sábado, 17 de dezembro de 2016

Projeto cria novas regras para embalagens de frutas e hortaliças

Atualmente, boa parte da produção de frutas e hortaliças é desperdiçada por causa dos problemas de embalagem


Um projeto aprovado no Senado na última quarta (14) prevê novas regras para embalagens de frutas e hortaliças in natura com o objetivo de reduzir os desperdícios e garantir ainda mais a qualidade do produto da propriedade até o consumidor final.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) comemorou a aprovação do texto, que sofreu alterações na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado para melhoria do projeto e por isso volta para a Câmara, de onde a matéria é originária. A expectativa da entidade é de que o projeto vire lei em 2017.

“Foi feito um amplo trabalho conjunto entre governo e setor produtivo para defender essa proposta, com várias sugestões incorporadas ao projeto”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Hortaliças da CNA, Luciano Vilela.

Pela proposta, serão adotadas padronizações inexistentes antes deste projeto. A reutilização de material descartável, como as caixas de madeira, será proibida e as embalagens retornáveis devem passar por processo de higienização a cada reuso até o fim da sua vida útil.

O Projeto de Lei da Câmara 203/15 também define penalidades para quem desobedecer às novas regras, como multas, suspensão da comercialização de produtos e apreensão das embalagens. 


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Crescimento da venda de sucos de uva integral ajuda o setor

A venda de sucos integrais cresceu 31% no último ano no Brasil.



O crescimento da venda de sucos de uva integral vem aumentando rapidamente no último ano e ajudando o setor. De 2014 para 2015, a venda de vinhos de mesa aumentou apenas 2%, mas a de suco integral cresceu 31% no mesmo período.

O Brasil sofre com impostos elevados na produção do vinho nacional. Os vinhos argentinos e chilenos pagam menos impostos e por isso entram com preços mais competitivos no nosso mercado.

A produção de uva no Brasil faturou R$ 3,9 bilhões em 2015 após uma safra boa nas videiras. Para 2016, a projeção do Ministério da Agricultura é de uma queda no faturamento para R$ 3,2 bilhões.

Este ano, a safra foi prejudicada pela seca que afeta algumas regiões do país, mas o Ministério projeta uma recuperação das videiras para a safra do próximo ano com recuperação do faturamento, que deve chegar novamente ao patamar dos R$ 4 bilhões.

A produção de vinhos e sucos cresceu 15% em 2015. Além disso, as exportações da chamada uva de mesa cresceu 8% no mesmo período.

Fonte: G1

Recuperação das lavouras deve garantir boa performance do agronegócio em 2017

O grande motor da economia agropecuária do país no próximo ano deverá ser uma safra recorde de grãos



A economia do agronegócio brasileiro deverá ter um ano positivo em 2017, com crescimento da receita e dos negócios com commodities em função de uma safra recorde que beneficia as exportações e a produção de proteína animal no país, além de uma possível recuperação do poder de compra dos consumidores, disseram especialistas e lideranças do setor.

O grande motor da economia agropecuária do país no próximo ano deverá ser uma safra recorde de grãos que atingirá 213 milhões de toneladas no ciclo 2016/17, cujas colheitas começam já no primeiro trimestre do ano que vem. Se confirmada, a produção de grãos, puxada por soja e milho, será 14 por cento maior que a registrada na temporada anterior, quando a seca afetou fortemente as produtividades, especialmente do cereal.

"Na contramão da economia brasileira, o agronegócio aponta para um desempenho positivo em 2017 por causa do horizonte de melhora da receita agrícola (das lavouras). Temos pela frente preços relativamente estáveis... e temos o aumento da produção de grãos", disse o sócio-diretor da consultoria MacroSector, Fábio Silveira.

Outro segmento que poderá contribuir com os resultados do agronegócio é o da produção de açúcar. Apesar de uma possível safra menor de cana no centro-sul, principal região de plantio, as usinas deverão elevar o volume fabricado do adoçante. Consultorias estimam também que um grande volume de negócios já foi fechado para entrega ao longo de 2017, com vendas a preços bastante elevados.

A entrega de fertilizantes para produtores rurais em 2016 até novembro apresenta alta de 11 por cento e caminha para fechar o ano com volume recorde. O maior uso de adubos é um forte indicativo de investimento dos agricultores em tecnologia e de boas produtividades na nova safra.

Entre produtores de aves e suínos também há otimismo, especialmente devido à maior oferta de milho, principal ingrediente da ração, que teve o abastecimento prejudicado ao longo de 2016 após fortes exportações e uma quebra da safra de inverno.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne as grandes empresas de aves e suínos, projeta um crescimento de 3 a 5 por cento na produção de carne de frango no país em 2017 e de 2 por cento na produção de carne suína.

Já no setor de carne bovina, "a gente deve ter uma oferta maior de carne e boi no ano que vem, por conta do ciclo da pecuária e da diminuição do número de animais confinados", projetou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, sem detalhar uma previsão de volume de produção para 2017. 

Apesar de grande exportador de carnes, o Brasil depende do seu mercado interno para absorver a maior parte da produção de bovinos, aves e suínos. Em todos esses setores as vendas foram prejudicadas em 2016 por uma perda do poder de compra dos consumidores em um cenário de recessão, aumento do desemprego e inflação.

"No mercado brasileiro, a possível recuperação econômica poderá influenciar os níveis de consumo de proteínas, melhorando a oferta interna e reestabelecendo patamares (de consumo) per capita semelhantes aos de 2015", disse o presidente da ABPA, Francisco Turra.


Especialistas também disseram que a melhora na condição financeira de empresas e famílias deverá aumentar o volume de depósitos bancários à vista e provocar queda do endividamento, o que poderia gerar crescimento na oferta de crédito rural.

CÂMBIO E INCERTEZAS POLÍTICAS

Apesar de uma perspectiva sólida de aumento de produção nas fazendas, ainda há incertezas sobre outros fatores que afetam diretamente o agronegócio, como o câmbio e a política.

"Hoje a questão política tem um peso extraordinário nas questões econômicas. Estamos vivendo uma crise política de uma dimensão impressionante. O fator mais difícil para 2017 é a imprevisibilidade", disse o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Caio Carvalho.

Economistas de instituições financeiras estimam que a inflação do país (IPCA) deverá cair para 4,90 por cento em 2017 ante 6,52 em 2016 e que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 0,7 por cento no ano que vem, ante retração de 3,48 por cento no fechamento deste ano.

"O agronegócio tem um cenário bem satisfatório para um ano em que a economia (do país) vai andar de lado. Não é que o agronegócio vai ficar imune, é que ele tem um pouco de regras próprias", avaliou Silveira, da MacroSector.

Um dos fatores que mais influencia a receita de produtores e indústrias do setor agropecuário é o câmbio, já que os principais produtos são commodities com preço atrelado ao mercado internacional.

"Se tiver uma desvalorização rápida na nossa moeda, nosso preço pode subir. A probabilidade de isso acontecer é menor, mas pode acontecer. Câmbio é algo para se ficar atento", disse o vice-presidente-executivo da entidade, Ariovaldo Zani, destacando que uma subida inesperada nos preços de grãos poderia ser benéfica para agricultores, mas prejudicar produtores de aves, suínos e confinadores bovinos, além de sacudir a previsão financeira das grandes tradings.

De acordo com a pesquisa Focus, o dólar, que deverá fechar 2016 em 3,39 reais, poderá encerrar 2017 em 3,45 reais. Na opinião com os especialistas em agronegócio, este patamar cambial deverá ser suficiente para garantir boa rentabilidade ao setor.

"Em termos de preços (em reais) não vejo grandes elevações. Os volumes (produzidos) farão a diferença", completou Silveira.

