sexta-feira, 29 de maio de 2015

Brasil e México assinam acordo que facilita investimentos bilaterais

Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, e das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira, assinaram hoje (26/5) o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com o secretário de Economia do México, Ildefonso Villarreal. O documento tem o objetivo de alavancar os investimentos recíprocos.

Na opinião de Monteiro, “esse modelo de acordo contribui para a melhoria do ambiente de negócios, por meio de medidas que fomentam a segurança jurídica e a prevenção de controvérsias, em benefício das empresas investidoras dos dois países”. 

ACFI

O novo modelo de acordo de investimento foi elaborado pelo MDIC em parceria com o MRE e com o setor privado, especialmente com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho, que também integrou a comitiva presidencial, “o documento atende necessidades específicas dos investidores brasileiros, respeitando o espaço regulatório dos países receptores de investimentos". Godinho explicou ainda que "o novo modelo de acordo tem como base de sustentação a governança institucional, agendas temáticas para cooperação e facilitação dos investimentos e mecanismos para mitigação de riscos e prevenção de controvérsias”.
Entre os principais elementos do novo acordo de investimentos estão as cláusulas de responsabilidade social e de compromissos com comunidades locais; a nomeação de um Ombudsman, que terá a função de responder a dúvidas, queixas e expectativas dos investidores; a criação de um Comitê Conjunto, com representantes governamentais dos dois países, para monitorar a implementação do acordo; o compartilhamento de oportunidades de investimentos e a definição de agendas de cooperação e facilitação de investimentos. 

Visita ao México

A delegação que acompanha a presidenta Dilma Rousseff em visita ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, conta com a participação de 50 empresários de cinco setores: automotivo, cosméticos, alimentos, eletroeletrônicos e tecnologia da informação, além de representantes da CNI e Apex-Brasil. De acordo com Monteiro, a comitiva empresarial presente ao encontro “se distingue pela qualidade, diversidade setorial e firme disposição para ampliar as oportunidades de negócios entre os dois países”. O ministro ressaltou ainda que os governos brasileiro e mexicano estão empenhados na construção de uma agenda de fortalecimento das relações econômico-comerciais.

Brasil e México são as duas maiores economias da América Latina. Somados, o PIB dos dois países correspondem a aproximadamente 60% dos outros mercados latino-americanos. A população conjunta chega a 320 milhões de habitantes. 

Economia

O comércio entre Brasil e México, em 2014, somou pouco mais de US$ 9 bilhões, volume que representou exportações brasileiras de US$ 3,7 bilhões e importações de produtos mexicanos de US$ 5,3 bilhões. As trocas foram superavitárias para o país norte-americano em US$ 1,7 bilhão.

As exportações brasileiras para o México são majoritariamente de produtos industrializados (93,8%), enquanto os produtos básicos representaram apenas 6,2% da pauta. No ano passado, mais de 2,5 mil empresas brasileiras venderam produtos para o mercado mexicano. Do lado das importações, as vendas do México para o Brasil são semelhantes no perfil da pauta, sendo formada, grande parte, por produtos industrializados. Cerca de 3 mil empresas brasileiras compraram produtos oriundos do México, no ano passado. 


Fonte: Assessoria de Comunicação Social do 
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)
(61) 2027-7190 e 2027-7198
imprensa@mdic.gov.br

Com produção estimada em 430 mil ton, RS abre oficialmente colheita de citrus

O Rio Grande do Sul abriu oficialmente a colheita de citrus em cerimonia realizada em Montenegro, na região do Vale do Caí. A cerimonia oficial da 16ª Abertura da Safra de Citros ocorreu na localidade de Vapor Velho, na propriedade de Jean Carlo Steffen, nesta quinta-feira (28.05).

O Rio Grande do Sul deve colher mais de 430 mil toneladas de laranjas, bergamotas e limões nesta safra. Em sua maioria, os citros são produzidos em pequenos pomares, com área média entre dois e três hectares. O Estado gaúcho reservou ao quase 16,2 mil hectares para cultivo de laranja e quase 10,5 mil hectares para bergamota, por exemplo.

A abertura da colheita também contou com representantes da Câmara Setorial da Citricultura do Estado. Diversas pautas sobre a cadeia foram discutidas, entre elas o preço mínimo da laranja, além de estudos sobre o risco de transmissão da praga conhecida como “greening”

Fonte: Agrolink

CitrusBR: queda no consumo reduz demanda da indústria na última década

Foto: Thinkstock
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) estima que a queda no consumo de suco de laranja e os consequentes impactos nas exportações na última década reduziram a demanda anual das processadoras brasileiras em 75 milhões caixas (de 40,8 quilos) da fruta. O volume representa 25% da produção média anual do parque comercial citrícola brasileiro, de 300 milhões de caixas.

Segundo o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, entre as safras 2004/2005 e 2006/2007 e a atual safra, o consumo mundial de suco de laranja caiu de 2,4 milhões de toneladas para 2,1 milhões de toneladas e as exportações brasileiras recuaram de um pico de 1,5 milhão de toneladas anuais para 1 milhão de toneladas. "Desde então, o acumulado na redução da demanda corresponde a toda uma safra brasileira", disse Netto, durante a Semana da Citricultura, que ocorre em Cordeirópolis (SP).

Segundo o executivo da entidade que reúne as três grandes processadoras do país - Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus Commodities -, além de ações para fomentar o consumo do suco no mercado externo, a saída para retomar a demanda da fruta e da bebida é incentivar o mercado interno. Esse incentivo passa por uma redução nos tributos e pelo incentivo ao consumo.

Dados da CitrusBR apontam que uma caixa de caixa de laranja é capaz de produzir 20 litros de suco e paga R$ 40 em impostos, ou 27,2% em tributos da bebida e uma tributação total de 34%. "Não há mercado que possa decolar com essa tributação" disse Netto. "O setor pede uma renúncia fiscal de R$ 225 milhões por ano no suco, o que é bem menos do que a ajuda dada ao setor pelo governo em operações nos últimos anos", afirmou.

Caso isso ocorra, a demanda anual pelo suco no mercado interno poderia crescer em até 200 mil toneladas nos próximos dez anos ou uma demanda adicional de 50 milhões de caixas por ano. "Isso faria com que o Brasil se tornasse o maior cliente dele próprio", explicou o executivo.

