sábado, 8 de agosto de 2015

Produção de alimentos precisa aumentar 80% para alimentar Mundo em 2050

As estimativas para 2050 são de que o Mundo tenha 9,7 bilhões, cerca de 37% a mais que hoje.

As estimativas para 2050 são de que o Mundo tenha 9,7 bilhões, cerca de 37% a mais que hoje. Para alimentar tal população, sendo 70% urbana, é preciso elevar em 80% a produção de alimentos e Brasil pode vir a se tornar maior produtor e exportador, principalmente de grãos e proteína animal, diante tais projeções.

As estimativas foram apresentadas pela Organização das Nações Unidades para Alimentação e Agricultura (FAO) durante o 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), nesta terça-feira (04), em São Paulo.

Hoje, o Brasil é o segundo maior exportador de alimentos em termos de volume e as projeções do Relatório FAO OECD 2015-2024 projetam o país em primeiro lugar.

De acordo com Alan, Bojanic, representante da FAO no Brasil, durante o Fórum ABAG ESTADÃO – Alimentos, para se tornar o primeiro em exportação de alimentos o Brasil tem de o desafio de melhorar o seu escoamento, além do uso de tecnologia e assistência para assistência para o pequeno e médio produtor e industrial.

“As carnes deverão ser a maior demanda do mundo inteiro”, destacou Alan Bojanic.

Preços commodities

Os preços reais das commodities entre 2015-2024 deverão manter-se em queda secular de longo prazo com o aumento da oferta. O representante da FAO destacou ainda que o relatório da entidade estima mercados calmos, porém com risco de recrudescimento de volatilidade.

“A produção agrícola duplicou desde 1990. Aumentamos produtividade em poucas áreas devido ao uso de tecnologia e capital substituindo a mão de obra. O Brasil tem como desafios, também, manter os ganhos de produtividade, melhorar a sustentabilidade ambiental da agricultura e atingir novas reduções da pobreza e desigualdade no campo”, frisou Alan Bojanic.

Fonte: MT Agora - Olhar Direto

Investimento em agroindústrias deixará país mais competitivo, diz associação


Levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos, o Brasil processa cerca de 58% da produção agropecuária do país. Em 2013, o número atingiu mais de 450 bilhões de toneladas.

De acordo com o presidente da associação Eduardo Klotz, o Brasil precisa aumentar esse número para dar conta da elevação da população mundial e se manter competitivo no mercado internacional de alimentos.

Segundo o diretor geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Luís Madi, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a agroindústria contribui muito para a economia brasileira. Segundo ele, só em 2013 o segmento representou 28% do PIB agropecuário, que fechou o ano com um total de R$ 991,06 bilhões.

Conforme o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, o agronegócio paranaense segue em destaque no processo de agroindustrialização no Brasil devido aos investimentos realizados pelas cooperativas do Estado. De acordo com dados obtidos em 2012 as indústrias de alimentos representaram 21% na composição do valor da transformação industrial do Paraná.

Fonte: MS Noticias

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Livro sobre pragas introduzidas no Brasil será lançado na Esalq

O livro Pragas introduzidas no Brasil: insetos e ácaros, editado por Evaldo Vilela Filho e Roberto Antonio Zucchi, da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), contou com a participação de 127 pesquisadores de 66 instituições do Brasil e do exterior. São 55 capítulos e mais de 200 fotografias em cores.

É dividido em 5 partes – defesa fitossanitária, fruticultura e plantas ornamentais, horticultura e plantas forrageiras, grandes culturas e florestas. O capítulo 54 – Psilídeo-de-concha-do eucalipto, Glycaspis brimblecombei Moore e o capítulo 55 - Percevejo-bronzeado-do-eucalipto, Thaumastocoris peregrinus Carpinteiro & Dellapé tem a participação de Luiz Nogueira de Sá, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP).

Altas concentrações do psilídeo de concha causam descoloração das folhas, redução da área fotossintética das plantas, diminuição do crescimento e secamento dos ponteiros em árvores de eucalipto, podendo levar as árvores à morte. Há várias espécies de inimigos naturais ao psilídeo-de-concha, como a vespinha exótica importada do México, Psyllaephagus bliteus; e de outro bioagente o percevejo predador Atopozelus opsimus.

O capítulo 55 aborda o percevejo bronzeado do eucalipto, inseto que vem atraindo a atenção do setor florestal mundial, devido à rapidez com que tem se disseminado e à importância dos danos ocasionados em plantios de eucalipto nos diferentes países onde foi introduzido. Os sintomas de ataque variam muito conforme a espécie, o clone e os híbridos. As folhas apresentam coloração prateada ou levemente bronzeada. A principal estratégia de controle é o biológico. Para esta praga exótico de hortos de eucalipto foi importado da África do Sul, uma vespinha específica exótica denominada Cleruchoides noackae (Hymenoptera: Mymaridae) para o controle biológico do T. peregrinus no país.

O livro será lançado em 13 de agosto de 2015, no Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq/USP. O preço promocional no lançamento será de R$ 120,00.

Fonte: Grupo Cultivar

Citros/Cepea: demanda aquecida sustenta cotação da laranja

Houve ligeiro aquecimento na demanda nesta semana no mercado brasileiro de laranja in natura. Segundo colaboradores do Cepea, além do clima um pouco mais quente, a volta às aulas também favoreceu as vendas, já que a laranja é bastante usada na merenda. Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera tem média de R$ 11,18/cx de 40,8 kg, na árvore, ligeira alta de 0,2% ante a semana passada.

Para a próxima semana, a demanda pode se manter aquecida, já que a previsão ainda é de temperatura elevada, além de ser período de recebimento de salários. A concorrência entre o mercado de mesa e a indústria por frutas tende a aumentar nos próximos meses, principalmente conforme for melhorando a qualidade da laranja pera, a “preferida” tanto pela indústria quanto pelo consumidor in natura.

Dados recentes da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) apontam baixos estoques de suco no final da safra 2015/16, o que elevaria a demanda por laranjas. Segundo a Associação, da produção total de São Paulo e do Triângulo Mineiro, estariam disponíveis para o mercado de mesa apenas 30 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja, bem menos que o consumido normalmente – estimado não oficialmente entre 40 e 50 milhões de caixas.

Fonte: Cepea/Esalq

Índice global de preços de alimentos cai em julho para menor nível em 6 anos


Os preços globais de alimentos caíram em julho para o menor nível em quase seis anos, pressionados por menores custos de lácteos e óleos vegetais, disse a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) nesta quinta-feira.

O índice de preços da FAO, que registra as variações mensais em uma cesta de cereais, oleaginosas, lácteos, carnes e açúcar, ficou na média de 164,6 pontos em julho, queda de 1 por cento ante junho.

O índice de julho foi o menor desde setembro de 2009.

No mês passado, o índice de preços de lácteos caiu 7,2 por cento ante junho, principalmente devido a uma menor demanda de importação da China, Oriente Médio e norte da África e a uma oferta abundante de derivados de leite na União Europeia.

Os preços de óleo vegetais recuaram 5,5 por cento em julho, para os menores valores desde julho de 2009.

A queda foi puxada principalmente por um recuo nos preços internacionais de óleo de palma, após um aumento de produção do Sudeste Asiático, em combinação com exportações mais lentas, especialmente na Malásia. O recuo das cotações do óleo de soja, em um momento de boa disponibilidade na América dos Sul, também contribuiu.

(Por Steve Scherer e David Brough) - Agencia Reuters

Fonte: DCI

Estudantes holandeses convertem o desperdício de frutas em couro ecológico



Alunos do Willem de Kooning Academie em Rotterdam, Holanda, encontraram uma maneira de transformar frutas que eram descartadas no lixo em couro ecológico. Este “couro de frutas”, criado pelos inventores, não apodrece, não atrair formigas ou moscas e não só pretende acabar com o desperdício, mas também é adequado para ser utilizado em diversos produtos.

A idéia nasceu quando os estudantes Hugo de Boon, Aron Hotting, Koen Meerkerk, Maaike Schoonen, Bart Schram e Miloy Snoeijers, estavam pensando numa forma de usar os 3.000 kg de frutas que são jogadas fora depois de um dia de mercado em Rotterdam. E depois que muitas centenas de quilos de frutas foram descascadas à mão e tirado os caroços para depois serem cozidas e secas, eles obtiveram um material que se assemelha ao couro animal.

“Cada centímetro é único. É um material com uma estrutura e textura clara, que fica diferente com cada tipo de fruta que utilizamos “, disse Hugo de Boon que junto com seus colegas criaram a Fruitleather Rotterdam

Para testar o material, os alunos fizeram alguns “protótipos” com o couro. Até agora, 14 mangas foram transformadas em uma mala forte e flexível. Há também um saco de compras feita de nectarinas e um abajur feito de pêssegos.

