sexta-feira, 3 de julho de 2015

Alerta: Entrada de pragas não existente no Brasil

Livro alerta que 221 espécies não presentes no Brasil podem vir de outros países
da América do Sul.


A possibilidade de novas pragas entrarem no Brasil nos próximos anos é elevada, vindas principalmente de outros países da América do Sul, dada a extensão da fronteira e o fortalecimento do comércio regional.

O alerta está no livro “Defesa Vegetal – Fundamentos, Ferramentas, Políticas e Perspectivas”, lançado nesta terça-feira (30), em São Paulo, pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), em parceria com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e o Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, durante o Workshop Internacional sobre Ameaças Fitossanitárias.

Segundo os autores do livro, pelo menos 221 espécies quarentenárias – organismo de natureza animal ou vegetal, que estando presente em outros países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia agrícola do país ou região importadora exposta – podem entrar no país no longo prazo, considerando o aumento no trânsito regional de pessoas e produtos.

– Considerando que as rodovias promoveram e continuarão a promover um aumento no trânsito de veículos de passeio e que a vigilância nas fronteiras é insuficiente, principalmente na região Norte do país, é razoável supor que os eventos de invasão a partir de países da América do Sul se tonarão mais frequentes nas próximas décadas – diz trecho do livro.

Chile e Argentina foram apontados como os países com maior número de pragas quarentenárias que arriscam a segurança fitossanitária do Brasil. A questão piora pelo fato de muitos veículos desses países circularem pelos estados do Sul, principalmente durante o verão.

Peru, Colômbia, Venezuela e Bolívia são outro grupo com pragas quarentenárias. A construção de rodovias ligando estes países aos estados do Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima deve ajudar a trazer doenças novas ao país.

Soja e manga

O livro também aborda os riscos de pragas quarentárias ainda não presentes no Brasil para duas culturas, a soja e a manga.

No caso da oleaginosa, a América do Sul registra pelo menos 18 espécies de pragas ausentes no Brasil. Todos os países apresentam pelo menos uma espécie que pode prejudicar a produção nacional.

Segundo os autores, três fatores aumentam a probabilidade de introdução das pragas no país: a entrada pode ser facilitada por pessoas, através do transporte de solo contaminado; outras podem ser carregadas pelo vento; e algumas não dependem de hospedeiros para viver, caso de insetos e fungos.

Para a manga, pelo menos seis espécies ameaçam as plantações nacionais. Elas se concentram em países ao norte do Brasil, onde as condições são favoráveis à produção da fruta.

O livro alerta que, ao contrário da soja, o setor de manga pode perder mercado caso essas pragas quarentenárias entrem no país, pois muitas delas não estão presentes em mercados importadores, como Chile, Argentina e países europeus.

Prevenção

Os riscos da entrada de novas pragas no Brasil podem ser administrados caso se aprendam as lições deixadas pela invasão da lagarta Helicoverpa armigera, que foi detectada em 2013 e causou enormes estragos nas plantações de milho, soja e algodão, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.

– Entre as lições aprendidas com a Helicoverpa armigera, está, com certeza, a necessidade de identificar os eventos de invasão mais precocemente, ou seja, a tempo de adotar medidas de contenção que sejam eficazes – afirma o livro.

Ele cita a necessidade de retornar as práticas de monitoramento de pragas e realizar o manejo correto de pragas, evitando plantar excessivamente diversas espécies no mesmo local, pois isso cria as condições para a proliferação de pragas.

Fonte: Canal Rural

Embrapa assina parceria com Banco do Brasil para fortalecer pesquisa agropecuária

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e o Banco do Brasil firmaram nesta quarta-feira (1/07) um contrato de parceria para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro. O acordo prevê a cooperação em oito temas prioritários que vão nortear programas, estudos, levantamentos, pesquisas, treinamentos e ações a serem desenvolvidas nas áreas de recursos naturais e mudanças climáticas; novas áreas do conhecimento, como nanotecnologia, biotecnologia e geotecnologia; automação e agricultura de precisão; segurança zoofitossanitária com foco em cadeias produtivas; sistemas de produção; tecnologia agroindustrial, da biomassa e química verde; segurança dos alimentos, nutrição e saúde; e mercados, políticas e desenvolvimento rural.

O termo de cooperação técnica foi assinado na sede do Banco do Brasil, em Brasília, pelo presidente da Embrapa, Maurício Lopes, e pelo vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias. A assinatura ocorreu durante o lançamento do Plano de Crédito Rural do Banco do Brasil para financiamento da Safra 2015/16.