Fonte: Reuters

Uma agropecuária mais sustentável e resiliente

“Como aconteceu nos últimos anos, o campo foi, mais uma vez, afetado pelo clima, reforçando a necessidade do produtor brasileiro buscar novos conhecimentos para se adaptar às mudanças e seguir produzindo e preservando o meio ambiente. Para auxiliar o produtor, fechamos parcerias, realizamos eventos e desenvolvemos programas e projetos voltados para uma agropecuária mais sustentável e resiliente”, resume o secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara.

Em 2016, o SENAR criou dois programas para ajudar o produtor a vencer as intempéries climáticas e continuar produzindo o ano todo: Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura e Agricultura Irrigada. O Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura surgiu de um acordo de cooperação técnica entre o SENAR e o Ibama e para capacitar produtores e trabalhadores rurais na prevenção e controle do fogo com técnicas específicas. A primeira ação da parceria foi a capacitação de instrutores de nove Administrações Regionais, realizada por técnicos do Prevfogo/Ibama. A partir do treinamento, foram criados dois cursos de Formação Profissional Rural (Prevenção e controle do fogo na agricultura - 40 h e Queima Controlada e Alternativas ao Uso do Fogo – 24h) para serem ofertados pelos estados. O SENAR também disponibiliza via educação a distância o curso Prevenção e Controle de Fogo na Agricultura com 20h, aulas no Canal do Produtor TV e um vídeo didático com técnicas de prevenção e combate.

Já o programa Agricultura Irrigada é voltado à capacitação de produtores na gestão dos sistemas de irrigação. Em parceria com o Instituto de Pesquisa e Inovação na Agricultura Irrigada (Inovagri), incentiva a adoção de tecnologias de irrigação assegurando a produção de alimentos mesmo em regiões com escassez de água. O SENAR dividiu o programa em duas etapas, iniciando com atualização e preparação de instrutores, seguida da capacitação do produtor em gestão de sistemas de irrigação, que terá à disposição três cursos: irrigação localizada (micro aspersão e gotejamento), irrigação por aspersão (convencional, pivô central, canhão) e irrigação por superfície (sulco e tabuleiro).

“As atividades começaram com o treinamento de 31 instrutores de 17 estados. Em 2017, os instrutores iniciam a capacitação de produtores e trabalhadores rurais na utilização da irrigação como tecnologia que garanta a segurança alimentar, preservando os recursos naturais e melhorando a produtividade” explica o coordenador do programa de Irrigação, Rafael Nascimento da Costa.

Um Cerrado mais sustentável

Na mesma linha de programas para ajudar o produtor a produzir com sustentabilidade, o SENAR desenvolve o Projeto ABC Cerrado, ofertado em parceria com a Embrapa, Ministério da Agricultura e com recursos do Banco Mundial. A iniciativa está focada na difusão de tecnologias de baixa emissão de carbono em oito estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Piauí. Além das capacitações em quatro tecnologias (Recuperação de Pastagens Degradadas, Sistema Plantio Direto, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Florestas Plantadas), os produtores do Maranhão, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás passaram a receber Assistência Técnica e Gerencial do SENAR, em 2016. A entidade capacitou 160 Técnicos de Campo na metodologia de ATeG, que já estão atuando em 1.570 propriedades. Mais de mil produtores participaram das capacitações do projeto em 2016 e mais de 1,8 mil estão atualmente sendo capacitados.

O produtor que participa do ABC Cerrado tem vários benefícios, tanto ambientais quanto econômicos, como a reestruturação física do solo e aumento no teor de matéria orgânica, diversificação da atividade rural, valorização da terra, aumento da produtividade e, consequentemente, da renda e qualidade de vida. 

“Em 2017, vamos desenvolver a Fase 2 do Projeto ABC Cerrado. Serão mais de 2 mil novas vagas para capacitações profissionais nas tecnologias preconizadas no Projeto e mais 400 vagas para Assistência Técnica e Gerencial, que será oferecida durante 18 meses”, adianta a coordenadora de programas e projetos do SENAR, Janei Cristina Resende.

Primeira parceria SENAR/FAO

Ainda sobre as tecnologias de baixa emissão de carbono, o SENAR firmou a primeira parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) no Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), para disseminar práticas de agricultura de baixo carbono.
“O SENAR é uma referência global, muito mais que uma referência brasileira, pois já transbordou as fronteiras do Brasil. É hoje uma referência de modelo de capacitação, pela qualidade e forma de ensino. Por isso, para nós da FAO, essa parceria é muito importante”, ressaltou o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, durante assinatura do acordo.

No PRADAM, o SENAR capacitou técnicos na metodologia de Assistência Técnica e Gerencial e, com Embrapa e Ministério da Agricultura, realizou seminários sobre Sistema Plantio Direto, Recuperação de Áreas Degradadas e Sistemas Agroflorestais, com destaque para a Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (iLPF) nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Rondônia.

ATeG do SENAR e a Resiliência climática 

O SENAR também quer contribuir no fortalecimento das metas estipuladas no Acordo de Paris, primeiro marco do regime internacional do clima aprovado durante a Conferência do Clima (COP-21) por 195 países, em dezembro de 2015. Para isso, realizou este ano o 1º Seminário Internacional Resiliência Climática e Descarbonização da Economia, com a participação de especialistas de diversas áreas.

“Uma das estratégias que apresentamos no seminário para ajudar o produtor na adaptação das propriedades às mudanças climáticas é a assistência técnica. Eu não tenho a menor dúvida de que sem a produção assistida, sem a Assistência Técnica e Gerencial, o produtor terá dificuldade para encarar os desafios climáticos. Temos que juntar pesquisa com implementação tecnológica, o que só se dá através de Assistência Técnica e Gerencial”, afirma Daniel Carrara.

O SENAR vem atendendo o produtor, desde 2013, com um modelo inédito de Assistência Técnica e Gerencial, baseado em transferência de tecnologia e gestão. Atualmente, 23 Administrações Regionais promovem Assistência Técnica e Gerencial em 60 mil propriedades rurais, oferecendo consultoria técnica e gerencial, de forma efetiva e constante. Em 2016, a entidade ampliou a equipe de instrutores de Metodologia de ATeG, composta agora por 11 profissionais e treinou mais de mil Técnicos de Campo e 87 Supervisores de 17 Administrações Regionais.

Ainda na linha da resiliência climática, a ATeG do SENAR está desenvolvendo um projeto específico para ajudar o Brasil a alcançar as metas do Acordo de Paris. É o Resilient Farmer, focado na disseminação de alternativas tecnológicas e ambientais que respeitem as especificidades das propriedades e as características de cada bioma brasileiro. “Com a produção assistida, que envolve orientação técnica continuada e gestão, o produtor poderá fazer as adequações necessárias, recuperar áreas degradadas e, assim, contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa”, explica o coordenador de ATeG, Matheus Ferreira.

O SENAR já desenvolve o projeto Rural Sustentável, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), capitaneado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma cooperação do Governo do Reino Unido com o Ministério para difundir, em unidades demonstrativas, as tecnologias de baixa emissão de carbono e replicar essa tecnologia em Unidades Multiplicadoras em dois biomas brasileiros - Mata Atlântica e Amazônia, além de garantir a Assistência Técnica e Gerencial.




quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Faturamento de videiras beirou os R$ 4 bilhões em 2015

Projeção do Ministério da Agricultura mostra queda em 2016 por causa da seca.



A produção de uva no Brasil faturou R$ 3,9 bilhões em 2015 após uma safra boa nas videiras. Para 2016, a projeção do Ministério da Agricultura é de uma queda no faturamento para R$ 3,2 bilhões.

Este ano, a safra foi prejudicada pela seca que afeta algumas regiões do país, mas o Ministério projeta uma recuperação das videiras para a safra do próximo ano com recuperação do faturamento, que deve chegar novamente ao patamar dos R$ 4 bilhões.

A produção de vinhos e sucos cresceu 15% em 2015. Além disso, as exportações da chamada uva de mesa cresceu 8% no mesmo período.


