Como vetor de doenças e pragas já bem conhecidas por produtores goianos, a mosca branca é tema de um hotsite criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). Na última semana, pesquisadores da Embrapa repassaram aos técnicos e pesquisadores das entidades parceiras, treinamento para validação do projeto.
Durante o encontro, os pesquisadores e técnicos da Emater conheceram um pouco mais sobre a nova ferramenta. A proposta do projeto é que técnicos da Emater de diferentes regiões do estado alimentem o site com informações a respeito da incidência da mosca branca. Simone Borges, pesquisadora da Emater que participou da capacitação, informou que os treinandos também foram orientados quanto à detecção do vetor nas propriedades.
Além de informar o produtor, o projeto prevê a realização de análises em torno da incidência da mosca branca.
Fases e vantagens
Segundo a pesquisadora, essa reunião marca a fase inicial do projeto. De acordo com Simone Borges, as vantagens da ferramenta ao produtor rural vão além do conhecimento sobre o vetor e pragas transmitidas. “O produtor que estiver interessado em cultivar feijão, por exemplo, saberá, por meio da ferramenta, quais regiões estão com maior incidência da mosca branca. Dessa forma, o agricultor poderá procurar outra região ou optar por outra cultura”, destacou Simone Borges.
Servidores das Unidades Locais da Emater nos municípios de Rio Verde, Itapeci, Itaberaí, Buriti Alegre, Goiânia e Planaltina em conjunto com técnicos a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), irão fornecer à Embrapa material para alimentar o hotsite. Segundo a pesquisadora da Embrapa, Flávia Rabelo, as parcerias são cruciais para a erradicação das pragas transmitidas pela mosca branca.
O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, Antelmo Teixeira destacou a importância da parceria. Segundo o diretor, a Emater tem muito a contribuir com o projeto. “A mosca branca é algo que assola a produção em Goiás. Trazer uma ferramenta para orientar o produtor rural é crucial para o combate ao vetor”, explicou Antelmo.
Mosca branca
Por se desenvolver melhor em períodos quentes e sem umidade, a mosca branca (Bemisia argentifolii) é um inseto que apresenta alta incidência na estação seca. A praga se adapta à alimentação em cerca de 700 espécies de culturas anuais ou perenes, como algodão, tomate, soja, feijão, uva e mamão. Ao se hospedar na planta, a mosca branca pode causar desenvolvimento de fumagina (película preta causada por fungos), transmissão de viroses, alteração do desenvolvimento vegetativo e redução da produtividade da planta.
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