Os alunos já foram abordados por fabricantes de calçados interessadas em seu produto. Uma grande empresa alemã que faz peças de couro para a BMW e Porche entrou em contato com eles pois as empresas estão à procura de uma alternativa ao couro animal e frutas só poderiam produzir uma alternativa mais amigável do que o couro animal. Interessante não? Eu já vi papel artesanal feito de frutas, mas couro de fruta achei o máximo! Eles só tem agora que refinar o processo para que a textura do couro ecológico de frutas fique mais comercial.

Para saber mais, acesse o site do projeto : http://www.fruitleather-rotterdam.com/

Fonte: Stylourbano

Conab vai adquirir 3,5 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai adquirir 3,5 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar, que serão destinados a populações que se encontram em situação de insegurança alimentar.

As inscrições deverão ser feitas até o dia 16 de agosto. Serão adquiridos arroz, farinha de trigo, macarrão, farinha de mandioca, fubá de milho, feijão e açúcar.

Os produtos serão destinados a 15 Estados e deverão ser entregues até o dia 27 de setembro, conforme determinação do edital da Chamada Pública. A compra será realizada por meio das Superintendências Regionais da Companhia em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Documentação

Para participar da Chamada Pública, as representações devem enviar a documentação exigida, como cópia do CNPJ da organização, DAP Jurídica, entre outros, além das amostras do produto para avaliação prévia e o formulário com a proposta de venda. Toda documentação deve ser encaminhada à superintendência da Conab no respectivo estado. 

Os produtos que não atenderem as especificações exigidas serão recusados e colocados à disposição da organização fornecedora, que terá o prazo máximo de 30 dias para retirada do produto.

Tempo para inscrições

No último dia (17.08), o tempo para inscrição será reduzido, podendo ser feita até as 12h. A abertura, análise e classificação das propostas está marcada para as 14h do dia 19 nas superintendências contempladas.

O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 20 mil por ano, independente de já fornecerem a outras modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos ou do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Já o limite para cooperativas ou associações é de R$ 6 milhões por DAP Jurídica.

Os produtos adquiridos serão utilizados na composição de Cestas de Alimentos que serão destinadas a grupos populacionais específicos, determinados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em situação de insegurança alimentar e nutricional. A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) do MDS.

Mapa inicia “Programa de Vigilância Sanitária em Fronteiras”

O governo brasileiro deflagrou esta semana seu “Programa de Vigilância Sanitária em Fronteiras”. O objetivo desta iniciativa é fortalecer a fiscalização – especialmente sobre a movimentação de agroquímicos – nas regiões de divisa com outros países.

A questão é extremamente difícil e sensível para o Brasil, principalmente em função da grande extensão das fronteiras do País, que abrange 15.735 quilômetros terrestres de divisas com dez países diferentes. Outro ponto crítico é o reduzido número de fiscais agropecuários disponíveis para o trabalho.

O primeiro passo do Programa foi a nomeação de um grupo de funcionários que já trabalha na montagem de relatório com a proposta completa do projeto. Estão sendo calculados prazos e custos envolvidos nas ações, além da minuta de ato normativo que será editado especificamente para regular a fiscalização.

O resultado do trabalho será apresentado até a primeira semana de novembro, e contará com a participação de especialistas e representantes de entidades relacionadas ao tema. O grupo de servidores que trabalham no projeto são: Jorge Caetano Junior (Coordenador-Geral de Suporte Estratégico); Francisco Basilio Freitas de Souza (Secretaria de Defesa Agropecuária); Carlos Goulart (Departamento de Sanidade Vegetal); Rodrigo Padovani (Departamento de Saúde Animal); e Marcos Eielson Pinheiro de Sá (coordenador-geral doVigiagro).

O reforço na vigilância foi uma promessa da nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, logo ao assumir o cargo. Em maio, ela anunciou que esse Programa faria parte do “Plano Nacional de Defesa Agropecuária”. 

Fonte: Agrolink

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Brasil procura se consolidar como grande parceiro comercial de Moçambique

Os intercâmbios comerciais entre Brasil e Moçambique aumentaram 129% entre 2008 e 2014, até alcançar os US$ 74 milhões, graças à participação de empresas brasileiras nos principais projetos realizados no país africano nos últimos anos.
Segundo os dados do Ministério brasileiro de Relações Exteriores, os intercâmbios comerciais entre os dois países lusófonos dispararam desde o desembarque em 2008 da empresa mineira brasileira Vale. Além disso, Moçambique é o primeiro receptor da ajuda da Agência Brasileira de Cooperação, que trabalha em mais de 80 países.

O diretor da câmara de Comércio, Indústria e Agricultura Brasil-Moçambique (CCIABM), Flávio Sotelo, explicou que até há pouco tempo Moçambique era um mercado “pouco conhecido” para o empresariado brasileiro, mas agora representa uma grande oportunidade para companhias de prestação de serviços.

Segundo Sotelo, Moçambique favoreceu nos últimos anos o ambiente empresarial com medidas como a informatização de sua administração e a redução dos prazos para abrir uma empresa até se transformar em um dos principais destinos dos investimentos no continente africano.
De acordo com os números do Centro de Promoção do Investimento (TPI), o Brasil chegou a ser o primeiro investidor direto em Moçambique durante os primeiros nove meses de 2012 graças à participação da Vale no projeto do Corredor Logístico de Nacala, uma linha férrea que une a província interior de Tete com o maior porto do país.
Esta empresa mineira anunciou no final de 2014 a venda de parte de sua participação no projeto e na mina de carvão de Moatize, em Tete, ao grupo japonês Mitsui.

Junto à extração de recursos, as infraestruturas, a agricultura e a saúde são outros dos setores mais atrativos em Moçambique, ressaltou Sotelo, que no entanto advertiu sobre os elevados custos para começar a operar neste país.

Acordo comercial

Em 30 de março, o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou para Moçambique para assinar um acordo que pretende intensificar as relações comerciais entre ambos países e implica na criação de um grupo de trabalho bilateral para identificar oportunidades de negócio.

Além disso, uma missão da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), composta por 30 empresas, visitou Maputo neste mês com o mesmo propósito.
A economia moçambicana cresceu 7,4% em 2014, segundo o Banco Mundial, e espera-se que adquira um ritmo similar nos próximos anos ao se beneficiar do investimento nos grandes projetos vinculados com a extração de gás natural.
A respeito, estima-se que as reservas desta fonte de energia descobertas na bacia do Rovuma, perto da fronteira norte com a Tanzânia, podem estar entre as maiores do mundo.
Segundo o último relatório do Fundo Monetário Internacional sobre Moçambique, previsões apontam que o país se manterá como uma das economias mais dinâmicas da África a médio prazo, com taxas de crescimento que poderiam chegar a uma média de 8% para o período 2016-2019.

Fonte: Portos e Navios / CNA

APTA desenvolve pesquisas com a cultura da pitaya

Cerca de 25 produtores da região Oeste paulista utilizam tecnologias desenvolvidas pela Agência

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), realiza pesquisas com pitaya nas condições de clima e solo do Oeste Paulista. As pesquisas estão sendo conduzidas no Polo Regional da Alta Sorocabana da APTA, localizado em Presidente Prudente. Cerca de 25 produtores da região já utilizam as tecnologias desenvolvidas pela Agência.

O cultivo de frutas é uma atividade importante para a agricultura familiar. Estudos de nutrição e adubação, polinização e indução do florescimento têm sido realizados pela Apta com o intuito de aumentar a produtividade da cultura na região. A pitaya é considerada uma fruta exótica e pode ser cultivada em todo o Estado de São Paulo. Seu consumo tem crescido, assim como sua produção, feita de dezembro a maio.

“Os produtores mais antigos são técnicos com bom conhecimento em várias culturas, mas os conhecimentos adquiridos estão sendo repassados a outros produtores e, desde o ano passado, estamos capacitando um grupo nos assentamentos para produção de pitaya”, afirmou Nobuyoshi Narita, pesquisador da APTA.

As pesquisas realizadas pela Agência iniciaram-se em 2007, com apoio da Associação de Produtores, Fruticultores Associados do Oeste Paulista (Faop), de Presidente Prudente, e da Associação Viver e Aprender do Bom Pastor, localizada em Sandovalina. As pesquisas visam dar suporte aos produtores para evolução da atividade, pois são poucos os estudos com a cultura no Brasil. A região Oeste paulista tem, aproximadamente, 30 produtores. Alguns com áreas contendo 1000 plantas e outras em fase de implantação.