Fonte: G1

Salto do Jacuí inaugura sistema de abastecer pulverizador que reduz risco de contaminação por agrotóxico

Projeto Água Limpa é o primeiro em funcionamento no município


Inaugurado nesta terça-feira (13/12), na localidade Tabajara, interior de Salto do Jacuí, sistema que armazena água para abastecimento de pulverizador - equipamento usado na aplicação de agrotóxico na lavoura. O Projeto Água Limpa é o primeiro em funcionamento no município e deve beneficiar 40 famílias de pequenos agricultores. O objetivo é evitar a contaminação de rios.

O investimento foi de R$ 4,2 mil, metade do projeto financiada pela Sicredi e o restante pelos moradores da localidade. A Emater/RS-Ascar prestou assessoria técnica. "É importante para a redução de agrotóxicos que poluem os rios Jacuizinho e Caixão", disse o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Adeleir Pedrassani. "O olhar da Emater está voltado para a redução do veneno", completou Pedrassani. 

"Um dos pilares defendidos pela nossa Diretoria é o ambiental, além do social e econômico, por isso este exemplo é gratificante", disse o gerente da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Carlos Turra.

Projeto 

Uma caixa com capacidade para armazenar 10 mil litros foi instalada no galpão da Associação da Patrulha Agrícola. Os agricultores poderão utilizar a água dessa caixa, e não a dos rios, para diluir produtos químicos dentro dos pulverizadores. 

"A Sicredi aposta na educação, temos que fazer alguma coisa", disse o presidente do Sicredi - Espumoso, Jair Piovesan. 

Mais Água Mais Renda

Ainda durante o encontro, o gerente regional da Emater/RS-Ascar entregou ao agricultor Ronildo Mathias Binotto o contrato de subvenção com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). Por meio dele a Seapi assegura ao agricultor a devolução da primeira e última, de um total de sete parcelas, de financiamento utilizado pelo agricultor para instalar sistema de irrigação por aspersão convencional. 

O Mais Água Mais Renda é considerado uma das principais políticas públicas do Governo do Estado à expansão da agropecuária irrigada.

Também participaram do evento, em Salto do Jacuí, o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, Rudinei Maciel, presidente da comunidade Tabajara, Denilson Hermes, vice-presidente do Sicredi, José Klein, e gerente da agência Salto do Jacuí, Luis Carlos Ghilardi, supervisora microrregional da Emater/RS-Ascar, Monique Chaves, e extensionistas Tânia Treviso, Dionísio Treviso e Leandro Carvalho, vereador e comunidade. 


Fonte: Emater - RS
 

Entenda por que é melhor consumir suco de laranja do que refrigerante

A comparação entre os nutrientes presentes em um copo de suco de laranja e um de refrigerante gera dúvidas e mitos. Um deles é o de que é melhor consumir o refrigerante por ser menos calórico porque um copo de 200 ml de suco de laranja sem açúcar tem cerca de 90 calorias e o de refrigerante tem 85.

“O refrigerante realmente tem menos calorias do que o suco de laranja, porém, precisamos analisar os benefícios de cada produto para poder realizar a melhor escolha”, afirma a nutricionista Paula Torcato.

A nutricionista explica que existem calorias “cheias” e “vazias”. A cheia é quando o alimento apresenta, além das calorias, nutrientes benéficos à saúde, como no caso da laranja, que é fonte de vitamina C, ácido fólico, cálcio, potássio, magnésio, fósforo e ferro. Já a caloria vazia não agrega componentes nutricionais”. 


“Um copo de 200 ml de suco de laranja contém 1,4 grama de proteínas; 0,4 grama de lipídeos; 0,4 grama de fibra; 100 miligramas de vitamina C; 200 miligramas de Vitamina K; 11 miligramas de Cálcio e 11 miligramas de magnésio. Já no copo de refrigerante nenhum desses itens benéficos ao organismo estão presentes”, afirma Paula.

Ela lembra também que a quantidade de sódio no copo de refrigerante é de 10 miligramas, enquanto no suco é de apenas 1 miligrama. “O refrigerante se resume em uma bebida cheia de açúcar com uma pitada farta de sódio, com corantes artificiais e conservantes. A bebida passa bem longe do que consideramos comida de verdade e perde em qualidade nutricional quando o comparamos com um bom copo de suco de laranja”, diz Paula.

(Com colaboração da nutricionista Paula C. Torcato - CRN3 35839)


Fonte: Fundecitrus

Parceria da Embrapa com a Ecoinvent deve gerar mais de 100 inventários agrícolas

Projeto prevê inclusão dos datasets no Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida – SICVBrasil



A Embrapa irá disponibilizar mais de 100 inventários de ciclo de vida da produção agrícola brasileira, que serão incluídos no ecoinvent, banco de dados Suíço de Avaliação do Ciclo de Vida que possui abrangência internacional, e ainda no Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida – SICVBrasil. O projeto inclui a geração de 80 inventários de produtos agrícolas, florestais, pecuários e agroindustriais, 35 inventários de operações agrícolas e mais de 30 conjuntos de informações sobre transporte de insumos e de produtos intermediários.

"Os inventários de ciclo de vida de produtos agrícolas são a base de estudos de ACV, que podem mostrar oportunidades de melhoria nos nossos processos produtivos com vistas à sustentabilidade, além de aumentar a nossa competitividade no comércio internacional", explica a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti.

Os datasets terão recorte regional e serão agregados como inventários nacionais. Alguns dos inventários serão disponibilizados já nos primeiros meses de 2017. O projeto vai envolver, além da Embrapa, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e a Fundação Espaço Eco (FEE) que irão contribuir na coleta e organização dos dados.

A ecoinvent irá revisar os dados em conformidade com padrões internacionais, armazená-los e, juntamente com a Embrapa, disponibilizá-los ao Banco Nacional de Inventários – SICV Brasil. "A colaboração na coleta de dados com a Embrapa e outras instituições de pesquisa no contexto do projeto SRI é uma oportunidade única para que ambas as partes contribuam para a disponibilidade de dados de alta qualidade", comenta o gerente de projetos da ecoinvent, Amir Safaei.

"Com a inclusão dos datasets no SICV Brasil, teremos informações do agronegócio, o que irá aumentar a relevância do nosso banco de dados em contexto nacional e internacional", conclui o coordenador de Avaliação do Ciclo de Vida do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Tiago Braga.

Fonte: Embrapa

Brasil e Argentina estreitam cooperação na área agrícola

A Embrapa e o INTA selaram um memorado de entendimento em novembro de 2015


O presidente do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria (INTA/Argentina), Amadeo Nicora, visitou no dia 12 de dezembro de 2016, duas unidades de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Brasília, DF: Agroenergia e Recursos Genéticos e Biotecnologia. A Embrapa e o INTA selaram um memorado de entendimento em novembro de 2015 e a visita de Nicora, que veio acompanhado da diretora-adjunta de Relações Internacionais do Instituto, Ana Cipolla, e do adido agrícola da Embaixada da Argentina no Brasil, Javier Dufourquet, foi conhecer algumas das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa para prospectar temas de interesse comum entre os dois países. No dia 13 de dezembro, ele se reúne com o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, e os diretores executivos Ladislau Martin Neto, Vânia Beatriz Rodrigues Castiglioni e Waldyr Stumpf Junior para discutir a operacionalização dos projetos de cooperação técnica.

Na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, os representantes do INTA foram recebidos pela chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Marília Burle, e visitaram o Laboratório de Reprodução Animal, onde foram recebidos pelo pesquisador Maurício Machaim, e o Banco Genético da Embrapa, no qual assistiram à apresentação do pesquisador Alexandre Floriani.