Outro levantamento mostra ainda que, se o consumo de outras bebidas fosse transformado em laranja, seriam necessárias 957 milhões caixas da fruta para suprir a demanda anual de refrigerantes, 687 milhões de caixas do consumo de café e de 507,8 milhões de caixas caso o consumo de leite fosse substituído por suco de laranja. "O suco 100% de laranja comercializado no Brasil consome só 4,4 milhões de caixas, o que qualquer grande produtor seria capaz de suprir", concluiu Netto.

Fonte: Globo Rural

IPA agropecuário cai 1,51% em maio, revela FGV

O índice apresentou avanço de 0,30% em maio depois de avançar 1,41% em abril


Os preços dos produtos agropecuários no atacado caíram 1,51% em maio, após registrarem alta de 1,27% em abril, informou nesta quinta-feira (28/5) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Já os preços de produtos industriais avançaram 1,01% ante alta de 1,46% em abril.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,81% em maio ante avanço de 1,65% em abril. Já a variação dos bens finais foi positiva em 0,50%, após elevação de 1,11% no mês anterior. Os preços das matérias-primas brutas caíram 0,60% no quinto mês do ano, ante alta de 1,48% no mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtos Amplo (IPA) apresentou avanço de 0,30% em maio depois de avançar 1,41% em abril. O IPA acumula aumentos de 3,13% no ano e de 2,33% em 12 meses.



Fonte: Estadão Conteúdo e Globo Rural

Novo vilão do PIB, investimento completa sete trimestres de queda

A esperada retração da economia no primeiro trimestre de 2015 recebeu um forte empurrão dos investimentos em produção. Em comparação com o trimestre anterior, a chamada formação bruta de capital fixo recuou 1,3% – a sétima queda consecutiva. Se antes o país estagnava porque consumia menos, agora ele encolhe também porque investe menos, avaliam economistas ouvidos pelo G1.

Três motivos tiraram o fôlego dos investimentos: as incertezas na economia (com o ajuste fiscal ao fundo), o enfraquecimento da indústria e as investigações da operação Lava Jato, que congelaram contratos entre a Petrobras e grandes empreiteiras, afetando a cadeia de fornecedores de infraestrutura e construção civil.

Segundo a economista da Tendências Consultoria Alessandra Ribeiro, as denúncias envolvendo a estatal pesam mais que o próprio ajuste sobre os investimentos. “Os negócios da Petrobras representam cerca de 2% do PIB, e os das empreiteiras, 3%, somando 5% de todos os investimentos do país, o que é muita coisa”, observa.

A queda nos investimentos é a nova vilã do PIB (Produto Interno Bruto), segundo economistas, porque são eles que dão o "fermento" para o país crescer. Tudo o que o é investido para produzir entra na chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Isso inclui todos os bens de capital (bens para produzir outros bens), como maquinários e equipamentos industriais.

A taxa de investimento do Brasil em relação ao PIB ganhou força a partir de 2006, e atingiu seu pico em 2010. Na época, os investimentos chegaram a subir 29% no 1º trimestre ante o mesmo período do ano anterior. Fechou o ano a 19,5% do PIB, mas logo passou a cair.

No ano passado, contudo, essa taxa voltou a subir e atingiu 19,7%, graças ao novo cálculo do PIB, que turbinou o resultado ao incorporar informações. Mas os investimentos caíram por seis trimestes seguidos entre 2013 e o fim de 2014.

“A revisão da metodologia favoreceu a taxa de investimentos porque incluiu gastos com pesquisas e dados da construção civil”, explica Alessandra, da Tendências. Mesmo com esse incremento, a FBCF deve recuar de 19,7% para 18% até o fim do ano, devido ao atual cenário desfavorável, estima ela.

O crescimento do país na década de 2000 foi mais incentivado pelo consumo que pelos investimentos, observa o sócio da Go Associados, Gesner Oliveira. “Isso foi possível graças ao maior acesso ao crédito e melhora na renda das famílias. Em contrapartida, a produtividade não cresceu e não sustentou a alta dos investimentos”, analisa o economista.

Em fevereiro, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que aprodutividade do trabalhador brasileiro foi a que menos cresceu entre 2002 e 2012, dentro de uma amostra de 12 países como Canadá, Itália e Austrália.

Brasil investe menos entre os Brics

A taxa de investimentos do Brasil é baixa se comparada à de outros países, especialmente os emergentes, lembra Oliveira, da Go Associados. “Para ter um crescimento sustentável, entre 4% e 5% ao ano, o país deveria elevar essa taxa para pelo menos 25% do PIB”, avalia.

Segundo o economista, essa é a proporção ideal para que o Brasil consiga crescer de forma sustentável, sem provocar um colapso por falta de infraestrutura e capacidade produtiva.

A China, por exemplo, manteve essa relação em quase 50% do PIB nos últimos quatro anos, ao passo que a taxa média dos Brics (grupo de emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China) está acima de 30%. A Índia investiu 33% do PIB em 2013, enquanto a Rússia, 23%, segundo os últimos dados do Banco Mundial.

O Brasil poderia se dar ao luxo de considerar ideal o atual patamar de investimentos no qual se encontra, segundo Alessandra, da Tendências, apenas se tivesse alcançado um nível desejável de crescimento, bem distante portanto da retração. “Se quisermos voltar a crescer, precisamos necessariamente de mais investimentos”, avalia.

Estímulos para voltar a investir

Na visão da economista, só é possível elevar a taxa de investimentos do país, entre outras coisas, aumentando a capacidade de poupança do setor público. É o que o governo tenta fazer com o ajuste fiscal – uma força-tarefa para cortar gastos e aumentar a arrecadação com o objetivo de tirar as contas públicas do vermelho.

Melhorar o ambiente de negócios e a confiança do setor privado são outros requisitos básicos para o país voltar a investir, segundo Alessandra. “O aumento da produtividade também está relacionado ao da capacidade de investimentos”, observa.

A economista vê uma melhora gradual desses investimentos a partir de 2016, ainda que os resquícios da Lava Jato devam afetar o ambiente até o próximo ano. “Só devemos recuperar a taxa de investimentos de 2014 a partir de 2020, na melhor das hipóteses”, afirma Alessandra.

