sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Citros/Cepea: Pera tem valorização; oferta de tahiti diminui no BR



Os preços da laranja pera subiram nesta semana, influenciados pelo leve aumento da demanda no último final de semana. A média da variedade entre segunda, 29 de agosto, e quinta, 1º de setembro, foi de R$ 23,65/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 4,7% frente à semana anterior.

De acordo com pesquisadores do Cepea, as precipitações ocorridas no período foram bem vistas por produtores, já que favorecem o desenvolvimento das floradas que darão origem à safra 2017/18. Para a lima ácida tahiti, a ligeira retomada das exportações e a interrupção da colheita por conta das chuvas limitaram ainda mais a disponibilidade da variedade no mercado interno.

A média parcial da fruta no mesmo intervalo foi de R$ 57,35/cx de 27 kg, colhida, pequena queda de 1,5% em relação à semana passada.


Fonte: Cepea/Esalq

PIB agropecuário cai 2% influenciado pelas perdas na produção de grãos

Combinação de excesso de chuva, seca e altas temperaturas agravou quebras nas lavouras 


O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 2% no segundo trimestre de 2016 (abril/junho) comparado aos primeiros três meses deste ano, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual dos trimestres (2º trimestre 2016/2015) a diminuição na atividade foi de 3,1%. O acumulado de 2016 mostrou retração de 3,4% na atividade agropecuária, menor que a queda de 4,6% do PIB do país. O valor do PIB agropecuário atingiu R$ 90,76 bilhões ao final de junho.

O PIB brasileiro teve queda de 0,6% no segundo trimestre de 2016. Na comparação dos dois trimestres (2016/2015) a diminuição na atividade foi de 3,8%. O acumulado do ano aponta queda de 4,6%, com o PIB somando R$ 1,53 trilhão. O acompanhamento dos resultados da safra deste ano mostrou que as previsões iniciais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do IBGE, foram se alterando no decorrer dos meses, devido as perdas com o excesso de chuvas em algumas áreas e secas e temperaturas elevadas em outras. Os problemas climáticos causaram forte impacto na produção e na produtividade de grãos no país. Algumas áreas foram seriamente afetadas, em especial aquelas dos Cerrados do Centro-Oeste e Centro Nordeste. 

O IBGE destaca também o decréscimo da produção anual e da produtividade de lavouras importantes, que têm safras relevantes no segundo trimestre do ano. Foram afetados o milho com queda de 20,5% na produção; arroz com redução de 14,7%; algodão baixa de 11,9%; feijão (-9,1%), e soja, redução de 0,9%.


Pesquisa inédita produz húmus com o uso de piolhos-de-cobra

Gongolos são pouco conhecidos e não há registro de qualquer estudo na produção científica brasileira sobre o tema


Pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (RJ) descobriram que os gongolos, pequenos animais que fazem parte da fauna do solo e conhecidos como piolho-de-cobra, maria-café ou embuá, são exímios trituradores de resíduos e produzem adubos orgânicos de excelente qualidade. Testado na produção de mudas de hortaliças, o gongocomposto – como está sendo chamado o produto – não perde em nada para os melhores substratos comerciais.

Ao contrário das minhocas que são bem famosas pela capacidade de produção de húmus, os gongolos são pouco conhecidos e não há registro de qualquer estudo na produção científica brasileira sobre o tema. O resultado das pesquisas mostrou que o substrato produzido pelos gongolos tem a mesma qualidade dos materiais gerados pelas minhocas. A diferença é que o vermicomposto (das minhocas) ainda precisa ser misturado com pó de carvão e torta de mamona para melhorar sua textura e seu nível de nitrogênio, enquanto o gongocomposto já está pronto para uso na produção de mudas em três meses.

Esses animais vivem escondidos embaixo de folhas, pedras ou troncos de árvores, e algumas vezes são confundidos com pragas. A pesquisadora da Embrapa Maria Elizabeth Correia explica que produzir o gongocomposto não requer muita mão de obra e pode ser uma boa alternativa para o produtor aproveitar resíduos orgânicos existentes na propriedade e ainda reduzir custos com o uso do substrato obtido.

Processa até papelão

"Criamos um procedimento mínimo em que sabemos que podemos colocar até papelão que o animal processa", comenta a especialista. Resíduos comuns na propriedade agrícola, como bagaço de cana, sabugo de milho e aparas de grama também podem ser utilizados. Basta adicionar sempre um material rico em nitrogênio, como, por exemplo, uma leguminosa.

Uma particularidade do processo é que a ação dos gongolos reduz o volume de materiais em 70 por cento. Se o produtor colocar dez litros de resíduos, no final terá três litros de composto. O processo pode levar de três a seis meses, sem a exigência de revirar o material. "O que fazemos é juntar os resíduos secos e o gongolo, e colocar em uma área confinada para que ele não saia dali e processe tudo. Uma vez por semana é preciso checar a umidade e, se estiver muito seco, é necessário molhar o composto", explica a pesquisadora.

Uso como substrato para mudas

Em três meses, o gongocomposto já está em condições de uso. Mas após testes para ver o tempo ideal de compostagem, os pesquisadores perceberam que quanto mais o material é triturado pelos gongolos, melhor será a sua qualidade. "Quando comparamos os materiais de diferentes tempos de processamento, vimos que em termos de teor de nutrientes não há muita diferenciação, mas nas mudas o efeito é significativo", relata Maria Elizabeth. Para a produção de mudas, o substrato que apresentou melhor desempenho foi aquele produzido em seis meses. Quanto maior o tempo de compostagem, mais o composto é processado. A pesquisadora conta que isso é resultado do trabalho do gongolo e dos microrganismos presentes no composto. E o resultado é um substrato que possibilita mudas vigorosas e com estabilidade do torrão, o que evita perdas na hora do plantio.

Após testes com o gongocomposto em alface, rúcula, tomate e beterraba, o agrônomo Luiz Fernando de Sousa Antunes, mestrando na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), ressalta que, além de não precisar fazer misturas para produzir as mudas, o substrato possibilita a uniformidade da bandeja. "É comum nos substratos comerciais uma concentração de nutrientes em alguns pontos da bandeja, o que não acontece com o gongocomposto. E o resultado são bandejas homogêneas, sem fazer reboleiras, com mudas de diferentes tamanhos", explica Antunes. Ele avalia o gongocomposto no tema de sua dissertação de mestrado.

Como encontrar o gongolo?

A técnica de produção de gongocomposto pode ser feita por qualquer espécie desse pequeno habitante da fauna do solo. Segundo a pesquisadora da Embrapa, a maioria das espécies tem capacidade de triturar resíduos brutos, mas algumas são mais eficientes. O que ocorre é que algumas consomem mais e são mais abundantes. "Utilizamos a espécie Trigoniulus corallinus, que ocorre em diferentes regiões do Brasil, sempre associada a ambientes com ocupação humana e grande quantidade de resíduos vegetais, como nas áreas de agricultura familiar. Essa espécie é originária do Sudeste Asiático, mas provavelmente já veio até com as primeiras navegações porque está estabelecida no País há muito tempo", esclarece.

Nos anéis de concreto de cerca de 500 litros utilizados como composteira para a pesquisa, são utilizados cerca de 3.800 gongolos. Maria Elizabeth explica que o momento ideal para coletar é a época da chuva, porque é quando eles estão mais ativos e acasalando. "Na nossa região, é entre outubro e abril, por exemplo. Em dezembro, um mês muito quente e chuvoso, basta haver um local com acúmulo de matéria orgânica, que em dois dias é possível conseguir essa quantidade sem muita dificuldade", conta a bióloga.

Apesar de ser um parente distante das lacraias, o gongolo não oferece riscos, não tem ferrão, não morde, não é agressivo e pode ser coletado facilmente. "Uma ou outra espécie de floresta fechada pode apresentar uma substância que causa queimadura, mas esses que vivem em ambientes abertos, com os quais estamos trabalhando, não oferecem qualquer risco", revela a pesquisadora.