Parceria para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro

Para Maurício Lopes, o contrato é importante para fortalecer a relação entre o Banco do Brasil e o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). “Estamos incorporando mais tecnologia, conhecimento, capacitação e suporte para todos os agricultores brasileiros, com o objetivo de firmar a posição do Brasil como grande provedor de alimentos para o mundo”, afirmou.

Participaram do evento os ministros do Desenvolvimento Agrário e da Pesca e Aquicultura, Patrus Ananias e Helder Barbalho, respectivamente, o secretário de Política Agrícola do Mapa, André Nassar, a diretora-executiva de Administração e Finanças da Embrapa, Vania Castiglioni, entre outros.

Crédito para Safra 2015/16

O Banco do Brasil vai aumentar em 23% o crédito rural disponibilizado a produtores e cooperativas para a safra 2015/16, totalizando R$ 90,5 bilhões. Desse montante, as operações de custeio e comercialização receberão R$ 66,9 bilhoes, sendo R$ 57,9 bilhões a juros controlados.

O novo plano, que atende basicamente médios e grandes produtores, prevê um recorde de R$ 187,7 bilhões em financiamento, ante R$ 156,1 bilhões em 2014/15, com alta nos recursos de custeio e comercialização e queda nos empréstimos para investimentos.

Os novos recursos serão destinados aos programas Pronaf Mais Alimentos, Moderfrota/PSI, PCA, Inovagro e ABC. Com relação a este último, Dias ressaltou a parceria com a Embrapa, que fornece as tecnologias para colocar o programa em prática, para o qual foram destinados R$ 2,7 bilhões na safra 2015/16.


Fonte:
Secretaria de Comunicação da Embrapa – Secom
Elizabete Antunes (MTb744/DF)
secom@embrapa.br

50 países, incluindo o Brasil, criam banco asiático de desenvolvimento

O BAII, com capital de US$ 100 bi, entrará em operação até o fim do ano.
Banco financiará obras de infraestrutura na Ásia.



Cinquenta Estados, incluindo o Brasil, assinaram nesta segunda-feira (29) em Pequim um acordo sobre a fundação e os estatutos do novo banco asiático de desenvolvimento, uma iniciativa da China, que terá um peso importante na instituição.

A Austrália foi o primeiro país a assinar o documento que cria o Banco Asiático de Investimentos em Infraestruturas (BAII), em uma cerimônia no Grande Palácio do Povo de Pequim.

Outros 49 países assinaram em seguida, o que significa que existem 50 membros fundadores. Outras sete nações (Dinamarca, Polônia, África do Sul, Kuwait, Malásia, Filipinas e Tailândia) devem se unir ao projeto até o fim do ano.

O BAII, dotado com um capital de 100 bilhões de dólares, entrará em operação até o fim do ano, financiará obras de infraestrutura na Ásia.

"Nossa iniciativa está concebida para responder às necessidades de desenvolvimento das infraestruturas na Ásia (...) e também para aprofundar as cooperações regionais", afirmou nesta segunda-feira o presidente chinês Xi Jinping, que chamou a cerimônia de "etapa de importância histórica".

Depois de anunciar o projeto no fim de 2014, a China conseguiu adesão de vários países ocidentais, entre eles França, Alemanha, Reino Unido, Espanha e Brasil, mas não dos Estados Unidos nem do Japão, respectivamente primeira e terceira economias mundiais.

Washington manifestou reservas sobre o BAII, preocupado com os parâmetros de governança, falta de transparência, a concorrência com as organizações existentes, como o Banco Mundial, assim como o risco de que Pequim utilize a instituição para os próprios fins geopolíticos e econômicos.

Essa espécie de "Plano Marshall chinês" pretende virar um contrapeso das instituições nascidas em Bretton Woods, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, nas quais o governo dos Estados Unidos exerce uma enorme influência.

Com uma contribuição ao "soft power chinês", o BAII poderia favorecer também as empresas chinesas que buscam novos mercados, em particular o lucrativo setor de infraestrutura na Ásia, onde quase tudo precisa ser construído.

O Wall Street Journal afirmou recentemente que Pequim manteria o controle da instituição e poderia utilizar, como principal contribuinte, um "direito de veto" de fato nas principais decisões. As autoridades chinesas negam a informação.

O funcionamento do BAII - que terá sede em Pequim - concede à China um papel predominante pelo simples fato de que o país é, de longe, o contribuinte mais importante, com 30% do total.

