sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Extrativismo da castanha-do-brasil é tema de pesquisa da Embrapa

Foto: FARIA, Gabriel Rezende
Você sabia que a maior parte da castanha-do-brasil produzida no país vem de florestas nativas da região amazônica? E que esse trabalho é feito principalmente por ribeirinhos, agricultores familiares e povos indígenas? Pois é, a castanha é um dos principais produtos da sociobiodiversidade brasileira e seu uso e o manejo estão diretamente vinculados ao conhecimento e a cultura das populações tradicionais e dos agricultores familiares da Amazônia.

Buscando gerar conhecimentos sobre as diferentes tipologias sociais de uso e sobre aspectos ecológicos e genéticos dos castanhais nativos da Amazônia Brasileira, a Embrapa iniciou, em 2016, o projeto de pesquisa EcogenCast - Ecologia e genética da castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.)' como subsídio à conservação e uso sustentável da espécie.

Com quatro anos de duração, o projeto conta com atuação em rede, envolvendo nove Unidades da Embrapa, além de professores e pesquisadores de Universidades e Institutos de pesquisa nacionais e internacionais, e colaboração de proprietários rurais, colonos/assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais. 

Segundo a pesquisadora da Embrapa Roraima e coordenadora do projeto, Patrícia Costa, o EcogenCast pretende contribuir para a sustentabilidade ecológica dos sistemas de manejo extrativista da castanha-do-brasil e para o desenvolvimento de ações visando à conservação da espécie em longo prazo. "Entre outras questões, esperamos compreender como as populações extrativistas se relacionam com a castanha, em uma perspectiva que integra a ação humana, os diferentes elementos da natureza e os conhecimentos a eles associados", explica a pesquisadora.

Uma das ações previstas no projeto é a realização de oficinas participativas para a elaboração de calendários socionaturais. Esses calendários permitirão identificar os conhecimentos locais sobre o uso dos recursos naturais, com ênfase na castanha-do-brasil, a partir dos ciclos anuais da floresta.

Outro ponto importante será a geração de conhecimentos sobre os aspectos ecológicos e genéticos dos castanhais nativos, com a caracterização espacial da diversidade genética da espécie, dinâmica populacional e de produção e modelagem de cenários futuros para definição de estratégias de conservação, considerando as mudanças climáticas.

Ações com o Povo Wai Wai

As ações de sensibilização do EcogenCast já foram iniciadas com os índios Wai-Wai da Terra Indígena Trombetas/Mapuera, localizadas no sul do estado de Roraima. O primeiro encontro aconteceu durante a V Assembleia Geral Ordinária da Associação do Povo Indígena Wai Wai (APIW), em novembro de 2016, momento em que foi apresentado o Projeto e recebido o consentimento para sua execução a partir da aprovação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A etnia Wai Wai tem tradição no extrativismo da castanha-do-brasil, fazendo dela, hoje, a sua principal atividade econômica.

Conheça a castanha-do-brasil

A castanheira-do-brasil é encontrada nos estados de Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão e Mato Grosso. É uma das espécies mais altas da Amazônia, atingindo entre 30 e 50 metros de altura. Desempenha papel importante na subsistência de milhares de famílias residentes na floresta, ou em áreas próximas, que realizam o extrativismo e comercialização. A castanha apresenta elevado valor nutricional, sendo utilizada diretamente na alimentação e como ingrediente na fabricação de alimentos processados. 



Fonte: Embrapa Roraima 
Clarice Rocha (MTb 4733/PE) 
roraima.imprensa@embrapa.br 
Telefone: (95) 4009-7114


Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)

Evento marca abertura da colheita da uva em Frederico Westphalen

As boas condições climáticas da região permitem a antecipação da safra



Na região Norte do RS a colheita da uva teve início ainda no mês de dezembro. As boas condições climáticas da região permitem a antecipação da safra e a comercialização da fruta a preços mais elevados. Para marcar oficialmente o início da colheita da safra no município de Frederico Westphalen, a Emater/RS-Ascar, Secretaria Municipal da Agricultura e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, juntamente com a família Camargo, que disponibilizou sua propriedade, localizada na Linha Santos Anjos, para receber os visitantes, autoridades e lideranças locais para a realização do evento, promoveram nesta quarta-feira (11/01) a Abertura da Colheita da Uva de Frederico Westphalen. 

O contato da família Camargo com a viticultura iniciou quando os dois irmãos, Alexandre e André Camargo, começaram a trabalhar sazonalmente na colheita da uva na Serra Gaúcha. Com o passar do tempo, Alexandre decidiu deixar a propriedade e se estabelecer perto do trabalho e o irmão, André, trabalhava a cada colheita e retornava à propriedade, para ficar junto dos pais, os agricultores Pedro e Daniela. Alexandre passou 16 anos trabalhando na Serra.

"Observando as condições que tínhamos lá e as que temos aqui, percebi que as daqui são até melhores para a produção da uva. Então, retornei e junto com o meu irmão estamos tentando alavancar a área, mostrar que o nosso potencial é grande, não só com a uva, mas com o vinho, com o turismo", comentou Alexandre, que já se orgulha ao mostrar a construção da futura cantina de vinho e o local onde pretende receber turistas e visitantes na propriedade. "Aos poucos tudo foi crescendo e hoje já está tomando forma. Nós tivemos coragem de ir, mas tivemos que ter mais coragem ainda para voltar", concluiu o jovem produtor. 

A história da família Camargo é inspiração para muitos outros produtores do município. A produção de uva de Frederico ainda é muito pequena se comparada ao potencial que o município e região possuem nesse setor. "Aqui no município temos apenas 25 hectares. É pouco, mas ainda assim são 25 hectares bem manejados e com grande produtividade. Aqui na propriedade da família Camargo temos o exemplo do uso de sistema de uva protegido e o valor agregado que essas tecnologias representam. O nosso potencial é muito grande. O microclima daqui permite a antecipação da maturação de 30 dias em relação à Serra Gaúcha, isso agrega valor, entusiasma o produtor e é um estímulo para o aumento e incentivo à produção", destacou o enólogo, Nivaldo Potrich.

O gerente do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Francisco Frizzo, participou do evento e parabenizou a família pelo exemplo de empreendedorismo e sucessão. "Vocês devem estar orgulhosos do que já conquistaram, devem ter orgulho da sucessão, que é o grande desafio da agricultura familiar nos dias de hoje. A agricultura da nossa região é composta por pequenas propriedades, por isso os as famílias devem optar por atividades que gerem maior renda por área de terra, como é o caso da viticultura. E como vemos aqui, garante a viabilidade econômica, com a geração de renda e a sucessão, com qualidade de vida. Mas para isso, é preciso fazer como os jovens da família Camargo, trabalhar com qualidade, produtividade e eficiência. Eles estão no caminho certo, buscaram conhecimento e com a ajuda da Assistência Técnica estão alcançando o que tanto desejavam", observou Frizzo.

O prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso, reforçou os comentários do gerente da Emater/RS-Ascar e afirmou que o exemplo da família Camargo é um entusiasmo para os gestores, que acreditam no potencial do município e querem sempre trabalhar em prol do desenvolvimento econômico e social das famílias rurais e urbanas. Após o ato de abertura da colheita, os visitantes puderam conhecer a propriedade e visitar os parreirais da família Camargo, degustar e comprar uvas de diferentes variedades. 

