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Ampliar a produção dos derivados do coco, gerar mais empregos e intensificar o desenvolvimento econômico e social do município de Conde e região. Esses foram os objetivos do encontro que o superintendente de Política do Agronegócio da Seagri (SPA), Guilherme Bonfim, manteve com o grupo holandês Aurantiaca, na última quarta-feira (18). A Bahia é o maior produtor de coco do Brasil, com área plantada de 75,8 mil hectares e produção estimada em 554 milhões de frutos/ano, estado estratégico para acolher as fazendas Arantiaca Agrícola e a Frysk Industrial.
Esses empreendimentos têm significativa expressão para economia da região, gerando cerca de 500 empregos diretos e três mil indiretos, formada por 96% de mão de obra local, capacitada pela empresa. “Essa atividade tem grande potencial de crescimento e aproveitamento, além de importante representatividade na economia do Estado”, ressaltou Bonfim. Segundo ele, através do Plano Estadual do Coco, a Seagri trabalha para estruturar a cadeia do coco, visando a ampliação da agroindustrialização e consequente geração de mais empregos e renda. “A agroindustrialização potencializa a agropecuária baiana, que ocupa primeiro lugar no ranking de produção de diversas culturas agrícolas como o coco, manga, sisal, cacau, guaraná, mamona, mamão e maracujá. Além de gerar emprego e renda para a população, e incrementar a economia local”, destaca Guilherme Bonfim.
Incentivado pela política de atração de agroinvestimentos do governo do Estado desenvolvida pela Seagri, a Aurantiaca iniciou sua instalação na Bahia em 2006, com aquisição das fazendas de plantação de coco Bú e São Bento da Barra, que margeiam a BA-099, na divisa dos municípios de Esplanada e Conde. O superintendente visitou as instalações do grupo acompanhado dos diretores de Política e Economia Agrícola, Rejane Cerqueira, e de Pecuária da Superintendência de Desenvolvimento Agropecuário (SDA), Fábio Cedraz. As fazendas da Aurantiaca desenvolvem um sistema único de irrigação computadorizado por planta, respeitando a necessidade hídrica de cada uma, com equipamentos modernos, trazidos de Israel, de fertirrigação (aplicação de fertilizantes através da água de irrigação). A fazenda também possui pequeno laboratório de análises de solos e monitoramento fitossanitário. As fazendas são divididas em 77 glebas (porções de terras), com sistema de produção arista.
Além de fabricar água de coco e sucos saborizados à base da bebida em embalagens tetra park, a indústria produz, através da fibra do coco seco, biomantas utilizadas na recuperação ambiental. Atualmente, 50% do coco verde e seco utilizado pela indústria é produzido nas fazendas Obrigado 1 e 2, e a outra metade comprada dos produtores de Conde e região. A terceira Fazenda do grupo, a Obrigado 3, está em fase de reimplantação. São 1.700 ha de área plantada, nas duas fazendas, totalizando 2.200 ha, quando a terceira estiver em pleno funcionamento. A indústria possui as unidades de bebidas e de fibras em funcionamento, e as de leite e óleo de coco em fase de término de implantação. “A nossa filosofia é fazer o aproveitamento de 100% do coco, tanto do verde quanto do seco, e transformar seus componentes em produtos de alto valor agregado. Nossa água de coco não possui qualquer tipo de aditivos ou açucares, e passa por processo de pasteurização e esterilização a vácuo, o que preserva ao máximo as vitaminas e outras propriedades dessa bebida tão rica”, explicou o diretor industrial da Frysk, Fausto Ferraz.
Fonte: Ascom Seagri
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