Gongolos X minhocas

A pesquisa e a avaliação da capacidade dos gongolos de triturar materiais brutos e fibrosos começaram em 2009 na Embrapa Agrobiologia, no Município de Seropédica, interior do Estado do Rio de Janeiro. Ao buscar entender o papel da fauna do solo na avaliação de áreas reflorestadas, a pesquisadora Maria Elizabeth Correia encontrou no gongolo o organismo ideal.

A partir daí, a bióloga começou a estudar as espécies, sua ocorrência ao longo do ano e quantidades, fez experimentos de alimentação para ver o quanto eles consumiam, analisou nutrientes nas folhas onde eles se encontravam e até as fezes do animal. "Comecei a perceber que algumas espécies tinham uma capacidade grande de processar esses materiais. E se usamos a minhoca para fazer o vermicomposto, mas ela precisa de um material pré-processado, talvez fosse possível usar o gongolo para preparar um composto utilizando um resíduo um pouco mais bruto, mais fibroso", explica.

A pesquisadora e sua equipe avaliaram o quanto fibroso pode ser o material triturado pelo gongolo, qual a mistura e a quantidade de resíduos mais favoráveis, assim como a quantidade de gongolos ideal. Ela revela que o próximo passo será fazer tudo isso com o agricultor, dentro da realidade da propriedade. "É importante que ele tenha uma visão do que são os resíduos de difícil degradação, quais as fontes naturais de nitrogênio, e orientar para que ele faça a compostagem e transforme em substrato um material que ia acumular e talvez até abrigar pragas e provocar doenças", finaliza Maria Elizabeth.

Fonte: Embrapa

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Da parreira para a mesa

Chegou a vez dos vinhos e sucos de uva das agroindústrias familiares gaúchas mostrarem a sua força. Nesta terça-feira (30), 13 amostras de sucos integrais de uva e nove amostras de vinhos tintos de mesa e finos foram avaliados pelo 5º Concurso da Agroindústria Familiar.

A iniciativa faz parte da 18ª Feira da Agricultura Familiar, dentro da 39ª Expointer, que tem o apoio da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). O objetivo é promover e divulgar a qualidade dos produtos das agroindústrias do Rio Grande do Sul. 

Para João Carlos Taffarel, supervisor da Embrapa e um dos coordenadores do concurso, o retorno desse tipo de avaliação para os produtores é muito bom. “Participar de um concurso desses é interessante para os produtores porque, dessa forma, eles conseguem monitorar a qualidade de seus produtos”, afirmou. “Dentro da propriedade, eles têm um feedback somente do consumidor frequente e de enólogos deles. Num concurso como esse, eles concorrem com diferentes produtores e, assim, conseguem fazer uma melhor avaliação da qualidade”, concluiu.

O resultado das oito categorias de produtos do 5º Concurso da Agroindústria Familiar gaúcha será divulgado nessa quinta-feira (1º), às 15h. Em caso de empate nas notas dos vinhos, por exemplo, o critério será utilizar a mediana de todos os jurados por amostra.

Balanço

As compras no terceiro dia de Feira geraram um total de R$ 575.027,83. Considerado um dia tipicamente mais tranquilo em vendas, a comercialização dessa segunda-feira chuvosa e fria da 18ª Feira da Agricultura Familiar foi 2,5% menor em relação ao ano passado.

Mas isso não desanimou os proprietários da Agroindústria Zanotto Pigatto. Segundo Nayara Von Onçay, que trabalha com a família durante a Feira, as vendas nessa segunda-feira foram contínuas. “Achei bem equilibrado, no geral foi bom”, avaliou. Os pães, cucas, biscoitos e salgadinhos custam entre R$ 3 e R$ 6 e, segundo Nayara, saiu bastante coisa.

João Pedro De Bastiani participa da Feira desde 2008 e acha que esse resultado de vendas mais tranquilas já é esperado. É durante a semana que as escolas vêm visitar de graça o Pavilhão e a comercialização cai um pouco. Mas a experiência do veterano na exposição, que trouxe a vinícola que leva seu sobrenome, o deixa tranquilo. “Muitos alunos vêm degustar o nosso suco e é importante formar essa base, já plantar a semente nesses jovens”, explicou. João Pedro comemorou o fato de o Pavilhão não vender refrigerantes e incentivar uma alimentação mais saudável para essa faixa etária. “Isso, sem dúvidas, é uma alegria para nós.”

Serviço
18ª Feira da Agricultura Familiar na Expointer

Data: 27 de agosto a 4 de setembro de 2016

Horário: 8h30 às 20h30

Local: Parque de Exposição Assis Brasil – Esteio (RS)


Cultivo de uva no Planalto Central

As longas paredes de videiras e o cheiro doce de uva nos remete à Serra Gaúcha. Mas estamos a 2.500 km de distância do Sul do país, em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, onde há oito anos o agricultor familiar Valdecir Grecco, descendente de italianos, cultiva a fruta. 

A vantagem de cultivar uvas em áreas de clima quente está na sua produtividade. Conforme o engenheiro agrônomo e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo do Distrito Federal (Emater-DF), Leandro Moraes Souza, o clima frio do Rio Grande do Sul possibilita que se tenha apenas uma safra de uvas por ano. “O Distrito Federal, por ter um clima mais quente, permite duas safras por ano”, explica.

Leandro explica que o investimento inicial no cultivo de uvas é alto. Ele alerta que é necessário investir em bons materiais, que deem a sustentabilidade necessária às parreiras, pois as frutas começam a crescer e a pesar. “Caso a estrutura não seja forte o suficiente, tudo pode vir abaixo”, salienta. 

Grecco gastou R$ 100 mil para na estrutura das parreiras com pilares de concreto, arames, mudas e irrigação por gotejamento. “Consigo economizar mais água nesse tipo irrigação, além de crescer menos mato entre as parreiras e irrigar melhor”, explica o agricultor. 

Na sua propriedade de 4,5 hectares, 1 é destinado ao cultivo das uvas. São 33 parreiras com 160 metros de comprimento. Por ano, são colhidas até 35 toneladas de uvas de quatro tipos: Isabel, Niágara, Moscatel Rosé e Moscatel Branca. 

As caixas de uvas com de até 6kg, com valores que variam entre R$ 20 e R$ 30, dependendo do tipo, são vendidas na Ceasa-DF. Grecco também fornece para o varejo e supermercados. 

O agricultor produz ainda suco de uva e vinho. Até o final deste ano, está previsto que fique pronta a fábrica de bebidas na sua propriedade. “Nos próximos dias, vou solicitar ao Ministério da Agricultura a autorização para a fabricação das bebidas com as minhas próprias uvas”, adianta. 

Diversificação de produção
Grecco aposta na diversificação da produção para ter rentabilidade. Atualmente, as uvas são responsáveis por 15% da sua renda. A outra parte vem do cultivo de mudas de diversos tipos hortaliças produzidas em seis estufas. Ele também é autorizado pela Embrapa a fornecer mudas e sementes da BRS Pérola do Cerrado, uma espécie de maracujá silvestre lançada pela Embrapa em 2015. As diversas mudas são vendidas para produtores de diversos estados, como Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. 

Pronaf
Muitos dos investimentos na propriedade de Valdecir Grecco foram financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Coordenado pelo Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), o Pronaf tem as linhas de crédito rurais mais baixas do mercado.
Com o financiamento, Grecco comprou um gerador de luz e um caminhão cabine dupla. “As prestações que venceriam em outubro e novembro já foram pagas. Adianto para ter crédito”, salienta.

Dicas para o cultivo de uvas
O solo deve ser areno-argiloso, fértil e bem drenado e a temperatura deve ficar entre 15 e 30 graus. Evite locais com ventos fortes. O ideal é que o ambiente tenha muita luz no período da florada até a maturação das uvas. Dependendo do clima e do vento, a videira precisa de 500 mil a 1.200 mililitros de chuva. A quando ganha o tamanho e o formato desejados. A colheita é realizada entre o 85º a 200º dia após o início do cultivo das videiras. Compre mudas registradas no Ministério da Agricultura.