Isso permitirá a Pequim obter 26% dos direitos de voto, segundo o governo chinês. Para adotar algumas decisões estruturais é necessária a maioria qualificada de 75% dos votos, o que dará à China um poder de bloqueio.

Fontes ligadas à nova instituição, entrevistadas pela AFP, tentaram minimizar os temores provocados por esta "minoria de bloqueio", alegando que os países não asiáticos também poderiam votar em bloco, bloquear ou influenciar nas decisões do banco.

A Índia é o segundo maior contribuinte da instituição (8,4%), seguido pela Rússia (6,5%). A Alemanha aparece com 4,5%, a França, com 3,4%, e o Brasil, com 3,2%.

Fonte: G1

Defensivos seletivos colaboram com manejo sustentável dos pomares

Produtos menos danosos ajudam a manter o equilíbrio natural do pomar e preservam o efeito benéfico dos inimigos naturais de pragas


Foto: Divulgação Fundecitrus
O professor da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq/USP) Pedro Yamamoto, que foi pesquisador do Fundecitrus por 14 anos, testou dezenas de produtos em relação à seletividade aos inimigos naturais em efeito direto e residual (persistência). A pesquisa seguiu padrões internacionais para classificar o impacto de cada um. As classes variam de 1 a 4, aumentando de acordo com a nocividade do produto. A partir do estudo foi organizada uma tabela que mostra os efeitos dos inseticidas nos inimigos naturais.

Para determinar o efeito direto, os insetos foram colocados em superfícies pulverizadas duas a três horas antes. Já a persistência apurou por quantos dias o produto exerceu efeito sobre os inimigos naturais.

De acordo com o professor Yamamoto, antes de pulverizar, o produtor precisa saber quais inimigos naturais há em seu pomar - isso pode ser feito juntamente com o levantamento de pragas - e conhecer quais são os defensivos mais e menos agressivos a eles. Dessa forma é possível compatibilizar a pulverização com a ação benéfica destes insetos.

Preservar os inimigos naturais ajuda a conter as pragas de citros e manter o equilíbrio ambiental. Na citricultura, a joaninha, o bicho lixeiro e ácaros predadores são aliados no controle de pulgões, cochonilhas e moscas. Há também a ageniaspis citrícola, inimigo natural do minador dos citros, e a Tamarixia radiata, parasitoide do psilídeo Diaphorina citri.

De acordo com o professor, nem sempre os defensivos mais seletivos são os mais eficazes, mas são importantes na composição de um bom manejo do pomar. "Um boa pulverização, tem que levar em conta três fatores: eficiência, seletividade e rotação de produtos. O conhecimento dos inimigos naturais presentes torna este tripé eficaz e sustentável", afirma.

Fonte: Fundecitrus

Citros/Cepea: demanda segue fraca; moagem de laranja de terceiros é iniciada

Nesta semana, especificamente, a demanda por laranja está desaquecida e os preços, em queda. Apesar de agentes estarem desanimados com o mercado, a intensificação do processamento industrial pode trazer certo equilíbrio entre a oferta e demanda in natura.

Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera tem média de R$ 11,52/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 5,8% ante a semana passada. Quanto à moagem, o processamento de laranjas de terceiros nas indústrias paulistas começou timidamente na semana passada, segundo levantamentos do Cepea.

Por enquanto, apenas duas unidades das grandes processadoras iniciaram o recebimento de laranjas contratadas, mas ainda restringindo-se às variedades precoces, que apresentam maturação mais próxima da ideal. A expectativa é que outras unidades autorizem o recebimento de frutas de produtores no correr deste mês.


Fonte: Cepea/Esalq

Acordo entre Dilma e Obama fortalece sustentabilidade da agricultura brasileira

Kátia Abreu: entendimento entre os dois países é sinalização positiva para o setor de biocombustíveis


O acordo sobre clima firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente norte-americano Barack Obama, nesta terça-feira (30), em Washington, deverá beneficiar a agropecuária brasileira. 

A avaliação é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, para quem a inclusão do etanol e da bioenergia nas discussões representam “um forte sinalizador para o setor de que o fomento ao comércio internacional de biocombustíveis será fortalecido".

“Reconhecendo a necessidade de acelerar o emprego de energia renovável para ajudar a mover nossas economias, Brasil e Estados Unidos pretendem atingir, individualmente, 20% de participação de fontes renováveis – além da geração hidráulica – em suas respectivas matrizes elétricas até 2030″, declarou Dilma Rousseff, no encontro com Obama.

