Agricultores de Mogi das Cruzes começam a colher o caqui rama-forte. A forte seca não afetou a produção do fruto, mas diminuiu o tamanho. Para se encher uma caixa de caqui, agora, são necessários 60 frutos. Nas safras anteriores, os produtores usavam 40. A expectativa pelo desempenho da safra é grande, porque os produtores não sabem quanto vão receber nas vendas.
Uma propriedade de Mogi das Cruzes tem 4 hectáres de plantação de caqui. No começo de safra, o agricultor reclama do tamanho da fruta. "Essa crise hídrica que teve, a fruta cresceu o adequado. Agora com essas chuvas fortes, as próximas frutas vão ficar com o tamanho bom."
Em compensação, os pés têm boa produção. A expectativa é de vender, por dia, 500 quilos da fruta. Um volume que deve chegar, até o fim da safra, em maio, a 200 toneladas - mesmo resultado de 2014.
A maior dúvida está no preço. No ano passado, o quilo do caqui bem maior saiu por R$ 3, valor que se for o mesmo nesta safra não cubrirá o custo deste ano, que é de R$ 4. O agricultor ainda não recebeu a nota fiscal das vendas em consignação à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) "Essa prática de trabalhar com uma fruta consignada é muito difícil, porque o custo é fixo e não se sabe o quanto vai apurar após a venda", reclama.
O mesmo ocorre numa propriedade maior, também em Mogi das Cruzes. Os 24 hectáres de caquis estão com o tamanho da fruta pequeno por causa da falta de chuva. Para encher uma caixa, são necessários 60 caquis. Se fossem maiores, 40 bastariam. Porém, o dono ainda não acredita numa boa safra. "O frete e mão de obra subiram, em geral, tudo fica mais difícil", disse o agricultor João de Paula.
Com a queda do preço da fruta, muitos produtores desistiram de plantar caqui na região. Mesmo assim, a produção do Alto Tietê registra 55% do que é cultivado em todo o estado de São Paulo.
Fonte: G1
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