terça-feira, 22 de novembro de 2016

IAC avalia uso de porta-enxerto em pomares de limão

Trabalho pode ajudar a aumentar a produção nos pomares. A região Noroeste de SP é importante no cultivo do limão taiti

O Noroeste de São Paulo é a região que mais produz limão no Brasil. São mais de 1 milhão de pés e uma produção anual de 100 mil toneladas. E o Nosso Campo descobriu que o cultivo pode ganhar impulso com uma pesquisa do Centro de Citricultura do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

A pesquisadora Mariângela Cristofani Yaly está à frente do estudo com porta-enxertos. Ele influencia várias características da planta, como qualidade, sabor, tamanho da árvore e resistência à seca e a doenças.

Em uma comparação, a variedade mais conhecida é a quebra-galho. Em 1 hectare é possível plantar 400 pés de limão. Já com uma das novas variedades, dá para cultivar até mil pés na mesma área e atingir uma produção de até 33 toneladas por safra. Além disso, a copa da árvore é mais baixa, o que facilita a colheita e a poda, além de aumentar a eficiência na hora da pulverização.

A técnica consiste na enxertia de um material genético mais rústico, que dá condição para o bom desenvolvimento da planta. O pomar experimental foi plantado em 2013 em uma unidade da Apta, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, em Pindorama (SP).

Os frutos de cada porta-enxerto vão para o laboratório, onde são avaliados o tamanho, a acidez, o peso, a quantidade de vitamina C, o teor de açúcar e o rendimento de suco de cada fruta. Depois dos testes é possível saber qual o melhor porta-enxerto.

Ao todo, foram estudados 17 tipos de porta-enxertos. Segundo a pesquisadora Maria Beatriz Bernardes Soares, dois deles se destacaram. Um pela parte física e rendimento de suco. O outro, pela parte química, teor de açúcar, vitamina C e qualidade do suco.


Fonte: G1

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