Também participaram do evento, o presidente da Câmara de Vereadores, Jacques Douglas de Oliveira, o vice-presidente da Cresol, Loreno Cerutti, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Nadir Busatto, entre outras autoridades.


Fonte: Emater - RS

Sarandi escolhe maior cacho de uva do município

O concurso que escolheu o Maior Cacho de Uva de Sarandi foi organizado pela Clube de Mães



O município realizou neste domingo (08/01) mais uma edição do tradicional concurso para escolha do Maior Cacho de Uva de Sarandi. O evento aconteceu na Comunidade São Cristóvão Sobradinho, interior de Sarandi, durante a festa do Clube de Mães, evento inserido na programação da Feira da Uva 2017.

"O objetivo de realizar o concurso foi para destacar, divulgar e valorizar a atividade da vitivinicultura do município e os produtores de uva, que com muita dedicação conduziram seus parreirais ao longo do ano. Essa foi a quinta edição do concurso, com 21 participações em duas modalidades, em que os produtores puderam concorrer com a variedade Niágara e na categoria livre", explicou a extensionista social da Emater/RS-Ascar, Lisiane Paula Staggemeier Mattje.

Na categoria Niágara foram premiados os dois primeiros lugares. O primeiro foi conquistado pelo produtor Valentin de Lucca, com cacho de uva pesando 699 gramas. Seguido pelo produtor Horácio Corso, com o cacho de uva pesando 640 gramas. Na categoria livre, o jovem Henrique Corso conquistou o primeiro lugar com um cacho de uva da cultivar Moscato Embrapa pesando 717 gramas.

O concurso que escolheu o Maior Cacho de Uva de Sarandi foi organizado pela Clube de Mães da comunidade São Cristóvão Sobradinho, Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Barra Funda, Nova Boa Vista e Sarandi e Prefeitura, com apoio da Cotrisal, Barbieiro Agronegócios, Destri Insumos Agrícolas, Colombo Agronegócios e Ótica e Relojoaria Dal Santo. 

Fonte: Emater - RS

Indústria de Fertilizantes para Agronegócio da América Latina se encontrará em Buenos Aires

O evento de três dias inclui uma visita ao complexo Bunge Ramallo, uma grande exposição e apresentações técnicas


Fertilizer Latino Americano é a mais importante conferência de negócios da indústria de fertilizantes na região, atraindo mais de 650 delegados. Conferencistas vão discutir os desenvolvimentos no Brasil, um dos maiores consumidores da indústria; o crescimento exponencial recentemente visto na Argentina; o enorme potencial do México assim como as tendências do setor na China, Índia, antiga União Soviética e outros importantes mercados globais.

Palestrantes incluem: 

Juan Lozano, CEO, Pemex Fertilizantes
Olaf Hektoen, Vice Presidente, Diretor da BU Latin America ex. Brasil, Yara
Luis Maria Urriza, subsecretário de Agricultura, Ministério da Agroindústria, Governo Federal da Argentina
Aldo Bonalumi, Secretário de Mineração, Ministério da Indústria, Comércio e Mineração, Governo de Córdoba, Governo Federal da Argentina
Vicente Humberto Lobo Cruz, Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Ministério de Minas, Governo do Brasil 
Charlotte Hebebrand, Diretora Geral, IFA
Matthew Albrecht, Vice-Presidente Sênior de Marketing, Norte da Ásia e Brasil, Canpotex
Marco Prenna, Presidente, CIAFA e subdiretor de Insumos Agrícolas, Associação de Cooperativas Argentinas (ACA)
Jorge Bassi Gerente de Marketing BUNGE Fertilizantes e Presidente, FERTILIZAR Associação Civil
Federico Bert, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, AACREA
Edmundo Nolan, Membro do Comitê Executivo, Aapresid

O evento de três dias inclui uma visita ao complexo Bunge Ramallo, uma grande exposição e apresentações técnicas que darão acesso a pesquisas e desenvolvimento de última linha a fertilizantes com eficiência melhorada, gerenciamento de solo, agrominerais e muito mais. A conferência é feita em conjunto com a International Fertilizer Association (IFA) e apoiada por Fertilizar, Anacofer e Abisolo. Algumas das principais empresas do setor estão patrocinando a FLA inclusive: Ma'aden, Belarusian Potash Company, The Mosaic Company, OCP, NAQ Global, Profertil, Solvay, Inchcape Shipping Services e Sulphur Mills.

A conferência de 2017 ocorre de 25 a 27 de janeiro em Buenos Aires, Argentina e será organizada pela CRU em colaboração com Argus FMB.

"Com mais de 650 pessoas representando a cadeia completa de produtores a consumidores, esse encontro juntará não só os principais executivos da região, mas do mundo na indústria de fertilizantes, e será uma oportunidade única para conhecer as maiores empresas e ouvir informações centrais para futuras decisões estratégicas".

Nicola Coslett, CEO, CRU Events

Para mais informações sobre Fertilizer Latino Americano vá até www.fla-conference.com


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A viabilidade da energia solar no agronegócio

A geração de energia elétrica por meio das fontes ditas limpas, como o ar e o sol, é uma alternativa viável e real na diminuição do efeito estufa. Um sistema solar no Brasil, por exemplo, deixa de emitir na atmosfera 81 gramas de CO2 por kWh gerado. Mas os benefícios do uso de energias renováveis vão muito além de frear as consequências das mudanças climáticas. Usar o sol, por exemplo, como fonte de energia elétrica é inteligente e econômico. 

Após instalar um sistema fotovoltaico, que usa o sol como ‘combustível’ para gerar energia elétrica, há uma diminuição imediata nas despesas com energia elétrica – deixa-se de consumir parte da energia da concessionária ou de abastecer um gerador a diesel. A longo prazo a opção por energia solar continua diminuindo despesas – os sistemas são robustos e possuem garantia de funcionamento de pelo menos 25 anos.

Possuir o próprio gerador de energia elétrica, ainda, diminui a dependência da rede e torna o consumidor menos sujeito à apagões e intermitências, além de protege-lo contra o aumento futuro e iminente de tarifas.

E se engana quem pensa que se trata de algo muito complexo: a montagem é simples e modular – o sistema pode ter seu tamanho adequado ao uso: passou a consumir mais, basta colocar mais placas fotovoltaicas e fazer as adaptações. E a manutenção? A própria chuva se encarrega dela. Em épocas de muita seca talvez seja necessária uma limpeza simples com água.

Se comparado com o gerador a diesel, ainda, soma-se o benefício do silêncio – um gerador fotovoltaico emite zero ruído.

Como se não bastasse, ainda estamos em um país favorável para este tipo de geração. Segundo reportagem da Carta Capital do final de 2015, “o Brasil é um dos poucos países do mundo que recebe insolação superior a 3.000 horas por ano”. É comum ouvir, na área de energia solar, que o pior sol no Brasil é quatro vezes melhor do que o melhor sol da Alemanha, que possui 1 milhão de sistemas instalados – o site panoramacomer.com.br diz que o a insolação da Alemanha é de 2,5 kWh/m2 enquanto no Brasil chegamos a 5,9 kWh/m2. 