Cerca de 25 produtores já utilizam as tecnologias desenvolvidas pela APTA. Os pesquisadores têm transferido conhecimento em condução em espaldeira, plantio de mudas grandes, poda durante o inverno, aplicação foliar de nutrientes, utilização de sombreamento, indução de florescimento e polinização manual.

“Em resultados de pesquisas recentes chegamos à conclusão que para a variedade cultivada regionalmente, a polinização manual melhora o número e o peso dos frutos e, consequentemente, a produtividade. Desta forma, todos os produtores incorporaram esta atividade no sistema de produção”, explicou Narita.

A maior parte da produção regional é comercializada na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O restante é vendido regionalmente nos mercados e feiras livres. Recentemente, a fruta está sendo implantada na merenda escolar, atendendo aos programas institucionais de aquisição de alimentos.

Em 28 de julho de 2015, os pesquisadores da APTA realizaram o Dia de Campo da Cultura da Pitaya, em Sandovalia, interior paulista, para capacitar os produtores na implantação do campo, manejo e comercialização da fruta. Foi realizada também uma atividade prática envolvendo produtores da região.

Fonte: Assessoria de Imprensa - APTA

16ª Edição da Festa do Morango começa nesta quinta em Cascavel/PR

Evento segue até domingo (9) no Centro de Convenções e Eventos.
Programação inclui apresentações culturais e diversos pratos com a fruta.


Comidas feitas com a fruta estarão à venda na festa
 (Foto: Anna Flávia Nunes/ RPC)

Começa nesta quinta-feira (6) a 16ª Festa do Morango, em Cascavel, no oeste do Paraná. O evento, tradicional na cidade, é no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel e segue até domingo (9), com entrada gratuita.

A festa é promovida pela Associação de Moradores do Bairro Maria Luiza e traz diversos pratos feitos com a fruta que dá nome ao evento. Além da comida, a programação inclui apresentações artísticas e culturais.

Nesta quinta, a festa começa às 17h e segue até as 22h. Confira abaixo a programação completa para os quatro dias da 6ª Festa do Morango:

Quinta-feira 
19h – Abertura
Apresentação da banda missionária Acorde Celeste
Apresentação do grupo de balé e dança em cadeira de rodas do Setor de Paradesporto

Sexta-feira (7) 
14h – Início com a tarde da 3ª idade
15h – Apresentação do Coral da FAG, Reinaldo Produções e apresentação de Capoeira
16h – Cantora Roseli Costa
16h30 – Mila para cantar rap
16h45 – Juninho, cantor sertanejo
17h – Anboni Bonã apresenta declamação
17h15 – Alonso apresnta poesia musicalizada
19h às 21h – Café Colonial
19h – Momento gospel da Igreja Batista Renovada
19h30 – Anglo street dance
20h – Banda Abba da Assembleia de Deus Missionária do Avivamento
20h30 – Teatro Grupo Torre Forte da A Igreja que dorme
21h – Igreja Presbiteriana

Sábado (8)
9h – Início
14h – Apresentações da Casa da Cultura
14h30 – Musical
15h – Teatro
15h às 18h – Mateada
16h – Apresentação de Street dance
16h30 – Teatro e dança
18h – Projeto Transformar
19h às 20h30 – Escolha da Miss Moranguinho
19h30 – Grupo Adoração
20h às 21h – Jonatas Pifrro e banda
21h às 22h – Resultado da escolha Miss Moranguinho

Domingo (9)
9h – Início
10h – Apresentações de dança gauchesca, com rodeio da Tradição
14h – Declamação
15h – Mestrinho
15h30 – Mestrinho e Miguel
16h – Dança do ventre
16h15 – Carlos Engel e Alisson Hernnanger
17h – Leo Félix
20h – Gabriel Veronese; Vanderlei e Julio Cesar; Alisson e Carlos

FAO cita Brasil como candidato a futuro maior exportador de alimentos

Avaliação tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024.
Para prover alimentos para todos, produção mundial deverá crescer 80%.


O representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, afirmou nesta terça-feira (4), durante o Fórum Abag Estadão, em São Paulo, que o Brasil terá no futuro um papel preponderante na tarefa de prover alimentos para o mundo."Se hoje o país é o segundo maior exportador global de alimentos, em volume, em dez anos pode se tornar o número um no ranking, tanto em volume como em valores", disse. A avaliação de Bojanic tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024, estudo da FAO em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre perspectivas para a agricultura brasileira nos próximos dez anos.

Bojanic salientou que dados atualizados apontam para uma população global de 9,7 bilhões de pessoas em 2050, 37% maior que a população atual. Para prover alimentos para todos, a produção mundial de alimentos deverá crescer 80%.

Esta demanda virá essencialmente de uma população urbana e concentrada em países em desenvolvimento. O Brasil terá de superar importantes entraves para fazer frente a este desafio, segundo o relatório. Entre eles pode-se citar problemas como o escoamento da safra (logística, rodovias, portos e armazenamento), falta de tecnologia e assistência técnica entre pequenos e médios produtores e questões regulatórias e de governança.

Segundo Bojanic, a demanda por proteína animal deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas. A estimativa é de que, até 2050, a produção de carne precisará aumentar em 200 milhões de toneladas. Novos ganhos de produtividade serão fundamentais, especialmente no Brasil, para dar conta da demanda. Bojanic ressaltou, porém, que estes ganhos devem ser alcançados por meio de práticas sustentáveis. Políticas como o Código Florestal e o Programa ABC, segundo o representante da FAO, são favoráveis a esse objetivo.

Ele chamou a atenção, ainda, para a importância de se incluir os pequenos e médios produtores no processo de atendimento da demanda global. Segmentos como os do café, frutas tropicais, suínos e aves têm grande potencial para contribuir com esta tarefa.

Fonte: Globo Rural

Novo maracujá da Embrapa chega ao mercado brasiliense

Foto de Allan Kardec Ramos - Divulgação Embrapa
Os primeiros frutos de maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado, primeira cultivar de maracujá silvestre lançada pela Embrapa, começam a chegar às mesas dos consumidores do Distrito Federal. Aos sábados, os produtores do Núcleo Rural do Pipiripau, em Planaltina (DF), comercializam a nova variedade em uma banca na Ceasa-DF. Em menos de um mês, foram vendidos entre 40 e 50 quilos do fruto, ao preço de R$ 10 o quilo.

Apesar de pertencer à família dos maracujás, a cultivar BRS Pérola do Cerrado tem tamanho, cor, forma e sabor que pouco lembram o maracujá comercial. O fruto maduro tem coloração verde-claro a amarelo-claro, com listras longitudinais verde-escuras. O peso varia entre 50g e 120g. Por ser muito diferente da que é normalmente encontrada no mercado, a cultivar não compete com as variedades comerciais, podendo ser considerada, de fato, um novo fruto que chega ao consumidor.

"Estamos entrando no mercado paulatinamente. Os produtores estão organizados na Associação, que vai crescendo junto com a BRS Pérola do Cerrado. À medida que tivermos maior produção, poderemos atender um mercado maior", afirma Carlos Daher, presidente da Associação dos Fruticultores Familiares e Produtores de Maracujá do Distrito Federal e Entorno (Aprofama), que reúne cerca de 40 produtores.

Em todo o País, são aproximadamente 150 produtores do BRS Pérola do Cerrado, dos quais 70% estão concentrados no Distrito Federal e Entorno. O restante está principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás. Cada propriedade tem em média cem plantas e a produtividade estimada é de 20 a 35 toneladas por hectare ao ano.

Embora ainda não tenha uma estimativa da produção, o presidente da Aprofama espera ampliar as ações de mercado com a próxima safra no DF, prevista para agosto. A ideia é introduzir o BRS Pérola do Cerrado na merenda escolar de escolas da rede pública de ensino do DF. Para conhecer a aceitabilidade do fruto e produtos alimentares derivados do novo maracujá, a Emater-DF realizou, em junho deste ano, um teste com estudantes do Centro de Ensino Fundamental Pipiripau II. O resultado foi amplamente satisfatório: 90% dos alunos aprovaram o docinho (tipo beijinho), 80% o fruto in natura e 55% o iogurte.

O BRS Pérola do Cerrado tem grande potencial para cultivo em sistema orgânico por ser mais resistente a doenças e pragas que o maracujá comercial. Leda Gama, de Sobradinho (DF), foi uma das produtoras que participaram da etapa de validação da variedade e já comercializa os frutos. Uma vez por semana, ela participa de uma feira de orgânicos em Brasília (DF). "Minha expectativa é maravilhosa, e digo que a aceitação é total. Todos que provam, amam", afirma.