Outras informações sobre o cultivo de uvas, veja aqui no site da Emater-DF.



Embrapa investe em mais qualidade para suas coleções de microrganismos

O objetivo da oficina é levantar demandas de transferência de tecnologia e também de pesquisa que possam ser incluídas no "Projeto Integrado da Amazônia". Este projeto será conduzido pela Embrapa, com aporte de recursos do Fundo Amazônia, e gestão financeira feita pela Fundação Eliseu Alves.

"Precisamos ouvir as bases. Como é difícil ouvir os agricultores diretamente, a gente esta chamando as associações, as cooperativas, as ONGs e todas as instituições que trabalham com esses agricultores, para que eles possam nos orientar, dizendo quais são os temas principais a serem tratados", explica o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Flavio Fernandes Júnior.

Ao todo a Embrapa aprovou junto ao BNDES, órgão administrador do Fundo Amazônia, um montante de R$ 33,3 milhões que deverão ser destinados a projetos nas áreas de monitoramento do desmatamento e da degradação florestal e serviços ecossistêmicos; restauração, manejo florestal e extrativismo; tecnologias sustentáveis para a Amazônia; e aquicultura e pesca.

A programação do evento conta com uma apresentação inicial do projeto e com trabalhos práticos em grupos. Cada grupo discutirá e levantará demandas sobre um dos quatro eixos temáticos propostos. Ao fim da atividade, serão reunidas as informações levantadas e apresentadas para todos os participantes.

Além da oficina realizada em Sinop nesta semana abrangendo as ações de Mato Grosso, outras seis regiões também estão promovendo eventos semelhantes. Macapá (AP), Porto Velho (RO), Rorainópolis (RR) e Manaus (AM) também tiveram seus eventos em agosto. Já as oficinas de Imperatriz (AM) e Marabá (PA), envolvendo os territórios do Pará, Maranhão e Tocantins, estão programadas para setembro.

Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia tem como finalidade captar doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. O recurso captado é direcionado para projetos nas áreas de gestão de florestas públicas e áreas protegidas; controle, monitoramento e fiscalização ambiental; manejo florestal sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação; zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária; conservação e uso sustentável da biodiversidade; e recuperação de áreas desmatadas.

O Fundo Amazônia é administrado pelo BNDES em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: Embrapa

Conheça os cinco grandes desafios do agronegócio na era digital

Em dois dias de evento, o 4º Fórum de Agricultura da América do Sul trouxe a Curitiba especialistas e instituições de 13 países diferentes, para debater o futuro do agronegócio a partir da realidade sul-americana; alguns pontos se mostraram fundamentais durante as discussões, para que o campo possa ser ao mesmo tempo rentável para quem trabalha, sustentável para o planeta e produtivo para que a humanidade possa se alimentar.

Novas lideranças

A busca pelos ganhos em produção e produtividade tem ditado o ritmo da agropecuária nas últimas décadas. Os avanços são inegáveis, mas, para o futuro, um dos principais desafios que o campo tem pela frente vai além do que se planta e do que se colhe, do que se cria e do que produz. A atenção deve se concentrar não só no que o agronegócio faz, mas em quem faz o agronegócio. Essa foi uma das conclusões a que chegaram os especialistas durante o fórum e que dará inclusive a toada da próxima edição do evento, em 2017: a necessidade de se formar novos líderes rurais, jovens que permaneçam no campo e pensem a atividade de forma consciente, corajosa e inovadora, capazes de entender que as propriedades não devem ser pontas soltas na cadeia produtiva, mas parte de um conjunto coeso, altamente produtivo e sustentável.

Mudanças no Mercosul

Que o Mercosul trouxe vantagens à região, poucos estudiosos contestam, sobretudo para os membros fundadores - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai -, que conseguiram aumentar consideravelmente suas exportações. Mas é também praticamente um consenso que, em 25 anos de existência, o bloco entregou menos do que prometia quando foi criado. A possibilidade de o Brasil abandonar o Mercosul parece pouco viável, como foi debatido durante o Fórum de Agricultura, mas o atual modelo não tem se sustentado. Uma das possibilidades é que, em vez de união aduaneira, o bloco se tornasse uma área de livre comércio, o que eliminaria algumas das amarras às quais os membros estão atrelados e possibilitaria, por exemplo, o fechamento de mais acordos bilaterais.

Pequenos Produtores

Alimentar o mundo é um desafio gigantesco: em números, significa dizer que, até 2050, a humanidade terá que dar de comer – três vezes ao dia – a mais de 9 bilhões de pessoas. Essa é a previsão das Nações Unidas, que enxergam no Brasil uma das principais apostas do planeta. Com um território capaz de suprir a maior demanda por alimentos, o país possui também recursos naturais que tornam a atividade possível. No entanto, é preciso se adaptar desde já num processo que passa por todas as propriedades, das mais extensas às que abrigam os pequenos agricultores, gente que mora e vive do campo. No segundo caso, em especial, está a chave para diversificar a produção de comida, sem esquecer a necessidade de apoio, para que se possa trabalhar de maneira produtiva e sustentável.

Agricultura digital

A expressão “ter o controle de algo na palma da mão” nunca fez tanto sentido como nos dias de hoje. E o agronegócio também está inserido na era dos aplicativos, smartphones, robôs, inteligência artificial e por aí vai. A tecnologia, que permitiu um salto de produtividade nas últimas décadas, já está e deve ficar cada vez mais presente no dia a dia do produtor rural. Seja auxiliando na coleta e análise dos dados da propriedade e, consequentemente, no processo de tomada de decisões, o fórum mostrou que tecnologia não é mais opção, mas condição ao desenvolvimento. Sensores, imagens de satélite, realidade virtual, big data: são “gigatoneladas” de informação, tudo em tempo real, para tornar o negócio mais competitivo.

Entrave na logística

A produção e o mercado consumidor de bilhões de pessoas vão aumentar ainda mais nas próximas décadas. Uma das grandes interrogações do agronegócio é como otimizar o que liga estes dois pontos: a logística. O processo de escoamento interfere tanto nos custos para o produtor quanto no preço pago pelo comprador final, ou seja, é determinante para a viabilidade do negócio. Para o futuro, os desafios são imensos: investir mais de R$ 600 bilhões em hidrovias, ferrovias, estradas e portos, conforme debateram líderes do setor no Fórum de Agricultura. Mas só assim a logística conseguirá ser uma ponte sólida e acompanhar o ritmo de crescimento das lavouras e do consumo.


Agronegócio precisa de estratégia constante para avançar

Se essa é a vocação da América do Sul, não há outra saída que não seja continuar a produzir, estimular o consumo interno e conquistar novos mercados. Mas será preciso fazer isso com muita informação, inovação e tecnologia. Foi-se o tempo do agronegócio para amadores. É preciso ter gestão, ser eficiente e competitivo como condição a se manter na atividade. Esses foram alguns dos destaques do Fórum de Agricultura da América do Sul 2016.

Em sua 4ª edição, na semana passada, o evento levou para o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, mais de 500 participantes, entre ouvintes e palestrantes, de 13 países. Um ambiente de interlocutores nacionais e internacionais, a partir do qual foi possível estabelecer, de fato e de direito, um debate globalizado do agronegócio. Uma discussão sobre tendências do agronegócio mundial, balizada pela realidade e potencial dos países sul-americanos.

Durante dois dias, com a colaboração de 30 palestrantes, discutimos questões como produção, mercado, logística, grãos, carnes, bioenergia e agricultura digital. E chegamos à conclusão de que nos falta estratégia. Aliás, não é que nos falte estratégia. Mas que ela deve ser permanente, constante e estar inserida no dia a dia do negócio. Que é preciso acompanhar e estar pronto para o dinamismo do mercado, as mudanças e inovações tecnológicas e mais do que nunca conectado ao mercado.