Por que, então, a energia solar ainda não é unanimidade no país? Além de ser pouco conhecida e por isso despertar inicial desconfiança, os subsídios e a legislação do setor no Brasil acabaram de ser estabelecidos. 

Em 2012, com a Resolução Normativa 482, da Aneel, o Brasil deu apenas o primeiro passo: foram estabelecidas regras que permitiam que consumidores gerassem sua própria energia. Em 2014, houve a primeira contratação de energia solar de geração pública centralizada (890 MW). Em 2015 mais dois leilões foram realizados, totalizando 2.653 MW contratados – os leilões colaboraram para a popularização do sistema e trouxeram para o país fornecedores de sistemas solares e seus componentes. Entre 2015 e 2016, depois de determinação do Confaz, vinte e um estados aderiram à isenção do ICMS para consumidores que gerarem sua própria energia. E, finalmente, em março de 2016, passou a valer uma atualização da Resolução Normativa 482 que aumentou o máximo de capacidade instalada para mini geração de 1 para 5 MW, permitiu e regularizou três formas de compartilhamento de energia e ainda possibilitou o acúmulo de crédito junto às concessionárias.

No que diz respeito a financiamento público, a todo momento surge uma nova linha específica para este tipo de investimento. O Banco do Nordeste lançou o FNE Solar no segundo semestre de 2016. O Banco do Brasil, o Banco da Amazônia, a Caixa Econômica Federal, o Desenvolve SP e o BDMG já possuem suas linhas próprias. Além disso, o BNDES financia este tipo de investimento em diversas frentes: desde o cartão BNDES até o Finem de Eficiência Energética.

Somente em 2016, ainda, o custo dos componentes de um sistema fotovoltaico atingiu níveis que possibilitaram um payback viável e aceitável.

Essas medidas resultaram em um crescimento de 1000% nos sistemas instalados entre 2012 e 2016. Se não fosse pela alta do dólar, considerando que a maioria dos equipamentos ainda é importada, este número seria muito maior.

Mesmo com este pormenor da variação cambial as previsões apontam um crescimento exponencial. Segundo o site Portal Brasil, em publicação de janeiro de 2016, o Brasil estará entre os 20 países com maior geração solar em 2018. A estimativa, segundo publicação da Revista Época de 06/03/2016, é de que, em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros gerarão sua própria energia.

O agronegócio faz e fará parte dessa revolução. Pivôs de irrigação, máquinas de secagem de grãos e motores em geral podem ser abastecidos com energia elétrica advinda do sol. Geradores à diesel podem ser aposentados e geradores solares independentes da rede podem tomar os campos. Até mesmo a energia consumida pelas casas das fazendas, por exemplo, pode ser fotovoltaica. 

Apesar de ter experimentado índice de crescimento nos últimos anos, ao contrário da maior parte dos setores da economia brasileira, o agronegócio sofrerá as consequências da retomada do PIB positivo, pelo menos no que diz respeito a energia elétrica: a tendência depois da crise econômica é que o país volte a consumir energia a patamares que sobrecarregam o SIN (Sistema Interligado Nacional). A consequência óbvia é o aumento das tarifas e a piora na transmissão da energia da concessionária para todos os setores. Condição permanente a longo prazo para qualquer país em desenvolvimento. A solução é e continuará sendo a busca por fontes de energia que minimizem essa dependência das concessionárias, como é a solar. 

No agronegócio a efetivação da contratação de sistemas que geram energia pelo sol é ainda mais palpável: apesar do Plano Agricultura e Pecuário 2016/2017 ter destinado R$ 185 bilhões em crédito, R$ 17 bilhões a menos do que havia sido inicialmente divulgado, é sabido que o setor não fica desamparado para investir em seu desenvolvimento. Alguns exemplos são as linhas de financiamento existentes hoje. A linha do Banco do Brasil para pequenos produtores rurais possui juros de 2% a 5,5% ao ano, carência de até três anos e prazo de pagamento de até 10 anos, enquanto a linha do Proger Urbano Empresarial, do mesmo banco, normalmente utilizada por pequenas empresas, empresta capital a 12% a.a. de juros aproximadamente, com carência de apenas 12 meses e prazo de pagamento de até 72 meses.


Crescimento populacional, urbanização e clima são ameaças sanitárias no campo

Todo esse cenário serve de alerta em torno de pesquisas e ações de defesa sanitária



O crescimento da população e o aumento da urbanização estão relacionados ao surgimento de doenças emergentes e re-emergentes no meio rural. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em torno de 75% dessas doenças são zoonoses, ou seja, elas podem ser transmitidas do homem para o animal e vice-versa.

Também são apontadas como fatores de riscos as frequentes mudanças do clima, as alterações nas práticas de manejo em criações de animais, a aquisição de fatores de virulência e a adaptação dos patógenos a outras espécies, conforme destaca a chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, a pesquisadora e médica veterinária Janice Zanella.

Todo esse cenário serve de alerta em torno de pesquisas e ações de defesa sanitária no Brasil e no mundo. Daí a necessidade de investir, estrategicamente, em estudos científicos na área de saúde animal e selar parcerias com foco na chamada “Saúde Única” (One Health, em inglês).

Janice ressalta que existem formas de prevenção do surgimento de epidemias e pandemias, desde que haja “uma excelente vigilância sanitária que acompanhe os rebanhos e áreas de risco”. Além da investigação, ela comenta que é fundamental ter um treinamento de resposta a surtos e uma rede de laboratórios para identificar e diagnosticar o agente envolvido.

PREJUÍZOS

Segundo a Embrapa, apesar do elevado padrão tecnológico implantado pelos produtores rurais do Brasil, em comparação aos agricultores de outras nações, somente na última década o país sofreu perdas econômicas consideráveis no campo, por causa do ataque de, pelo menos, 35 novas pragas.

Ainda conforme a estatal, além disso, aproximadamente 500 espécies de pragas quarentenárias ainda apresentam potencial para provocar prejuízos significativos às lavouras e outras 150, ausentes em território nacional, já estão em países da América do Sul, próximos das fronteiras brasileiras.

Para a gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica (DF), Selma Lúcia Lira Beltrão, os prejuízos econômicos e ambientais causados por doenças e pragas no meio rural têm apresentado números muito preocupantes, daí a necessidade de implantar medidas de controles mais eficazes.

“Por isso, pesquisas científicas, políticas públicas, tecnologias e ações de vigilância sanitária precisam estar juntas no combate a essas ameaças sanitárias no campo”, defende Selma.

ESTRATÉGIAS

Conforme a chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, é importante formular estratégias para estudar os fatores de riscos das doenças e estar preparado para sua contenção e controle.

“Estudos de epidemiologia molecular também são estratégicos. É indicado levantar se determinados vírus ou bactérias em determinadas populações estão crescendo e mudando, ou se estão se tornando resistentes aos produtos antimicrobianos; se as vacinas estão ou não funcionando; ou ainda se existe uma amostra nova que esteja circulando naquela região”, pontua Janice Zanella.