Corte no Orçamento freia investimentos

O bloqueio de despesas do ajuste fiscal ainda não aparece no PIB, mas deve aparecer nos resultados do segundo trimestre, preveem economistas. Na última sexta-feira (26), o governo autorizou um corte de R$ 69,9 bilhões em gastos no orçamento de 2015, o maior contingenciamento da história em termos nominais.

Do total bloqueado, R$ 25,7 bilhões (ou 36%) foram tirados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prioriza investimentos em áreas essenciais como infraestrutura, saneamento, habitação, transporte e energia.

Mais da metade do corte (54%) afetou os ministérios de Cidades, Saúde e Educação, com uma "tesourada" de R$ 38,4 bilhões – que também representa menos investimentos em áreas prioritárias.

Mesmo com os cortes, o país investe mais em infraestrutura que em anos anteriores. De acordo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), os investimentos totais na área no país devem somar R$ 611 bilhões entre 2015 e 2018 – volume 33,7% superior aos R$ 457 bilhões calculados entre 2010 e 2013.

O BNDES deverá participar como financiador do pacote de novas concessões em infraestrutura que o governo federal pretende anunciar em junho, mas o governo já deixou claro que depende de financiamentos privados para colocar os projetos em pé.

Fonte: G1 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Índice de Preços ao Produtor fica em 0,31% em abril, diz IBGE


No ano, o indicador acumula alta de 2,47%. IPP mede a evolução dos preços de produtos 'na porta de fábrica'.


A inflação ao produtor desacelerou de 1,86% para 0,31% em abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês de 2014, os preços aumentaram 5,63%. No ano, o indicador acumula alta de 2,47%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação.

Segundo Manuel Campos Souza Neto, técnico do Índice de Preços ao Produtor do IBGE, o resultado do IPP deste mês foi “muito causado pela evolução do dólar”. “De fevereiro para março, a evolução do dólar foi 11,4%, de março para abril, ficou -3,1%. Em um ano, a evolução do dólar foi 36,3%. Isso influencia bastante os resultados.”

Além da influência do dólar, o especialista do IBGE ressaltou outras duas influencias nos preços ao produtor.

“Nós tivemos problema do aumento de custo, a parte de energia elétrica, influenciando bastante a metalurgia. Existe um mercado chinês que inunda o mercado mundial e dessa forma, o setor metalúrgico começou a vender para a parte automotiva e a parte automotiva, você aí, os veículos aumentando os preços.”

Em abril de 2015, na comparação contra o mês anterior, 14 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, com destaque para outros produtos químicos (3,50%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,14%), produtos de metal (2,83%) e fumo (-2,41%).

No ano, as maiores variações partiram de outros equipamentos de transporte (12,15%), fumo (10,88%), madeira (8,57%) e papel e celulose (7,72%).

Em abril, os preços do setor de alimentos recuaram 0,91% em relação a março, exercendo o maior impacto negativo no resultado global. Os produtos em destaque, em termos de influência, na comparação com o mês anterior, foram "carnes e miudezas de aves congeladas", "resíduos da extração de soja", "óleo de soja refinado" e "açúcar cristal".

“Alimentos foi influenciado por carnes congeladas, pelo consumo interno mesmo, sucos concentrados de laranja, que é quase tudo exportação, óleo de soja refinado e açúcar cristal.”

“O fumo sofre influência do dólar, a maioria é para exportação. Equipamento de informática não é do dólar, é conjuntural. Metalurgia, o que está afetando esse preço é o alumínio. Porque a gente segue a bolsa de Londres, que está em queda. Papel e celulose segue preços de exportação. Dólar cai, preço do papel cai”.

“A variação do dólar esse ano foi de 15,3% e aí a gente vê que quem teve a maior variação foi outros equipamentos de transportes, aviões, produtos ferroviários e navios e motocicletas. Com grande parte disso, os preços são cotados em dólar”.

Fonte: G1

Custo e greening desafiam citricultura no PR, diz gerente da Cocamar

Desde 2009, a doença já atinge um índice acumulado de 5,39% em Paranavaí (PR) e em 9,47% em Londrina (PR), regiões atendidas pela cooperativa



Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo
O aumento do custo de produção da laranja, principalmente por conta do combate ao greening, e o avanço da doença no Paraná, são os principais desafios da citricultura no Estado, a mais produtiva do país. A avaliação é de Leandro Teixeira, gerente de Produção Agrícola da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que participa nesta quinta-feira (28/5) da Semana da Citricultura, em Cordeirópolis (SP). Desde 2009, a doença já atinge um índice acumulado de 5,39% em Paranavaí (PR) e em 9,47% em Londrina (PR), regiões atendidas pela cooperativa.

"Como o custo de produção tem se elevando bastante, por conta do greening e da mão-de-obra utilizada no combate à doença, a única saída é a elevação da produtividade e o Paraná precisa sair na frente", disse Teixeira. Para isso, acooperativa paranaense mantém um rígido controle de manejo dos pomares dos 351 produtores, com 10 agrônomos exclusivos para os 11 mil hectares com citros na área de atuação.

"O plantio de laranja precisa primeiro de autorização da Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar) e todo cultivo precisa de definição do agrônomo, que recomenda a variedade, porque o plantio depende (da escala de processamento) da indústria processadora da cooperativa", disse. "O agrônomo define ainda todo o manejo até a entrega da fruta para a colheita, que também é monitorada pela cooperativa". A fruta é processada na unidade de Louis Dreyfus Commodities (LDC), em Paranavaí, unidade que foi vendida pela cooperativa à companhia.

Com isso, a produtividade dos citricultores de laranja da Cocamar varia de 809 a 932 caixas de laranja por hectare, quase dobro da produtividade brasileira, de 553 caixas por hectare, e 625 caixas por hectare em São Paulo. Dos produtores da Cocamar, 38% tem produtividade acima de 1 mil caixas por hectare e outros 17% acima de 1,4 mil caixas por hectare. "Tivemos produtores de sequeiro (laranja sem irrigação) acima de 2 mil caixas por hectare", concluiu.