Da participação da China, ouvimos que eles vão continuar comprando, que o país deve ampliar seus negócios com a América do Sul e que eles estão dispostos a investir em infraestrutura no agronegócio do Brasil, desde que o governo ofereça algum tipo de garantia ao investidor. Da ONU/FAO, que o mundo precisa dos alimentos produzidos pelo pequeno produtor. E da OMC, a Organização Mundial do Comércio, de que não basta produzir, é preciso se posicionar e conquistar seu espaço no mercado internacional.

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Do painel de logística, os questionamentos complementares à China, à FAO e à OMC, de que sabemos produzir, estamos aprendendo a vender, mas que é preciso entregar. É preciso integrar estradas, ferrovias, hidrovias e portos, em uma solução multimodal, para dar mais eficiência e competitividade não apenas ao agronegócio, como à economia dos países sul-americanos. Do Sul ao Norte do Brasil, no Paraguai ou na Argentina, uma variável que segue se estruturando. O desafio estaria na integração dessas rotas de escoamento, assim como da produção e da geopolítica agro da América do Sul.

Sucessão

Na palestra de encerramento, o IICA, o Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola, deu um dos principais recados. De que é preciso formar novos líderes, agrolíderes, como condição à integração sul-americana. O presidente do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Hernán Chiriboga, declarou que “o setor agrícola tem todo o potencial. A única coisa que se requer é o surgimento de novas lideranças, de líderes que lutem pela agricultura de forma consciente, com coragem e entusiasmo. Precisamos de mais líderes jovens que posicionem o setor rural e que permaneçam no campo. É com isso que devemos nos preocupar e é por isso que devemos trabalhar”.

No mesmo painel, o presidente brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, disse que não há outro caminho no mundo para o desenvolvimento que não seja a integração, independentemente de acordos políticos. “A verdadeira integração ocorre quando um ajuda o outro. O processo de entendimento entre as nações é bastante complexo, principalmente em regiões em que há disparidade econômica, como na América do Sul, lembrou Samek. “Integração significa perder soberania. Quando se tem países pobres e ricos participando da negociação é ainda mais difícil, pois as velocidades são diferentes. Não podemos depender da política que é a arte de procurar defeito.”

Mas por que é preciso discutir e posicionar a América do Sul? Simplesmente porque, juntos, os países sul-americanos lideram, por exemplo, a exportação de soja e milho e respondem por quase 30% da oferta mundial de carnes. Porque estamos tratando de abastecimento e segurança alimentar.

Câmara aprova correção cambial de títulos do agronegócio

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, ontem, a Medida Provisória 725/16, que permite a emissão de Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) com correção pela variação cambial de outras moedas. A matéria será analisada agora pelo Senado.

A intenção é aumentar o ingresso de financiamentos externos ao setor, mantendo o valor do título atrelado à moeda. O CDCA é de emissão exclusiva de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária. Ele é de livre negociação e representa promessa de pagamento em dinheiro no prazo determinado. Já o CRA, também de promessa de pagamento em dinheiro, é de emissão exclusiva das companhias securitizadoras de direitos creditórios.

Segundo a MP, para emitir esses certificados com base na variação cambial, eles terão de ser lastreados integralmente em outros títulos representativos de direito creditório com cláusula de correção na mesma moeda, de acordo com regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). O CDCA e o CRA também terão de ser negociados exclusivamente com investidores não residentes no Brasil.

Letras de câmbio

Outra iniciativa da MP, a última editada pela presidente afastada Dilma Rousseff, é a permissão para que os bancos cooperativos de crédito usem como lastro na emissão de letras de crédito do agronegócio (LCA) títulos representativos de crédito (CDCA) relativos a repasses realizados para cooperativa singular de crédito. Para isso, todos os recursos devem ser destinados a apenas uma operação de crédito rural.

Ambos os títulos também devem ter a mesma data de liquidação e indicar sua vinculação mútua. Os CDCAs devem ser dados em garantia ao banco cooperativo repassador do dinheiro. A LCA é um título de crédito nominativo, de livre negociação, representativos de promessas de pagamento em dinheiro e de emissão exclusiva de instituições financeiras.

Para o Ministério da Agricultura, o mecanismo poderá ser usado inclusive no caso de o dinheiro ser usado por uma cooperativa de produção para fornecer insumos aos seus cooperados, pois, em última instância, está financiando esses produtores rurais.

Fundecitrus promove Simpósio MasterCitrus com resultados de pesquisas

O Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus realiza, em 2 de setembro, o IV Simpósio MasterCitrus, com a apresentação dos resultados de pesquisas dos alunos do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros. O evento é gratuito e ocorre na sede da instituição, em Araraquara/SP, a partir das 8h30 (Clique aqui para ver a programação).

O Simpósio é uma maneira de compartilhar com citricultores e profissionais do setor os resultados das pesquisas do MasterCitrus de forma que contribua com o aprimoramento do manejo e do controle das principais doenças e pragas que afetam a citricultura.

Neste ano, o evento será organizado em 10 palestras curtas com apresentação de resultados de estudos sobre HLB (huanglongbing/greening), controle de psilídeo Diaphorina citri, podridão floral, pinta preta, leprose e cancro cítrico.

As pesquisas desenvolvidas no MasterCitrus geram resultados que podem ser aplicados no campo e proporcionam eficiência e economia na condução dos pomares de laranja.

As vagas para o Simpósio MasterCitrus são limitadas. Para se inscrever clique aqui

O MasterCitrus é oferecido desde 2009 e já formou 60 mestres. É reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação e Cultura (MEC), com nota 4.

Serviço:

IV Simpósio MasterCitrus – Apresentação dos resultados das pesquisas dos alunos do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros

Data: sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Horário: 8h30

Local: Fundecitrus – Av. Dr. Adhemar Pereira de Barros, 201, Vila Melhado - Araraquara


Fonte: Fundecitrus

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

São Paulo se destaca na produção de frutas

Por causa da dimensão territorial e da área produtiva, que abrange diversos climas e tipos de solo, a principal característica da agricultura familiar de São Paulo é a diversidade de produção, inclusive em regiões litorâneas. As disparidades climáticas permitem que o estado produza frutas de clima tropical, como a manga, e de clima temperado, como maçã e pêssego.

O Brasil é atualmente um dos maiores cultivadores de frutas do mundo, produzindo mais de 41 milhões de toneladas por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). Nosso país é o maior produtor de laranja no ranking mundial. O estado de São Paulo é considerado um polo citrícola com produção de laranjas, limões e tangerinas.

A banana ocupa também posição de destaque no ranking mundial, já que é a segunda maior produção entre as frutas. Atualmente no Brasil 505.655 mil hectares são voltados para o cultivo de banana, e o estado que entrega o maior volume é São Paulo (60% da produção nacional), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com elaboração do Ibraf.

Outros produtos cultivados no estado são milho em grãos, arroz com casca, mandioca, feijão e leite. Cadeias produtivas como a piscicultura, pecuária de corte e leiteira, olericultura, apicultura e avicultura também são referências nacionais. Além disso, a tecnologia é um fator regional importante. Cada vez mais presente nos campos paulistas, máquinas e equipamentos modernos contribuem para impulsionar a produção agrícola, reduzir os custos e melhorar a qualidade dos produtos.

Em números

A agricultura familiar paulista ocupa cerca de 66% da área do estado, com 328.177 agricultores, de acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE. Impressiona a diversidade que reúne pequenos e médios produtores, índios, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais e extrativistas.

Para melhorar a renda e vencer possíveis obstáculos, muitos agricultores utilizam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que permite acesso a recursos financeiros, facilita a execução de atividades agropecuárias e ajuda na aquisição de equipamentos modernos, proporcionando mais qualidade de vida no campo.