Baseando-se na própria experiência profissional, ela garante que a pesquisa, associada a parcerias, é capaz de gerar conhecimento e ferramentas. “É a solução de problemas sanitários para as cadeias de produção animal do Brasil. E nós temos as ferramentas, o conhecimento e os parceiros. Que essas forças se unam para poder estudar uma estratégia e evitar que o Brasil seja berço de uma doença emergente, o que pode prejudicar nossa economia e saúde”, diz.

REVISTA DA EMBRAPA

No início de dezembro passado, a revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB), editada pela Embrapa, uma das mais importantes do setor agropecuário nacional, completou 50 anos. Para marcar a data, a estatal lançou uma edição especial com mais de 300 páginas de artigos de especialistas do país e do exterior sobre ameaças sanitárias para a agropecuária brasileira.

Saiba mais sobre a revista e seu acervo acessando o endereço na internet: www.embrapa.br/pab. A edição de dezembro não está on-line ainda. Para mais informações, envie um e-mail para sct.pab@embrapa.br ou pelo telefone 61 3448-4231.

Nutrição reforçada é estratégia de produtores de uva para obter frutos mais duráveis

Produtores buscam auxílio em fertilizantes foliares de alta tecnologia para colher frutas de boa aparência, sabor acentuado e maior durabilidade



A safra de uvas colhidas no final de 2016 foi favorecida pelo clima, que contou com chuvas e geadas nos períodos certos no estado de São Paulo. Para aprimorar ainda mais os bons resultados, agricultores reforçaram o manejo nutricional visando a conquista de melhores preços de venda no período de festas de fim de ano.

De acordo com o engenheiro agrônomo André Queiroz, consultor em nutrição de plantas da Nutriceler, quem quer produzir frutas de alto padrão precisa estar atento aos cuidados nutricionais antes da brotação. “O cálcio e o boro são dois nutrientes indispensáveis para a fruticultura em geral. O agricultor precisa ter uma boa estratégia e usar boas fontes nutricionais foliares para que o tratamento seja eficiente”, diz.

André acompanhou o manejo no Sítio Agostinho, em Atibaia (SP), onde são cultivadas uvas da variedade Niágara Rosada em uma área de 18 mil m2 em Atibaia (SP). Lá, o trabalho nutricional foi intensificado na pré-florada, já no início da brotação, quando os primeiros cachos começaram a aparecer. “Fizemos um trabalho visando, principalmente, a fertilidade das flores. Utilizamos fertilizantes foliares de alta eficiência, que contam com formulações que permitem que os nutrientes, no caso do boro e cálcio, sejam absorvidos pela planta em poucos minutos e metabolizado rapidamente também”, explica.

“Continuamos com os reforços de cálcio na fase de florescimento além de outras combinações de nutrientes, todas com tecnologia Nutriceler. Vale lembrar que a dupla de boro e cálcio deve estar presente até o completo desenvolvimento dos cachos”, completa André. Pra reforçar a resistência natural das plantas, a sugestão de André foi a aplicação de cobre.

A boa aparência e o sabor acentuado da uva de mesa foram favorecidos com aplicações sucessivas de hidróxido de potássio. “Para conseguirmos a casca com boa aparência e as cores bonitas e vibrantes utilizamos o hidróxido de potássio. O cálcio também entrou novamente nesse manejo para garantir que as bagas ficassem firmes e com maior durabilidade após serem colhidas”, complementa o agrônomo.


Brasil bate recorde no registros de novos agroquímicos em 2016

O Brasil registrou um recorde histórico no registros de novos agroquímicos em 2016, anuncia o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com o Mapa foram registrados 277 novos produtos, o que representa um aumento de 99,2% em relação ao ano anterior, quando haviam sido registrados 139 defensivos.

O resultado do ano passado também é muito superior à média histórica anual, que é de 140 registros. Anteriormente o ano no qual houve o maior número de processos aprovados havia sido o de 2007, quando foram registrados 203 novos produtos. 

O maior aumento foi registrado no Produtos Técnicos Equivalentes (PTE), que são popularmente chamados de genéricos. Foram 161 agroquímicos aprovados em 2016, uma alta de 374% na comparação com o ano anterior, quando foram registrados 43 PTE. 

O Ministério da Agricultura ressalta também o aumento expressivo de 65% em registros de novos produtos biológicos e/ou orgânicos. Foram aprovados 38 pedidos no ano passado ante os 23 de 2015.

Na avaliação do coordenador geral de Agroquímicos e Afins do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Mapa, Júlio Britto, “a inclusão de novos produtos para o controle de pragas, evita a redução da produtividade, a criação de resistência aos agrotóxicos e a elevação de custos ao agricultor, pela maior disponibilidade no mercado”.


Fonte: Agrolink

Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo definem ação integrada para incentivar alimentação saudável

A ação inclui a difusão de publicações para que a população tenha condições de melhorar os seus hábitos alimentares



O Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo integrarão suas ações de abastecimento para garantir à população uma oferta maior de produtos agropecuários de qualidade, além de incentivar a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis. O anúncio de uma plataforma conjunta de programas e ações entre as duas esferas administrativas foi realizado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito João Dória, na manhã da segunda-feira, 9 de janeiro de 2017.

Na mesma data, os secretários de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, e municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel de Pieri, titular da pasta à qual está subordinado o abastecimento da cidade, se reuniram para definir as primeiras ações e projetos. Também participaram do encontro o chefe de gabinete municipal, Helvio Nicolau Moisés e o prefeito regional da Lapa, Carlos Eduardo Batista Fernandes, que integrou, até o fim de 2016, a equipe da Secretaria estadual.

Uma das estratégias debatidas para ampliar as opções de abastecimento para a população paulistana é o Programa Horta Educativa, executado pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), em parceria com a Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Coadegro), da Secretaria de Agricultura, e Fundos Sociais municipais. A ação inclui ainda a difusão de publicações para que a população tenha condições de melhorar os seus hábitos alimentares a um custo mais acessível.

A iniciativa também intensificará a qualificação e o preparo dos agricultores familiares, capacitando-os para participarem dos editais de compras públicas de alimentos feitos pela Prefeitura, por meio dos Programas aulista da Agricultura de Interesse Social (Ppais) e Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Os representantes dos governos Estadual e municipal também apresentaram sugestões para ampliar o projeto estadual Bom Preço do Agricultor na capital paulista, possibilitando um canal direto de comercialização entre os produtores e consumidores. A ideia é buscar mais espaços para a execução do projeto, que atualmente é realizado semanalmente nas dependências da estação do metrô Jabaquara, levando produtos convencionais e orgânicos à população, além de feiras promovidas em conjuntos habitacionais, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

A plataforma integrada entre as Pastas também pretende, conforme definido na reunião, fomentar o conceito de agricultura urbana ou periurbana, incentivando o cultivo de alimentos em espaços menores e dentro de ambientes de concentração urbana.

Otimismo

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, se mostrou entusiasmado com a ação integrada. “Esse conjunto de propostas foi elaborado particularmente pela equipe da Codeagro e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea-SP), com um fundamento muito consistente do ponto de vista técnico e o embasamento filosófico correto para prestigiar a agricultura familiar e fortalecer a alimentação saudável. Ou seja, há uma base efetiva para que a ação integrada produza ótimos resultados”, afirmou.

