Com todo o calor que tem feito no país nesse verão nada com uma água de coco bem gelada para se refrescar. A procura pela fruta movimenta a produção em Sergipe.
Os coqueirais que cobrem o Platô de Neópolis, a 100 quilômetros de Aracaju, estão carregados. A colheita é feita no ano todo, mas é no verão, que a safra atinge o ponto alto.
Uma propriedade da região tem 600 hectares de área plantada, e os frutos que estão no pé já tem destino certo. Além de Sergipe, os cocos produzidos em uma fazenda são destinados a outros nove estados brasileiros. Para dar conta dessa demanda, o trabalho é intenso. Para se ter uma ideia, todos os dias sai um caminhão carregado e, logo em seguida, chega outro vazio. No mês de dezembro, foram vendidos R$ 1,7 milhão de cocos.
“Desde agosto até novembro nós mantivemos nossa produção em torno de um milhão de cocos vendidos para acumular para dezembro, janeiro e fevereiro para pegar um preço melhor e a produtividade melhor”, fala o gerente Cláudio Dinizio Nascimento.
Para garantir que não falte água no coqueiral, é usado um sistema de irrigação. A água é bombeada dos reservatórios, que são abastecidos pelo Rio São Francisco.
A irrigação é programada para funcionar uma vez ao dia. Quando chove o sistema é desligado o que gera economia de energia elétrica e água. No ano passado o clima ajudou. Houve chuva em todos os meses de 2014 e o resultado foi a diminuição no custo de produção. Cada fruto desse que era vendido a R$ 1 no verão passado, agora sai por R$ 0,80.
A diferença está na quantidade, com mais frutos as vendas quase dobraram. Por causa disso, o mês de janeiro já começou com boa notícia para os trabalhadores: todos vão receber o 14º salário como participação nos lucros. O colheitador Edjenal Ramos dos Santos, que trabalha na colheita há três anos, já faz planos.
“Estou devendo um dinheiro, vou pagar. Comprar algumas coisas dentro de casa. As coisas das crianças, para estudar. Ajuda em várias coisas”.
Na propriedade a produção deve chegar a 15 milhões de cocos; 2 milhões a mais do que em 2014.
Fonte: G1-Globo Rural
18/01/2015
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