A agricultura familiar paulista movimentou no último Plano Safra (2015/2016) o total de R$ 932.025.746,07 em crédito rural com contratos nas categorias Custeio (R$ 407.098.202,66) e Investimento (R$ 524.927.543,41) do Pronaf. O Governo Federal destinou um total de R$ 28.900 milhões para financiamentos neste período. Para este ano, são R$ 30 bilhões para todos os estados da federação. 

O suporte aos agricultores em São Paulo é executado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) que promove a capacitação para a inovação, contribui para a elevação dos níveis de emprego e renda e introduzir melhorias na assistência técnica e extensão rural com foco, por exemplo, na administração, higienização e transporte dos alimentos. Planos de negócios e pecking-house são atuações de destaque nesta conjuntura.

A capital do figo roxo

Valinhos é considerada a capital do figo roxo. O município tem a maior produção de figos de mesa do país. São 2,7 milhões de caixas colhidas por ano, sendo que 35% são para a exportação. Outro grande destaque da região é a goiaba de mesa, com mais de 10 milhões caixas por ano, das quais 5% são exportadas.

A Organização de Cooperativa Brasileira (OCB) contabilizou no estado 600 técnicos no sistema de cooperativas que garantem aos agricultores familiares o fortalecimento e crescimento do setor. Uma delas é a Associação Agrícola de Valinhos e Região (AAVR), que desenvolve ações para diminuir em até 30% as dificuldades encontradas pelos produtores. 

O presidente da AAVR, Pedro Pellegrini, diz que os maiores desafios encontrados pelos agricultores familiares de Valinhos são a comercialização e escassez de mão de obra. Uma ação promovida pela associação foi a criação de uma central de compra e venda de produtos que faz a cotação e a aquisição do insumo e embalagens com os melhores preços para os produtores. “Com isso, apoiamos e agilizamos o processo de comercialização, do retorno financeiro. Também facilitamos o acesso dos agricultores à programas de linhas de crédito com redução de taxas. Além disso, atuamos na recuperação de áreas degradáveis e no controle de doenças e pragas”, afirma Pellegrini.

Programa “Aplique Bem” reduz uso de agroquímicos em até 70% no Brasil

O pesquisador científico do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) Hamilton Humberto Ramos afirma que o programa Aplique Bem conseguiu reduzir o uso de agroquímicos em até 70% nas áreas as quais foi empregado no Brasil. Responsável pela iniciativa, que tem a parceria da Arysta LifeScience, o especialista defende que “é preciso que essas informações cheguem ao campo”.

“Trabalhos realizados pelo Centro de Engenharia e Automação do IAC têm mostrado que reduções de 30 a 70% na necessidade de água e/ou defensivos agrícolas no tratamento fitossanitário de diferentes culturas, de mais de 90% no risco de contaminação do trabalhador e de mais de 80% nos resíduos de defensivos agrícolas em alimentos são possíveis simplesmente trabalhando aspectos básicos da tecnologia de aplicação”, disse Ramos em entrevista ao Portal Global Agrochemicals.

O programa “Aplique Bem” completará dez anos no mercado em 2017, e tem como objetivo principal a preservação do meio ambiente, proteção do aplicador e redução de custos com a melhor aplicação dos defensivos agrícolas. Segundo o pesquisador, as principais transformações obtidas foram as mudanças nos hábitos dos aplicadores.

Ele aponta que a iniciativa atingiu 50 mil pessoas até hoje, enquanto era necessário atingir um público de dois milhões de trabalhadores a serem treinados. “Ainda é muito pouco”, admite.

Para suprir essa necessidade o IAC lançou este ano a “Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agrotóxicos”, cujo primeiro parceiro é a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal). O projeto tem o objetivo de realizar treinamentos de professores, extensionistas, técnicos de revenda, etc, nas mais diversas áreas da tecnologia de segurança e aplicação de defensivos agrícolas para atuarem como multiplicadores de conhecimento.

Fonte: Agrolink

Pela primeira vez, Brasil sedia Congresso Mundial da Vinha e do Vinho

Evento vai debater desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, consumo, genética e produção


O Brasil vai sediar, pela primeira vez, o Congresso Mundial da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), de 23 a 28 de outubro, em Bento Gonçalves (RS). A coordenação do evento será do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com participação da Embrapa Uva e Vinho; Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura do município.

Segundo o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), é uma honra para o Brasil sediar, pela primeira vez, o Congresso da OIV. “Além da programação da área científica internacional em vitivinicultura, o evento oportunizará aos participantes conhecer a evolução dos nossos produtos, nossas tradições e a beleza do nosso país."

A edição de 2014 ocorreu na Argentina, e a de 2015 em Mainz, na Alemanha. No evento, que chega a 39ª edição, também será realizada a 14ª Assembleia-Geral da OIV.

Tecnologia e mercado

O tema central do encontro deste ano será a “Vitivinicultura: dos avanços tecnológicos aos desafios de mercado". Entre os assuntos que deverão ser debatidos, estão o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas; a cultura do vinho; consumo saudável e responsável; recursos genéticos; avanços nas tecnologias vinícolas e produção de uva de mesa e suco; e desafios do mercado.

O objetivo do congresso é definir as diretrizes para o setor, bem como apontar recomendações para boas práticas de produção de uva e vinho e condições adequadas para a conservação da bebida. Durante a jornada, estudantes, professores e pesquisadores dedicados à temática da vitivinicultura podem dar visibilidade aos seus trabalhos.

A OIV é um organismo intergovernamental de caráter técnico-científico, com competência reconhecida no campo da videira, vinho, bebidas à base de vinho, uvas de mesa, uvas passas e outros produtos derivados da uva e do vinho. Atualmente, reúne 39 países, entre eles o Brasil. A organização visa a ser referência técnica e científica mundial para a vitivinicultura.

Serviço:

Congresso Mundial da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV)
Data: 23 e 28 de outubro de 2016
Local: Bento Gonçalves 

Blairo Maggi segue para a Ásia em busca de novos mercados para o Brasil

A soja é o principal assunto a ser discutido pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante Missão Ministerial e Empresarial na Ásia. Uma comitiva parte com Maggi nessa terça-feira, 30 de agosto. O grupo permanecerá na localidade até o dia 25 de setembro. A viagem havia sido anunciada em junho, logo após Maggi participar de uma reunião de ministros da Agricultura do G20 na China.

No roteiro de visita da comitiva liderada por Blairo Maggi estão Seul (Coreia do Sul), Hong Kong e Chongqing (China), Bangkok (Tailândia), Yangon (Myanmar), Hanói (Vietnã), Kuala Lumpur (Malásia) e Nova Déli (Índia). A missão para Ásia havia sido anunciada pelo ministro Blairo Maggi em junho durante passagem por Cuiabá logo após a sua participação na reunião de ministros da Agricultura do G20, conforme o Agro Olhar já havia comentado.

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Luiz Ribeiro e Silva, pontuou ao Agro Olhar que a missão tem como objetivo fortalecer a parceria entre o Brasil com os países asiáticos, ampliando assim os fluxos comerciais e de investimento. Segundo ele, a intenção é atrair novos investimentos, novos mercados, bem como acelerar as negociações que já estão em andamento.

“A Ásia é uma das regiões que mais irá crescer com cerca de 3,2 bilhões de pessoas na classe média até 2030, ou seja, irá demandar alimentos. O Brasil tem o agronegócio como seu maior potencial econômico e irá mostrar a importância do setor para o país e o mundo, além de sua sustentabilidade. Hoje, 61% do território brasileiro é de áreas preservadas”, comentou o secretário do Mapa ao Agro Olhar.

Conforme o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, a soja é um dos pontos a serem tratados durante a missão. “O Brasil é o país que mais exporta soja em grão, porém queremos também exportar produtos de valor agregado. No caso da soja o óleo, por exemplo”.

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Luiz Ribeiro e Silva, integra a comitiva da Missão Ministerial e Empresarial do ministro Blairo Maggi juntamente com o chefe de gabinete, Coaraci Nogueira de Castilho, e o assessor especial do ministro, Marcelo Silveira Tognozzi.