Durante cinco anos, Geraldo Magela, extensionista da Emater-DF, acompanhou o trabalho de validação a campo junto aos produtores do DF. Ele acredita que o BRS Pérola do Cerrado vai representar um avanço na cultura do maracujá no Brasil. "É um material rústico e que não precisa de polinização manual. Além de tudo, é muito saboroso. Será um sucesso", aposta.

Aparência x Qualidade 

A cultivar de maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado veio para mudar a percepção do consumidor quanto à aparência do fruto, que tem tamanho pequeno e nenhuma semelhança com o maracujá comercial. E com um detalhe inusitado: quanto mais murcho e feio, mais saboroso.

"Vamos precisar mostrar ao consumidor que se trata de outro fruto. Ele não poderá compará-lo com a aparência do maracujá comercial. Além do tamanho e da cor, o BRS Pérola do Cerrado tem um sabor diferenciado. É adocicado, de aroma agradável e de baixa acidez", ressalta Ana Maria Costa, pesquisadora da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF) e coordenadora da Rede Passitec - Desenvolvimento tecnológico para uso funcional das passifloras silvestres, que reúne mais de cem pesquisadores de 27 instituições e gera informações sobre o uso e o aproveitamento de passifloras silvestres para o fortalecimento da cadeia produtiva.

Lançado em 2013, o novo maracujá é um produto resultante de quase 20 anos de pesquisas em melhoramento genético convencional, que compreende cruzamentos de acessos da espécie Passiflora setacea coletados em diferentes regiões do Cerrado brasileiro. Trata-se da primeira cultivar de maracujazeiro silvestre desenvolvida pela Embrapa já disponível para os fruticultores e consumidores.

As qualidades nutricionais do BRS Pérola do Cerrado compensam a falta de atrativo visual. Os frutos têm rendimento de polpa superior a 40%. De cor amarelada, a polpa apresenta sabor característico delicado, podendo ser consumida fresca ou em pratos doces ou salgados. O novo maracujá é, por isso, uma opção para o mercado de frutas especiais e de alto valor agregado, principalmente quando produzido em sistemas orgânicos e agroecológicos.

A polpa é rica em minerais importantes para a saúde, como magnésio, ferro, fósforo e zinco. Cem gramas de polpa do fruto, o que equivale a dois copos, contêm de 34% a 39% das necessidades diárias de ferro, 21% a 27% de magnésio, 22% a 32% de fósforo e 23% a 37% de zinco. Em termos comparativos, ela é mais rica que a polpa do maracujá comercial (Passiflora edulis) em enxofre, cálcio, boro e manganês. Além disso, tem maiores teores de fósforo e potássio que a polpa da acerola e igual teor de ferro.

As características químicas da polpa, que contém compostos antioxidantes (compostos fenólicos e aminas bioativas), permitem que o novo maracujá seja usado como alimento funcional. Esses compostos atuam na prevenção de doenças degenerativas e no fortalecimento da resposta imunológica, contribuindo para a manutenção da saúde. 

Na BRS Pérola do Cerrado, os compostos fenólicos têm concentração de 50 mg a 77 mg por 100g de polpa, o dobro de compostos fenólicos do maracujá comercial, do cupuaçu e do abacaxi. Em relação às aminas bioativas, o novo maracujá apresenta teores na faixa de 14 mg por 100g de polpa, o que corresponde ao dobro do valor presente no maracujá comercial e a 40 vezes mais que o encontrado numa maçã.

Por fim, uma curiosidade: o maracujá Passiflora setacea é conhecido popularmente como "maracujá do sono", pois a polpa dos frutos, segundo o uso popular, ajudaria a prevenir problemas de insônia. Estudos conduzidos pela Universidade de Brasília com a BRS Pérola do Cerrado têm apontado que o consumo da cultivar pode contribuir para a prevenção de problemas relacionados ao estresse.

Aproveitamento integral do fruto

O trabalho de desenvolvimento tecnológico pela Embrapa e seus parceiros tem viabilizado o uso integral do fruto (polpa, casca e sementes), das folhas, flores e ramas para produção de ingredientes e de matéria-prima para as indústrias de alimentos, condimentos, cosmética, de artesanato e farmacêutica.

A partir da casca da BRS Pérola do Cerrado (e também do maracujá comercial), que tem alto teor de fibras, a Embrapa desenvolveu um ingrediente rico em fibras que pode ser usado na composição de bolos, pães, sorvetes, musses, doces e pratos salgados. 

Já a semente pode ser aproveitada, entre outros usos, para a produção de óleo, cuja composição tanto permite o consumo alimentar como o uso cosmético. Trata-se de um óleo muito rico em ômega 6, importante na formação das membranas celulares, principalmente das mitocôndrias, auxiliando também no equilíbrio do colesterol no organismo.

Vantagens para quem planta

Por se tratar de um maracujá silvestre, a cultivar BRS Pérola do Cerrado apresenta alta resistência a pragas e doenças, característica importante para reduzir a aplicação de defensivos agrícolas, o que traz benefícios econômicos, ambientais e ao consumidor. A rusticidade da cultivar tem viabilizado a produção, inclusive, em sistemas orgânicos e agroecológicos. 
A produtividade anual – 20 a 35 toneladas por hectare, dependendo do sistema de condução das plantas – é muito superior à da média nacional, cerca de 15 toneladas por hectare ao ano. As condições de cultivo e produção são semelhantes às do maracujazeiro azedo. A produção dos frutos começa a partir dos oito meses de vida da planta, que produz por pelo menos quatro anos, mas pode chegar a 15 com manejo adequado. 

"O BRS Pérola do Cerrado produz o ano inteiro sob irrigação, com pico de produção na época das chuvas (dezembro a março) e uma segunda safra entre junho e setembro (período seco). Entre uma safra e outra, a produção diminui, mas não para", garante a pesquisadora Ana Maria Costa. 

"Esse maracujá não compete com o azedo (comercial). É um fruto que veio para agregar valor e diversificar os sistemas de produção dos fruticultores", completa o pesquisador Fábio Faleiro, também da Embrapa Cerrados e responsável pelo programa de melhoramento genético do maracujazeiro silvestre da Embrapa. Isso porque a cultivar frutifica nas condições de outono-inverno do Brasil Central, possibilitando a produção na entressafra do maracujá azedo.

A produtora Francisca Inês, do Assentamento Oziel Alves III, em Planaltina (DF), está apostando no BRS Pérola do Cerrado. Há seis meses, ela plantou cem mudas em sistema agroecológico e está esperando por bons resultados. "Por ser rústico, é o ideal para a minha área, que é muito seca. Acredito que produzirá muito bem e que esse maracujá será o pontapé inicial para o meu sucesso", disse. Para a comercialização da sua produção, Francisca está aguardando apenas a certificação do maracujá como produto orgânico. 

O diferencial de mercado da cultivar se dá em função da quádrupla aptidão: consumo in natura, processamento industrial, ornamental e funcional. Todas essas características têm despertado o interesse de muitos fruticultores e consumidores, com uma perspectiva de fortalecimento e crescimento da cadeia produtiva. 

O processamento industrial está relacionado ao uso da polpa para fabricação de sucos, sorvetes, doces e outros alimentos. A aptidão ornamental se deve às belas flores brancas e à ramificação densa, ideal para paisagismos de grandes áreas, como cercas, pérgulas e muros. Já a aptidão funcional refere-se à qualidade da polpa em termos da presença de nutrientes e compostos que atuam na prevenção de doenças.

Para mais informações sobre o maracujá BRS Pérola do Cerrado, acesse: 

Fonte: Embrapa Cerrados

PIB do agronegócio deve acelerar no 2º semestre

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil prevê melhora, mas está desconfiado do resultado de 2015

O PIB do agronegócio brasileiro deverá ter uma recuperação no segundo semestre, após um começo de ano combalido, mas possivelmente não fechará 2015 dentro da previsão inicial de crescimento feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), disse nesta quarta-feira um economista sênior da entidade.

"A gente espera que até dezembro o PIB do agronegócio cresça. A gente tinha uma previsão de 1,8 por cento (de crescimento em 2015). Não sei se a gente vai conseguir isso", disse à Reuters o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon.

"Em março e abril vimos adversidades que não estavam no nosso modelo em janeiro", completou.

O PIB do agronegócio somou 1,210 trilhão de reais em 2014, segundo estimativas ajustadas à inflação, de acordo com dados compilados pela CNA e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo.

A CNA apontou que a produção agrícola foi bastante prejudicada no início deste ano, afetando as estatísticas.

Na média das culturas acompanhadas, houve redução de 6,77 por cento das cotações de janeiro a abril de 2015 ante o mesmo período de 2014. Ao mesmo tempo, a produção agrícola cresceu 3,65 por cento, "o que não foi suficiente para compensar a retração em preços", segundo a confederação.