Fonte: Globo Rural  (por Estadão Conteúdo)

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cadeia produtiva da banana tem duplo encontro programado no Norte de Minas

Montes Claros recebe, entre os dias 8 e 12 de junho, o 8º Simpósio Brasileiro sobre Bananicultora (Sibanana) e a 1ª Feira de Frutas do Norte de Minas (Frutinorte). Os dois eventos, acontecem, simultaneamente, no Centro de Eventos do Parque de Exposições João Alencar Athayde. São aguardados 400 participantes.

A abertura oficial do evento será no dia 8 de junho. Durante o Sibanana, 18 palestrantes de renome nacional e internacional apresentarão informações e tecnologias para o setor, além de três minicursos. A programação conta ainda com exposição de equipamentos, insumos e tecnologias de cultivo de fruteiras, que compõem a Frutinorte. No dia 12, serão realizadas as visitas técnicas em um bananal irrigado em Capitão Enéas e ao Projeto Jaíba.

De acordo com a coordenadora desta 8º edição do Sibanana, Maria Geralda Vilela Rodrigues, ao longo de 35 anos de estudos sobre a cultura da banana, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e instituições parceiras realizaram diversos experimentos que resultaram em tecnologia de manejo da planta, da irrigação e da nutrição. "Este trabalho em parceria se mantém na realização do Simpósio. O Encontro vai acontecer em um momento difícil para a economia nacional, mas pode viabilizar uma resposta do setor com negociações, acordos, parcerias e união", afirma.

Maria Geralda, que é pesquisadora da Epamig, conta que a realização desses eventos no Norte de Minas é um desdobramento dos Simpósios Regionais realizados em 2001 e 2008, em Janaúba. "Naqueles eventos o enfoque era produção de banana Prata-Anã irrigada, de produção mais expressiva na região. Neste momento realizamos o Simpósio Nacional, com abordagem mais ampla", explica.

Polo Produtor

O Brasil produziu, em 2013, quase sete mil toneladas de banana, em 485 mil hectares, no valor aproximado de R$ 5,1 milhões. Esta atividade é de grande importância socioeconômica para o país, com geração de 1,3 milhões de empregos.

O Norte de Minas é um dos principais polos de produção do país, com 52,4% da produção de Minas Gerais, com grande demanda tecnológica por ser região semiárida. Esta condição torna sua população rural vulnerável e aumenta a responsabilidade e a importância do setor. A produção de 385,97 mil toneladas de banana no Norte de Minas, comercializada por R$ 489,8 milhões, gerou mais de 38 mil empregos (9.800 diretos e 28.200 indiretos). Dos 15 principais municípios produtores de banana de Minas Gerais, oito estão no Norte do Estado.

Sibanana

O Sibanana é o principal evento técnico-científico sobre a cultura da banana do Brasil, promovido desde 1984 pela Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF). Esta oitava edição é realizada pela Epamig e SBF, em parceria com Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Estadual de Montes Claros, Institutos Federais do Norte de Minas e Baiano, Associação Centra dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Embrapa e Mundo de Idéias. O evento deve reunir professores, pesquisadores, estudantes, técnicos, produtores e demais segmentos da cadeia, como o comércio da fruta, fabricantes e comerciantes de insumos, para difusão de informações e tecnologia, troca de experiências, prospecção de demanda e definição de cenários e ações futuras.

As inscrições individuais para o 8º Sibanana podem ser feitas pelo site www.sibanana.com.br. O evento possui condições especiais para grupos. Informações: (31) 3261-7004 / comercial@frutinorte.com.br. A entrada na Frutinorte 2015 é gratuita.

Serviço:

8º Sibanana e Frutinorte 2015
Data: 8 a 12 junho de 2015
Local: Centro de Eventos do Parque de Exposições de Montes Claros - Av. Geraldo Athayde, 13.103, Alto São João - Montes Claros (MG)
Informações: www.sibanana.com.br / (31) 3261-7004.

Fonte; Governo do Estado de Minas Gerais

Castanhas Econut e Prêmio Jovem Cientista


A pesquisadora Bárbara Cardoso da USP ganhou o prêmio Jovem Cientista pela pesquisa realizada junto a idosos com Alzheimer onde utilizou as castanhas Econut, produzidas pela Agropecuária Aruanã, no Amazonas.

Leia a matéria completa no link:


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Ministra negocia acordo sanitário e fitossanitário entre Brasil e União Europeia

Em viagem oficial à Europa, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta terça-feira (26) com o ministro das Classes Médias, dos Trabalhadores Independentes, das PME, da Agricultura e Integração Social da Bélgica, Willy Borsus. Entre os temas tratados, está a celebração de um acordo sanitário e fitossanitário entre Brasil e União Europeia.

O acordo diz respeito a entendimentos entre as áreas técnicas e não afeta as regras comerciais vigentes. O objetivo é tornar menos demorados processos que necessitam de aprovação mútua. O ministro Borsus ressaltou que a Bélgica tem voz ativa no bloco de países europeus e pode auxiliar nas negociações.

A proposta visa a estabelecer uma política bilateral para criação de um canal de comunicação mais célere nos temas sanitários e fitossanitários, a fim de estimular a cooperação e aumentar a confiança institucional nas tratativas que envolvam o comércio de animais, plantas e seus produtos, de ambos os lados.

A UE tem esse tipo de acordo com outros países estratégicos, como Estados Unidos e China. O Brasil, como primeiro exportador de alimentos para a UE, também tem interesse em manter um diálogo de mais alto nível nesse contexto para aproximar as áreas competentes de ambos os lados no trato sobre os temas sanitários e fitossanitários.

Compromissos

A reunião bilateral faz parte de uma série de compromissos que a ministra está tendo durante sua viagem oficial à Europa para promover o agronegócio brasileiro. Ela participou no domingo (24), em Paris, da 83ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que formalizou os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul como áreas livres de peste suína clássica.

Kátia Abreu manifestou interesse em estabelecer cooperação com a Bélgica para alinhar os padrões de qualidade do cacau brasileiro às demandas dos fabricantes de chocolates daquele país. Destacou que a Embrapa e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) poderão ser parceiras nesse esforço.

Já o ministro Borsus falou sobre o interesse da Bélgica em exportar peras para o Brasil, a habilitação de empresas para venda de gelatina e a conclusão do processo de elaboração do Certificado Zoosanitário para exportação de aves ornamentais.

