A Monsanto anunciou uma nova estratégia, a ser adotada a partir do ano que vem, que visa aumentar os rendimentos dos produtores, reduzir o uso de fertilizantes e as emissões de dióxidos de carbono. A companhia, que recentemente foi comprada pela Bayer, revelou que o uso de fungos e bactérias para tratamento microbiano tem resultados mais efetivos que sem essas ferramentas.
Os testes foram feitos com uma cobertura de sementes desenvolvidas em parceria com a empresa dinamarquesa Novozymes, que contém um fungo benéfico que ajuda as plantas nas etapas iniciais de crescimento. Nas provas em milho, o produto se mantém por muito mais tempo nas sementes e é compatível com outros tratamentos químicos, ao contrário de versões anteriores. A tecnologia poderia ser aplicada em mais de 36 milhões de hectares até 2025.
"O tratamento da semente poderia se converter em dos maiores produtos biológicos do setor agropecuário. Ao explorar o poder dos micróbios da natureza, os agricultores poderão produzir mais cultivos ," explicou Colin Bletsky, vice-presidente da divisão de bioagricultural da Novozymes.
Já John Combest, porta-voz da Monsanto, destacou em entrevista a Bloomberg o potencial de crescimento do mercado microbiano. "O mercado agrícola microbiano tem atualmente US$ 1.8 bilhões em vendas, enquanto que o mercado de substâncias químicas e pesticidas está cotado em US$ 240 bilhões", comparou.
A nova cobertura microbiana, derivado de um fungo chamado Penicillium bilaiae, funciona crescendo ao longo das raízes das plantas e ajudando a ter acesso ao nitrogênio e ao fósforo no solo. Nos testes, os cultivos que usaram o tratamento microbiano tiveram um aumento de rendimento de mais de 3 bushels por acre em médio, segundo o anúncio.
Os esporos permanecerão nas sementes por dois anos, enquanto na versão anterior do produto eram 120 dias. Isso significa que, usando o JumpStart, os produtores tinham um limite de tempo para plantar as sementes tratadas.
Além disso, os agricultores teriam que aplicar eles mesmo o JumpStart nas sementes porque não era compatível com os tratamentos químicos tradicionais, incluindo inseticidas e fungicidas. O novo tratamento deve ser incluído pela Monsanto com outras coberturas.
Fonte: Agrolink
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