sexta-feira, 8 de julho de 2016

Reunião discute exportações de laranjas para a Europa

Representantes da cadeia produtiva de citros se reuniram no Centro de Citricultura Sylvio Moreira/Apta, em Cordeirópolis-SP para debater medidas sanitárias para a exportação de laranjas frescas para a Europa.

Organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a reunião técnica reuniu empresas exportadoras de laranjas, entidades de classe, responsáveis técnicos das empresas e agentes públicos estaduais e federais responsáveis pelo Sistema de Mitigação de Risco (SMR) dos Estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, e teve como objetivo repassar com o setor produtivo o protocolo para a pinta preta, voltado à exportação de citros para a União Europeia, trocar experiências sobre sua implementação e identificar eventuais oportunidades de melhorias ou necessidade de capacitação específica nos procedimentos fitossanitários e de controle adotados.

O Estado de São Paulo é o maior produtor mundial de citros, mas para que possa exportar frutas in natura é necessário acompanhamento fitossanitário da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), que precisa estar atenta às exigências impostas pelos países importadores e às medidas sanitárias adotadas na produção para evitar a disseminação de doenças.

A engenheira agrônoma da Secretaria, Georgia Rocha Vilela, responsável pelo Programa de Exportação de Frutos para a Comunidade Européia na Coordenadoria de Defesa Agropecuária, “a exportação de frutos de laranja in natura para a Comunidade Europeia é um Programa Estadual de Defesa de adesão voluntária por parte do exportador e visa garantir a sanidade e a qualidade de frutos de citros. Em 2015 estavam aptos para exportação, no Estado de São Paulo, 120.512,4 toneladas de frutos de laranja”.

Georgia informou ainda que a Defesa Agropecuária adota todas as medidas necessárias para a exportação de frutos para a Comunidade Europeia e que a reunião foi importante para troca de experiências e padronização de atividades.

Das pragas presentes no Brasil e com restrição à exportação são: Guignardia citricarpa, causadora da mancha preta ou pinta preta dos citros, Xanthomonas citri subsp. citri, causador do cancro cítrico, Elsinoe spp., causadora da verrugose e as moscas-das-frutas Anastrepha spp. e Ceratitis capitata.

Para exportar frutos cítricos in natura são realizadas fiscalizações para verificar o atendimento às exigências dos países importadores e das legislações vigentes, interceptação de pragas restritivas e auditorias na certificação fitossanitária.

Representando o estado de São Paulo, participaram também da reunião técnica, os engenheiros agrônomos Luciano de Aquino Melo, diretor substituto do Centro de Defesa Sanitária Vegetal, Cristina Abi Rached Iost, responsável pelo Programa de Certificação de Frutos da Defesa Agropecuária e Luís Fernando Bianco, diretor Técnico do Escritório de Defesa Agropecuária de Bauru.

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