A programação conta com Seminários Empresariais, visitas técnicas e rodadas de negócios em Seul (Coreia do Sul) e em Chongqinq e Hong Kong, na China. Já nas cidades de Bangkok (Tailândia), Yangon (Myanmar), Hanói (Vietnã), Kuala Lumpur (Malásia) e Nova Déli (Índia) serão realizados Diálogos Empresariais com a presença de empresários e visitas técnicas.

Fonte: Olhar Direto

Exportações do Brasil em contêineres atingem recorde, diz Maersk Line

As exportações do Brasil em contêineres atingiram um recorde no segundo trimestre deste ano, com alta de 8,6 por cento ante o mesmo período de 2015, mostrou nesta terça-feira um relatório setorial da empresa de logística Maersk Line, embora um avanço ainda maior nos embarques enfrente limites pelo número de navios que circulam nos portos brasileiros.

O país embarcou 650 mil TEUs (unidade de medida de volume, equivalente a um contêiner padrão de 20 pés) entre abril e junho, estimou a empresa. A Maersk Line é a maior empresa do mundo no transporte marítimo de contêineres e começou a analisar o mercado brasileiro com relatórios periódicos em 2012.

"A exportação está crescendo porque a queda (recente) do câmbio foi marginal", destacou diretor de Trade e Marketing da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul, João Momesso, lembrando que o país mantém há meses uma boa competitividade no exterior fomentada pelo real desvalorizado.

"Até por conta da crise (no mercado brasileiro), algumas das commodities que viriam para o mercado interno, as empresas tiveram que mirar o mercado exterior", complementou o executivo, citando o caso dos produtos plásticos, que registraram os melhores ganhos entre os produtos não refrigerados, com alta de aproximadamente 35 por cento no trimestre.

A Maersk Line destacou que as exportações de madeira em contêineres subiram 24 por cento no segundo trimestre. Já no algodão, o crescimento foi de 4,1 por cento, mas o ritmo de expansão deve ser retomado conforme a mais recente colheita comece a chegar aos portos nacionais. "No mês passado, o açúcar também teve 'boom' muito forte, sazonal da safra. O açúcar brasileiro foi bastante demandado", disse o executivo. Os embarques do adoçante em contêineres cresceram 30,2 por cento.

O relatório apontou também crescimento dos embarques de carne bovina, que subiram 12 por cento no segundo trimestre, assim como de peixe (+29 por cento) e de frango (+7,5 por cento) Apesar do bom resultado nos últimos meses, a Marsk Line vê estabilidade das exportações do Brasil em contêineres até o fim do ano, devido a gargalos no sistema logístico.

Desde o ano passado, armadores têm reduzido o número de navios que atracam nos portos brasileiros, devido a uma menor demanda por importações, em meio à alta do câmbio e à crise econômica do país. Essa queda no número de contêineres disponíveis e de rotas operando afeta diretamente a capacidade de embarques.

"O país tem potencial para exportar mais para a Ásia, por exemplo, mas por conta da importação estar ainda fraca existe uma limitação de capacidade", disse Momesso. Segundo ele, a situação deve começar a ser revertida apenas em 2017. A entrada de contêineres trazendo produtos importados para o Brasil deu sinais de recuperação no segundo trimestre, após ter atingido no primeiro trimestre o menor volume em sete anos, destacou o relatório da Maersk Line.

"Há uma estabilização na economia brasileira. No trimestre passado, vimos o fundo do poço e agora já temos sinais de recuperação", disse o diretor-superintendente da empresa para a Costa Leste da América do Sul, Antonio Dominguez. Após ter recuado 31 por cento em cada um dos três primeiros meses do ano, na comparação anual, as importações de contêineres reduziam o ritmo de queda para 13 por cento em junho, disse a empresa.

Em entrevista à Reuters, os executivos alertaram que empresas importadoras podem enfrentar dificuldades nas compras de produtos para o Natal, cujos pedidos costumam ocorrer de forma concentrada. "Com essa redução de capacidade (de rotas de navios), há uma chance de ter um gargalo grande se as empresas não anteciparem as importações", disse Momesso.

Fonte: Reuters

Tarde de Campo em Áurea trata das culturas do pêssego, morango e figo


Orientações técnicas para implantação de pomares, manejo e ações de controle doenças e pragas e solo foram tratadas em Tarde de Campo em Fruticultura, realizada em Áurea, na última quinta-feira (25/08), visando qualificar a atividade para maior rendimento e produção com qualidade. O tema sucessão familiar também fez parte de uma das estações. A atividade reuniu produtores beneficiários da Chamada Pública Sustentabilidade executada pela Emater/RS-Ascar. 

As orientações foram repassadas por técnicos da Emater/RS-Ascar com foco no cultivo das culturas de morango, pêssego e figo produzidos na propriedade da família de Moacir Pietczak e Josiana Czichacheski, localizada na linha Lajeado Leão, que sediou o evento. Os técnicos destacaram que a fruticultura é uma alternativa rentável para a agricultura familiar.

O assistente técnico regional em Sistemas de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar de Erechim, agrônomo Paulo Trierveiler, e o técnico Samuel Sperandio repassaram orientações sobre o cultivo de morango em substrato. Na estação, eles destacaram as vantagens deste sistema de cultivo em comparação com o cultivo no solo, como melhor sanidade do fruto, melhor aproveitamento da área e facilidade na colheita. No local, também foram repassadas orientações sobre a Drosophila Suzuki, um mosquinha que pode atacar a produção, principalmente na fase em que o fruto está quase maduro. Os técnicos orientaram ainda como fazer armadilhas para atrair estas moscas de forma mais ecológica.

Em outra estação, o técnico Ernani Schneider falou sobre o manejo do figo. Entre as recomendações estão análise de solo, procedimentos com mudas e poda adequada. ?O figo é uma cultura que precisa de umidade, mas não em excesso, e pode ser cultivado em sistema de irrigação por gotejamento?, aconselhou. Também destacou o uso de caldas bordalesa no controle de insetos como forma mais sustentável. 

O técnico Leandro Kubiak orientou sobre os cuidados e condução do pomar de pêssego. Segundo ele, o primeiro passo para a implantação é a análise e, se necessário, a correção do solo. Outro fator observado é o espaçamento entre as plantas. ?Podem ser usadas de 400 a 800 plantas por hectare, dependendo do formato do pomar?. Kubiak também chamou atenção para a qualidade das mudas. ?As doenças e pragas se proliferam com rapidez?, observa, ao ressaltar que ?o tratamento de inverno elimina muito dos fungos?.

A extensionista técnica regional Social, Fernanda Tacca Angone, abordou temas como família, renda, lazer e a influência dos pais na permanência dos jovens no campo. Fernanda chamou atenção para a valorização do trabalho dos jovens na propriedade, acesso à tecnologia e políticas públicas, como o Pronaf Jovem. ?O jovem deve ser estimulado para uma decisão consciente?. Ela destacou o diálogo, renda e autonomia como fatores que podem influenciar na permanência do jovem no campo. ?As decisões devem ser tomadas em conjunto, para a gestão da propriedade?. Fernanda também expôs o Programa Estadual Gestão Sustentável, que vem sendo executado pela Emater/RS-Ascar. 

O casal anfitrião Moacir Pietzak, e a esposa Joseana Czichacheski relatou sua experiência nas atividades da propriedade e a opção de permanecer no campo. Moacir observou que já buscou emprego fora do município de Áurea, mas decidiu retornar. Também citaram a importância de uso de tecnologia, como a internet. ?Usamos computador para pesquisa e para expedir nota eletrônica do produtor?. Quanto ao lazer, eles dizem que optaram por viagens. 

As atividades da Tarde de Campo foram acompanhadas pela equipe do Escritório Municipal de Áurea, Ligia Wencelewski e Junior Tomazzoni e pela extensionista Laura Glaner, do Escritório Municipal de Carlos Gomes.