A CNA e o Cepea calculam o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio com metodologia mais ampla, diferente dos estudos oficiais publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto o "PIB do agronegócio", da CNA, inclui setores como insumos, produção agropecuária, agroindústrias e serviços --o que abrange mais de 20 por cento da economia brasileira--, o IBGE avalia, no seu "PIB da agropecuária", apenas a produção das fazendas, englobando menos de 6 por cento das riquezas produzidas no país.

Segundo Conchon, um aquecimento do agronegócio é esperado no segundo semestre, com mais negociações de insumos agrícolas, devido aos preparativos para a safra de grãos 2015/16, que começa a ser plantada a partir de meados de setembro.

"Começa a compra de fertilizantes. O produtor (de grãos) está retomando as atividades", disse o economista, defendendo a recuperação da previsão para o PIB do agronegócio no transcorrer dos próximos meses, em função da entrada de dados atualizados.

CÂMBIO

O câmbio favorável para exportações --incluindo as do agronegócio-- deverá ser outro fator a aumentar a renda do setor até o final de 2015.

"A atividade econômica, dado o câmbio, pode ser maior", afirmou Conchon.

O dólar acumula alta de mais de 30 por cento este ano frente o real. A moeda norte-americana atualmente é negociada na máxima de 12 anos.

Mesmo assim, do ponto de vista dos produtores rurais, o dólar alto não é necessariamente uma boa notícia, uma vez que eleva também os preços da maioria dos insumos, que são importados.

No início da safra 2014/15, muitos conseguiram adquirir fertilizantes e defensivos com dólar mais barato, vendendo parte da colheita já com o dólar mais valorizado, o que ajudou a manter margens em um momento de queda nas cotações internacionais das commodities agrícolas.

Para 2015/16, contudo, especialistas apontam margens de rentabilidade bem mais apertadas para os agricultores.

"No capítulo 1 da história, o dólar salva o produtor. No capítulo 2, ele quebra", analisou o economista da CNA.

PIB BRASILEIRO

A safra recorde de soja do Brasil, colhida em sua maioria no primeiro trimestre deste ano e com crescimento de mais de 10 por cento ante a temporada anterior, foi o principal fator para o aumento do PIB da agropecuária, do IBGE

Nos cálculos oficiais, a agropecuária cresceu 4 por cento em relação a igual período do ano anterior, destacando-se entre outros setores que tiveram recuo, como a indústria (-3 por cento) e serviços (-1,2 por cento), segundo estatística divulgada em maio.

Para 2015, segundo o economista da CNA, a previsão é de que a agropecuária e todos os outros setores ligados à ela, continuem contribuindo com a economia brasileira.

"Que o PIB do Brasil vai cair, é fato. Se não fosse o agronegócio, cairia ainda mais", disse Conchon.

Economistas de instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central estimam queda do PIB nacional de 1,8 por cento em 2015.

Fonte: Agência Reuters / DCI

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Governo anuncia mudança nas regras das cooperativas de crédito

Com alterações, haverá três tipos de categorias de cooperativas.
BC indicará, em 90 dias, enquadramento da cooperativa nas categorias.


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou novas regras para o funcionamento das cooperativas de crédito no Brasil, com vigor a partir da publicação da resolução no "Diário Oficial da União, previsto para esta quinta-feira (6), informou o Banco Central nesta quarta-feira (5).

Segundo informou o BC, com a mudança, as cooperativas serão enquadradas em três categorias: plena (que podem praticar todas as operações), clássicas (que não podem ter moeda estrangeira, operar com variação cambial e nem com derivativos – instrumentos do mercado futuro – entre outros) e as de capital e empréstimo (as cooperativas menores, que não poderão captar recursos ou depósitos, sendo seu "funding" apenas o capital próprio integralizado pelos associados).

O Banco Central informou que, considerando a nova segmentação, foram definidos novos valores de capital inicial e de patrimônio líquido. "A estrutura de governança exigida e o regime de apuração do capital requerido também serão diferenciados de acordo com a classificação da cooperativa de crédito", acrescentou a instituição.

O BC informou ainda que indicará, no prazo de 90 dias, o enquadramento prévio de cada cooperativa de crédito singular em funcionamento nas novas categorias, com base nas operações hoje praticadas. "Posteriormente, no prazo de 90 dias da indicação, a cooperativa de crédito singular deverá manifestar concordância com a indicação ou solicitar a mudança da categoria indicada", explicou a autoridade monetária.

Em evento sobre cooperativismo em Brasília, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou que o governo decidiu conferir plena consequência à possibilidade de dar ao grupo fundador, ou à assembleia geral, a liberdade para determinar o quadro associativo que mais se ajusta a seus interesses, cabendo ao Banco Central o enquadramento das cooperativas conforme o grau de risco que elas incorram e a aplicação do regime prudencial correspondente.

"Essa é, portanto, além de uma providência de racionalização muito aguardada, um marco notável na história das cooperativas de crédito no Brasil", avaliou Tombini. O presidente da autoridade monetária avaliou que essa norma carrega "poder suficiente para desencadear alterações importantes no setor, capazes de dar início a esse novo ciclo do cooperativismo".

De acordo com ele, o sistema cooperativista de crédito do Brasil, atualmente, está constituído por dois bancos cooperativos, quatro confederações, 35 cooperativas centrais e mais de mil cooperativas singulares de crédito, acrescentando que o quadro de associados saltou de 4,2 milhões, em 2010, para 7 milhões em 2014. Disse ainda que o objetivo é chegar a 10 milhões de associados.

Fonte: G1 Economia

Ecofisiologia, solo e clima são temas de congresso latino-americano de banana



De 18 a 20 de agosto, será realizado, no município catarinense de Corupá, um dos mais importantes eventos internacionais relacionados à bananicultura: o III Congresso Latino-Americano e do Caribe de Bananas e Plátanos, que vai acontecer no auditório do Seminário Sagrado Coração de Jesus. Ecofisiologia, solo e clima compõem o assunto do segundo bloco de palestras do evento, que tem por tema central “Musáceas no subtrópico: desafios e oportunidades frente à variabilidade climática”. 

Ao todo, serão quatro palestras sobre esses temas, tendo por moderadores Luiz Antonio Teixeira, do Instituto Agronômico (IAC/Solos) e Arnaldo Tapia, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta, Argentina). A primeira, a ser ministrada por Luiz Antonio, será sobre “Manejo de solos e nutrição em musáceas: considerações práticas para a produção sustentável”. Em seguida, o professor Sérgio Donato (Instituto Federal – IF Baiano) e o pesquisador Eugênio Coelho (Embrapa Mandioca e Fruticultura) vão abordar “Irrigação e ecofisiologia em musáceas: aspectos práticos de manejo para o uso eficiente da água”. 

Já a palestra sobre “Uso de coberturas vegetais e manejo orgânico dos solos em musácea” será proferida pela pesquisadora Ana Lúcia Borges, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, juntamente com Erval Damatto Jr., da Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios (Apta/Registro). Por último, a professora Juliana Lima, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp/Registro), vai falar sobre “Práticas pré-colheita para a redução de danos provocados por baixas temperaturas”. 

O evento está sob a organização da Embrapa Mandioca Fruticultura (Cruz das Almas, BA) — Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento —, Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Banana e Plátano para América Latina e Caribe (Musalac), Bioversity International, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri-SC), Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), Prefeitura Municipal de Corupá e Instituto Agronômico (IAC).

Programação completa

A programação do congresso — voltado para produtores, técnicos, extensionistas, pesquisadores, estudantes e público geral envolvido no setor — abrange, ao todo, 27 palestras. Além de Ecofisiologia, solo e clima, também serão trabalhados os subtemas Estratégias de manejo de pragas e doenças e Sistemas de produção e mercado. O folder completo da programação está disponível em https://www.embrapa.br/documents/1355135/0/Folder+Musalac+15_maio/9cf2a678-ca2d-40f4-9045-efbe95ada9f6 e as informações sobre inscrição estão em http://banana-networks.org/musalac/2015/02/16/reunion-musalac-y-congreso/

Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura
Jornalista: Alessandra Vale (Mtb-RJ 21.215)

Congresso discute mais de 100 projetos envolvendo agroquímicos

Nada menos que 100 projetos envolvendo agroquímicos estão em discussão no Congresso Nacional – a maioria deles pedindo a proibição de produtos. Com a polêmica cada vez ganhando mais espaço entre os políticos, já se fala na criação de um espaço específico para esse tipo de discussão no parlamento brasileiro.

“A partir do momento que chega na sociedade, vêm as informações de insegurança, a confusão que se faz com determinados estudos... Se podem ser fator de câncer pelo contato continuo [por exemplo]. Tudo isso criou um clima que forçosamente levará a uma discussão pra elevar a segurança. Se isso continuar com o nível de ignorância, desinformação que está, não tem como a Câmara fugir”, afirma Enio Marques, especialista em defesa agropecuária.