A Ministra da Agricultura, Katia Abreu, que participou dos atos com os presidentes de Brasil e Estados Unidos, destacou a meta definida na declaração conjunta de dobrar o uso de biocombustíveis e energia renovável e o comércio com os EUA em dez anos, além da adoção de medidas ambiciosas de reduções de gases de efeito estufa no período 2020/2030, no âmbito da agenda da COP 21.

"Vejo a inclusão do etanol e da bioeletricidade nas discussões como uma política clara do governo brasileiro de fortalecimento do setor e do fomento de comércio internacional de biocombustíveis."

A presidenta Dilma disse ainda que o Brasil busca atingir uma participação de 28% a 33% de fontes renováveis na matriz energética, sem contar a geração hidráulica, até 2030. Além disso, o Brasil pretende eliminar o desmatamento ilegal no território nacional nos próximos 15 anos e, em igual período, reflorestar 12 milhões de hectares.

Do lado brasileiro foi anunciado o compromisso de aprimorar práticas de baixo carbono em terras agrícolas e pastagens por meio da promoção da agricultura sustentável e do aumento da produtividade e de novos padrões de tecnologia limpa para a indústria; do fomento a medidas adicionais de eficiência energética e aumento da utilização doméstica de fontes de energia não-fósseis em sua matriz energética.

O compromisso bilateral ainda inclui o estabelecimento de novos padrões de tecnologia limpa para a indústria; o fomento a medidas adicionais de eficiência energética; e o aumento da utilização doméstica de fontes de energia não-fósseis.

Dilma e Obama também afirmaram que se comprometem a trabalhar entre si e com outros parceiros para um acordo ambicioso e equilibrado na Conferência Mundial da ONU sobre o Clima (COP21), que será realizada em Paris em dezembro. Os dois países pretendem estabelecer uma sinalização firme à comunidade internacional que governos, empresas e sociedade civil estão decididos a enfrentar o desafio climático.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura

Crédito rural do BB não acompanha alta dos custos, dizem produtores

Para todo o país, o Banco do Brasil disponibilizou R$ 110,5 bilhões.
Montante representa aumento de 23% na comparação com safra anterior.



A maior oferta de recursos pelo Banco do Brasil (BB) neste novo ano-safra 2015/16, iniciado em 1º de julho, surpreendeu o setor produtivo, que esperava retração por causa do ajuste fiscal, mas o volume cresceu menos do que a despesa para produzir.

De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), os produtores de soja do estado gastaram, em média, 31,3 sacas por hectare para a compra de insumos no mês de junho de 2014. Já no mês passado essa mesma relação ficou 3,7 sacas/hectare mais cara. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, disse que os custos devem aumentar mais este ano por causa da valorização do dólar.

O coordenador da Comissão de Política Agrícola da Aprosoja-MT, Adolfo Petry, acrescentou que mais importante que a oferta de crédito é facilitar o acesso a ele. "O atraso na liberação dos custeios na safra 2014/15 aumentou os custos do produtor no Estado em mais de R$ 1 bilhão", afirmou.

Segundo ele, o aumento das taxas de juro vai pesar sobretudo para o produtor de milho. "Embora as altas em Chicago (Bolsa) tenham permitido uma melhora (dos preços) nos últimos dias, o cenário ainda exige muita atenção do agricultor. Ele não deve assumir grandes riscos, pois ficar exposto ao risco cambial pode amargar prejuízo", disse Petry.

Paolinelli destaca a situação de alguns produtores que não poderão acessar as linhas de crédito do BB."Há muito produtor endividado no Centro-Sul, por causa dos três últimos anos em que o clima prejudicou as lavouras", disse.

No Paraná, a preocupação deve ser a de buscar o quanto antes o financiamento, diz o analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti. Ele recomenda que os produtores busquem logo os recursos a juros controlados (2,5% a 8,75% ao ano,).

"Imagino que o produtor, de forma geral, vai agilizar os custeios", disse Mafioletti. "Quem chegar antes vai ter juro controlado. Se acabar o volume, pode ficar com juro mais alto." Segundo ele, a preparação para a nova safra no Estado não foi tão prejudicada porque outros agentes, como a Cooperativa Mista Agropecuária de Campo Mourão (Coamo), por meio da Credicoamo, fizeram financiamento do pré-custeio. Agora as compras de insumos devem acelerar. "Se tiver recurso disponível, produtor vai financiar." O BB oferta no Paraná R$ 9,5 bilhões, 20,9% mais que no ciclo passado.