No Laboratório de Reprodução Animal, Nicora conheceu as biotécnicas de reprodução assistida desenvolvidas na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, como PIV (produção de embriões in vitro), sexagem de embriões, fertilização in vitro e in vivo e clonagem por transferência nuclear. O Brasil é hoje líder absoluto na PIV em termos mundiais, com cera de 80% do mercado global. As pesquisas da Embrapa estão, principalmente, voltadas para bovinos, mas incluem também ovinos e suínos, em parceria com a Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia, SC.

Cooperação vai contribuir para a agricultura do cone sul

De acordo com Nicora, o Brasil possui uma visão estratégica em relação à ciência e tecnologia e, por isso, considera a cooperação tão importante para a Argentina. "É fundamental que o INTA e a Embrapa, como instituições públicas de pesquisa agropecuária, atuem em sinergia para levar tecnologia com rapidez e eficiência ao setor produtivo", ressaltou.

Para o diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior, "a visita dos dirigentes do INTA à Embrapa marca mais um avanço na aproximação institucional que já vem ocorrendo há algum tempo. Neste momento, a expectativa é de dar encaminhamentos para a construção de planos de trabalho que proporcionarão ganhos na cooperação científica e tecnológica entre o Brasil e a Argentina", esclarece. Trata-se de um avanço estratégico, já que os dois países têm importantes contribuições a dar para a agricultura no cone sul, como membros que são do PROCISUR (Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul), conclui.

Os planos de trabalho a serem estruturados a partir da visita viabilizarão a operacionalização do memorando de entendimento assinado entre a Embrapa e o INTA no ano passado, que aponta como prováveis áreas de interesse entre as partes, sem se limitar a elas, a biotecnologia, engenharia genética e transgênicos, recursos genéticos vegetais e animais, melhoramento genético animal e vegetal, agricultura familiar, sistemas de produção, inteligência estratégica e prospectiva, bioeconomia, pesquisa e transferência de tecnologia para o desenvolvimento, maquinário para agricultura familiar, gestão institucional e comunicação para o desenvolvimento.

Técnica pioneira de reprodução animal despertou o interesse do presidente do INTA

O presidente do INTA demonstrou grande interesse pela técnica recentemente lançada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que é pioneira no País: a TIFOI (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos). Trata-se de uma biotécnica que apresenta todas as vantagens da fecundação in vitro (FIV) com um benefício adicional: o fato de não precisar de laboratório para ser realizada. Os criadores podem obter os embriões com a mesma rapidez e agilidade da FIV, ou seja, em torno de um bezerro por semana a partir de uma única vaca doadora, sem precisar sair da sua fazenda.

O desenvolvimento da TIFOI na Embrapa resultou no nascimento de três bezerras, que estão na Fazenda Sucupira, campo experimental da Empresa também localizado em Brasília (DF), e cerca de 50 embriões congelados. O sucesso gerou o registro da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

No Banco Genético da Embrapa, Nicora conheceu as pesquisas de conservação de recursos genéticos animais, que têm como foco a preservação de raças de animais domésticos denominadas "locais" ou "naturalizadas", pois se encontram há séculos no Brasil, muitas desde a época da colonização. Esses animais, que incluem bovinos, suínos, caprinos, ovinos, asininos, bubalinos e equinos, são conservados in situ (em seus habitats) em núcleos de conservação da Embrapa distribuídos por quase todo o Território Nacional e ex situ (fora do local de origem) no Banco Genético da Embrapa.

O pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia mostrou os criobancos, nos quais são conservados sêmens e embriões e o freezer para preservação de DNA. Hoje, o Banco Genético, inaugurado em 2014, possui dois criobancos, mas a capacidade do novo prédio é para oito, com capacidade para manter mais de 700 mil amostras de animais por aproximadamente 30 anos. Em relação ao DNA, hoje o espaço conta com um freezer, mas há espaço para quatro.

Fonte: Embrapa


Pesquisadores identificam plantas que podem combater praga que age em produções estocadas

Há 17 anos, pesquisadores da Uniderp avaliam o potencial inseticida, de repelência e inibidor alimentar de 26 plantas medicinais e aromáticas para combater o gorgulho-do-milho, inseto que ataca os armazéns, causando prejuízos econômicos aos produtores. Os resultados dos estudos apresentam alternativas naturais aos defensivos agrícolas sintéticos, proporcionando benefícios ao meio ambiente e à sociedade.

Segundo o coordenador do Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Silvio Fávero, a praga impacta, principalmente, a perda de peso, de valor comercial e a capacidade nutritiva do alimento. “O Sitophilus zeamais está entre os insetos que causam grandes prejuízos para produções estocadas. Seus danos podem ser provocados tanto pelas larvas, que se desenvolvem no interior dos grãos, como pelos adultos. Quando perfurado, o cereal fica mais propenso a fungos e bactérias”, esclarece.

Para controlar os insetos e proteger a produção, a alternativa dos agricultores é o uso de inseticidas sintéticos, o que, segundo o engenheiro agrônomo, provoca desequilíbrios ecológicos e prejudica o meio ambiente, bem como a saúde humana. “A resistência de pragas a inseticidas, crescente no Brasil, exige o uso integrado de outros métodos. Uma das alternativas mais efetivas tem sido a manipulação de produtos naturais, principalmente aqueles de origem vegetal”, explica Fávero.

Chefiando os estudos, Fávero e a equipe composta por oito pesquisadores constataram que a pariparoba, reconhecida por propriedades antimalárica, vermífuga e anti-inflamatória, e as espécies de eucalipto Urocam VM1, Torelliodora, Urocam VM, Grancam 1277, Corymbia Citriodora, Urophylla 224, Urograndis I 144, Urograndis I1528 são as mais tóxicas para o gorgulho-do-milho. “Nesta identificação, realizamos e utilizamos a extração do óleo essencial de cada planta: de cada 1 quilo de folha foram retirados de 5 e 8 ml de óleo”, revela. Para cada experimento foram inseridos cerca de 300 insetos, submetidos a algum tipo de contato com o óleo. “Fizemos vários testes em laboratório ao longo desses anos. Um exemplo é o de toxicidade tópica, que consiste em pingar micro gotas sobre o gorgulho para descobrir a dose ideal que afeta a praga. Houve também a avaliação toxicidade por contato, que simulou uma situação em superfície para descobrir a concentração mais adequada do óleo”, complementa.

Este ano, a pesquisa entrará em nova fase e os testes serão feitos a campo, ou seja, em paióis e armazéns de grãos. Os resultados permitirão a formulação para a produção de escala industrial em alguns anos.

Valor Bruto da Produção de 2016 é de R$ 523,6 bilhões

O faturamento da agropecuária é de R$ 523,62 bilhões em 2016. As lavouras tiveram um valor bruto da produção de R$ 340,6 bilhões, e a pecuária, R$ 183 bilhões. Na série iniciada em 1990, o resultado do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2016 é o segundo maior, ficando atrás apenas do ano passado, quando chegou a R$ 533,1 bilhões. O número, referente ao mês de novembro, foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“A seca é a principal variável, afetando o valor deste ano”, assinala o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques.

O melhor desempenho neste ano é apresentado pela banana, com aumento real de 48,2%. Depois, aparecem o feijão (25,6%), o trigo (25,5%), a batata-inglesa (24,9%), o café (15,9%), a maçã (12,6%) e a soja (1,2%). Na pecuária, destacam-se pelo bom resultado a carne de frango, que teve aumento de valor de 3,4%, e ovos, 3%.

Os produtos que mais tiveram perdas de valor foram o tomate (-49%), mamona, (-41,4%), fumo (- 29%), cacau (-14,5%) uva (-14,2%) amendoim (-13,4%), algodão (-12%), arroz (11,8%), laranja (-11,4%), cebola (-9,2%), mandioca (-7,2%) e milho (- 5,5%). Na pecuária, as quedas ocorreram em carne suína (-11,6%), bovina (-4,7%) e leite (-8,1%).