O secretário municipal, Eliseu Gabriel, manifestou uma firme convicção de que “além da questão do abastecimento, há um desafio e imensa possibilidade de contribuir para que o conceito de empreendedorismo esteja cada vez mais incorporado e seja praticado pelos produtores agrícolas da cidade, assim como a prefeitura pode ampliar a ação de ofertar produtos mais saudáveis à população”.


Fundecitrus inicia estimativa da safra de laranja 2017/18

O Fundecitrus deu início aos trabalhos para a estimativa da safra de laranja 2017/2018 com a atualização do inventário de laranjeiras do parque citrícola formado por 349 municípios de São Paulo e Minas Gerais. Esse procedimento é necessário para verificar a expansão, a renovação e a retração da área produtora durante o ano de 2016.

Os agentes do Fundecitrus visitarão 2.625 talhões de laranjeiras (quadras de plantas) - correspondentes a 5% do total existente no parque citrícola - para fazer a contagem de todas as árvores. Os locais foram definidos por sorteio baseado em estratificação por região, variedade e idade. Essa fase é o primeiro passo para a estimativa da safra 2017/18 e deve ser concluída em março.

Na sequência, será feita a derriça de 2.200 árvores, cujos frutos serão separados por florada, contados e pesados. Os dados da derriça associados aos do inventário de árvores compõem os números da safra, que serão divulgados em 10 de maio.

O Fundecitrus implantou a Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) em outubro de 2014, em atenção a uma demanda do setor citrícola, que almejava possuir informações precisas sobre a produção de laranja e do parque citrícola levantadas de forma transparente, com base em medições de campo, contagem e pesagem de frutos. A pesquisa é feita em parceria com a Markestrat, a Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto e o Departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal.

Assista ao vídeo sobre a pesquisa de estimativa de safra: https://www.youtube.com/watch?v=k6TTksLYEgk


Fonte: Fundecitrus

Apta realiza palestra sobre cultivo em substrato de morango e hortaliças

A palestra conta com 40 vagas e inscrições realizadas com 30 minutos de antecedência

 cultivo de morangos e hortaliças em substrato será tema de palestra no Polo Regional Leste Paulista, em Monte Alegre do Sul, dia 25 de janeiro, às 13h30. O evento é promovido pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - visando o aperfeiçoamento dos técnicos, horticultores e produtores de morango.

A palestra conta com 40 vagas e inscrições realizadas com 30 minutos de antecedência, juntamente com a entrega dos materiais. Ela é dividida em duas partes: a primeira será ministrada por Gilberto Almeida, da Frutas Almeida Santos; seguido por Aluísio Malkov, da Holamgrow Comércio e Beneficiamento de Fibras Vegetais.

Um dos objetos é abordar a importância do plantio em substrato e o auxílio aos produtores que investem ou têm o intuito de investir na técnica. Este sistema de plantio é a principal alternativa contra a contaminação do solo por patógenos.

Programação

13h - Inscrição e entrega de materiais;

13h30 - Palestra sobre cultivo em substrato - Gilberto Almeida (Frutas Almeida Santos - Growing)
O que é cultivo em substrato, vantagens e desvantagens
Diferença entre sistemas
Montagem do sistema de cultivo em substrato
Materiais utilizados
Mudas e variedades
Manejo - Expositivo

15h30 - Café

16h - Palestra sobre substrato de fibra de coco - Aluísio Malkov (Holamgrow)
O que é
Como é fabricada
Como utilizar
Cuidados na utilização

17h - Encerramento e avaliação

Palestra “Cultivo em Substrato de Morango e Hortaliças”

25 de janeiro (quarta-feira), às 13h30

Polo Regional Leste Paulista: Estrada Vicinal Nelson Taufic Nacif, km 3 - Monte Alegre do Sul – SP

Mais informações pelos telefones (19) 3899-1286 e (19) 3899-1316.

CAIXA disponibiliza R$ 6 bilhões para linha de custeio antecipado no crédito rural

Produtores já podem apresentar nas agências da CAIXA suas propostas de custeio da Safra Verão 2017/2018



A Caixa Econômica Federal disponibiliza aos produtores rurais R$ 6 bilhões para a linha de Custeio Antecipado, que possibilita o acesso a recursos para custear as lavouras até 270 dias antes do início do plantio da Safra Verão 2017/2018. A linha está disponível para as principais culturas, como soja, milho, arroz, trigo, feijão e sorgo, e conta com análise técnica automática para propostas de até R$ 500 mil.

Segundo o vice-presidente de Produtos de Varejo da CAIXA, Fábio Lenza, ao antecipar os recursos da próxima safra, o produtor pode negociar ainda no primeiro semestre de 2017 a aquisição de insumos para o plantio. "O Custeio Antecipado proporciona as condições necessárias para que os recursos financeiros do Crédito Rural cheguem ao produtor rural de forma rápida, simples e no melhor momento, para que possa se programar e reduzir custos", comenta.

As alterações nas regras de limite por produtor, divulgadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano safra, proporcionam um maior acesso a recursos pelo produtor, que pode contratar até R$ 3 milhões no Custeio Antecipado, deduzido deste limite o valor contratado entre julho e dezembro de 2016.

A CAIXA conta ainda com a linha de crédito Custeio Pronamp. Esta modalidade de custeio antecipado possui condições diferenciadas para os médios produtores que apresentam renda bruta anual de até R$1,76 milhão, com taxas de juros de 8,5% ao ano e limite de até R$1,5 milhão, e promove o desenvolvimento das atividades desse segmento, proporcionando o aumento da renda e da geração de empregos no campo.

Crédito Rural na CAIXA:

A carteira de Crédito Rural da CAIXA ultrapassou o montante de R$ 7 bilhões de saldo em operações ativas. Para o ano-safra 2016/2017, que se encerra em junho de 2017, a CAIXA deve superar o volume de R$ 10 bilhões em contratações nas linhas de crédito destinadas a custeio, investimento, industrialização e comercialização para produtores rurais, agroindústrias e cooperativas.

O crédito rural está disponível em mais de 1.700 agências da CAIXA em todo o Brasil. Além disso, a empresa leva às principais feiras e eventos do setor o Caminhão do Agronegócio, agência volante na qual o produtor pode, inclusive, ter acesso ao crédito rural e a diversas informações e produtos.

Para auxiliar na elaboração dos projetos agrícolas ou pecuários, a CAIXA possui ainda convênio com uma ampla rede de empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) em todas as regiões do país.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Secretaria e APF promovem em fevereiro o 40º Congresso Paulista de Fitopatologia

O encontro contará com a presença de renomados palestrantes e reunirá diversos técnicos


Será realizado, no período de 7 a 9 de fevereiro, em Campinas, o 40º Congresso Paulista de Fitopatologia (CPF), que abordará “A Fitopatologia no Agronegócio Sustentável”. O evento apresentará temas que contemplam todas as áreas da Fitopatologia.

O 40º CPF será na sede do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. É promovido anualmente pelo IAC e pela Associação Paulista de Fitopatologia (APF), com o apoio das instituições de pesquisa e universidades do Estado de São Paulo.