Fonte: Ministério da Agricultura
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2203
Priscilla Mendes
Priscilla.mendes@agricultura.gov.br

Agronegócio perde R$ 3,8 bilhões com péssimas condições de rodovias


O agronegócio brasileiro joga fora, todos os anos, cerca de R$ 3,8 bilhões devido às péssimas condições das rodovias, segundo o estudo Transporte &  Desenvolvimento – Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho, elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgado nesta segunda-feira (25). Somente as perdas dos produtores rurais de Mato Grosso se aproximam de R$ 1,5 bi.

Aponta a CNT que as condições do pavimento das rodovias levam a um aumento de 30,5% no custo operacional com o escoamento da safra de soja e milho. O prejuízo corresponde ao valor de quase quatro milhões de toneladas de soja ou a 24,4% do investimento público federal em infraestrutura de transporte em 2014. Esse dado torna-se ainda mais relevante porque há uma distribuição inadequada da malha de transporte: 65% da soja são escoados por rodovias, 26% por ferrovias e 9% por hidrovias. 

“O transporte se torna mais caro em razão das más condições da infraestrutura. A gente percebe, por exemplo, que se houvesse uso mais intensivo de ferrovias e hidrovias, o custo da movimentação seria mais baixo e mais vantajoso. Como a densidade da nossa infraestrutura ainda é baixa, o custo sobe e o país perde competitividade”, explica o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, por meio da assessoria. 

Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil na produção de grãos, 20% da safra é transportada por caminhões. Na Argentina, o percentual é de 84%, mas as distâncias médias entre regiões produtoras e portos vão de 250 a 300 quilômetros.

Já aqui no país, a distância percorrida por caminhões, do Centro-Oeste (principal área de produção de grãos no país) até os portos do Sul e do Sudeste, chega a ser superior a dois mil quilômetros. Isso ocorre na maior parte dos deslocamentos de soja e milho, já que, atualmente, 67% das exportações ocorrem pelos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).

A má qualidade das rodovias é considerada problema grave ou muito grave por 85,8% dos embarcadores ouvidos pela CNT. Segundo o levantamento, as vias utilizadas para escoamento de soja e milho apresentam alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria.

O Brasil ocupa o 122º lugar no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial em relação a rodovias. Os Estados Unidos estão na 16ª posição e, a Argentina, na 110ª.

Por Alexandre Alves - AgroOlhar

Especialistas discutem soluções para as perdas e desperdícios de alimentos no Brasil


A Oficina "Redução de Perdas e Desperdícios e Segurança Alimentar e Nutricional" que ocorreu no final do mês passado na Embrapa Agroindústria de Alimentos aprofundou o debate sobre esse tema. O evento contou com a presença de mais de 60 pessoas de instituições públicas, privadas e do terceiro setor interessadas em abordar possíveis soluções para reduzir perdas e desperdícios de alimentos no Brasil.

Pela complexidade e múltiplos atores envolvidos, foi consenso entre os participantes de que a abordagem para a solução dessa questão deve ser multidisciplinar e interinstitucional. O primeiro passo seria a realização de um diagnóstico mais recente sobre a questão de perdas e desperdício de alimentos no Brasil a ser realizado por instituições governamentais para a proposição de novas políticas públicas. Uma outra solução levantada foi o aproveitamento integral dos alimentos, inclusive daqueles fora do padrão de consumo, com a integração das práticas de pós-colheita, de processamento de alimentos e de aproveitamento de coprodutos, para geração de renda e agregação de valor à produção. A capacitação do produtor em boas práticas de manipulação e de transporte e a utilização de restos de comida para compostagem de hortas em áreas públicas e privadas também foram apontados pelos participantes.

Painel sobre Redução de Perdas e Desperdícios de Alimentos

O primeiro palestrante, Waldir de Lemos, presidente da Associação Comercial da Ceasa Grande Rio e da Câmara da Cadeia Produtiva de Hortaliças do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento destacou fortemente a questão do transporte e da logística, alertando que muitos produtores ainda optam por transportar seus produtos em caixas de madeira devido ao baixo custo, mesmo com a ocorrência de uma grande perda pós-colheita. "O transporte das frutas e hortaliças é um dos principais gargalos para a redução das perdas de alimentos no Brasil. Não há embalagens adequadas e economicamente viáveis para o produtor rural", disse. Para ele, é necessário incentivo público para o uso de embalagens que garantam a qualidade do alimento até chegar aos polos de distribuição. Os supermercados também deveriam rever as regras para aquisição de produtos dentro de um determinado padrão estético. Uma possível saída seria a criação de seções com alimentos de diferentes padrões e diferentes preços dentro supermercados, para evitar perdas dos alimentos fora do modelo.

Já Maria Ângela Girioli, da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura de Belo Horizonte, que também integra o Comitê de Peritos em Redução de Perdas e Desperdícios para América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), destacou os fatores para o desperdício de alimentos em países em desenvolvimento. Para ela, o baixo custo da comida, a exigência por alimentos dentro de padrões elevados e a falta de conhecimento do público urbano sobre a produção de alimentos contribuem para que esse cenário continue. Nesse sentido, o Governo teria papel fundamental. "A solução para a redução do desperdício de alimentos está em desenvolver programas e campanhas públicas desde a produção até o consumo", afirmou ao apresentar as inúmeras ações da Prefeitura de Belo Horizonte, como o Programa Abastecer que, desde 1993, comercializa frutas e hortaliças de classificação comercial inferior a um preço controlado (R$ 0,99) para a população de baixa renda. Uma outra alternativa também foi apontada por ela: "A redução da cadeia de distribuição de alimentos, aproximando os produtores dos consumidores, diminuirá as perdas de alimentos". As vantagens seriam preços mais justos e a possibilidade de compra de alimentos mais frescos direto do produtor. Por outro lado, a maioria dos produtores rurais ainda não possui uma logística de transporte adequada para escoar a sua produção desde o campo, o que inviabilizaria essa ideia em muitas regiões do país.

