A supervisora de Curadorias, visitou ou Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) da Embrapa Semiárido no dia 12 de maio de 2016. Ao todo, ela conheceu sete bancos ativos– videira, mangueira, Psidium (gênero conhecido popularmente como araçá, ao qual pertence a goiaba), mandioca, curcubitáceas, capim buffel e coleção silvestre de maniçoba (planta forrageira nativa da Caatinga) e umbuzeiro – e a câmara fria dos BAGs. Ao final, foi realizada uma reunião com os curadores daquela Unidade, na qual ela apresentou o Sistema de Curadoria da Embrapa.
Segundo Dulce, a visita foi muito produtiva, especialmente pela oportunidade de se apresentar e interagir com todos os curadores daquela Unidade, na qual os BAGs estão distribuídos em três campos experimentais. Além de avaliar as condições de conservação das espécies nos BAGs visitados, foi possível levantar as demandas apresentadas por eles, que vão subsidiar o desenvolvimento de ações para fortalecer as curadorias.
Oficina para construção de projeto em benefício da conservação da agrobiodiversidade do semiárido
Antes de visitar os BAGs da Embrapa Semiárido, Dulce participou de uma oficina entre os dias 9 e 11 de maio em Juazeiro (BA), para a construção de projeto em prol da conservação da agrobiodiversidade do semiárido no qual foi discutida a necessidade de fortalecimento das estratégias e das redes de conhecimento e multiplicação de sementes naquela região. Na ocasião, Dulce ressaltou a importância de aumentar a integração entre a conservação ex situ e on farm.
A oficina contou com a presença de ONGs e agricultores familiares de vários estados da região nordeste, como Ceará, Bahia, Pernambuco e Paraíba, entre outros. A participação da Embrapa nesse evento foi coordenada pelo Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) e envolveu várias UDs.
Segundo a supervisora de Curadorias, o objetivo é construir um projeto conjunto entre as instituições participantes a ser submetido ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que fortaleça a conservação on farm realizada pelos agricultores do semiárido e também contribua para aumentar a sua integração com a conservação ex situ, especialmente com o envio de sementes para conservação a longo prazo no Banco Genético da Embrapa. Vale ressaltar que representantes do Banco participaram do evento.
Um dos destaques desse projeto é que vai incluir também os recursos genéticos animais conservados e perdidos pelos agricultores daquela região.
Segundo Dulce, a experiência foi muito gratificante, pois possibilitou conhecer o trabalho realizado pelos agricultores do semiárido, que são importantes guardiões da biodiversidade local. Ela explica que as espécies são conservadas em casas de sementes. Mas, a seca naquela região é muito forte e prolongada, por isso, um dos objetivos do projeto que será submetido ao BNDES, é garantir o acesso dos agricultores a recursos hídricos para multiplicação e manutenção das casas de sementes.
A participação das ONGs é fundamental nesse projeto, como explica a pesquisadora, porque além de terem realizado o mapeamento dos agricultores e de suas principais necessidades, permitiram uma maior capilaridade das ações previstas no projeto.
Durante a oficina, Dulce fez questão de enfatizar a importância das mulheres como guardiãs da biodiversidade. Elas desempenham uma função de extrema relevância para a preservação das espécies locais, pois lidam diariamente com questões relacionadas à alimentação e saúde, entre outras. “Por isso, destaquei a necessidade de incluir ações específicas para a questão de gênero na conservação dos recursos genéticos”, afirmou.
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