Abertura ? A Tarde de Campo em Fruticultura foi aberta pelo gerente regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Nilton Cipriano Dutra de Souza, e pelo secretário municipal de Agricultura Hermes Mustifaga. Nilton destacou a importância da fruticultura para a agricultura familiar e também observou que muitas propriedades da região do Alto Uruguai têm na fruticultura a principal atividade econômica. Nilton acompanhou o evento e agradeceu a parceria com a prefeitura e com a família que sediou a atividade. O secretário da Agricultura também agradeceu a parceria com a Emater/RS-Ascar e os produtores. ?É muito importante o conhecimento repassado?. 

Fonte: Emater - RS

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Reavaliação do acefato traz lições sobre registro de agroquímicos no Brasil

O caso da reavaliação do acefato, solicitado pela Arysta Lifescience, traz uma série de ensinamentos acerca do processo de registro de agroquímicos no Brasil. O Portal Agrolink conversou com exclusividade com a Gerente de Registro da empresa, Dr. Liria Sayuri Hosoe, que contou detalhes e lições aprendidas.

O Brasil consome entre 25 a 30 mil toneladas de acefato por ano, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o produto no Brasil, alegando que a molécula já era banida em outros lugares do mundo. A Arysta então moveu processo que durou oito anos, provando que o defensivo não representava perigo e que nos Estados Unidos, por exemplo, simplesmente não havia interesse comercial nesse agroquímico. 

A revisão toxicológica promovida pela Arysta provou à Anvisa que o acefato não era cancerígeno e nem mutagênico. “Foi uma reavaliação, de certa forma, única, de sucesso, porque revertemos uma situação de banimento. Tivemos muito suporte de agricultores, assim como de pesquisadores, o que foi muito importante”, relembra Liria.

Ela alista uma série de lições tiradas do caso. A primeira é de que o cenário regulatório muda a todo o tempo, e é preciso trazer as novas informações até os órgãos regulatórios. Foi possível perceber, segundo a especialista, que a Anvisa passou a aceitar a discussão científica, mas para isso é preciso apresentar estudos toxicológicos de qualidade, criando uma força tarefa cooperativa com a Agência.

De acordo com a Gerente de Registro da Arysta, a reavaliação do acefato levou a Anvisa até mesmo a rever seus próprios processos internos. Liria conclui que foi fundamental, ainda, mostrar que a indústria está disposta a ensinar, educar e treinar para o uso correto e sustentável dos produtos.

Fonte: Agrolink

Grécia divulga pontos de entrada de frutas cítricas exportadas pelo Brasil

Em 2013, foram produzidas aproximadamente 19 milhões de toneladas de limão e laranja


O Ministério do Desenvolvimento Rural e Alimentação da Grécia comunicou, à Embaixada do Brasil em Atenas, quais os pontos autorizados de entrada, no território grego, de frutas cítricas exportadas pelo Brasil, África do Sul e Uruguai, destinadas ao processamento industrial para suco. O documento cita os portos de Pireu, no centro de Atenas, e de Salônica, segundo maior porto do país. 

A exportação de frutas cítricas do Brasil está concentrada no limão, cujo principal destino é a União Europeia. Os maiores produtores de frutas cítricas do país são os estados de São Paulo, Bahia, Paraná, Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Sul, Pará e Goiás. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na safra de 2013, foram produzidas aproximadamente 19 milhões de toneladas de limão e laranja.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Hortifruti lança suco com poder antioxidante

Rede varejista lançou uma linha própria de sucos apostando em bebidas com apelo funcional.


A rede varejista Hortifruti lançou um suco composto por frutas vermelhas e com alto poder antioxidante, o Antiox, que tem entre os ingredientes, a amora, que protege o organismo contra o envelhecimento precoce; o morango, que combate os radicais livres; a framboesa, que auxilia na defesa do organismo. Além disso, o suco conta também com a blueberry, considerada uma das frutas com maior potencial antioxidante, e com a laranja, rica em vitamina C.

Assim como os demais sucos preparados pela Hortifruti, o produto é natural, sem conservantes e sem adição de açúcar. Poderá ser encontrada em garrafas de 1 litro, 500 ml e 300 ml, e copos de 300 ml e já está disponível nas prateleiras de todas as 34 lojas da rede no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

Fonte: Revista Alimentos e Bebidas

UE ameaça barrar importação de cítricos do País

Bloco econômico rejeitou oito contêineres com limão tahiti que tinham uma doença conhecida como cancro cítrico, inexistente nos países europeus.


A União Europeia (UE) ameaçou embargar as importações de frutas cítricas brasileiras após rechaçar oito contêineres com limão este ano. As cargas de limão tahiti continham frutas com cancro cítrico. Elas foram embarcadas em Santos (SP) e entrariam no bloco econômico pela Inglaterra. A doença, uma das principais da citricultura, é comum no Estado de São Paulo, mas não existe na Europa e é considerada uma ameaça à produção do continente, principalmente na Espanha e na Itália, maiores produtores locais de laranja e tangerina.

As exportações de limão tahiti praticamente dominam as vendas externas de frutas cítricas frescas do Brasil e a União Europeia é o principal mercado brasileiro. Entre janeiro e julho deste ano, as exportações de limão movimentaram 68,58 mil toneladas e US$ 64,15 milhões. Essas cifras representam 84% do volume total de 81,70 mil toneladas de todos os citros comercializados e 93% do faturamento, de US$ 68,73 milhões no período. Para a UE, foram exportadas 60,45 mil toneladas de limão tahiti, com uma receita de US$ 57,24 milhões nos primeiros sete meses de 2016.

Após a comunicação oficial das autoridades sanitárias do bloco econômico europeu e depois de uma teleconferência com representantes do Ministério da Agricultura, técnicos da pasta e da Secretaria de Agricultura de São Paulo enquadraram produtores do interior do Estado. Na semana passada, equipes dos dois governos fizeram ações de rastreabilidade das frutas e de fiscalização nas chamadas “packing houses”, que são armazéns usados entre a colheita e a exportação dos citros.

Descumprimento. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, por causa dos preços remuneradores pela venda do limão tahiti na União Europeia, produtores se descuidaram da questão sanitária nas exportações e enviaram frutas já com sinais iniciais de cancro como, por exemplo, lesões nas cascas. 

“Pelas fotos que nos mandaram fica claro que o fruto já saiu daqui com cancro. Houve uma precipitação por conta do preço do limão e não houve o cumprimento das regras”, disse uma fonte do Ministério da Agricultura.

Já o superintendente federal da Agricultura em São Paulo, Francisco Jardim, afirmou que o número de cargas exportadas rechaçadas – oito contêineres entre 1.058 enviados desde o início do ano – pode parecer pequeno, mas supera em muito o limite tolerável pela União Europeia, de até cinco cargas rejeitadas por ano. “Não pode ter rechaço se o sistema funcionar direito e não foi isso que aconteceu”, alertou Jardim.

De acordo com o superintendente do Ministério da Agricultura no Estado, assim que houve a comunicação por parte da União Europeia, foi feita uma reunião prévia com os exportadores, a qual antecedeu as vistorias feitas nas packing houses. “Alguma coisa está errada e, por isso, estamos auditando todo o processo”, afirmou Francisco Jardim.

Segundo o superintendente, com o rastreamento, será possível identificar responsáveis técnicos. “Vamos chamá-los para conversar e, se for o caso, podemos até retirar a autorização para a exportação”, concluiu.

Fonte: Estadão Conteúdo

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Mercado de sucos pode crescer 5% ao ano até 2020

Segundo relatório da Zenith Internacional, o consumo total pode atingir 105 bilhões de litros

Um novo relatório da consultoria Zenith International, especializada no mercado de comida e bebida, aponta que o mercado global de sucos e néctares deve registrar crescimento de 5% ao ano durante os próximos cinco anos. O levantamento prevê ainda que o consumo total, somadas ambas as categorias, irá atingir 105 bilhões de litros em 2020.

