Especialistas alertam para o fato de que o consumo, no entanto, deve ser moderado. Saiba qual é a quantidade ideal
Especialistas alertam para o fato de que o consumo, no entanto, deve ser moderado. Saiba qual é a quantidade ideal
A ciência reforçou mais um dos benefícios de incluir frutas na dieta das grávidas. De acordo com um estudo realizado no Canadá, gestantes que incluem esse tipo de alimento no cardápio diário têm bebês com melhor desempenho cognitivo.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores se basearam nos resultados de um estudo chamado Canadian Healthy Infant Longitudinal Development Study, com dados de mais de 3.500 pares de mães e filhos, além de testes de QI com 688 crianças de um ano da cidade de Edmonton, no Canadá. Em uma publicação no jornal EbioMedicine, Piush Mandhane, autor sênior e professor associado de pediatria na Universidade de Faculdade de Medicina e Odontologia de Alberta, comentou: “Sabemos que quanto mais tempo uma criança fica no útero, mais ela se desenvolve - e os resultados dessa pesquisa mostraram que ter mais de uma porção de fruta por dia na dieta da mãe oferece ao bebê um benefício semelhante ao de ter nascido uma semana mais tarde".
Coma com moderação
Os resultados do estudo apontaram um desvio de seis ou sete pontos a mais na escala de quociente de inteligência (QI) nos bebês cujas mães tinham o costume de consumir frutas durante a gestação. No entanto, o excesso pode trazer riscos. “Não é porque são frutas que podem ser ingeridas de forma indiscriminada e em grandes quantidades. A frutose em excesso pode ser depositada em forma de gordura no fígado; é preciso ter cuidado. Recomendo três porções por dia”, explica Alberto D’Auria, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP). O ideal é elaborar um cardápio em conjunto com um nutricionista e com o obstetra.
Os sucos também merecem atenção – sejam eles naturais ou de caixinha. “O suco não é um substituto da água. Se você está com sede ou quer se hidratar, beba água. Use o suco como um lanche rápido”, explica Andrea Bottoni, coordenador da equipe de nutrologia da rede do São Luiz unidade Anália Franco. O cérebro demora para identificar a frutose em forma líquida e, consequentemente, envia de maneira tardia a mensagem para o centro da fome dizendo que já existe um bom nível de glicemia e que é preciso diminuir a ingestão. "Ou seja, a pessoa acaba consumindo muito mais açúcar”, complementa D'Auria. Sem contar que, para fazer um copo de suco de laranja, você usa no mínimo 3 laranjas – o que já soma a recomendação das três porções diárias.
As frutas e a gestação
Na medida certa, as frutas são alimentos recomendados para as gestantes porque possuem concentração elevada de água, carboidratos, vitaminas e sais minerais. Muitas grávidas relatam uma preferência pelas versões mais ácidas, como abacaxi ou tangerina. “O que acontece é uma mudança da acidez da saliva e um aumento das papilas gustativas, que ficam na língua. O paladar da mulher fica alterado e, em geral, ela busca alimentos que causam o aumento da salivação. Quanto mais saliva ela tiver e quanto mais ácido ela ingerir, mais facilidade ela vai ter para fazer a digestão”, esclarece o obsteatra do Hospital e Maternidade Santa Joana.
O abacaxi, por exemplo, parece bem mais ácido no paladar do que ele verdadeiramente é. Por outro lado, por ter uma boa quantidade de fibras, tem digestão fácil, diminuindo a absorção de gorduras em até 30%.
Frutas ricas em vitamina C, como a laranja, o kiwi e a acerola auxiliam na na absorção do ferro. Por isso, ao comer carne, feijão ou outros alimentos ricos nesse nutriente, combine a refeição com uma fruta que contenha a vitamina. Assim, os benefícios são potencializados.
Já para quem precisa reforçar a hidratação, a melancia é uma ótima opção. A fruta possui vários minerais importantes, mas se destaca pela grande quantidade de água e, por isso, tem baixo teor calórico. O abacate, ao contrário, tem mais calorias, mas isso não significa que ele deve ser banido do cardápio. Quando consumido com moderação, ele pode trazer benefícios – principalmente no final da gestação. “Ele tem um índice grande de magnésio e por isso pode ajudar nas cãibras, na fadiga e no cansaço”, explica Bottini.
Confira aqui a pesquisa
Fonte: Revista Crescer
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