Valor corresponde a 80% do total de recursos programados para o Plano Agrícola e Pecuário da temporada passada
Os médios e grandes produtores rurais tomaram empréstimos de R$ 150 bilhões na safra 2015/2016, que se encerrou no último dia 30. O montante - referente a créditos de custeio, comercialização e investimento – é 2,6% superior ao do ciclo anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Os números mostram que o produtor continua acreditando que o financiamento, com o apoio do governo, é importante para o desenvolvimento da agropecuária”, ressaltou o secretário da SPA, Neri Geller.
Os R$ 150 bilhões correspondem a 80% do total de recursos programados para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da temporada, de R$ 187,7 bilhões.
As operações de custeio e comercialização da agricultura empresarial totalizaram R$ 117,3 bilhões. De acordo com a SPA, o valor equivale a 100% do montante programado para o ciclo. Do total, R$ 97,4 bilhões foram contratados a juros controlados (entre 8,75% e 7,75% ao ano). Já os financiamentos a juros livres chegaram a R$ 19,9 bilhões, sendo 69% provenientes das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA’s).
Os empréstimos para comercialização somaram R$ 26,8 bilhões, sendo a Região Sudeste tomadora de 44% do total, seguida da Região Sul (39%).
Segundo o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), do Banco Central, os financiamentos na modalidade de custeio somaram R$ 90,4 bilhões, sendo que os bancos públicos lideraram as aplicações (R$ 59,2 bilhões). Já os bancos privados alcançaram R$ 20 bilhões e as cooperativas de crédito, R$ 11,2 bilhões. Dos R$ 150 milhões contratados no PAP, R$ 5,4 bilhões foram aplicados pelas agroindústrias.
Investimento
O crédito de investimento somou R$ 27 bilhões contra R$ 38,3 bilhões da temporada anterior, com recuo de 29%. A redução nesta modalidade já havia sido prevista no lançamento do PAP 2015/2016, que priorizou o custeio.
De acordo com o Sicor, foram realizadas 151,3 mil operações em investimento e 27,3 mil em comercialização. Mas a maioria das operações foi registrada na modalidade de custeio (464,8 mil).
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