Para todo o país, o Banco do Brasil disponibilizou R$ 110,5 bilhões, dos quais R$ 29 bilhões com juros livres e R$ 81,5 bilhões, controlados. A instituição informou que R$ 20 bilhões serão destinados para as empresas da cadeia produtiva do agronegócio. Do crédito rural disponível no BB, R$ 90,5 bilhões serão para produtores e cooperativas - R$ 23,6 bilhões para investimento e R$ 66,9 bilhões para custeio. O montante total corresponde a um aumento de 23% na comparação com safra anterior 2014/15.

Fontes: Estadão Conteúdo / Globo Rural

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Resolução estadual torna obrigatória rotulagem de frutas e verduras no Paraná

O primeiro conjunto de gêneros, com prazo em 30 de agosto, inclui cebola, cenoura couve-flor, laranja, maçã, morango, repolho, tomate e uva. Comerciantes devem ficar atentos aos novos procedimentos


Foto: Divulgação Diário do Noroeste
Uma resolução da Secretaria de Saúde do Paraná - SESA, de 17 de dezembro do ano passado, torna obrigatória a rotulagem de frutas e verduras in natura, comercializadas em todo o Estado. A resolução 748/2014 entrou em vigor ontem, mas os estabelecimentos terão 60 dias para adequação - ou seja - até 30 de agosto deste ano.

A implantação se dará em duas etapas. Por isso, é preciso ficar atento à relação de itens de cada uma delas. O primeiro conjunto de gêneros, com prazo em 30 de agosto, inclui cebola, cenoura couve-flor, laranja, maçã, morango, repolho, tomate e uva.

Já a segunda etapa, a partir de 17 de dezembro deste ano, insere os itens abacaxi, abobrinha, aipim, alface, batata, chuchu, goiaba, mamão, melancia, pepino, e pimentão.

Abrangente, a resolução trata da forma de rotulagem dos produtos in natura vendidos a granel, mas também estabelece regras para os itens comercializados já em embalagens. 
O chefe da Vigilância em Saúde da 14º Regional, Walter Sordi Júnior, explica que os comerciantes devem ficar atentos aos novos procedimentos. Os produtos a granel, por exemplo, deverão ter as informações padronizadas fixadas ao alcance do consumidor. 

A exceção neste caso é o chamado lote consolidado, em que há um conjunto de produtores. Nesta situação o comerciante deverá ter os mecanismos de identificação da origem em caso de qualquer questionamento.

Nas etiquetas deverão constar: nome completo do produtor ou nome de fantasia; CPF/CNPJ; endereço completo, produto e variedade, lote e formas de conservação. Há formato padrão a ser seguido. 

Sordi Júnior detalha que o objetivo desse novo trabalho é a identificação da origem dos produtos. Alerta que existem sanções para quem descumprir a resolução após o prazo de conscientização. Estão previstas no Código de Saúde do Paraná (lei 13.331/2001 e decreto 5.711). As sanções vão de advertência à interdição. 

A fiscalização do cumprimento desta Resolução nas etapas de distribuição e comercialização fica a cargo da Secretaria de Estado da Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde, através dos seus órgãos de vigilância sanitária. 

É possível ter acesso ao conteúdo completo da resolução através do site da SESA - www.saude.pr.gov.br. Na sequência, acesse portarias e resoluções. 

Em resumo, o documento aprova o regulamento técnico sobre a rotulagem de produtos hortícolas no Estado. Aliás, o regulamento consta no anexo da referida resolução.

Fonte: Diário do Noroeste

Feira em Jaú amplia espaço para produtor

Evento ocorre de 27 a 31 de outubro e discute a redução do papel dos atravessadores



Jaú sediará, entre os dias 27 e 31 de outubro, a primeira edição da Feira de Inovação e Negócios da Agricultura Familiar Organizada (Feicomex). O objetivo é aproximar os produtores rurais de mercados consumidores, reduzindo o papel de atravessadores.

As informações sobre o evento foram divulgadas ontem na sede da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Jaú e contou com a presença dos organizadores, de representantes do governo estadual e de prefeituras de Jaú e da região.

Hoje, em um ambiente de agricultura familiar, muitas vezes o produtor encontra dificuldades para destinar sua produção de verduras, legumes e frutas, por exemplo. Há casos em que o maço de alface passa por várias pessoas até chegar à casa do consumidor.

