terça-feira, 22 de novembro de 2016

SP adotará mitigação de risco para combate ao cancro

O sistema de mitigação de risco será adotado após o Estado paulista perder o controle da doença.

O Estado de São Paulo, maior região produtora de laranja do mundo, vai adotar o sistema de mitigação de risco para combate ao cancro cítrico, uma das principais doenças da citricultura. A medida consiste em uma série de ações de manejo nos pomares para controlar o cancro e é uma das alternativas previstas de combate à praga previstas na Instrução Normativa (IN) 37, do Ministério da Agricultura, que entra em vigor em março de 2017.

O sistema de mitigação de risco será adotado após São Paulo perder o controle da doença, cuja incidência atingiu 9,3% dos pomares de acordo com estimativa dos setores produtivo e científico. O porcentual pode até ser superior, já que os levantamentos deixaram de ser feitos após o governo paulista afrouxar, no passado recente, as regras de combate ao cancro no Estado.

"A Instrução Normativa inova por dar flexibilidade para que os Estados possam reconhecer situações distintas da doença", disse Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura de São Paulo. Além de área com a mitigação de risco, a IN 37 prevê três outras: área com ausência da praga, área livre da praga e área com erradicação necessária para o controle da doença.

"A responsabilidade de cuidar é do produtor e mitigar os riscos do cancro se faz pelo controle de equipamentos, como adoção de quebra ventos, barreiras físicas que impedem a chegada da doença. A ação do Estado é orientadora e pedagógica", disse Jardim. "Convivência com cancro não é tolerância, é você reconhecer que há situação e estabelecer normas para isso", acrescentou ele, que participou, em Cordeirópolis (SP), de um seminário sobre o tema.
 
Segundo o Coordenador de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura de São Paulo, Mário Sérgio Tomazela, o governo paulista utilizará o mesmo sistema informatizado que já existe para que o produtor possa comunicar as ações de mitigação de risco de outra doença, a pinta preta, para o cancro cítrico. "Vamos agregar uma funcionalidade ao sistema já existente e alertar que a responsabilidade grande é do produtor, porque o combate deixou de ser compulsório para ser voluntário", disse. 

Fonte: BrasilAgro

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