Abrir mão do uso de agrotóxicos gera um receio inicial nos produtores, mas os técnicos que prestam assessoria no campo afirmam que a cultura orgânica tem evolução contante, muito pela nutrição, manejo e sustentabilidade do solo. "Para crescer, o grande gargalo da agricultura orgânica é a segurança que o produtor tem de ter para mudar o sistema de produção, que é dada pela viabilidade técnica levada pelos agentes de extensão rural", diz o coordenador do Núcleo de Estudos de Agroecologia e Territórios (Neat) da Universidade Estadual do Norte Pioneiro (Uenp).
Ele diz que é importante ampliar o número de técnicos capacitados, tanto no Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) como no Neat, para fortalecer o acesso aos produtores a informações. "Hoje existem outros insumos disponíveis e diminuiu a penosidade do trabalho em relação à agricultura orgânica, porque a tecnologia chegou e cumpre com o papel de mais eficiência no uso da mão de obra."
São 12 empresas privadas registradas pelo governo brasileiro que produzem e comercializam insumos biológicos para manejo de pragas, de solo e de doenças. Técnico agrícola biodinâmico da empresa londrinense Bioconsult, José Roberto Bergamo conta que são muitas alternativas no mercado que fortalecem a planta e reduzem a incidência de pragas. "E diminui bastante o custo, porque o agroquímico é para resolver o problema na hora que ocorre, apagar o fogo. O nosso é uma evolução, preventivo, por isso tem custo mais barato."
Fonte: Folha de Londrina
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