Foto: Felipe Lazzaroto/EPTV |
Produtores de goiaba de Matão (SP) e região estão otimistas, mesmo após uma safra prejudicada por conta da estiagem em 2014. Além deles, a indústria de doces também prevê um aumento de 17% e um crescimento nas exportações. A situação é devida às chuvas no primeiro trimestre de 2015, que foram duas vezes maiores do que no ano passado, e deixaram as frutas bonitas e graúdas. A região é uma das mais importantes produtores do estado e possui 100 hectares divididos em 35 propriedades.
Durante quase um ano, o calor forte e a seca influenciaram a produtividade. Sem chuva, vieram as pragas. “Estava aparecendo muito psilídeo. Enrolava a folha e a praga ficava no meio. Mesmo com veneno, não conseguíamos controlar”, disse o produtor rural José Jodenir Pinotti.
As doença prejudicaram a goiaba, que é um fruto muito sensível. O sol forte também machucou a fruta e a falta de água influenciou o tamanho, deixando as goiabas pequenas. No entanto, a situação melhorou nos últimos meses. Em um sítio de São Lourenço do Turvo, em Matão, 14 mil pés devem produzir 400 quilos cada um. Antes, para encher uma caixa de 20 quilos eram necessárias 200 frutas. Agora, apenas 70.
No entanto, ainda não é possível falar em aumento no lucro da lavoura, mas apenas em recuperação após um 2014 fraco. “Tem que continuar chovendo, aí da para falar em lucro. Por enquanto é só recuperação”, disse Pinotti.
Muitos sítios e fazendas da região contam com sistema de irrigação para garantir a colheita mesmo em caso de estiagem prolongada. Boa parte vai para uma indústria da qual Antônio Tadiotti é diretor. Em 2014, por conta da pouca qualidade das frutas, a rentabilidade caiu e a situação só não piorou porque a empresa conta com estoques. Já em 2015, os funcionários chegaram a processar 900 toneladas em um único dia por causa da grande oferta. “Tivemos uma rentabilidade agrícola muito melhor, uma safra muito melhor e uma rentabilidade industrial também melhor”, falou.
A indústria representa metade da produção de São Paulo e a exportação é outro ponto forte. As vendas são feitas para 56 países e a expectativa para 2015 é boa, já que além da grande quantidade de goiaba, o preço do açúcar vai ajudar em um crescimento previsto em 17%. “O preço do açúcar, que é preponderante na formação do custo do preço da goiabada, está estável. Ou melhor, abaixou bastante no mercado internacional devido ao aumento do dólar”, comentou Tadiotti.
Fonte: G1
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