O professor Walter Belik, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), alertou sobre o aumento populacional exponencial e a provável escassez de alimentos, terras cultiváveis e água para o consumo e para a agricultura. "Pensar em reduzir as perdas e o desperdício de alimentos é pensar no meio ambiente, ao se racionalizar o uso da água e evitar a contaminação do solo", disse. Segundo dados da FAO, o custo anual das perdas e desperdício de alimentos no mundo é de 750 bilhões de dólares, sendo que cerca de 800 milhões de pessoas ainda passam fome. "Devemos diminuir a pressão sobre os recursos naturais e a emissão de gases que provocam o efeito estufa; enfim buscar um sistema alimentar sustentável", concluiu o professor.


Fonte: Embrapa Agroindústria de Alimentos

terça-feira, 26 de maio de 2015

CONAB paga subvenção para extrativistas de andiroba

Extrativistas de amêndoas de andiroba do Amazonas começam a ser beneficiados pela Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade (PGPMBio). Por meio da Superintendência Regional do Amazonas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) liberou aproximadamente R$ 25 mil para 68 produtores vinculados à Associação Agroextrativista de Canutama.

A ação refere-se ao pagamento da subvenção federal em razão do extrativista ter negociado a produção de amêndoa de andiroba por valor abaixo do preço mínimo fixado pelo governo, que é de R$ 1,29 kg. O preço de venda foi de R$ 0,60 kg (amêndoa de andiroba), e a Conab pagou a diferença de R$ 0,69 kg.

Os extrativistas, por meio de sua associação, venderam as amêndoas de andiroba para a Usina de Óleos Vegetais da Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia do Sardinha, localizada no município de Lábrea. A produção de aproximadamente 35 toneladas, foi acompanhada e confirmada por técnicos da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) e pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (IDAM), unidade local de Canutama.

A PGPMBio também ampara extrativistas de borracha, açaí, castanha-do-brasil e cacau.


Fonte:  Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB 
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Produtores contratam 81% dos recursos do crédito rural

Empréstimos foram feitos no período de julho de 2014 a abril deste ano e somam R$ 127 bilhões

A contratação de recursos do crédito rural para a agricultura empresarial, destinados às operações de custeio, investimento e comercialização, alcançaram R$ 127 bilhões, de julho de 2014 a abril deste ano, o que corresponde a 81% do total programado para a safra 2014/2015, de R$ 156,058 bilhões. O valor consta no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado em maio do ano passado pelo governo federal.

Para custeio e comercialização foram programados, para a safra 2014/2015, R$ 111,9 bilhões. Do total, R$ 92 bilhões (82,3%) foram aplicados no período. Já para investimentos, dos R$ 44,1 bilhões programados, foram contratados R$ 34,8 bilhões, o que corresponde a 79% do total.

Médio produtor

As contratações para o médio produtor, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), atingiram R$ 9,6 bilhões em recursos para custeio. Já para operações de investimento, o programa aplicou R$ 3,8 bilhões. Ao todo, o Pronamp conta com R$ 16,105 bilhões para a safra atual.

Entre os programas na modalidade investimento, o financiamento destinado ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizou R$ 9,9 bilhões. Para o Moderfrota estão programados R$ 3,7 bilhões e, até agora, foram contratados R$ 733 milhões. 
O Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) respondeu por R$ 2,8 bilhões, de um total disponibilizado de R$ 4,5 bilhões.

Para o Moderagro e o Moderinfra foram disponibilizados R$ 500 milhões para cada um deles e investidos R$ 195 milhões e R$ 288 milhões, respectivamente.

O Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) e o Procap-Agro têm recursos disponíveis de R$ 2,1 bilhões e R$ 3 bilhões, dos quais já foram aplicados R$ 722 milhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente.

No programa Inovagro, que conta com R$1,7 bilhão, foram aplicados, no período, R$ 1 bilhão.
A avaliação é realizada mensalmente pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Fonte: Ministério da Agricultura
Assessoria de Comunicação Social 
(61) 3218-2203 
Inez De Podestà 

Ajuste fiscal: ‘Corte no orçamento do Mapa é medida pouco inteligente’, diz Antonio Alvarenga

O ajuste fiscal do governo federal pode impactar diretamente o orçamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo reportagem do Valor Econômico, a pasta terá de reduzir até 30% daquilo que gasta com custeio e investimentos, que é de cerca de R$ 6 bilhões. Por enquanto, o órgão teria disponível R$ 11,7 bilhões, que incluem as despesas obrigatórias, como folha de salários.

Conforme a publicação, seriam R$ 1,8 bilhão em recursos que não poderiam ser utilizados para certas áreas que envolvem o setor do agronégocio brasileiro, como a fiscalização e inspeção de frigoríficos e laticínios, as despesas com pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), investimentos e, talvez, até verbas para operações de compra e venda, realizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para regular os preços de grãos, como milho e trigo, entre outros produtos.

Na opinião do presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, “corte no orçamento do Mapa é medida pouco inteligente”.

“Precisamos investir nas áreas que dão retorno e o agronegócio brasileiro vem proporcionando retorno em termos de aumento da produção e de produtividade. Não faz sentido cortar orçamento do setor que está garantindo o equilíbrio da balança comercial do País, com exportações de US$ 100 bilhões registradas em 2014”, ressalta.

Para Alvarenga, o ideal seria reduzir os gastos governamentais com a extinção, por exemplo, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que transferiria suas atribuições para o Ministério da Agricultura.

“Essa medida evitaria a atual sobreposição de tarefas entre os dois órgãos, proporcionando, além da redução de despesas, maior racionalidade, unidade e eficiência na condução das políticas públicas para o setor rural”, destaca o presidente da SNA. “Não faz sentido, em termos econômicos e das boas práticas de governança, manter dois ministérios para cuidar de um mesmo setor”, acrescenta.

Três Frentes Prejudicadas

Se houver mesmo o corte do orçamento, o diretor da SNA Fernando Pimentel acredita que a safra 2015/2016 será prejudicada em três frentes: a primeira, do mercado internacional cujos preços já estão sendo afetados pela elevação dos estoques de soja e milho, além dos problemas de preços já vividos nos mercados de café, algodão e laranja; a segunda, pelo ajuste fiscal, que elevará os custos por meio de juros mais altos; a terceira se refere à elevação dos preços dos insumos motivada pela desvalorização cambial.

“No momento, nas áreas que precisam de programas de suporte à renda dos produtores, elas serão contingenciadas”, ressalta Pimentel.

