O cultivo de abacaxi pode ser uma alternativa para aumentar a renda de produtores familiares de Astorga (PR). O clima favorável e a proximidade com mercados consumidores – Maringá e Londrina – favorecem a atividade. Um grupo de oito produtores já se organizou para analisar a implantação de cultivos no município além de participar de uma palestra técnica sobre a fruta, promovida pelo Instituto Emater e IAPAR. Assim, eles conheceram um pouco mais da cultura do abacaxi.
De acordo com Wilson Lopes da Silva, técnico agrícola do Instituto Emater de Astorga, os produtores que participam do grupo também integram programas oficiais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Foi justamente por tomarem conhecimento da demanda dos programas que eles decidiram se informar sobre o abacaxi. “Eles viram que o abacaxi está entre as frutas demandadas pelos programas. Além disso, descobriram que 90% da fruta que abastece o mercado regional vem de Minas Gerais ou São Paulo. É uma oportunidade”, relata Silva.
O pesquisador Sérgio Colucci de Carvalho, do Iapar, falou aos produtores sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais da produção de abacaxi. “A ideia é iniciar com alguns módulos de produção, atendendo inicialmente a demanda dos programas onde os produtores já estão inseridos e também o mercado local. Depois disso é preciso verificar como se comporta o mercado regional”, afirmou o pesquisador.
Em outubro, o grupo deve fazer uma visita a produtores de abacaxi do município de Santa Izabel do Ivaí, região de Paranavaí, que já lidam com a cultura. “A partir dessa conversa, queremos definir uma área mínima de cultivo para cada um dos interessados”, explicou Wilson Silva. A visita também deve sanar dúvidas dos produtores sobre o manejo e a condução da lavoura.
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