O índice de preços da Ceagesp fechou o primeiro bimestre do ano com forte alta. Do lado da oferta, os problemas climáticos em razão do excesso de chuvas e das altas temperaturas nas regiões produtoras, típicos do período de verão, continuaram a prejudicar a quantidade ofertada e a qualidade das hortaliças.
Crédito: Arison Jardim/Secom |
Em relação a demanda, segue aquecida a busca por alimentos leves e saudáveis, exatamente os que mais sofrem os efeitos da situação climática adversa. Assim, os preços de legumes e verduras mantiveram-se em acentuada elevação.
Escassez de água
Mesmo com a elevação do nível dos reservatórios, notadamente Cantareira e Alto Tietê, responsáveis por abastecer importantes regiões produtoras do estado de São Paulo, ainda não se descarta um possível rodízio de água nestas regiões.
No início de fevereiro, o nível dos reservatórios estava em situação muito mais alarmante, a falta d’água na irrigação era sentida na pele, com avisos de infração e lacração dos sistemas, em alguns casos. Portanto, o risco de um colapso era real, inibindo os investimentos na produção. Com cenário mais otimista em março, a propensão do produtor rural em retomar os investimentos tende a mudar positivamente.
Greve dos caminhoneiros
Nos últimos dias, houve a diminuição da oferta de mamão oriunda da Bahia e Espírito Santo e da cebola procedente de Santa Catarina, devido a greve dos caminhoneiros. Apesar disso, não foram os bloqueios que foram responsáveis pelas variações de preços, mas sim, os efeitos sazonais e climáticos. Mais de 50% da oferta tem como origem o próprio Estado de São Paulo que não apresentou nenhuma interrupção significativa no fornecimento de produtos.
Desde a última sexta, dia 27, dia da semana com maior movimentação na Ceagesp, a entrada de veículos e os volumes comercializados ocorrem dentro dos patamares habituais. Nesta segunda, dia 02 de março, não houve relatos de problemas no fornecimento e transporte de qualquer produto.
– Assim, soará como especulação qualquer tentativa de reajuste que esteja fundamentada neste motivos – ressalta o economista da Ceagesp, Flávio Godas.
FRUTAS
O setor de frutas que seria, potencialmente, o mais afetado em razão das longas distâncias, caiu 1,64% em fevereiro. As principais quedas foram da uva niagara (-24,85), abacate (-20%), limão taiti (-15,7%), goiaba (-12,1%) e maçã nacional gala (-11,4%). AS principais elevações foram do morango (22,5%), banana prata SP (19,15), manga tommy (17,8%) e abacaxi (17,6%).
Legumes
O setor de legumes registrou alta de 30,10%. As principais elevações ocorreram na vagem (71,8%), ervilha torta (69,7%), tomate (51,4%), chuchu (41,8%), cenoura (41,7%) e abobrinha italiana (24%). Não houve quedas significativas no setor.
Verduras
O setor de verduras apresentou aumento de 22,29%. As principais elevações foram do coentro (124,8%), couve-flor (41,2%), alface (40,6%), acelga (40%), agrião (29,1%) e espinafre (27,1%). Somente o repolho (-7,1%) registrou recuo no preço.
Diversos
O setor de diversos subiu 6,41%. As principais altas foram do ovo branco (33,4%), ovo vermelho (32,3%), alho (3,7%) e coco seco (2,6%). As principais quedas foram da batata lisa (13,1%), e batata comum (-2,6%).
Pescados
O setor de pescados caiu 5,46%. As principais quedas foram do namorado (-18,2%), pescada (-13,9%), robalo (-13%) e cação (-8,7%). As principais altas foram do espada (19,5%) e anchovas (7,9%).
Fonte: Canal Rural
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