quarta-feira, 8 de abril de 2015

Produtores de manga de Petrolina estão otimistas com exportação

Mangas do Vale do São Francisco
(Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Produtores de manga de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, estão otimistas com a exportação da fruta na região. Com os pomares carregados e o dólar em alta, a expectativa é de fechar 2015 atingindo mais do que a meta do ano passado, quando foram exportadas quase 42 mil toneladas de manga, movimentando mais de 51 milhões de dólares.

Com o aquecimento do mercado, os produtores pretendem conseguir dobrar os lucros. Para aproveitar a valorização da moeda americana de quase 40% em um ano, o empresário Fernando Nogueira, que está no mercado de exportação há vinte anos, aumentou os investimentos no setor. “Questão de pôda e adubação para que as plantas produzam mais. E que a gente aumente esse volume que é bem possível”, argumenta.

Por ano, o produtor envia três mil toneladas de manga para os Estados Unidos e a boa parte da Europa. Cada caixa com 4kg da fruta, é vendida em média por sete dólares. Cada dólar vale hoje mais de R$3. “Eu já estou pensando, vamos ter um aumento de 30% da nossa exportação em relação ao ano passado”, destaca.

A valorização da manga para exportação estimula também a comercialização de mudas no município. Em um viveiro da cidade, 30 mil mudas estão prontas para o plantio e 80% delas já foram vendidas. “O pessoal está plantando mais principalmente o produtor pequeno, o colono, que não estava plantando. O empresário está procurando bastante também e estamos vendendo graças a Deus”, garante Silvio da Costa.

As mudas até dezembro de 2014 custavam R$2,50, mas com a grande procura da fruta no mercado externo agora são comercializadas por R$3 reais. O negócio ficou lucrativo, que Sílvio duplicou a área do viveiro. “A gente está sobrevivendo com isso aí, dá para levar”, afirma Costa.

As mudas passam pelo processo de enxertia para a mangueira ficar mais resistente e produzir manga no padrão de exportação em pouco tempo. “Existe algumas doenças de solo que afetam a produção diretamente que se chama seca da mangueira. E quando você enxerta a variedade de manga. Ela se torna resistente a doença na parte de solo no processo, ele seleciona um cavalo que seja resistente a doença que é a manga espada e em cima, ele enxerta a variedade que vai ser exportada ou vai ser vendida para o mercado interno que seria no caso a manga Palmer ou a Tommy”, explica o agrônomo Pedro Paulo Ximenes.

Fonte: G1 Petrolina

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