No entendimento do diretor da SNA, além do impacto já destacados sobre a sustentabilidade financeira da atividade produtiva das principais culturas, a pesquisa a extensão e a fiscalização, que são atividades de planejamento de médio e longo prazos, ficariam prejudicadas.

“Se tivéssemos a consolidação dos três ministérios, que tratam de assuntos relacionados ao agronegócio, quem sabe poderemos evitar tamanho impacto. Essa questão deriva, em parte, de uma falta de gestão pública mais adequada e eficiente”, critica Pimentel.

No caso da pesquisa, ressalta o diretor da SNA, o corte orçamentário teria ainda maior impacto, pois órgãos como a Embrapa desenvolvem estudos de condução de longo prazo, que não poderiam sofrer descontinuidade.

“Desenvolvimento em melhoramento genético, biotecnológico, entre outros, exigem tempo para gerar massa de dados estatísticos para serem analisados em vários anos de testes. A descontinuidade de apenas um ciclo produtivo pode condenar esforços de vários anos já investidos. Enquanto o mundo investe em tecnologia, nós estamos andando para trás, na agricultura mais competitiva do planeta”, afirma Pimentel.

Em contato com a Embrapa para comentar a possibilidade de ter menos verbas para suas pesquisas, o órgão, por meio de sua assessoria de comunicação, diz que só irá se manifestar após finalização do processo de ajuste fiscal. A assessoria do Ministério da Agricultura não retornou o contato feito pela equipe SNA/RJ, por e-mail.

Ainda de acordo com a reportagem do Valor, o governo federal tem até dia 22 de maio para estabelecer, em decreto, quanto deverá ser sacrificado em cada ministério. Mesmo sem prever qual será a redução, se houver, a Secretaria Executiva do Mapa terá de finalizar seus cálculos e apontar as possíveis áreas que vão sofrer com os cortes.

Por equipe SNA/RJ

Equipe avalia compostos antifúngicos de plantas para uso em pós-colheita de frutas

O crescimento do uso de agrotóxicos na agricultura é preocupante uma vez que o Brasil é um dos maiores consumidores destes produtos. Assim, a busca por métodos alternativos que sejam ambientalmente mais amigáveis e com maior segurança para o consumo humano tem sido amplamente pesquisada. Nas últimas décadas, uma grande atenção tem sido dada na prospecção de compostos bioativos a partir de plantas (extratos e óleos essenciais) e de microrganismos, com potencial de uso como substitutos aos sintéticos que são comercializados.

Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) têm trabalhado nesta linha de pesquisa, alcançando bons resultados. A pesquisadora Sonia Queiroz coordena o projeto Avaliação de atividade antimicrobiana, ecotoxicológica e uso na pós colheita de frutas de extratos e substâncias isoladas de Conyza canadensis, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela explica que o trabalho gerou uma dissertação de mestrado, co-orientada por ela e defendida pelo aluno Rafael Silveira Porto do Instituto de Química (IQ-Unicamp), cujos objetivos foram investigar os compostos bioativos presentes nos espécimes brasileiros da erva daninha Conyza canadensis e avaliar sua atividade antifúngica associadas às doenças pós-colheita de frutas. O extrato aquoso da Conyza canadensis pode ser aplicado diretamente nos frutos com a vantagem de não conter resíduos de solventes orgânicos tóxicos.

"Foi possível isolar duas substâncias bioativas usando cromatografia flash preparativa a partir de extratos da planta obtidos com diclorometano. Os compostos foram caracterizados por técnicas espectroscópicas, que são utilizadas na elucidação (substâncias inéditas) ou confirmação (substâncias conhecidas) das estruturas das moléculas. Além disso, foram realizados ensaios (in vitro) de difusão em disco contra 10 fungos filamentosos causadores de doenças pós-colheita em frutas. Os fungos Aspergillus niger, Cladosporium spp. e Penicillium digitatum se mostraram susceptíveis ao tratamento, mostrando o potencial do extrato da planta no tratamento destas doenças.

Também foi desenvolvida uma técnica de extração com água quente pressurizada, a qual se mostrou excelente para obtenção dos compostos da planta, ou seja, de maneira rápida, barata, eficiente e com bons rendimentos dos compostos. A pesquisadora explica que os ensaios realizados em laboratório contra fungos de importância agronômica mostraram ser promissores e que os experimentos para avaliação do extrato no tratamento de doenças em pós-colheita de frutas será a próxima etapa do projeto.

Por Cristina Tordin (MTB 28499) 
Embrapa Meio Ambiente 
meio-ambiente.imprensa@embrapa.br 
Telefone: 19 3311 2608

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Importância da maturação das frutas na comercialização

Por Rufino Fernando Flores Cantillano


Diversas pesquisas no mundo mostram que a exposição da fruta com um grau de maturação ótimo na comercialização pode aumentar as vendas em até 33%. Tal adequação deixa os consumidores mais satisfeitos, pagando melhores preços, "fidelizando" o cliente e aumentando o lucro do comerciante. 

Entretanto, isso, muitas vezes, não acontece. As frutas apresentam-se excessivamente verdes (com falta de maturação), portanto com falta da cor característica, pouco sabor (doçura) e aroma. Os comerciantes argumentam que a fruta colhida mais verde dura mais tempo na gôndola do supermercado. Na prática, a permanência da fruta mais verde (com falta de maturação) estende-se a ponto de não ser vendida, terminando por apodrecer, aumentando as perdas e os custos. O consumidor fica insatisfeito e não repete essa compra. Um bom manejo da maturação necessita de uma boa gestão profissional em toda a cadeia de produção, transporte e distribuição. 

Existem três etapas que são importantes:

- Melhorar o ponto de colheita
O comerciante deve se articular com o produtor (e este com seu técnico) para ajustar melhor o ponto de colheita, de tal forma que sua fruta tenha uma vida útil aceitável no transporte e distribuição, mas conservando ao máximo sua qualidade. Os critérios de colheita utilizados por alguns produtores levam à coleta de frutas com falta de maturação. É importante considerar que os açúcares e outros compostos que dão o sabor são sintetizados nos últimos estádios de maturação. Ao ser colhida ainda muito verde, esses açúcares não estarão ainda sintetizados na fruta, prejudicando o sabor.