Apesar de 2016 ter sido bastante afetado por problemas climáticos, os preços agrícolas recebidos pelos agricultores foram para a maioria dos produtos pesquisados mais elevados do que no ano passado. Isso evitou que houvesse redução maior do valor da produção do ano.

Os resultados regionais mostram tendência ocorrida durante o ano, em que o Sul e Centro-Oeste lideram o faturamento da agropecuária no país, com R$ 154,9 bilhões e R$ 143,9 bilhões, respectivamente. A seguir, Sudeste, R$ 142,9 bilhões, Nordeste, R$ 43,2 bilhões e Norte, R$ 31,4 bilhões.

Prognóstico para 2017

“Parece que 2017 será melhor do que este ano”, avalia Gasques. Os resultados de produção divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam safras mais elevadas para o próximo ano. O aumento deve ocorrer especialmente pelos ganhos de produtividade, que estarão em torno de 13%, ressalta o coordenador.

O valor da produção previsto com base nas informações preliminares é de R$ 552, 56 bilhões, 5,5% acima do valor deste ano. As lavouras devem representar R$ 365 bilhões, com destaque para a soja (R$ 118 bilhões) e a pecuária, R$ 187,5 bilhões. Ambas com aumento real expressivo em relação a 2016, conclui Gasques.

Veja aqui e aqui o VBP nacional e regional.

Embrapa realiza ato simbólico para assinatura de parcerias em prol de pesquisas com agrotóxicos

Durante a manhã de terça-feira, 13 de dezembro, aconteceu no auditório da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), uma solenidade de Ato Simbólico para Assinatura de Projeto de Cooperação Técnica entre Embrapa, Ministério Público Federal (MPF/MS), Ministério Público do Trabalho (MPT/MS), Ministério Público do Estado do MS (MPE/MS) e Prefeitura Municipal de Dourados, por meio do Meio Ambiente (Imam).

O acordo de cooperação técnica e financeira possibilitará a execução do projeto monitoramento dos resíduos de agrotóxicos em águas superficiais de Mato Grosso do Sul, inicialmente nas bacias hidrográficas dos rios Ivinhema, Dourados e Amambai. Para isso, serão viabilizados investimentos totais da ordem de R$ 1,130 milhão para a construção de laboratório com 361 metros quadrados e aquisição de equipamentos de análises laboratoriais.

Além das autoridades representantes das instituições parceiras, prestigiarem a solenidade secretários de governo, vereadores, pesquisadores, professores e lideranças do agronegócio. "A convergência de propósitos das instituições públicas parceiras para geração de dados, de conhecimentos, que possam eventualmente subsidiar políticas públicas é muito importante. Nesse ato, tivemos a integração entre poderes municipais, estaduais e federais em benefício da sociedade", comemora o Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Lafourcade Asmus.

Em sua fala, o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Rômulo Penna Scorza Júnior, coordenador técnico do projeto, destacou que no Brasil, nos últimos 20 anos, houve um aumento expressivo na colheita de grãos da ordem de 151% com um crescimento de apenas 58% da área plantada. "Esse aumento da produtividade média da culturas de grãos foi possível devido ao uso de tecnologias agrícolas. E o uso de agrotóxicos nas lavouras é uma dessas. Infelizmente, essa tecnologia apresenta alguns riscos associados ao seu uso, assim como qualquer outra tecnologia. Risco é a associação entre perigo e exposição, ou seja, é preciso ser exposto ao produto e que a mesma cause algum perigo", explica ele.

Há alguns anos, Scorza Junior pesquisa o comportamento ambiental dos agrotóxicos e explica que "após serem aplicados nas lavouras, chegando ao solo e as plantas, eles passam processos que podem transportar esses produtos. Esse transporte pode ocorrer por meio da lixiviação (pode contaminar águas subterrâneas), por meio de escorrimento superficial (pode contaminar água superficiais) e volatilização (pode contaminar a atmosfera)". Ele salienta ainda que as pesquisas buscaram até agora responder perguntas como: quanto tempo o agrotóxico permanece no solo, qual o risco de escorrimento superficial, qual o valor de meia vida desses produtos, entre outros questionamentos. "Agora essa parceria nos permitirá avançar nas pesquisas, pois com esse novo laboratório poderemos monitorar a possível ocorrência desses produtos em águas superficiais para consumo humano e conservação da biodiversidade", comemora o pesquisador da Embrapa.

"Existe uma urgente necessidade de obter informações sobre a possível existência de agrotóxicos nas águas. Sabemos que boa parte da água que consumimos é de captação superficial. Os índices de qualidade das águas são monitorados. Mas, temos demandas estaduais de respostas sobre a possibilidade de resíduos de agrotóxicos nas mesmas e essa parceria beneficia a sociedade",

Autoridades - Segundo o promotor do MPMS, Amilcar Araujo Carneiro Junior, o projeto possui uma relevância grandiosa. "Existe um questionamento generalizado sobre a contaminação ou não das águas superficiais por resíduos de agrotóxicos no Estado. A partir desse diagnóstico, acreditamos que algumas dúvidas poderão ser dissipadas, beneficiando tanto o município quanto o Estado", disse Carneiro Junior.

O procurador da Procuradoria do Trabalho do Município de Dourados, Jefferson Pereira, ressaltou a importância dessa pesquisa para a sociedade. "Os recursos que estão sendo utilizados para essa parceria, por parte do MPT/MS, são oriundos de um acordo judicial de ação civil pública na Vara do Trabalho de Naviraí. Foi o trabalho do Ministério Público, juntamente com o Poder Judiciário, que possibilitou a captação desses recursos que foram aportados no projeto", disse Pereira. Ele salientou ainda que não é possível dimensionar a quantidade de pessoas que serão beneficiadas pelos resultados dessa pesquisa que deve promover ampla repercussão social.

Para o promotor Marco Antonio Delfino de Almeida, do MPF em MS, uma importante vantagem do laboratório será a de permitir a realização local desse monitoramento. "Atualmente, as amostras são enviadas para análise no Laboratório Evandro Chagas, em Belém, no Pará. A distância impõe limitações nas análises, tanto na periodicidade [de envio] das amostras quanto no quantitativo de agrotóxicos abrangido", informa.

O diretor do Imam, Upiran Jorge Gonçalves da Silva, destacou que os recursos da parceria são oriundos exclusivamente de fiscalização ambiental, das compensações ambientais. "Esse laboratório terá uma importância científica e servirá como referência nacional. Com essa parceria, ganha a sociedade e a comunidade científica de Dourados", disse ele.


Fonte: Christiane Congro Comas (MTb-SC 00825/9 JP) 
Embrapa Agropecuária Oeste 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Novo preço mínimo da uva é R$ 0,92/kg

Valor é para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017


O preço mínimo básico da uva industrial da safra 2016/17 foi reajustado em 17,95% para os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O novo valor é R$ 0,92/kg e tem vigência de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017.

De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o reajuste de 2% acima do custo de produção foi acordado como forma de compensar o produtor, que teve sua renda comprometida com a queda de safra do ano anterior. O preço estava em R$ 0,78/kg.

Confira aqui a portaria 264 com o novo preço da uva, publicada no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (14).


Exportar mais exige ampliar pauta de produtos e fazer acordos, diz Maggi

Ministro inclui o reconhecimento da sustentabilidade da produção brasileira entre os desafios do agronegócio



Em apresentação na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (14), o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou os principais desafios do agronegócio brasileiro. De acordo com ele, o Brasil precisa avançar nas exportações de produtos não tradicionais, fazer mais acordos comerciais com os países e blocos econômicos, cobrar reconhecimento pela qualidade e sustentabilidade de sua produção agropecuária e importar mais, como forma de intensificar o fluxo comercial agrícola global.

Durante a audiência pública, Blairo Maggi mostrou que os países que mais exportam são também grandes importadores. Deu o exemplo da China, que importa muito, processa e vende produtos com maior valor agregado. 