Marques é consultor da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), um grupo de deputados articulados para defender os interesses do agronegócio no Congresso. Ele já foi secretário do Ministério da Agricultura, e lembra que a legislação atual tem mais de 20 anos e está defasada.

A necessidade de uma discussão mais ampla sobre os agroquímicos ganhou força no mês passado, quando a Justiça brasileira ordenou a reavaliação de seis defensivos – entre eles o glifosato. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem prazo até o final de setembro para se pronunciar definitivamente.

Outros temas polêmicos que estão sendo debatidos no Congresso são: o pagamento de royalties para empresas que fazem melhoramento genético, o direito do produtor em salvar sua semente e o roubo de agroquímicos. “Hoje, o Brasil tem um aumento nesse crime, temos 15% do mercado de defensivos contrabandeados e ilegais e isso tem uma perda econômica e ambiental, também. Por isso, queremos aprimorar a lei para que tenha condição de punir quem pratica esse tipo de crime”, afirma o deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS).

Fonte; Agrolink

Oficina busca ampliar produção agroecológica e orgânica

Apresentar possibilidades e oportunidades que o crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) oferece aos agricultores que conduzem suas unidades familiares de produção com sistemas de base agroecológica e orgânica. Este é um dos pontos abordados na Oficina Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que ocorre até esta quarta-feira (5), em Brasília.

“Estamos juntos para aprofundar as ações de acesso ao crédito, com uma Ater qualificada, para que possamos alavancar uma visão de governo de melhorar a qualidade da alimentação do povo brasileiro”, disse o secretário Nacional de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Onaur Ruano, nesta terça-feira, na abertura da oficina. “Nós precisamos ter sistemas de produção e de apoio a uma produção que seja sustentável, limpa e agroecológica”, acrescentou.

Plano Safra e a agroecologia

No Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, o Pronaf Agroecologia apresenta taxa de juros de 2,5% ao ano para financiamento de até R$ 150 mil. Tanto para custeio quanto para investimento, a Ater é obrigatória. O recurso é voltado ao financiamento dos sistemas de base agroecológica ou orgânicos, incluindo custos relativos à implantação e manutenção dos empreendimentos. Outras linhas de apoio à agricultura de base agroecológica e orgânica são: Pronaf Produtivo Orientado (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), Pronaf Eco e Pronaf Floresta.

Quanto à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em agroecologia, há 66 contratos, envolvendo 622 técnicos, que atendem 43.760 famílias de agricultores familiares. No Pronatec Campo, de 2006 a 2015, foram feitas 8.777 matrículas em cursos técnicos em agroecologia, pela rede federal de educação.

Diálogos regionais

Na quarta-feira (5), a partir das 9h, haverá mesas de diálogo regionais: Região Norte e Centro-Oeste; Região Nordeste e Região Sul e Sudeste. O objetivo é identificar e planejar soluções para ampliar a aplicação de crédito do Pronaf na produção de base agroecológica e orgânica.

Um Grupo de Trabalho multidisciplinar do crédito, para produção de base agroecológica e orgânica, será formado para acompanhar os planos de trabalho regionais.

Participam do evento: representantes das cooperativas e associações da agricultura familiar de base agroecológica e orgânica; de Ater pública estatal e não estatal; agentes financeiros operadores do Pronaf; membros de movimentos sociais, de ministérios e de órgãos vinculados; além de técnicos da subcomissão temática do crédito da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (Condraf).

A realização da oficina é da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, com apoio da subcomissão temática de crédito da Cnapo e do Condraf.

Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Produção da indústria volta a recuar em junho, diz IBGE

Índice recuou 0,3% frente a maio e 3,2% frente a junho de 2014.
No semestre, atividade acumula baixa de 6,3%, pior resultado desde 2009


Depois de ensaiar uma recuperação em maio, a produção industrial nacional voltou a mostrar resultado negativo ao recuar 0,3% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (4).

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a atividade fabril caiu ainda mais, 3,2%, a 16ª baixa negativa seguida.

No semestre, de janeiro a junho, a indústria acumula retração de 6,3% - o pior resultado desde 2009. A atividade foi impactada pela produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que sofreu redução de quase 21%.

Segundo André Luiz Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, os fatores que influenciam o comportamento da indústria em 2015 foram “baixo nível de confiança do empresário, do consumidor, incerteza para investimentos, mercado de trabalho se comportando de forma menos favorável, renda disponível das famílias diminuindo - seja porque tem inflação mais alta ou permanece com comprometimento de outras dívidas - e mercado externo permanecente com comportamento adverso".

Apesar de todas as taxas serem negativas em junho, o recuo de 5% no acumulado em 12 meses apresentou uma perda menos intensa do que a observada em maio, -5,3%, e interrompeu a trajetória descendente iniciada em março de 2014, apontou o IBGE.

“A produção volta a operar no campo negativo na margem da série, após ter tido movimento de maior expansão no mês anterior, ainda assim era movimento de redução de ritmo da produção industrial. Até porque ele [o crescimento de 0,6% em maio] tão pouco eliminava, revertia trajetória descendente que a produção industrial vinha demonstrando. Ou seja, a entrada de mais um resultado negativo mantém aquela leitura que já vem mostrando menor ritmo, trajetória descendente há um tempo”, analisou Macedo.

Tipos de produção
De maio para junho, o que mais influenciou negativamente a queda do indicador foram máquinas e equipamentos (-7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%), além de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%).

“São atividades que vêm observando comportamento de redução de jornada de trabalho, férias coletivas, suspensão de contratado de trabalho, tentativas de reduzir a produção para adequar a produção corrente, a demanda e o estoque.”

Contribuíram para que a queda não fosse ainda maior os desempenhos da indústria de produtos alimentícios, que cresceu 3%, e dos setores de bebidas (3,6%) e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%).

“Muito desse crescimento [3% dos alimentos] tem relação do complexo de carnes, mais especificamente do setor de aves, que vem mostrando impulso maior. Pode ter relação importante com o próprio aumento da carne bovina, deslocamento de consumo, exportações da carne de aves vem mostrando incremento importante, então, está na base da explicação do movimento mais recente do setor de alimentos.”

Entre as categorias econômicas, recuaram bens de consumo duráveis (-10,7%) e bens de capital (-3,3%), "influenciadas, em grande parte, pela menor produção de automóveis e eletrodomésticos, na primeira, e de caminhões, na segunda.".

Fonte: G1

Pesquisa do Iapar mostra que amora-preta é boa opção para regiões mais frias do Estado

Foto: Divulgação AEN-PR
O cultivo de amora-preta pode ser boa opção para produtores familiares das regiões mais frias do Estado. É o que indicam os primeiros resultados de um estudo que o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) conduz há cinco anos na fazenda experimental que mantém no município da Lapa. 

De acordo com a pesquisadora Claudine Maria de Bona, responsável pelo projeto, o estudo, realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), avalia aspectos relacionados à produtividade, qualidade e à fenologia – ramo da botânica que busca compreender a relação dos fenômenos cíclicos das plantas com sua localização geográfica e as características predominantes do clima. Em uma etapa posterior será analisada também a aceitação dos frutos pelos consumidores. 

Claudine explica que a amoreira-preta tem despertado o interesse dos produtores pela rusticidade, versatilidade e retorno econômico rápido. “Bem adaptadas, as plantas podem atingir alta produção já no primeiro ano após o plantio e os frutos podem ser comercializados in natura ou na forma de polpa, suco, sorvete e compotas”, explica a pesquisadora. 

Ela aponta ainda que a demanda dos consumidores vem aumentando em virtude da qualidade nutracêutica da amora – contém substâncias que favorecem a saúde e reduzem o risco de doenças. “Os frutos são ricos em antioxidantes, que previnem os danos celulares causados pelos radicais livres”, esclarece Claudine. 

RESULTADOS – O projeto avalia quatro cultivares – Tupy, Guarani, Xavante e Cherokee – para oferecer alternativas de diversificação aos produtores. “Tupy é a mais plantada no País, com frutos grandes e resistentes. A Xavante possui hastes sem espinhos, o que facilita o manejo da planta no pomar”, exemplifica Claudine. 

Os resultados obtidos até o momento indicam que o clima da região da Lapa é favorável ao cultivo de amora-preta, mas apontam para a necessidade de irrigação em épocas mais secas. A produtividade, em alguns casos, chegou a alcançar 26 toneladas por hectare, que é considerada excelente pelos especialistas. Tupy foi a cultivar de melhor desempenho. 