O mercado ultrapassou 80 bilhões de litros em 2015, o que representa 10% do volume total de refrigerantes. As vendas subiram 4% durante o ano, com um crescimento na África, Oriente Médio, Ásia-Pacífico e América Latina compensando quedas nos mercados maduros, como América do Norte e Europa Ocidental.

"O mercado de suco está se tornando cada vez mais diversificado com os avanços futuros, particularmente na América do Norte e Europa Ocidental, que são dependentes de produtos inovadores e originais", disse a diretora de inteligência de mercado da Zenith, Esther Renfrew. "Os fabricantes agora reconhecem que a inovação é um imperativo, a fim de ganhar ou manter o sucesso."

Produtos chave em desenvolvimento

O relatório da Zenith identificou oito áreas-chave de iniciativas de desenvolvimento de produto desde 2014 - entre sabores originais ou ingredientes, novas texturas, sumos de vegetais, sucos prensados ​​a frio, baixo teor de açúcar ou sem açúcar, ofertas funcionais, posicionamento premium e voltados para crianças.

Entre outros pontos destacados no documento está o fato de que bebidas de frutas são o segmento líder, representando cerca de 50% do consumo em 2015, e que o consumo por pessoa em sucos 100% é maior na América do Norte e Europa Ocidental. Ásia-Pacífico é o maior mercado em termos de volume, no valor de 40% das vendas globais.

Renfrew continuou: "Nos últimos anos, as principais tendências de desenvolvimento de novos produtos têm envolvido novos métodos de processamento, posicionamento do produto refinado e ênfase no ingrediente de sabor e função. O nosso relatório de Juice Innovation 2016 serve como referência para qualquer empresa que pretenda criar ou expandir sua presença no mercado ".

Fonte: Foodbev

Seca causa queda nas produções de café e de mamão papaia do ES

Agricultores sofrem com a estiagem no norte do Espírito Santo. 
Estado é o principal produtor de conilon e maior exportador da fruta do país.

Os agricultores do norte do Espírito Santo ainda sofrem com a seca. O estado é o principal produtor de café conilon e o maior exportador de mamão papaia do país.

A falta de chuvas fez o agricultor Rodrigo Martins mudar os planos e investir menos na plantação de mamão da propriedade em Linhares. “Nós tínhamos uma previsão de plantio de cem hectares, mas só plantamos 50. Precisa cuidar do que já está produzindo. Então, as áreas novas a gente espera um pouco mais para ver o que vai acontecer”, diz.

Linhares é o maior exportador da fruta no Brasil. Da cidade saem todo mês cerca de mil toneladas de mamão para a Europa, os Estados Unidos e os Emirados Árabes. Mas, com a estiagem histórica que castiga o estado, diminuiu o trabalho nas beneficiadoras. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya - Brapex a falta de chuvas fez a produção no estado cair quase 70%.

“Nos últimos dois meses começou a voltar um pouco melhor essa oferta da fruta. A tendência, que a gente espera, é que para o segundo semestre essa oferta possa se normalizar um pouco em comparação ao que foi nos últimos meses. Mas, isso vai depender de uma situação climática mais favorável”, diz Franco Fiorot, diretor executivo da associação.

O café conilon é outra cultura castigada pela crise hídrica na região. Segundo o INCAPER, a safra deste ano foi 40% menor em relação à colheita de 2015. “As lavouras foram muito afetadas. Elas perderam vigor e folha, chegando ao ponto de lavouras até morrerem. Com isso, a gente tem uma previsão não muito boa até para o próximo ano”, diz o Romário Gava Ferrão, agrônomo do INCAPER.

A queda na produção do café conilon já refletiu nos preços na Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha - Cooabriel, no noroeste do estado. “A cooperativa, em 2014, recebeu 1,168 milhão de sacas de café. Em 2015, foram 943 mil. Esse ano, até agora, tinha 70 mil sacas. A quebra foi muito grande”, diz Antônio Joaquim Neto, presidente da cooperativa.

Fonte: Globo Rural

Emater/RS-Ascar realiza entrega de mudas de macieira em Roque Gonzales

A equipe da Emater/RS-Ascar de Roque Gonzales efetuou, na última semana, a entrega de mudas de macieira a agricultores do município interessados em diversificar as possibilidades de produção de autoconsumo em suas propriedades. Foram entregues macieiras das variedades Eva e Julieta, esta última polinizada com tecnologia e certificação da Embrapa. 

Foram entregues 100 mudas de reconhecida qualidade em seu porte, raízes e sanidade. "Estas variedades necessitam menos de 100 horas de frio abaixo de 7,2º centígrados, perfeitamente adaptadas à nossa região", observa o extensionista da Emater/RS-Ascar, Canísio Berwaldt. Ele também destaca a importância da entrega destas mudas, sendo que "a produção de autoconsumo é uma das principais opções de ganho dos agricultores familiares e estas introduções de novas variedades de maçã, bem como entrega anterior de mudas da banana BRS Platina, abacaxi, moranguinhos e outras, além de propiciar ganhos aos produtores ainda fornece alimentação de qualidade às famílias".

No momento da entrega os produtores foram orientados sobre a forma de condução, que pode ser em forma de taça, onde é feita a poda mais baixa para formar a altura de tronco e posteriormente escolher de três a quatro ramos radiais, ou a condução em forma de eixo central.

Fonte: Emater - RS

Citros/Cepea: Oferta restrita sustenta preços da pera; tahiti tem ligeira queda

A frente fria que atingiu o estado de São Paulo no último fim de semana limitou a demanda pela laranja pera de mesa. Ainda assim, conforme pesquisadores do Cepea, os preços seguem firmes, sustentados pela oferta restrita da fruta e pelo receio de escassez. A média da pera, na parcial da semana (segunda a quinta-feira), está em R$ 22,44/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 1,5% frente à semana anterior.

As precipitações do final de semana também reduziram a demanda pela lima ácida tahiti, o que pressionou levemente os valores da fruta. Além disso, o recuo das exportações e o aumento da oferta interna (com as chuvas, mais frutas atingiram o calibre ideal e foram colhidas) também resultaram na desvalorização da variedade. Nesta semana (segundo a quinta), a média de comercialização da tahiti está em R$ 57,87/cx de 27 kg, colhida, baixa de 5,4% em relação à da semana passada. 

Fonte: Cepea/Esalq

domingo, 28 de agosto de 2016

Geada na região de Juquiá/SP eleva preço da banana

Enquanto a maioria das frutas está com o preço mais baixo, o valor cobrado pela banana dobrou, e segundo Ednei José de Almeida, técnico administrativo da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) em Sorocaba, isso acontece por conta de uma geada que atingiu a região de Juquiá -- principal produtora de banana no Estado. "A caixa de 20 quilos da nanica estava entre R$ 20 e R$ 25, mas agora chega a R$ 60." De acordo com Almeida, é necessário agora comprar a fruta de produtores de Minas Gerais e o preço mais salgado se dá por conta do frete.

A banana maçã, diz Almeida, também teve uma disparada de preço e a caixa é comercializada em torno de R$ 90. Na feira livre os preços variam de R$ 2,90 a R$ 5,99 o quilo. Segundo o feirante Silas de Oliveira Palma, os danos causados pela geada devem demorar a ser superados. "Acredito que só em janeiro e fevereiro é que deve melhorar o preço", lamentou. Lúcia Rodrigues de Souza, também feirante, ainda consegue manter a boa oferta e em sua barraca a variedade mais cara é da banana prata, vendida a R$ 3,49.

Mesmo diante do preço maior da banana, a aposentada Maria Cecília Vieira de Souza não consegue deixar de levar a fruta para a casa. "Banana é bom porque não estraga rápido e é muito nutritiva." A dona de casa Silvana Silva diz que vai diminuir a quantidade, mas vai continuar comprando.