- Transporte adequado
Algumas técnicas de embalagem e transporte reduzem a degradação da fruta em trânsito. Estas técnicas visam principalmente reduzir a perda da umidade e a respiração da fruta, fatores que estão diretamente relacionados com sua vida útil. Entre elas estão as embalagens plásticas, uso de atmosfera modificada, atmosfera controlada, absorvedores de etileno, etc.

- Maturação antes da venda
Em determinadas frutas e situações, a maturação antes da venda, como a climatização (bananas) e desverdecimento (citros) realizada em câmaras especiais, pode melhorar a qualidade da fruta, atuando sobre o desenvolvimento da cor, suculência e sabor na hora da venda ao consumidor. Neste caso é importante o grau de controle sobre o etileno, sua concentração, tempo de exposição, temperatura e umidade. 

A observação dessas etapas no manejo da qualidade na cadeia integrada produção-distribuição permitirá oferecer ao consumidor frutas de alta qualidade, prontas para o consumo, "fidelizando" sua clientela. Com isso ganham produtores e comerciantes, deixando o consumidor mais satisfeito. 

Pesquisador da Embrapa Clima Temperado - Pelotas/RS 


Fonte: Embrapa Clima Temperado

Ministro diz que plano da agricultura familiar será anunciado no dia 15 de Junho

Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) não antecipou valores do plano.Ministro participou de reunião com Dilma e trabalhadores da agricultura.


O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, afirmou nesta quinta-feira (21) que a presidente Dilma Rousseff anunciará em 15 de junho o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016.

O G1 procurou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência para confirmar a data, mas a pasta informou que “o ministro Patrus Ananias falou em nome do governo durante a entrevista”.

Patrus Ananias participou na noite desta quinta de reunião no Palácio do Planalto com Dilma e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Após o encontro, ele concedeu entrevista a jornalistas, mas não quis antecipar os valores do plano.

“A presidenta vai anunciar no dia 15 de junho o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016. Por conta disso, ela está se preservando com relação a alguns números porque quer fazer este anúncio”, disse Patrus.

O último encontro entre Dilma e a Contag ocorreu em 15 de abril. Na ocasião, a entidade apresentou a ela pedido de liberação de R$ 53,6 bilhões para a agricultura familiar, sendo R$ 30 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

À época, Patrus afirmou que o governo federal analisaria o pedido, mas condicionou a liberação dos recursos em 2015 às "possibilidades orçamentárias". Desde o início do ano, o Executivo adotou medidas para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas.

Após o encontro desta quinta, o presidente da Contag, Alberto Broch, afirmou que a presidente Dilma garantiu à entidade que, dos R$ 30 bilhões pedidos para o Pronaf, serão liberados mais de R$ 25 bilhões.

Fonte: G1/Globo Rural

Produtores investem na produção da Atemoia. Você já provou?

A exótica fruta vem ganhando cada vez mais mercado


A aparência é curiosa, e pode ser esquisita, mas a fruta é muito saborosa e já caiu no gosto de muitos brasileiros. Ela surgiu do cruzamento da Fruta do Conde com a Cherimoia.

Foto: Reprodução / TV TEM)
Ela é pontiaguda, tem a casca grossa e enrrugada, e por dentro a polpa é branca e macia. A atemoia é uma fruta exótica e já está no mercado brasileiro há vinte anos.

A região sudeste concentra quase a metade da produção nacional. A safra que começou em abril vai até Novembro. O agricultor Valdir Tanabe cultiva a variedade "Gefner" em Itapetininga, numa área de 8 hectares. A Atemoia é uma boa alternativa para quem busca diversificar a produção em pequenas propriedades.




Fonte: TV TEM -SP

Consumir frutas cítricas no outono melhora imunidade, diz nutricionista

Karin Honorato lista alimentos e nutrientes interessantes para a estação.Época pode trazer dores ósseas e articulares, segundo a especialista.


Foto: G1 MG
Consumir frutas cítricas, ricas em vitamina C, é uma ótima opção para melhorar a imunidade durante o outono, segundo a nutricionista Karin Honorato. Ela lista  alimentos e nutrientes interessantes para a estação.
“Nessa época a natureza muda. A paisagem, o clima, a temperatura, tudo começa a ficar diferente. E no nosso organismo também. Para algumas pessoas, a partir do outono, começa a modificar o humor, a fadiga, outros sentem até mais dores ósseas e articulares. A imunidade também fica mais frágil”, conta a especialista.

De acordo com Karin, alguns alimentos podem fazer muita diferença para melhora da saúde nesta época. “A quantidade de vitamina C dos alimentos é muito importante, e é a melhor época para consumir as frutas cítricas, principalmente a laranja e o limão, que são os mais ricos em vitamina C”, destaca a nutricionista.

Outras frutas também são importantes, conforme Karin Honorato. A uva, por exemplo, merece atenção no outono. “Ela tem boas quantidades de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias”, fala. A nutricionista destaca ainda as frutas secas, sobretudo a ameixa, passas, damasco, que são ricos em ferro.
“Nesta época cuide bem dos pulmões e do intestino. Esses órgãos possuem uma mucosa que precisa ser bem protegida para evitar complicações de infecções e, principalmente, problemas respiratórios”,  revela a especialista. Entre os exemplos que protegem o pulmão, estão o agrião, o repolho e o brócolis, que possuem substâncias anti-inflamatórias.

Tubérculos como o inhame e a batata doce também fazem diferença para o pulmão. “Eles possuem substâncias que ajudam a desinflamar, aquecer e fortificar o sangue”, aponta.
Linhaça, amendoim, azeite, abacate, alimentos ricos em gorduras saudáveis. Eles ajudam a proteger o sistema nervoso e diminuir as chances de irritabilidade, fadiga, mau-humor e até uma depressão.

Karin Honorato dá a dica: lembre-se de consumir favo de mel. Ela diz que uma colher de sopa por dia é o bastante para fortalecer o sangue. Própolis, geleia real, cebola, alho, canela, cravo, açafrão e gengibre também podem ajudar.

“Água! Esse é o alimento principal para o outono. É uma época em que o corpo fica mais seco e as mucosas tendem a ficar bem ressecadas. Capriche na quantidade de água para proteger o organismo de infecções”, finaliza a nutricionista.

Fonte: G1 -MG