O encontro contará com a presença de renomados palestrantes e reunirá técnicos da extensão rural, empresas de vários segmentos da cadeia produtiva, fitopatologistas das áreas de ensino e pesquisa e estudantes de graduação e pós- graduação.

O Instituto Agronômico está localizado na Avenida Barão de Itapura, 1481 – Campinas – SP. Mais informações pelo telefone (19) 3243-0396 ou pelo e-mail eabramides@terra.com.br.

A programação do evento pode ser acessada clicando aqui.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Embrapa e Empaer avaliam 13 genótipos de banana da terra no município de Cáceres

Para identificar cultivares de banana da terra com características agronômicas e comerciais que possam ser recomendadas aos agricultores familiares, foram plantados 13 genótipos de bananeira no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (CRPTT) da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), no município de Cáceres (225 km a Oeste da Capital). Isso aconteceu após a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inserir Mato Grosso na Rede Nacional de Avaliação de Cultivares de Plátano.

O pesquisador da Empaer, Humberto Carvalho Marcílio, explica que o plantio de cultivares de banana tipo Terra, denominadas também plátano, foi realizado em novembro de 2015 e após seis meses, ou seja, em junho deste ano, serão avaliadas as características vegetativas tais como, a altura da planta, circunferência do pseudocaule, resistência a doença Sigatoka Negra e outros. O resultado final de cada cultivar será avaliado após 14 meses de plantio.

Ele explica que os genótipos são oriundos da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA). Os plátanos, banana da terra ou bananas de cozinhar e de fritar, possuem teor elevado de amido, sendo consumidos como fonte de carboidratos nos países em desenvolvimento. Em conjunto com a banana para consumo in natura, são as frutas mais produzidas e consumidas mundialmente. “Normalmente os plantios de plátanos, no Estado, são explorados principalmente por pequenos produtores e assentados com baixa tecnologia, sendo esta cultura a principal fonte de renda e alimentos”, destaca.

Segundo Humberto, a finalidade principal do trabalho é apoiar o processo de desenvolvimento da bananicultura de subsistência e comercial, com ações de pesquisa para selecionar cultivares mais produtivas e resistentes às principais doenças fúngicas como, Sigatoka Negra.

Continente Africano

O pesquisador da Embrapa, Edson Perito Amorim, é responsável por transferir tecnologias elaboradas pela Embrapa e ainda garantir parte da segurança alimentar de dois povos africanos em relação a um dos principais frutos da alimentação dos ugandenses e nigerianos: a banana. Este é o objetivo do Programa de Melhoramento Genético de Bananas e Plátanos do órgão, que já enviou 13 cultivares para aquele continente. Uganda e Nigéria são os maiores produtores da fruta no continente africano.


Oferta reduzida em 2017 deve sustentar cotações da laranja

Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo a safra 2017/18 indicando ser maior que a anterior, ainda assim não atingirá volumes significativos.



As primeiras impressões referentes à safra 2017/18 indicam que a produção de laranja no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro pode ser superior à atual (2016/17), mas não deve atingir volumes significativos.

Conforme pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), a produção da próxima temporada ainda deve ser insuficiente para recuperar os baixos estoques de passagem previstos para o final de 2016/2017, em junho. Assim, a oferta deve continuar apertada frente à demanda em 2017/2018, mantendo a tendência de preços firmes aos citricultores por mais um ano.

Embora considerem a possibilidade de escassez da fruta, as indústrias de processamento não têm limitado as vendas externas da commodity para manter um volume mínimo em estoque. Mesmo tendo certa quantidade da safra 2016/2017 já contratada, empresas realizam novas vendas, influenciadas pela valorização do suco no mercado internacional.

Fonte: Dinheiro Rural online

Sead publica lista de 13 produtos com bônus para financiamentos do Pronaf

A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira (10/01) uma lista com 13 produtos contemplados pelo Programa de Garantia Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF). Os preços de mercado e o bônus de desconto referem-se ao mês de dezembro e têm validade para o período de 10 de janeiro a 09 de fevereiro. 

Neste período, agricultores familiares de 15 estados terão garantia de preço de seus produtos de forma a assegurar o custo de produção e o pagamento dos financiamentos de custeio contratados por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Toda vez que o preço de mercado fica abaixo do preço de garantia da safra, o PGPAF calcula essa diferença e define o percentual de bônus a ser aplicado no saldo devedor dos agricultores familiares. 

Desta vez, o PGPAF contemplou o açaí (fruto), babaçu (amêndoa), batata, borracha natural, cacau (amêndoa), cará/inhame, cebola, leite, manga, raiz de mandioca, sorgo trigo, triticale (híbrido de trigo + centeio) para os estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A amêndoa do babaçu no Ceará e no Pará foi a que obteve o maior percentual de bônus, com 68,64% e 58,19%, respectivamente. Em seguida, vêm o cará/inhame (AM), com 57,52%, e a manga (BA), com 56,25% de desconto. Outras culturas como a batata (PR), o trigo (MS) e o babaçu (TO) tiveram bônus superior a 40%. Para conhecer os demais percentuais e unidades da federação listados pelo PGPAF no Diário Oficial da União, clique aqui

O PGPAF é uma das ações de apoio ao setor que integra o Pronaf e tem como objetivo garantir a sustentação de preços da agricultura familiar, estimular a diversificação da produção agropecuária e articular as diversas políticas de crédito e de comercialização agrícola. Saiba mais sobre o programa, clicando aqui.


terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Citros/Cepea: Preço da laranja deve seguir firme em 2017

As primeiras impressões referentes à safra 2017/18 indicam que a produção de laranja no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro pode superar a atual (2016/17), mas ainda não deve atingir volumes significativos.

Mesmo com o clima favorável no período das floradas e do “pegamento”, a produção da próxima temporada ainda será insuficiente para recuperar os baixos estoques de passagem previstos para o final de 2016/17, em 30 de junho de 2017.

Assim, segundo pesquisadores do Cepea, a oferta deve continuar apertada frente à demanda em 2017/18, mantendo a tendência de preços firmes aos citricultores por mais um ano. 


Fonte: Cepea/Esalq

580 diagnósticos de pragas e doenças são realizados por dia pelo Instituto Biológico

As amostras para os exames foram provenientes de 16 Estados brasileiros



Mais de 580 exames de pragas e doenças foram realizados em média, por dia pelo Instituto Biológico em 2016. O Órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo realizou 178.455 diagnósticos de pragas e doenças, além de análises envolvendo resíduos de agrotóxicos em alimentos, solo e água, entre janeiro a outubro do ano passado.

A expectativa é que o total de diagnósticos realizados em 2016 chegue a 200 mil. Os exames mais procurados foram identificação de Diarréia Viral Bovina (DVB), língua azul, rinotraquíte infecciosa bovina, neosporose, leucose bovina, salmonelose, influenza aviária, laringotraqueíte e microplasmose.

As amostras para os exames foram provenientes de 16 Estados brasileiros, são eles: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Ceará, Rio Grande de Sul, Maranhão e Bahia.

“Esses diagnósticos constituem uma ferramenta básica para ações dos órgãos de defesa, estadual e federal, com vistas a evitar a entrada ou circulação de pragas e doenças dentro do País”, afirmou Antonio Batista Filho, diretor-geral do IB.


