sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Seca traz prejuízos à produção e comércio de alimentos no Vale do Paraíba

Produção de frutas e verduras foi prejudicada pela estiagem.
Na Ceagesp em S. José produtos estão mais caros e com baixa qualidade.


A seca dos últimos meses trouxe consequências para a produção e o comércio principalmente de frutas e verduras na região. Na Ceagesp de São José dos Campos/SP, revendedor em atacado, os produtos estão mais caros e com qualidade considerada inferior.

Segundo a revendedora Vanessa de Oliveira, mesmo com os preços mais altos, as vendas têm sido prejudicadas. "A gente não tem lucro a mais com isso, só prejuízos, porque recebemos reclamações dos consumidores. [Eles dizem] que é muito pouco, caro e feio", disse.Vanessa revende mercadorias de vários produtores do Estado de São Paulo, principalmente para restaurantes. Por causa da seca, está difícil manter os pedidos. "A gente tem um fornecedor de Salesópolis, que não está tendo condições de oferecer a quantidade necessária porque estão lacrando as bombas de água e não tem como irrigar as mercadorias", conta.

O produtor João Sérgio Nascimento, que vem de Minas Gerais vender legumes em São José dos Campos conta que não está muito seguro de que a situação vai melhorar. "É muito cedo pra gente pensar no que vai acontecer ainda. Agora começou a chover, mas não se sabe daqui um mês, dois meses, o que pode acontecer", disse.

Os efeitos da seca também são visíveis no campo. Na propriedade de Basílio Panichek, produtor de verduras de São José dos Campos, metade da área não é utilizada. Como a água não era suficiente para irrigar toda a plantação, Basílio precisou reduzir o plantio e dispensar funcionários. "Tem que reduzir [os funcionários], porque você depende da venda dos produtos para pagar os empregados e os insumos. Se você não tem essa renda, tem que reduzir os gastos", afirmou.O produtor espera que as chuvas dos últimos dias possam reverter a situação. "Essas chuvas estão sendo chuvas boas. A gente só espera que não venham chuvas fortes, com vento e granizo. Aí em 20 ou 30 dias a produção volta ao normal", disse. 

Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região

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