O Seguro Rural deverá passar por mudanças. A afirmação é do secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller. A "revisão" do atual modelo de seguro agrícola adotado no Brasil é uma das prioridades da atual gestão, que assumiu o Ministério a cerca de 30 dias. Segundo o secretário, a questão será discutida juntamente com o setor produtivo.
Além do Seguro Rural, o Plano Safra é outro que passará por análises. Geller revela que demandas foram entregues ao órgão. “Recebemos muitas demandas do setor produtivo. O ministro Blairo Maggi quer que o Ministério seja a casa do produtor. As demandas estão sendo analisadas. Hoje, temos recurso faltando para o Moderfrota e isso está sendo revisto. É preciso aplicar investimentos em equipamentos também”.
Questionado sobre a “escassez” de milho, Neri Geller pontuou que o cereal será escoado de armazéns públicos localizados na região Centro-Oeste, em especial de Mato Grosso, para atender os estados consumidores, como é o caso de Santa Catarina. O milho, hoje, encontra-se em armazéns da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e as vendas deverão ser realizadas por meio de venda balcão, ou seja, por CPF.
A atual "crise" no abastecimento do milho deixou integradoras de aves e milho com seus estoques no limite. Uma das alternativas a ser utilizada pelo Ministério será estimular as agroindústrias e os criadores de aves e suínos a operarem no mercado futuro de grãos.
Volta para o Ministério
Essa é a terceira vez que Neri Geller assume um cargo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como o Agro Olhar já comentou. Em 2013 assumiu pela primeira vez o cargo de secretário de Políticas Agrícolas, que em 2016 volta a ocupar após convite do ministro Blairo Maggi, e em 2014 foi ministro da Agricultura.
De acordo com Neri Geller, a sua volta para o Ministério, após convite de Blairo Maggi, vem para “somar” a equipe que está sendo montada. “Blairo é uma das pessoas mais indicadas hoje para ser ministro da Agricultura e Pecuária. Antes mesmo dele assumir a pasta já demandava questões como é o caso do milho. Ele (Blairo) achou importante que eu voltasse para ajudar”.
Quanto a possíveis mágoas pelo fato da presidente Dilma Rousseff ter decidido em 2015 passar o Ministério para a senadora Kátia Abreu, Geller afirmou, durante o programa Direto ao Ponto, não ter ressentimentos. “Defendi a eleição da presidente Dilma Rousseff pelas conquistas que tivemos na época no Ministério, como o aumento do Plano Safra, por exemplo”, declarou.
Fonte: Olhar Direto
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