De acordo com Batista Filho, o Instituto Biológico tem a maioria do seu escopo acreditado pela norma ISO 17025, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), relacionada à qualidade. “O Governo do Estado de São Paulo investiu, nos últimos anos, em infraestrutura e modernização dos laboratórios. Isso permitiu a acreditação pelo Inmetro e credenciamento pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), certificando a qualidade de nossos serviços”, explicou.

“A acreditação do Inmetro é fundamental para a prestação e serviços realizados pelo IB. Ela permite que o instituto expanda sua atuação na área de diagnóstico, uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim.

Os Centros de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal e Vegetal do IB agregam unidades laboratoriais que realizam ensaios para diagnóstico de sanidade animal e vegetal. Ao todo, as unidades laboratoriais realizam 40 tipos de ensaio para pragas e doenças em animais e planta. O Centro oferece, aproximadamente, 350 tipos de exames, realizando 162 mil ensaios, por ano, em média, solicitados, principalmente, por órgãos oficiais, como as Defesas Agropecuárias e o Mapa.

Atualmente, todas as unidades laboratoriais do IB em São Paulo, Descalvado e Bastos estão acreditadas pela norma ISO 17025. Os laboratórios da unidade do instituto em Campinas estão em vias de conseguir a acreditação. A previsão é que isso ocorra em 2017.



Tucunduva celebra colheita da uva com realização da 5ª Vendimia

A abertura oficial da colheita da uva em Tucunduva, no Noroeste do Estado, ocorreu em ato realizado nesta sexta-feira (06/01). A 5ª Vendimia, celebração da colheita, segue até o próximo domingo (08/01), com a oferta da fruta fresca, direto do parreiral, e de produtos derivados como suco e vinho. 

Para o consumidor é uma oportunidade para quem busca qualidade e produtos diversificados, sendo que o atendimento é a partir das 9h até o anoitecer. Entre as lideranças presentes estiveram na abertura, o prefeito de Tucunduva, Marcelo Burin, o vice-prefeito Fabrício Gazolla, integrantes da Unidade de Cooperativismo e extensionistas do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar. A expectativa, segundo o presidente da Coopervino, Dejalma Turra, é de receber em torno de mil pessoas e comercializar aproximadamente mil quilos de uva até o domingo. "O nosso objetivo em si é manter o ponto de venda sempre ativo e satisfazer os clientes. E também até o próximo encontro vendimia é preparação de suco para merenda escolar", acrescenta Dejalma. 

No ponto de vendas, além da uva in natura, dos sucos e vinhos da cooperativa, são comercializados produtos de agroindústrias familiares, artesanato e alimentos coloniais produzidos pelos produtores locais. 

A Coopervino abrange 34 associados dos municípios de Tuparendi, Porto Mauá, Três de Maio, São Luiz Gonzaga, Coronel Bicaco, Bento Gonçalves e Tangas (SC), que estão ligados com o processo de ampliação da matéria-prima, e conta com o apoio da Emater/RS-Ascar, poder público, sindicatos, cooperativas e agricultores. 

Além do período da Vendimia, quem passar às margens da rodovia RS-305, em Tucunduva, terá a oportunidade de conhecer e apreciar os produtos de associados na agroindústria da Cooperativa do Vinho Fronteira Noroeste e Economia Solidária (Coopervino). O local está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Aos sábados o atendimento é apenas no período da manhã. 


Fonte: Emater - RS

Secretaria de Agricultura se prepara para aderir ao sistema de dados geoespaciais em SP

O processo de adaptação dos órgãos da administração estadual foi estabelecido por meio do Decreto n° 61.486/2015


Secretaria de Agricultura e Abastecimento está se preparando para aderir ao Programa de Infraestrutura de Dados Espaciais para o Estado de São Paulo (IDE-SP), um banco de dados geoespaciais que poderá subsidiar o Poder Executivo nos processos de planejamento e gestão de políticas públicas e de ordenamento territorial. O processo de adaptação dos órgãos da administração estadual foi estabelecido por meio do Decreto n° 61.486/2015.

O procedimento integrará definitivamente as informações geradas pela Pasta da Agricultura, por meio de ações como o Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa), o Sistema de Gestão Estadual de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros programas, com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento de novas políticas e ações junto a órgãos das esferas federal, estadual e municipal.

Em reunião realizada no dia 4 de janeiro de 2017, técnicos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), dos Institutos de Economia Agrícola (IEA) e de Pesca (IP), e das Coordenadorias de Assistência Técnica Integral (Cati), de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro) e de Defesa Agropecuária (CDA), receberam orientações da equipe da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) sobre a estrutura do sistema e as possibilidades de inserção dos dados. A instituição, vinculada à Secretaria Estadual da Casa Civil, é responsável por implantar, coordenar, administrar e executar as ações relativas ao Programa. Também participaram da reunião técnicos da Fundação Florestan Fernandes e da Secretaria do Meio Ambiente.

“A ideia é que esses dados, que são muito grandes e exigem ferramentas especiais para o seu armazenamento, sejam disponibilizados na internet, o que possibilitará a visualização em alta velocidade, por meio da infraestrutura do IDE-SP. Em casos específicos, quando a informação física for necessária para o processamento digital de imagem, será possível obter a cessão de licença de uso, para que seja utilizada em planejamentos e monitoramentos”, explicou Eduardo Tomio Nakamura, da Emplasa.

Para o secretário-executivo das Câmaras Setoriais da Secretaria, Alberto Amorim, a iniciativa visa aproximar as estratégias de ambas as Pastas Estaduais para promover o zoneamento ecológico econômico do Estado. “Esse é um trabalho conjunto, que precisa ser desenvolvido com total harmonia do governo paulista. Aproveitamos o interesse mútuo em discutir as análises de bases cartográficas para fazer a gestão das informações e iniciar os debates”, afirmou, ressaltando que a ação segue a orientação dos titulares das Pastas Agrícola e Ambiental e do governador Geraldo Alckmin para obter informações e definir políticas públicas.

“A agricultura é o maior negócio do Brasil e ela não consegue ser sustentável se não olharmos para o meio ambiente; ao mesmo tempo não é possível fazer uma preservação estável se não olharmos para a produção agrícola, tanto no aspecto da geração de riqueza econômica como social”, avaliou Amorim.

Conforme ressaltou o assessor, a ação tem como foco o grande número de agricultores familiares que se localizam nos Vales do Ribeira e Paraíba, área de tensão ambiental, assim como os médios e grandes produtores, por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). “Por isso, é preciso estreitar as relações para que haja um apoio técnico de modo que o produtor agrícola possa também ser um preservacionista”, afirmou.

“É muito importante mantermos esse diálogo, com o objetivo de formar a melhor base de dados do Estado”, afirmou Arlete Ohata, da Secretaria do Meio Ambiente, que coordena a equipe que aderiu ao IDE-SP por meio do sistema Infraestrutura de Dados Espaciais Ambientais do Estado de São Paulo (DataGeo).

