A Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Amazonas (SFA-AM) divulgou neste mês o relatório técnico das ações do Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola Bactrocera carambolae, coordenado pelo Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/SDA/Mapa). Os trabalhos feitos no estado impediram que a praga – que é a principal barreira fitossanitária para exportação das frutas brasileiras para o Canadá, Estados Unidos, países do MERCOSUL e da União Europeia – se espalhasse.
Os trabalhos foram iniciados quando o foco da praga foi detectado no distrito de Martins Pereira, em Roraima. A partir disso, as ações de prevenção foram intensificadas no estado do Amazonas e houve a Capacitação dos Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF) e da SFA-AM, pelo DSV. Além disso, a equipe elaborou e discutiu o Plano de Contingência e as ações de educação sanitária. A fiscalização do trânsito de vegetais também foi intensificada.
Como parte do plano, os profissionais instalaram mais armadilhas para realização de monitoramentos em quintais de casas nas zonas rural e urbana dos municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Iranduba, Itacoatiara, Parintins e Nhamundá. Essa ação teve como objetivo detectar a praga rapidamente para iniciar, caso necessário, ações emergenciais de erradicação.
Segundo Maria Júlia Godoy, Coordenadora Nacional do Programa, “os trabalhos permitiram que a praga não se dispersasse de Roraima para o estado do Amazonas, o que resultou na manutenção das exportações do agronegócio fruticultura”. O programa foi desenvolvido por meio de uma equipe formada por profissionais da SFA-AM, SFA-RR e ADAF e teve o apoio de Fiscais Federais Agropecuários de vários estados do Brasil, bem como da Agência Nacional de Defesa Agropecuária do Pará (Adepara).
Ação educativa – O Projeto de Prevenção e Controle da Mosca da Carambola Bactrocera carambolae liderou uma ação educativa a respeito dos prejuízos que a praga pode causar para o Brasil, caso ela se estabeleça. A ação aconteceu com o apoio da FFA Gabriela Sousa (Adepara), por meio de cursos para formação de multiplicadores, palestras técnicas, panfletagem e visitas em diversas instituições e estabelecimentos comerciais para orientação sobre o Programa de Erradicação da Mosca da Carambola (PNEMC).
De acordo com o relatório, “é importantíssimo que as ações de educação sanitária continuem a ser realizadas, pois somente com o apoio da população das áreas de ocorrência é possível evitar a dispersão da praga e unir forças como colaboradores nas ações de divulgação, orientação, pulverização, combate e monitoramento à mosca da carambola”.
Para Godoy, é importante intensificar as ações de fiscalização para o cumprimento da IN 09/2011, que proíbe a comercialização e trânsito de frutos hospedeiros da mosca da carambola como manga, goiaba, tomate, carambola, dentre outras, de Roraima para outras regiões do Brasil, em especial para o estado do Amazonas.
A Mosca da Carambola representa uma ameaça para a fruticultura brasileira, que alcançou a terceira posição mundial de produtores de frutas, com uma forte exportação. Em 2013, este mercado gerou uma receita de U$ 657.528 ao país, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).
Fonte: Ministério da Agricultura
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