Em relação a setores de pouco peso na pauta comercial do Brasil, citou o de pescados, no qual o país tem uma fatia de apenas 0,2% no mercado mundial. “Em 58% de tudo o que se comercializa no mundo, o Brasil não participa”, observou. Já soja e grãos figuram entre os itens que o país exporta mais do que consome. "O Brasil tem um estoque muito grande de grãos e pode aumentar ainda mais as exportações.”

O Brasil é grande produtor também de açúcar, café, suco de laranja, carne bovina e frango, o que contribui para que o agronegócio seja responsável por quase 50% das exportações do país. Hoje, o setor representa 21% do PIB (Produto Interno Bruto). A participação seria maior, acrescentou, se a metodologia incluísse, por exemplo, o caminhão usado pelo produtor no escoamento da safra, mais isso é contabilizado no PIB da indústria. 

O ministro reforçou o papel da produção agrícola na economia. “Se não fosse o desempenho do setor, tudo seria mais complicado”. Quanto ao resultado das vendas externas, comentou que, só não é melhor porque os preços internacionais das commodities vivem um ciclo de baixa.

Enfatizou ser preciso “identificar países grandes com os quais o país ainda não tem negócios para ingressar nesses mercados". E destacou que o papel do governo é o de promover a abertura, mas que a negociação é tarefa de empresários.

Maggi chamou a atenção para a estimativa de que 51% da população mundial estará na Ásia em 2030. “O crescimento do continente revela que devemos olhar para lá, onde a classe média está crescendo e onde não há terras nem água disponíveis para produzir o suficiente para toda a população.”

O cenário, na avaliação do ministro, permite traçar ações para aumentar a participação do Brasil no mercado agrícola mundial de 6,9% para 10%, em cinco anos. Falou da importância, para tanto, de valer-se também da diplomacia e comentou que, ao se distanciar de grandes negociações mundiais nos últimos anos, "o Brasil estava perdendo o bonde da história".

Nas missões internacionais que o Mapa tem realizado, segundo Maggi, muitos demonstram interesse na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mas disse que sempre tem negociado um retorno para o Brasil, no caso de cooperação tecnológica e na área de pesquisa.

Sustentabilidade

Sobre conservação ambiental, o ministro disse que outros países precisam reconhecer o que tem sido feito no Brasil, como a preservação de áreas verdes, o cumprimento de exigências do Código Florestal. “Deveriam fazer igual e, se não conseguem, devem reconhecer o esforço brasileiro e dar preferência aos nossos produtos.” E contou já ter iniciado conversas com ONGs internacionais para atrair recursos para financiar iniciativas preservacionistas.

Também defendeu a importância da participação em convençõ es que tratam de meio ambiente. Lembrou que o México chegou a propor moratória de biotecnologia. "Se você não está lá para se posicionar contra, num caso como esse, eles aprovam uma resolução e não teremos mais avanços nessa área." 

Aftosa

Maggi antecipou que o país caminha para, em abril de 2018, ser declarado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) como território livre de febre aftosa. Informou ainda que há 446 processos em curso de negociações fitossanitárias internacionais em tramitação no Mapa.

Na audiência, o ministro antecipou que o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que prevê normas de inspeção industrial e sanitária, será reformado até fevereiro do próximo ano. Maggi quer ouvir o setor produtivo e outros órgãos antes de concluir as mudanças. O regulamento em vigor é de 1952.

Paraná amplia em 33% as exportações para a Argentina

A Argentina passou a comprar mais produtos do Paraná em 2016. O Estado exportou, de janeiro a novembro, US$ 1,36 bilhão para o país vizinho, o que representou um avanço de 33% sobre o valor apurado no mesmo período do ano passado (US$ 1,02 bilhão). Com isso, o Paraná passou da quarta para a segunda colocação entre os Estados que mais exportam para Argentina, atrás apenas de São Paulo. 

Os dados foram levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Em 2015, o Paraná respondeu, de janeiro a novembro, por 8,6% das exportações brasileiras para a Argentina. No mesmo período de 2016, essa presença chegou a 11%, ultrapassando Minas Gerais (9,6%) e Rio Grande do Sul (9,2%). 

AUTOMOTIVO - O desempenho foi influenciado pelo aumento das vendas do setor automotivo, explica o presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior. “Além da competitividade da indústria automotiva paranaense, as montadoras estão direcionando a produção para o país vizinho para compensar a retração do consumo no Brasil”, diz.

As exportações de automóveis cresceram 57,6% de janeiro a novembro, passando de US$ 289,9 milhões nesse período em 2015, para US$ 456,8 milhões em 2016. As vendas de veículos de carga, caminhões principalmente, tiveram aumento de 353,4%, de US$ 33,8 milhões para US$ 153,1 milhões na mesma base de comparação. 

Outro destaque foram os tratores, cujas exportações somaram US$ 84,03 milhões, 101% acima do mesmo período do ano passado (US$ 41,8 milhões). As exportações de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos diversos, por sua vez, somaram US$ 30,3 milhões, 184,5% acima do registrado nos onze meses de 2015 (US$ 10,7 milhões).

RETOMADA - A mudança no governo e a recuperação da economia ajudam a explicar o crescimento das encomendas do País vizinho, na avaliação do presidente do Ipardes. E graças ao foco nas exportações do setor automotivo, o Paraná teve um desempenho acima da média. 

As exportações brasileiras para o país vizinho aumentaram em ritmo bem menor. Em onze meses somaram US$ 12,2 bilhões, 2,3% mais do que o mesmo período do ano passado.

Entre os três Estados com maior participação nas exportações para a Argentina, o Paraná foi o com melhor resultado. São Paulo registrou queda de 5,5%, para US$ 5,23 bilhões, e o Rio Grande do Sul, apurou estabilidade, somando US$ 1,18 bilhão.

SEGUNDO MAIOR - A Argentina é o segundo maior mercado dos produtos paranaenses, atrás apenas da China, que é destino de 24% das exportações do Estado. “É um mercado interessante porque adquire produtos manufaturados, de maior valor, ao contrário da China, que compra basicamente produtos agrícolas”, diz Suzuki. 

De janeiro a novembro, a Argentina representou 9,75% das exportações totais do Paraná. No mesmo período do ano passado, essa participação estava em 7,41%.


Contratações de crédito do Plano Safra 16/17 caem 8% até novembro

Os desembolsos de recursos emprestados a produtores rurais empresariais por meio do Plano Safra 2016/17 entre julho e novembro caíram 8 por cento na comparação com o mesmo período da temporada passada, para 57,13 bilhões de reais, informou o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira. O volume liberado até o momento corresponde a 31 por cento do volume total disponível, entre recursos a juros controlados e juros livres, de 183,86 bilhões de reais para o período entre julho de 2016 e junho de 2017.

Os desembolsos para custeio, que representam a maior fatia dos contratos, caíram para 34,86 bilhões de reais no período, recuo de mais de 18 por cento. A rubrica de investimentos, por outro lado, apresentou crescimento de 12 por cento no período, para 9,96 bilhões de reais em contratações, com impulso de demanda aquecida por recursos para compra de máquinas agrícolas.

O programa conhecido como Moderfrota, destinado a aquisição de equipamentos com colheitadeiras e tratores, já soma contratos de 3,5 bilhões de reais, de um total de 5 bilhões de reais oferecidos. O volume desembolsado registra salto de 226 por cento ante 2015/16. "Este valor é um indicativo da confiança dos agricultores em relação às atividades que desenvolvem no campo e às perspectivas de colher uma supersafra de grãos", disse em nota o diretor de Crédito e Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, sem comentar o recuo nos indicadores globais de contratações. O ministério informou que será oficializado nos próximos dias aporte adicional de 2,5 bilhões de reais para o Moderfrota, que passará a contar com 7,55 bilhões de reais na atual temporada.