Também com boa produtividade, a cultivar Xavante se destacou pelos frutos com acidez e teor de açúcar que os tornam adequados ao processamento industrial. Tupy, Guarani e Cherokee são mais apropriadas para o consumo in natura. 

Nas avaliações envolvendo consumidores, os frutos da cultivar Tupy tiveram mais aceitação, com notas maiores nos atributos na percepção de aparência, textura e sabor. 

O projeto terá continuidade com estudos envolvendo a incidência de doenças nas plantas e avaliações sobre congelamento e aproveitamento industrial dos frutos. 

POTENCIAL – Planta de clima frio, a amora-preta é, no grupo das chamadas ‘pequenas frutas’, a segunda espécie mais explorada no mundo, perdendo apenas para o morangueiro. Apropriada para pequenos produtores familiares, a espécie encontra condições favoráveis para o cultivo em praticamente toda a região Sul e em áreas montanhosas no Sudeste do Brasil, informa Claudine.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro, seguido por Minas Gerais. No Paraná são cultivados apenas 77 hectares, com uma produção de 3,2 toneladas de frutos, segundo dados relativos a 2014, obtidos pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Ponta Grossa é o município que concentra a maior produção no Estado. 

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governopr ewww.pr.gov.br

Fonte: Agencia de Notícias do Paraná

Cooperação entre Brasil e Colômbia

O desejo de desenvolver a agricultura familiar em seu país fez com que a embaixadora da Colômbia no Brasil, Patrícia Cárdenas, viesse ao Brasil. Ela se encontrou com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, nesta segunda-feira (3), em Brasília. “Vamos trabalhar juntos”, disse o ministro.

Patrus apresentou algumas políticas públicas destinadas aos agricultores familiares brasileiros, e confidenciou que estava em Bogotá, capital colombiana, quando recebeu o convite da presidenta Dilma Rousseff para ser ministro. “Eu me impressionei muito com a Colômbia. Antes de vir para o ministério, eu estava determinado a trabalhar no Congresso por uma maior aproximação entre os países”, afirmou.

A embaixadora convidou Patrus para visitar novamente a Colômbia e a reposta foi positiva. Até o fim do semestre, o ministro vai de novo ao país sulamericano, que conta com 75% de municípios agrícolas. “Queremos apoio para construir políticas públicas para a agricultura familiar colombiana, pois não temos muitas. Nós vemos o Brasil como exemplo, pois pode nos ensinar como colocar em prática os programas”, salientou Cárdenas.

Ela propôs uma cooperação entre os países para reforçar a agricultura familiar colombiana. “Podemos fazer uma colaboração muito intensa. Não é que o Brasil vai ensinar a Colômbia, mas com certeza vamos trocar experiências e conhecimentos sobre o tema”, avaliou.

O secretário da Agricultura Familiar do MDA, Onaur Ruano, participou, em maio, de uma reunião no país vizinho.

Fonte: Ascom/MDA
por João Paulo Biage

Principal gargalo para a competitividade do agronegócio brasileiro é o escoamento da produção

O Brasil nasceu para ser um país agrícola. Sua localização geográfica, suas terras cultiváveis e seu clima colaboram com as mais variadas culturas. Nossa produção no setor é grande o bastante para atender grande parte das demandas mundiais por alimentos. No período de 2014/2015 a safra esperada de grãos deve ser na ordem de 206 milhões de toneladas. Mas apesar de todo esse potencial, a questão da logística e infraestrutura das exportações requer atenção, principalmente no que se refere ao escoamento da produção de milho e soja.

“Em 2014 tivemos um déficit de capacidade de embarque desses grãos em 64 milhões de toneladas. Se continuarmos com essa velocidade produtiva, mas sem melhorias em nossos transportes, principalmente nos portos, vamos ter todo esse potencial jogado fora”, afirmou Luiz Fayet, consultor de logística e infraestrutura da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e membro da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Luiz Fayet explicou que no Brasil, o agronegócio nasceu e se desenvolveu no Sul do País. Mas, com a ocupação de praticamente todas as áreas disponíveis localmente, migrou para o Centro-Norte/Nordeste e o Centro-Oeste, alterando a geografia da produção. Com isso, passou a ocupar regiões desprovidas de infraestrutura terrestre adequada e sem capacidades portuárias para consolidar os novos corredores, deixando-se de considerar o potencial hidroviário com vistas a reduzir os custos de exportação. “Assim, o problema mais grave é o Apagão Portuário. Não escoamos nossa produção pelas rotas mais racionais, que seriam as do chamado Arco Norte – portos de São Luís, Belém, Macapá, Santarém e Itacoatiara. Nossa produção rola rumo aos portos do Sul e do Sudeste”, frisou.

O consultor ressalta que à medida que o agronegócio foi subindo para as novas fronteiras, os custos logísticos da porteira do produtor até um porto de embarque para exportar foram encarecendo. Hoje, equivalem a quatro vezes mais que os custos argentinos e norte-americanos. “Tudo em função da falta de infraestrutura. Se houvesse uma racionalização nesses custos, poderíamos botar no bolso de um produtor de soja ou de milho dessas áreas uns R$ 4,00 a mais por saca”, completou.

O Secretário Executivo da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Carlos Nunes, acrescentou que esses altos custos roubam a competitividade da produção. “Por isso é preciso mais alternativas e crédito nessa área”, disse.

Para o gerente de transporte e logística do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Edson José Dalto, a questão da logística sempre foi o “patinho feio” do agronegócio. Ele explicou que como a fronteira agrícola esta em expansão, o modo rodoviário é crescente, mas ineficiente. Dalto comparou dois dos principais produtores de grãos: Brasil e Estados Unidos. A distância que o nosso País percorre da porteira até o porto são grandes ou médias e conseguem transportar 53% da produção de grãos. Na mesma proporção, os Estados Unidos conseguem 60%. “O transporte brasileiro rodoviário é mais barato no Brasil do que nos Estados Unidos, mas é ineficiente”.

Edson José Dalto observou que o BNDES cresce anualmente em 15% os desembolsos em logística. De 2003 a 2014 foram aprovados 194 projetos aprovados, com 140 bilhões de reais com financiamento de R$ 63 milhões do Banco. De 2015 a 2018, a previsão é que o BNDES financie R$ 69,2 bilhões. A partir de 2019, serão 129,4 bilhões. Os números e os debates sobre o desenvolvimento da agropecuária brasileira ocorreram durante o seminário Financiamento da Agropecuária, realizado na quinta e sexta-feira passada, e discutiu assuntos de importância para o setor, em Brasília, no Hotel Kubistheck Plaza e foi organizado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Segmento de hortifruti aposta em produtos especiais para conquistar consumidores

A mudança nos hábitos de alimentação tem impulsionado produtores de hortifruti a oferecer inovações para conquistar consumidores cada vez mais exigentes. Entre as principais tendências identificadas pelo segmento estão os produtos mais saudáveis e as linhas especiais com alto valor agregado. Esse é o conceito seguido pela família Krupa, da região da Lapa (PR), que vem aproveitando a oportunidade para se destacar com tomates gourmet, mini-pimentões e morangos cultivados por meio do sistema semi-hidropônico.

“Trabalhando com produtos diferenciados agregamos valor e fixamos o próprio preço, além de ter uma baixa concorrência. A demanda é grande, por isso não temos interesse em voltar para as opções convencionais”, afirma o produtor Cristiano Krupa. A prova do sucesso é a comercialização mensal de 25 toneladas de morango, 20 toneladas de tomate e uma tonelada de mini-pimentões, volume destinado às principais redes supermercadistas do Paraná e de Santa Catarina.

Entre as variedades de tomates está a Romanita, que desde 2012 possui produção exclusiva no Paraná. O produto se diferencia principalmente pelo formato menor que o tradicional e sabor adocicado. Também são produzidos tomates holandês, grape e italiano bandejado, além de mini-pimentões coloridos que pesam 25 gramas, enquanto o tradicional é cerca de 400 gramas. Até o final de 2015, está previsto ainda o cultivo do pimentão bloc – que pesa 200 gramas –, vagem holandesa, tomate italiano a granel e ervilha.

Soluções naturais e segurança alimentar

Outro diferencial dos produtos Krupa é o sistema de rastreamento, que garante a procedência dos hortifrutis e assegura o baixo nível de resíduos químicos. Para atender a padrões rigorosos, Cristiano utiliza em sua propriedade soluções naturais da Alltech Crop Science, especializada em nutrição vegetal. “No caso do morango, por exemplo, reduzi 90% os problemas de mortalidade com produtos biológicos para manejo do solo como o Nem-Out e o Compost-Aid”.

