascimento Barbosa e Tirso de Salles Meirelles.


Mapa discute plano de apoio à cadeia produtiva do açaí do Pará

A Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou nesta sexta-feira (27) reunião para debater a melhoria da cadeia produtiva do açaí no Pará. O Mapa quer apoiar os produtores da fruta com assistência técnica rural, mudas e sementes e implementação de boas práticas agropecuárias, entre outras ações.

Em duas semanas, deverá haver novo encontro do Mapa com os demais parceiros que vão cooperar no projeto e os integrantes da cadeia do açaí paraense para analisar as vulnerabilidades e o plano de ação destinado a reduzir os problemas enfrentados pelo setor.

De acordo com levantamento apresentado na reunião, as principais dificuldades dos produtores de açaí são a carência de assistência técnica, a falta de crédito rural, a contaminação do produto pelo barbeiro (Doença de Chagas) nos açaizeiros, a sazonalidade da produção e o baixo grau de associativismo (cooperativas).

Isso, segundo o secretário interino de Mobilidade Social, Pedro Neto, requer maior incentivo aos produtores da região para se unirem em associações e viabilizar a produção e comercialização.

Hoje, cerca de 12.804 produtores dependem do cultivo do açaizeiro no Pará. Em 2014, foram vendidas 795 mil toneladas da fruta. Em 2015, a comercialização aumentou 73%. A atividade movimenta mais de R$ 3 bilhões ao ano.

Os maiores importadores do produto brasileiro são os Estados Unidos e o Japão. Em 2015, foram embarcadas 8 mil toneladas de açaí para esses mercados, com receita de R$ 93 milhões.

Além de técnicos do Mapa, participaram da reunião representantes do Ministério da Integração Nacional, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Organização dos Estados Íbero-americanos (OEI).


Seminário em Jaboticaba promove debate sobre sucessão rural entre pais e filhos

O evento aconteceu na Sede da Terceira Idade Conviver



Para estimular a discussão sobre sucessão familiar junto aos jovens do meio rural do município de Jaboticaba e seus familiares, a Emater/RS-Ascar e Prefeitura promoveram na última sexta-feira (27/01) o Seminário Municipal Pais e Filhos. O evento aconteceu na Sede da Terceira Idade Conviver, e destacou o tema sucessão familiar com renda e qualidade de vida.

A proposta do Seminário surgiu a partir da necessidade percebida em estimular o debate entre as famílias rurais quanto a este tema. Sucessão familiar com renda e qualidade de vida foi o tema da palestra ministrada pelo gerente do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Francisco Frizzo.

"O nosso objetivo ao levantar essa temática é incentivar o diálogo entre os jovens e o núcleo familiar, quanto aos investimentos a serem feitos na propriedade rural, com visão de sucessão familiar planejada e não apenas por ocasião do inventário. Além disso, apresentar alternativas econômicas possíveis de serem implementadas nas propriedades rurais, de acordo com a realidade de cada jovem e com as características e vocação de cada propriedade. Dessa forma, esperamos motivar e orientar o jovem a ser um empreendedor rural, capaz de transformar a propriedade rural em um empreendimento rural, economicamente viável e ambientalmente sustentável", declarou Frizzo. 

Ainda segundo ele, a Emater/RS-Ascar trabalha para estimular e fortalecer formas organizativas de jovens nos diferentes municípios da região, para que estes reconheçam a atividade agrícola como profissão, com alternativas de renda e qualidade de vida, tornando-se, de fato, um protagonista, um empreendedor no meio rural.

Durante a palestra, Frizzo deixou um recado aos pais. "Facilitem a comunicação", aconselhou. "Cabe a vocês provocarem o assunto sucessão na família, bem como conduzirem o processo de inserção dos filhos. Orientem os filhos no processo de qualificação. Permitam que eles dediquem tempo à construção do conhecimento e a vivenciarem experiências relacionadas aos negócios da família, junto com o acompanhamento de vocês. Mas não esqueçam a afetividade. Existem pontos na relação familiar que vão além do negócio, dizem respeito a um projeto de vida, a princípios e valores pessoais", exclamou.

Da mesma forma, o gerente Frizzo dirigiu-se aos jovens e deixou sua mensagem. "Ao decidir levar adiante os negócios da sua família, tenha respeito por tudo o que já foi feito. É preciso reconhecer o trabalho e esforço realizado pelas gerações que precederam, especialmente pelas dificuldades do passado, que certamente eram maiores. É natural que você tenha preocupações com a geração de renda, com a dimensão da sua participação nas decisões, com a disponibilidade de tempo para participar da vida social. Esses pontos devem ser discutidos e decididos em família. O diálogo é a melhor ferramenta para estabelecer uma relação positiva entre as gerações. Esse ponto é fundamental para ter êxito na sucessão, para se tornar um empreendedor rural. E não se esqueçam que a decisão é de vocês. Vocês criam o futuro onde querem viver ou vivem no futuro construído pelos outros", finalizou.

A Emater/RS-Ascar em Jaboticaba já está planejando outras ações com essa finalidade para este ano. A intenção da equipe é manter o diálogo com as famílias, motivando cada vez mais a sucessão rural. O Seminário Municipal Pais e Filhos contou com a presença do prefeito de Jaboticaba, Luis Clovis Molinari, e demais autoridades do município.


Fonte: Emater - RS