A Feicomex, de âmbito estadual, é uma oportunidade de melhorar o escoamento da produção pelo pequeno agricultor. Uma das possibilidades concretas é que os produtores façam negócios com entes governamentais para o preparo de merenda escolar ou para unidades prisionais.

Para o gerente técnico do Programa de Microbacias 2, do governo estadual, João Brunelli Júnior, a venda ao governo e a concorrência com produtores de maior porte da iniciativa privada passam pela profissionalização da produção e pela organização do pequeno produtor em associação ou cooperativa (leia texto).

Brunelli Júnior ressalta que o evento deveria ser realizado na capital paulista, mas a área foi negociada. A segunda opção era Jundiaí, no entanto, a pequena tradição da cidade na agricultura pesou contra o projeto. A escolha por Jaú recaiu na localização central da cidade no Estado de São Paulo e no cenário que se vislumbra com a redução da área da cana-de-açúcar e a possibilidade de que novas culturas surjam.

Na opinião do secretário municipal de Desenvolvimento e Trabalho e interino na pasta de Agricultura, Jorge Alcalde, atualmente os pequenos produtores de Jaú não estão organizados. Ele acredita que a realização da feira possa incentivá-los a formar associações ou cooperativas.

Visitantes

A Feicomex deveria ter sido realizada em abril deste ano. Depois a data foi alterada para maio, com novo adiamento. Segundo a organização, a mudança de data ocorreu por causa das alterações administrativas na Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

A feira ocupará 3,6 mil metros quadrados do Recinto de Exposições Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (Expojaú), onde serão montados auditório e 127 estandes que serão comercializados pela empresa organizadora (veja quadro).





Márcia Pereira, da D7 Eventos e Feiras, explica que o foco é na cultura de café, milho, soja, frutas, verduras e legumes. Para associações e cooperativas serão disponibilizados 38 estandes. A previsão é de que a Cati disponibilize 80 ônibus para atrair visitantes de todo o Estado de São Paulo a Jaú. Diferentemente de feiras agropecuárias, não haverá shows musicais.

Fonte: Jornal Comércio do Jahu



Flores, frutas e hortaliças tropicais são tema de evento internacional em Manaus

Está aberto o prazo para inscrições e submissão de trabalhos para a 61ª Reunião Anual da Sociedade Interamericana de Horticultura Tropical (Interamerican Society for Tropical Horticulture - ISTH) a ser realizada de 23 a 27 de novembro de 2015, em Manaus – AM. A submissão de trabalhos iniciou dia 20 de maio e vai até 31 de agosto de 2015.

O evento é uma promoção da ISTH, realizado pela Embrapa (Amazônia Ocidental e Agroindústria Tropical) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e reunirá especialistas em horticultura tropical (fruticultura, hortaliças e floricultura) de diferentes áreas do conhecimento e países.

A ISTH, criada em 1951, promove uma reunião anual em diferente país da América tropical. O evento já foi realizado em 20 países. No Brasil as reuniões ocorreram em Campinas, SP (29ª ISTH, 1981), em Curitiba, PR (42ª ISTH, 1996), em Fortaleza, CE (49ª ISTH, 20113), em Vitória, ES (54ª ISTH, 2008) e a 61ª ISTH, 2015 será a quinta a ser realizada no Brasil e a primeira no Estado do Amazonas, em Manaus.

A 61ª ISTH vai possibilitar aos participantes o intercâmbio de informações com os maiores especialistas das áreas de fruticultura, floricultura e hortaliças do mundo tropical. "Vamos ter a oportunidade de discutir, ver o que tem de novidade, saber o que tem avançado nessas áreas, trocar experiências e ao mesmo tempo divulgar a nossa região para um público diversificado, formador de opinião proveniente de vários países", explica a presidente da Comissão Organizadora, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Aparecida das Graças Claret de Souza.

Na programação consta a realização de conferências dos três segmentos, apresentações de trabalhos técnicos orais e exposição de pôsteres. Haverá também visitas em áreas de produção de fruticultura, plantas ornamentais e hortaliças em municípios próximos a Manaus e o Jantar de confraternização.

O objetivo maior do evento, segundo Aparecida, será o de promover a integração das três áreas, com pessoas experientes, bastante acessíveis, que gostam de trocar ideias e também estão curiosas em conhecer a Amazônia. "Os participantes poderão conhecer um pouco da nossa região, da nossa história, além dos pontos turísticos. Então, será um momento de divulgação, porque cada um que vier será um multiplicador em seu país", explica.

Acesse o site do evento aqui para mais informações.

Fonte: Embrapa