De acordo com Ronaldo Silva, representante da Codeagro, o próximo passo será reunir os questionamentos de todas as Coordenadorias e padronizar as informações com a integração por meio do IDE-SP. “Assim poderemos saber quais informações estão duplicadas, de quais dados a Secretaria dispõe. Foi uma importante troca de experiência com a Secretaria do Meio Ambiente”, afirmou.

Na ocasião, os técnicos também conheceram as possibilidades de levantamentos por meio do Sistema de Informações Metropolitanas (SIM), desenvolvido pela Emplasa, para a gestão das informações geoespaciais, com geração de gráficos, filtros e impressão de mapas. “Pode ser um passo posterior a adesão ao IDE-SP, possibilitando trabalhar os dados de forma mais pontual em nossas tarefas”, comentou Ronaldo Silva.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, avaliou que a consolidação das informações geoespaciais em um único sistema poderá contribuir muito para a elaboração de novas políticas e ações para o desenvolvimento do setor agropecuário. “Ao aderir a este importante sistema estadual, estamos cumprindo as orientações do governador Geraldo Alckmin, de colocar o conhecimento gerado pela pesquisa a serviço do setor produtivo e apoiar o produtor, em especial o pequeno e o agricultor familiar”, pontuou o titular da Pasta agrícola.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Alerta para elevada ocorrência de mosca-das-frutas

Em função das condições climáticas desfavoráveis e da produção de frutas nativas hospedeiras da mosca-das-frutas no outono passado, a população da praga estava em níveis muito baixos até a última semana de dezembro. No entanto, a partir do monitoramento que a Embrapa Uva e Vinho vem realizando, o pesquisador da área de entomologia, Adalécio Kovaleski, alerta que verificou-se um grande aumento populacional da praga nas avaliações correspondentes à última semana de dezembro e primeira semana de janeiro.

"Considerando que o estágio de maturação da maçã já permite o desenvolvimento larval, recomenda-se atenção para que o controle seja intensificado através da aplicação de inseticidas com ação de profundidade e isca tóxica, esta aplicada especialmente nos pontos de entrada da mosca-das-frutas no pomar", orienta Kovaleski.

Além disso, ele recomenda ser fundamental a intensificação do monitoramento utilizando armadilhas McPhail podendo utilizar suco de uva, proteína hidrolisada ou Ceratrap como atrativos, realizando avaliação duas vezes por semana.

O pesquisador alerta para que devem ser observados a carência dos produtos e os níveis de resíduos permitidos nos mercados nacional e internacional bem como para a maçã destinada para a indústria de suco.

Informações adicionais podem ser obtidas com o pesquisador Adalécio Kovaleski, pelo telefone (54) 3231 8300.


Comissão aprova Política Nacional de Incentivo à Produção de Frutas

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços aprovou proposta que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Frutas (PNIPF). A política busca ampliar a produção e o processamento de frutas no Brasil, além de fazer crescer o consumo doméstico e as exportações.

O texto aprovado é um substitutivo da deputada Keiko Ota (PSB-SP) ao Projeto de Lei 3082/15, do deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES). A deputada incluiu recomendações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O substitutivo amplia a abrangência do projeto para contemplar o setor produtivo agrícola e agroindustrial, bem como o de logística e o comercial de frutas e de seus derivados.

“A proposição é bastante abrangente, cabendo melhoras para ampliar esse escopo, em consonância com as necessidades do segmento para alavancar seu crescimento dentro de parâmetros modernos”, disse Ota.

Entre as novas finalidades incluídas pelo texto aprovado estão o incentivo à produção e processamento de frutas nativas em seus próprios biomas para promover a divulgação da biodiversidade nacional; a promoção de campanhas para aumentar o consumo de frutas pela população; e o incentivo ao crescimento e diversificação do mercado interno de frutas.

Para atingir essas metas, a política quer modernizar a logística de escoamento da produção, ampliar políticas de financiamento e apoiar pesquisa e assistência técnica.

O texto prevê crédito rural com condições especiais de taxas de juros e prazos de pagamento, certificação de origem e qualidade das frutas e a produção integrada de frutas como instrumentos para viabilizar a política.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, perdendo somente para a China e Índia. A fruticultura ocupa hoje 2,3 milhões de hectares e boa parte dessa área está em pequenas e médias propriedades rurais. O Instituto Brasileiro de Frutas estima que a atividade ocupa, direta ou indiretamente, 5,6 milhões de pessoas no País.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Rio Grande do Sul: safra 2017 deve atingir 600 milhões de quilos de uva


As previsões são boas e tudo indica que as condições climáticas e o manejo realizado pelos produtores ao longo dos meses ajudarão para que safra de uva se normalize esse ano. Depois de uma perda de 57% em 2016 – considerada a maior quebra desde 1969 –, a expectativa é que a produção no Rio Grande do Sul atinja 600 milhões de quilos de uva em 2017, cerca de 100% a mais se comparado ao ano anterior, quando foram colhidos pouco mais de 300 milhões de quilos.

De acordo com o vice-presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e presidente da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho/RS), Oscar Ló, as primeiras uvas começaram a ser colhidas no início de janeiro, com maior incremento de volume a partir da segunda quinzena do mês. “Estamos muito contentes com a qualidade, os vinhedos estão com uma boa produção. As condições climáticas estão muito favoráveis neste ano. Tudo indica que teremos uma safra normal e, com isso, os estoques também deverão voltar aos patamares dos anos anteriores, alcançando o armazenamento de cerca de 150 milhões de litros. A quebra do último ano não impactará negativamente na qualidade e nem no volume da produção desta safra”, avalia Ló. 

O coordenador e o vice-coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Denis Debiasi e Olir Schiavenin, respectivamente, tiveram as mesmas percepções do dirigente e acreditam em resultados positivos para essasafra. “Não houve registros significativos desfavoráveis em relação ao clima. Por enquanto, está tudo tranquilo. A sanidade da uva está boa, os produtores fizeram manejos adequados, incluindo uma boa adubação. Tudo se encaminha para bons resultados”, pontua Schiavenin. 

Em relação à qualidade, as vinícolas do estado do Rio Grande do Sul comemoram a sanidade observada nas variedades até o momento. Tudo indica também que as uvas atingirão uma boa graduação de açúcar. “Esta safra está com uma produção excelente. Noventa e nove por cento das regiões não apresentaram doenças fúngicas”, constata o ex-presidente do Ibravin e atual integrante do Conselho Deliberativo da entidade pela Comissão Interestadual da Uva, Moacir Mazzarollo. 

Ainda segundo Mazzarollo, as próximas semanas serão decisivas para obtenção desses resultados. “A qualidade final se dá no momento da colheita. Mas as previsões climáticas indicam que os próximos meses estarão dentro da média ou ainda menor em volume de chuva”, explica. 

O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, acredita que os efeitos do fenômeno La Niña ajudarão para que se colham as uvas com a maturação adequada. “Os prognósticos meteorológicos apontam para uma influência moderada do La Niña, em que ocorreria uma incidência de chuvas menor que o normal, mas este efeito ainda não se confirmou. Tudo indica que essas massas com menor umidade venham até fevereiro”, observa. “Estamos acompanhando e conversando com técnicos e os dados apontam para um prognóstico bastante positivo. As chuvas de setembro e outubro não impactaram negativamente”, avalia Zanus.