Veja detalhes do relatório: here

Fonte: Reuters

Roundup Ultra é aprovado para citrus, cana-de-açúcar e café

O herbicida Roundup Ultra (N-(phosphonomethyl)glycine), da Monsanto, teve seu registro estendido no Brasil para a aplicação nas culturas de citrus, cana-de-açúcar e café. O produto, formulado à base de glifosato, já vem sendo usado há quase uma década nas lavouras de milho, soja, algodão e arroz, combinando surfactantes através da Tecnologia Transorb II.

De acordo com a fabricante, a formulação do herbicida confere maior rapidez de absorção e translocação para controle em folhas largas e estreitas, com maior consistência de resultados. O efeito ocorre principalmente em condições climáticas adversas, quando comparado aos demais produtos do mercado, com menor risco de perda de chuva após 1 hora de aplicação. 

A Monsanto destaca que o Roundup Ultra é uma formulação granulada de alta concentração que permite o uso de uma menor dose por hectare, facilidade de armazenamento, transporte e descarte de embalagens, dispensando, por exemplo, a operação de tríplice lavagem necessárias nas formulações líquidas do mercado.

“A tecnologia Transorb II®, presente na formulação de Roundup Ultra, confere performance superior em situações adversas de temperatura e umidade, e será mais uma importante ferramenta para que nossos parceiros e agricultores envolvidos com as culturas de citrus, café e cana possam produzir mais e de uma maneira mais sustentável”, afirma Marcelo Segalla, líder de Proteção de Cultivos da Monsanto para a América do Sul. 

“Este atributo ficará mais evidente aos produtores quando observados os resultados de aplicação após momentos desafiadores de manejo das plantas daninhas, além do ganho de eficiência operacional, como armanezagem, transporte e descarte de embalagens”, conclui.


Fonte: Agrolink

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Safra de laranja é reestimada em 244,20 milhões de caixas

A safra de laranja 2016/17 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro foi reestimada em 244,20 milhões de caixas de 40,8 quilos. O número foi divulgado pelo Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, nesta segunda-feira (12). O valor representa uma redução de 1,9% em relação à reestimativa publicada em setembro, de 249,04 milhões de caixas e 0,6% comparado à estimativa inicial publicada em maio, que foi de 245,74 milhões de caixas.

A revisão para uma safra menor deve-se à adequação do fator de correção (que calcula os desvios da safra) que foi atualizado. Anteriormente, o fator utilizado levava em consideração a média dos últimos dez anos, mas necessitou ser revisado para se adequar a realidade atual dos pomares, levando-se em consideração o manejo de HLB que vem alterando a configuração dos pomares com a eliminação de árvores doentes e substituição por mudas sadias, resultando na formação de subconjuntos de plantas mais novas com produtividade menor do que as do plantio original em um mesmo talhão. O impacto desses subconjuntos é significativo na safra atual que teve baixa produtividade, visto que, as plantas mais jovens tiveram menor pegamento dos frutos.

Nesta reestimativa, a tendência de crescimento dos frutos, notada na reestimativa de setembro, continuou sendo observada. A variedade Pera Rio, é revisada em 230 frutos/caixa, enquanto na reestimativa de setembro projetavam-se 245 frutos/caixa. O peso da Valência e Valência Folha Murcha passa a 220 frutos/caixa, e o da Natal para 230 frutos/caixa, dez e cinco frutos a menos por caixa respectivamente, em comparação à reestimativa de setembro. Contribuiu para este crescimento, a pluviometria acumulada de maio/2016 a novembro/2016 que foi 19% acima da prevista para o período. A média das precipitações acumuladas nesses sete meses em todo parque citrícola atingiu 543 milímetros.

A taxa média de queda de frutos é de 13,73%, mantendo o valor abaixo do esperado inicialmente para a safra. De acordo com o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), Vinícius Trombin, o ritmo mais acelerado da colheita explica a diminuição da queda de frutos. “Até novembro, com base nos talhões monitorados pelo Fundecitrus, estima-se que 81% da produção tenham sido colhidos. Neste mesmo período no ano passado, o número era de 72%”.

A colheita das variedades precoces supera 96% e está praticamente encerrada, a de Pera Rio está com 78%, de Valência e Valência Folha Murcha 81% e Natal 71%.

A pesquisa de estimativa de safra é realizada pelo Fundecitrus em cooperação com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.

O relatório completo está disponível no link: http://bit.ly/2hEGPJ

Fonte: Fundecitrus

Meta de zerar resíduos de agrotóxicos em vegetais está próxima

A meta de obter 100% de conformidade com parâmetros adequados de toxidade em alimentos vegetais está muito próxima de ser alcançada. “Continuaremos a buscar os 100% em produtos, como frutas, cereais, amêndoas e pimentas para garantir a segurança alimentar”, garantiu Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao comentar resultado do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Noventa e nove por cento dos produtos vegetais, avaliados entre 2013 e 2015, estavam em conformidade com os padrões estabelecidos pela legislação, revelou a Anvisa. “Conseguimos reverter um cenário com mais de 25% de amostras não conformes das pesquisas anteriores para apenas 1%”, destacou Rangel.

O Mapa, por meio do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), e a Anvisa, por intermédio do Para, trabalham de forma conjunta, uniformizando e harmonizando ações para monitorar os resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais. Um dos objetivos do programa é proporcionar orientação nas cadeias produtivas sobre inconformidades no processo produtivo e incentivar Boas Práticas Agrícolas (BPA).

O programa conta com a participação de 27 unidades da Federação, envolvidas na amostragem e na tomada de decisões depois de conhecidos os resultados. As análises são realizadas por quatro Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen GO, MG, RS e PR) e por um laboratório privado contratado por processo licitatório.

De acordo com a coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Mapa, Fátima Parizzi, o Mapa e a Anvisa estão definindo mecanismos para convergências entre os planos de amostragem dos planos de Controle de Resíduos e o de Análise que possibilitem rastrear os produtos desconformes até a sua origem.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Coca-Cola Femsa assume o grupo brasileiro Vonpar

A nova aquisição vai possibilitar à multinacional aumentar seu volume em 25%.


A Coca-Cola Femsa completou a aquisição da empresa de bebidas e engarrafadora Vonpar através de sua subsidiária brasileira, a Spal Indústria Brasileira de Bebidas.

Segundo afirma a multinacional a Vonpar se encaixa geograficamente com as operações da Coca-Cola Femsa no estado do Paraná. A transação aumentará o volume da empresa no Brasil em 25%, permitindo que a cobertura alcance 49% do volume de engarrafamento do sistema no país.

O valor do negócio é de R$ 3,5 bilhões (US$ 1,03 bilhão), com sinergias de custo esperadas em torno de US$ 19 milhões nos próximos 18-24 meses.

A Coca-Cola Femsa possui 66 instalações de engarrafamento e atende a mais de 373 milhões de consumidores através de 2.800.000 varejistas com mais de 100.000 funcionários em todo o mundo.

Nos últimos 12 meses, a Vonpar vendeu 190 milhões de unidades de bebidas, incluindo 23 milhões de unidades de cerveja, gerando uma receita líquida de mais de R$ 2 bilhões (US$ 590 milhões) e um lucro antes de impostos de US$ 98 milhões.

O diretor executivo da Coca-Cola Femsa, John Santa Maria afirmou, "Estamos entusiasmados em expandir nossa presença no Brasil com a aquisição da Vonpar. Esta operação reforça nossa posição de liderança no sistema Coca-Cola em um dos maiores mercados de produtos no mundo. Estamos fortalecendo nossa presença no Brasil consolidando regiões próximas, o que nos permite desenvolver sinergias através de eficiências operacionais e incorporar funcionários experientes e talentosos à família da Coca-Cola Femsa”.

Fonte: FoodBev

Fiesp traça cenário positivo para o campo

Mas, diante das turbulências políticas, no país e no exterior, otimismo é moderado.