De acordo com o gerente de hortifruti da Alltech Crop Science, Marcos Revoredo, a nutrição e o manejo adequado dos cultivos são essenciais para proporcionar a garantia de segurança alimentar. “No ramo de produtos selecionados e variedades especiais, é preciso aplicar soluções que tragam produtividade, performance, qualidade e segurança alimentar, com ausência ou pequenos índices de agrotóxicos”, explica.

Segundo Revoredo, a proposta é oferecer suplementação nutricional às plantas por meio de fertilizantes foliares de origem natural, desenvolvidos a partir da fermentação de leveduras derivadas da cana-de-açúcar. “Se a planta estiver protegida, consequentemente terá um desempenho melhor. E proporcionamos esse equilíbrio com produtos que não agridem o meio ambiente nem os consumidores”, avalia.

Sobre a Alltech Crop Science

A Alltech Crop Science, divisão agrícola da Alltech Inc., desenvolve soluções naturais para os desafios da agricultura nos principais mercados do mundo. Por meio de produtos com alto valor agregado e tecnologia exclusiva nas linhas de nutrição, proteção e performance, garante sustentabilidade e lucratividade ao produtor rural. A Alltech Crop Science do Brasil é formada pela maior fábrica de leveduras do mundo, localizada em São Pedro do Ivaí (PR), e pela sede em Araucária (PR).

Fonte: Agrolink

Governo anuncia compra de alimentos da agricultura familiar


O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgam na quarta-feira (5) edital para aquisição de mais de 3,5 mil toneladas de produtos alimentícios, por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O objetivo é atender famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional, de acordo com informação divulgada hoje (3) pelo ministério.

A compra servirá para repor o estoque de arroz, farinha de trigo, macarrão, farinha de mandioca, fubá de milho, feijão e açúcar nas unidades armazenadoras da Conab. Agricultores familiares e empreendimentos da agricultura familiar podem participar da chamada pública, que ficará aberta até as 12h do dia 17.

De acordo com Gustavo Assis, coordenador substituto de Aquisições e Distribuição de Alimentos do ministério, a compra pelo PAA é importante, principalmente porque cria novas oportunidades de negócios para a agricultura familiar e estimula a produção local. Segundo ele, os alimentos da agricultura familiar são adquiridos a preço de mercado e oferecidos aos consumidores com melhor qualidade.

Os interessados devem encaminhar propostas de venda, correspondentes ao volume total ou parcial, para qualquer superintendência regional da Conab. Para participar do processo, basta ser portador da Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Cada família pode vender para cada órgão até o limite de R$ 20 mil. Para empreendores, o limite sobe para R$ 6 milhões.

Fonte: Agência Brasil

Dia De Campo - Sistema orgânico de produção de frutas tropicais para Chapada Diamantina – BA

Dia: 15 de agosto de 2015 
Local:   Fazenda Ceral, Lençóis - BA 
Público-alvo: Produtores rurais e técnicos


É cada vez maior o apelo mundial por práticas agrícolas ambientalmente equilibradas e comprovadamente saudáveis. A agricultura orgânica contempla um sistema de produção agrícola que atende integralmente essa demanda. O Brasil é grande produtor mundial de frutas tropicais, em especial na Região Nordeste e na Bahia, em razão das condições climáticas favoráveis e dos recursos hídricos disponíveis. As práticas utilizadas no cultivo dessas fruteiras, no sistema orgânico, promovem a fertilidade do solo e contemplam a rotação de culturas, o uso da biomassa vegetal, as adubações com estercos, o plantio de leguminosas, o uso de adubos verdes e outros.

A Bioenergia Orgânicos, em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura têm gerado as tecnologias necessárias à produção de frutas em sistemas orgânicos. Os resultados serão aplicados na produção de sucos e posterior comercialização no mercado externo. A empresa pretende estabelecer produção própria em 1.400 ha e comprar a produção de outros 1.400 ha de pequenos agricultores familiares, para os quais, a empresa se compromete a dar suporte tecnológico

PROGRAMAÇÃO: 

 8h00 – 8h30 : Recepção dos participantes

 8h30 – 9h00 : Bioenergia Orgânicos: sistema de integração e certificação para
 produção orgânica de frutas.     
 Evanilson Montenegro e Osvaldo Araujo - Bioenergia Orgânicos

 9h00 – 9h30: Produção de mudas frutíferas
 Nelson Fonseca e Aristóteles P. Matos- Embrapa Mandioca e Fruticultura

Circuitos Simultâneos (Duração de 1 h cada)
Sistema orgânico de produção

 9h30 – 12h30:

Cultivo do Abacaxizeiro
Zilton J. M. Cordeiro e Tullio P. Pádua. - Embrapa Mandioca e Fruticultura

Cultivo do Maracujazeiro
Raul C. C. Rosa e Onildo S. Jesus - Embrapa Mandioca e Fruticultura

Cultivo da Mangueira
Nelson Fonseca - Embrapa Mandioca e Fruticultura

12h30: Encerramento

Informações e inscrições: araujo@bioenergiaorganicos.com.br


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Professor holandês cria árvore com tons de rosa que dá 40 tipos de fruta

Professor da Universidade de Syracuse, em Nova York, Sam Van Aken vem há anos se utilizando da antiga técnica do enxerto

Árvore de 40 frutas. Foto: Divulgação

O professor holandês Sam Van Aken, da Universidade de Syracuse, em Nova York, utilizou a antiga técnica de enxertos para criar uma árvore híbrida capaz de gerar mais de 40 tipos de frutas. O projeto, chamado de "Tree of 40" ("Árvore das quarenta", em tradução livre do inglês), durou vários anos, nos quais ele foi acrescentando ramos de diversas variedades.

O tempo para cada árvore ficar pronta, com toda a numerosidade de frutas, é de 8 ou 9 anos. Isso porque o processo de enxerto somente pode ser iniciado em uma árvore que já tenha cerca de três anos de vida.

Para enxertar, Aken junta um ramo com um broto da árvore e os prende com uma fita adesiva até que eles se "cicatrizem". A partir daí, ele aguarda para que o novo ramo se desenvolva.

O professor, que também é artista, define a "Árvore das 40" como uma obra de arte, algo que deve ser admirado. E, de fato, a vistosidade da criação de Aken é impressionante depois de pronta: na primavera, a árvore ganha flores em incríveis tons de rosa e roxo.

Pêssego, damasco, nectarina, ameixa e cereja. Tudo é possível na árvore enxertada de Aken, que era um admirador de Frankenstein na infância. Ele diz que a ideia surgiu como forma de preservação e divulgação de espécies de frutas antigas que não são comercialmente produzidas ou não estão mais disponíveis. 

O professor/artista criou mais de uma dúzia de árvores do tipo, que foram plantadas em locais como museus espalhados pelos Estados Unidos. Para Aken, essa é uma forma de divulgar a diversidade em pequena escala.

Fonte: IG

Produtores de maçã apostam na alta do dólar para ampliar exportações

SC é líder nacional e corresponde a 50% de tudo o que é produzido no país.
Na última semana, Epagri lançou novas variedades para os agricultores.


Produtores apostam na alta do dólar
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Responsáveis por cerca de 50% de toda maçã produzida no Brasil, os produtores catarinenses da fruta apostam na alta do dólar para aumentar a exportação do produto. Algumas indústrias estão mudando a estratégia comercial, para conquistar novos mercados e se beneficiar do momento econômico do país.

Por ano, a média estadual é de 600 mil toneladas, Apenas uma única empresa de Fraiburgo produz aproximadamente 42 mil toneladas por ano.

Há dois anos, ela parou de exportar parte de sua produção, para se concentrar no mercado interno. No passado, 20% do que era produzido seguia para outros países.

Agora, com a alta do dólar, a estratégia é voltar a buscar novos mercados. A expectativa é dobrar a produção em cinco anos. “O fato do dólar ter uma alta, abre uma janela de exportação muito importante pra gente. É uma válvula de escape pra gente conseguir continuar crescendo sem grandes preocupações”, afirma o diretor da empresa, Lucio Caetano da Silva.

Alta qualidade
“Nossos pomares estão no mesmo nível dos pomares da Europa, com alta tecnologia. Também as produtividades são muito semelhantes aos pomares europeus, dos Estados Unidos, que têm uma tradição na cultura da macieira”, diz Jorge Luiz Petri, pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

Na última semana, pesquisadores da Epagri entregaram três novas variedades da fruta aos produtores. A expectativa é de que, em breve, elas comecem a ser cultivadas e aumentem a produtividades dos pomares catarinenses.

Segundo a reportagem da RBS TV, a cada ano, o número de frutos por pomar aumenta, assim como o tamanho da maçã e o sabor, graças ao melhoramento genético. Em uma área onde há 10 anos eram colhidas 30 toneladas, hoje, é possível colher 40 toneladas.

Fonte: G1