Atraso na chegada do frio prejudicou o desenvolvimento das frutas. Devem ser colhidas 80 mil toneladas a menos em relação à safra passada.
A safra da maçã no Rio Grande do Sul deve ter uma queda de 15% este ano. O clima não ajudou o desenvolvimento das frutas.
Quatrocentas mil toneladas de maçã devem ser colhidas nesta safra, com redução de 80 mil toneladas em relação à safra passada. O clima, influenciado pelo El Niño, não deu o que a planta precisava na época da brotação. Durante o inverno, faltou frio. Quando a temperatura caiu, já era tarde demais, o que provocou mais problemas.
“Tivemos geada, uma geada que chegou a sete graus negativos e isso afetou a flor. Depois começaram as chuvas. São 800 milímetros de chuva em cima da florada. A abelha precisa fecundar a maçã, não houve a fecundação. Então todos esses problemas foram se sucedendo e agravando a produção”, explica o agrônomo João Zanazi.
Algumas semanas antes do início da colheita faltou chuva, o que deixou a maça com um tamanho menor do que o esperado.
Com a oferta menor da fruta, o preço pago ao produtor nesta safra deve ser até 20% maior. O quilo da maçã está sendo vendido, em média, a R$ 1,50. Mas, em contrapartida os custos de produção também aumentaram, principalmente com a mão-de-obra e os tratamentos químicos, cotados em dólar.
O produtor rural José Sozo acredita que esse aumento no valor da fruta vai compensar as despesas. Neste ano, ele deve colher 1,5 mil toneladas de maçã das variedades gala e fuji. “Um pouquinho menos que o ano passado, cerca de 10% menos que o ano passado e ela em qualidade, depois de classificada, é uma grande fruta.”
A safra da maçã deve terminar em maio com a colheita da variedade pink lady. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de maçã do Brasil, logo atrás de Santa Catarina.
Fonte: Globo Rural
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