Depois de um ano difícil como 2016, marcado por problemas climáticos e turbulências permanentes nos fronts político e econômico, no país e no exterior, o agronegócio brasileiro deverá encontrar em 2017 uma estrada menos esburacada para retomar seu ritmo de avanço. Mas o cenário que se desenha está longe de sugerir que será um desfile em tapete vermelho. Muitos dos problemas que tumultuaram o ano que vai chegando ao fim não estão resolvidos e certamente ainda pressionarão os resultados de diversas cadeias produtivas, e é grande O risco de que o setor seja punido pelo seu próprio sucesso, na forma de mais tributação e protecionismo comercial. 

De maneira geral, o "Outlook Fiesp 2026: Projeções para o Agronegócio Brasileiro", que será lançado hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, corrobora essa visão "cautelosamente otimista" para o ano que está por vir. Mas o material preparado pela MB Agro, braço da consultoria MB Associados, identifica muitos obstáculos ao longo do caminho—desde os riscos derivados do fenômeno La Nina, até a eleição do ainda imprevisível Donald Trump à presidência dos Estados Unidos — passando pelas rachaduras na política nacional, que têm ajudado a retardar o resgate de uma economia que definha há mais de dois anos.

"Há muitos e grandes desafios de curto prazo, advindos especialmente da situação econômica do país, que afetam diretamente o desempenho do agronegócio. Mas também há muitas oportunidades. Atualmente, 60% das exportações do setor passam por algum tipo de industrialização. Precisamos abrir novos mercados, como o asiático, para aumentar essa proporção. Se o governo fizer o que precisa ser feito em termos
de política comercial, alcançaremos números ainda mais significativos", diz o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Bem que as coisas podiam ser mais fáceis. Afinal, depois de um ano marcado por um El Nino severo, que prejudicou a produção agrícola do país quase como um todo — a colheita de grãos na safra 2015/16 foi 10,3% menor que em 2014/15, puxada por retrações de milho (20,9%), arroz (14,8%) e feijão (21,6%), e houve quebras importantes no café conilon, na laranja e em frutas, verduras e legumes, entre outras culturas —, a tendência é que as intempéries sejam mais amenas, embora o moderado La Niña que se apresenta esteja provocando algumas alterações indesejáveis. Para a safra de grãos que será colhida no ano que vem, por exemplo, a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de aumento de até 16%.

"Tivemos queda do PIB superior a 3% em 2015 e teremos outra em 2016, aumentou a relação entre dívida e PIB, a renda per capita recuou mais de 10%, o desemprego está na casa de 12% e a inflação está elevada. É claro que o agronegócio não passou incólume por esse cenário. Tivemos fortes quedas das vendas no segmento de insumos, o consumo de alimentos básicos diminuiu e, sobretudo no ano passado, houve escassez de crédito para o pré-custeio da safra 2015/16. Mesmo assim, o setor recuperou a confiança antes dos demais, os investimentos em tecnologia voltaram a crescer e as perspectivas são melhores", diz António Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp.

Mário Sérgio Cutait, diretor do Deagro, observa que a valorização do dólar em relação ao real — que perdeu um pouco de fôlego depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas voltou a dar o ar da graça depois da eleição de Trump — gerou reflexos positivos para as cadeias exportadoras, já que compensou algumas quedas de preços, e influenciou a retomada da confiança. E lembra que uma das incógnitas de 2017 é justamente o câmbio, que refletirá, em boa medida, as políticas que serão adotadas pelo novo presidente americano no país e sua postura efetiva nas relações comerciais. 

Alexandre Mendonça de Barros, que comanda a MB Agro, destaca o papel do câmbio para o desempenho dos segmentos de cana, café e laranja em 2016. Em virtude de quadros globais marcados por ofertas apertadas, as cotações internacionais das três commodities se mantiveram em elevado patamar durante boa parte do ano — o valor médio mensal dos contratos futuros de segunda posição de entrega do suco de laranja foi o maior da história em Nova York em novembro —, e a moeda americana também em nível elevado ajudou a compensar a alta de seus custos de produção em real.

"Mas, se 2016 marcou a melhora dos mercados de cana, laranja e café, deveremos observar em 2017 a reação do segmento de carnes, sobretudo no segundo semestre", afirma Mendonça de Barros. Em 2016, uma combinação poucas vezes vista afetou esse mercado no país: houve quedas do consumo per capita das três carnes (bovina, frango e suína). Em época de redução do poder de compra, normalmente ocorre migração do consumo da carne mais cara (bovina) para as outras duas.

Segundo Costa, outros desafios para o agronegócio no ano que vem serão resistir à tentação dos governos federal e estaduais de ampliar a tributação sobre as cadeias produtivas lucrativas, como a exportadora de grãos e a já citada eventual "onda protecionista" que pode ser gerada por Trump. "Em um primeiro momento, podemos ver até algumas vantagens para ou produto ou outro. Mas todo movimento protecionista é ruim para o agronegócio brasileiro", diz, destacando a competitividade do setor—que, se tudo correr normalmente, continuará em ritmo mais intenso que a média global na próxima década.

Fonte: Valor Econômico

Valor da produção agropecuária em SP deve aumentar 21%

Estimativa preliminar do IEA mostra que o montante total poderá alcançar R$77 bilhões este ano.


Puxado por cana e carne bovina, e com forte impulso de laranja e café, o valor da produção agropecuária (VPA) de São Paulo vai encerrar 2016 com um crescimento de causar inveja a outros claudicantes setores da economia.

De acordo com estimativas preliminares do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria da Agricultura do Estado, o VPA paulista tende a somar R$ 76,6 bilhões neste ano, 21% a mais que em 2015. O volume total da produção dos 53 itens que fazem parte do levantamento deverá aumentar 3,3%, enquanto os preços vão subir, em média, 17,1%.

Se confirmado, esse resultado manterá São Paulo como líder nacional em valor da produção agropecuária, à frente de Mato Grosso. Menos importante no segmento de grãos, o Estado do Sudeste tem na cana seu carro-chefe, cujo VPA deverá atingir R$ 27,1 bilhões em 2016, 13,5% acima do valor do ano passado.

O volume da produção nos canaviais paulistas aumentará 0,6%, mas o preço médio será 12,9% maior, de acordo com o IEA. Mas, mesmo com o aumento, a participação da cana no VPA total do Estado deverá cair de 37,8%, em 2015, para 35,4% neste ano.

Isso por causa de avanços, alguns até mais expressivos, observados em outras frentes. Segundo produto no ranking, a carne bovina deverá registrar VPA de R$ 9,6 bilhões em 2016, aumento de 7,6% em relação ao ano passado, determinado por incrementos de 2% no volume de produção e de 5,5% no preço médio.

No caso da carne de frango, terceiro na lista dos maiores VPAs, o IEA estima uma queda de 5%, para R$ 3,9 bilhões, mas, em compensação, há verdadeiras disparadas em curso para os 11 produtos que aparecem na sequência.

Para a laranja destinada às indústrias fabricantes de suco, o incremento previsto é de 56,6%, embalado por uma alta de 57,3% do preço médio. Soja e milho também registrarão resultados amplamente positivos - aumentos de 38,9%, para R$ 3,4 bilhões, e de 64,1%, para R$ 3,1 bilhões, respectivamente, igualmente influenciados por preços melhores.

Completam a lista das disparadas na parte superior da lista do IEA café beneficiado (R$ 53,8%, para R$ 2,8 bilhões em 2016), ovos (33,4%, para R$ 2,8 bilhões), madeira de eucalipto (13,2%, para R$ 2,7 bilhões), leite (34,1%, para R$ 2,1 bilhões), batata (60,9%, para R$ 1,6 bilhão), banana (37,4%, para R$ 1,4 bilhão), limão (27,2%, para R$ 1,2 bilhão) e feijão (128,9%, para R$ 1,2 bilhão).

Fonte: Valor Econômico