Faturamento da agropecuária catarinense deve chegar a R$ 29,06 bilhões em 2016. O número representa o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), ou seja, o faturamento dos principais produtos da agropecuária. Segundo as projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Valor Bruto da Produção Agropecuária do Brasil será de R$ 519,3 bilhões este ano, valor 2,5% menor do que o VBP de 2015.
Em Santa Catarina, o Valor Bruto da Produção Agropecuária estimado para 2016 já supera o faturamento do último ano em R$ 22 bilhões, alavancado pelas lavouras que podem ter um rendimento de R$12,38 bilhões, 6,46% a mais do que no VBP de 2015.
Em alguns produtos como banana, batata inglesa e trigo a alta no faturamento é superior a 60% e para a cebola o VBP a valorização pode chegar a 86% em relação ao último ano. No Valor Bruto da Produção de lavouras, Santa Catarina tem o maior faturamento do país em produtos como cebola (R$ 887,3 milhões) e maçã (R$ 2,16 bilhões) e o segundo maior faturamento com o fumo (R$ 1,55 milhão).
Já na pecuária, o estado tem o maior faturamento da suinocultura com R$ 3,65 bilhões e é o segundo colocado no VBP da avicultura com R$ 8,86 bilhões. A região Sul, formada por Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, representa quase 30% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do país, com R$ 153,66 bilhões de faturamento estimado para 2016.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária revela apenas o que foi pago aos agricultores e pecuaristas pelos produtos vendidos, não levando em conta a movimentação de toda cadeia produtiva com insumos, serviços e industrialização das matérias primas. Segundo o secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies, a movimentação financeira de toda cadeia representa 21,4% do Produto Interno Bruto do Brasil e aproximadamente 29% do PIB catarinense.
Spies ressalta que a agropecuária não está imune à crise financeira que afeta o país, mas os números revelam que em Santa Catarina a queda na produção do agronegócio foi menor do que a média nacional. “A reação catarinense se deve à grande diversidade de atividades agrícolas e agregação de valor pelas agroindústrias. Assim como, a força do cooperativismo, setor que cresceu 11% em faturamento bruto no último ano”.
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