terça-feira, 7 de junho de 2016

Classificação de solos vai chegar a dispositivos móveis

Projeto liderado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ) pretende levar a classificação de solos para smartphones e tablets. O SMARTSolos, utilizando o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), vai permitir que o produtor rural visualize a classificação do seu solo em tempo real, de acordo com a entrada de dados.

"O SiBCS é uma referência no ensino de solos, na pesquisa e na extensão rural, além de ser um dos principais produtos da Embrapa. Se automatizado em linguagem acessível, além de poupar tempo e minimizar eventuais erros humanos, ele poderia, por exemplo, utilizar o reconhecimento de voz para entrada de dados, dispensando a digitação; organizar a saída de resultados em diferentes formatos de arquivo (.txt, .doc, .xls), e compartilhá-los instantaneamente (email, wifi, bluetooth, 3G, 4G)", revela o pesquisador da Embrapa Solos Luís de França da Silva Neto. Além disso, o SMARTSolos vai fazer a correspondência das classes de solo do SiBCS com as classes de solo de outros sistemas taxonômicos como o WRB da FAO com um simples toque na tela do smartphone.

O SMARTSolos também terá múltiplas interfaces, com a expectativa de fornecer a informação de solos de forma útil e acessível para públicos diferenciados como agricultores, estudantes, profissionais/professores/pesquisadores. Daí a importância de nossa equipe ser composta por pessoas de diversas áreas (pedologia, etnopedologia, tecnologia da informação, transferência de tecnologia e do comitê do SiBCS), em parceria com a Embrapa Informática Agropecuária e a Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O aplicativo não será apenas um classificador de solos. Ele pretende ser um conceito, uma marca da Embrapa Solos, que reunirá numa mesma plataforma vários aplicativos a serem desenvolvidos ou adaptados para dispositivos móveis. O SMARTSolos deverá ser capaz de adaptar a informação de solos não apenas às tecnologias atuais, mas também às tecnologias emergentes (impressão 3D, realidade virtual, novas interações com o "Big Data", etc).

Vale lembrar que esses dispositivos são cada vez mais utilizados nas áreas médica e científica. Na área agronômica, por exemplo, a quantidade de aplicativos para smartphones e tablets é extensa. Curiosamente, a quantidade de aplicativos voltados à área de solos ainda é escassa, e no Brasil, inexistente.

A elaboração do SMARTSolos começa em agosto, espera-se que o aplicativo esteja pronto em 24 meses.

Fonte: Embrapa

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