Pesquisas conduzidas pela Embrapa Soja em Londrina-PR e pela Embrapa Milho e Sorgo estão utilizando bactérias benéficas à cultura do milho, como o Azospirillum brasilense, para diminuir a aplicação de fertilizantes químicos, particularmente os nitrogenados. Os estudos, conduzidos nos municípios de Sete Lagoas-MG, Goiânia-GO e em Sinop-MT, revelam que pode haver redução de até 25% em plantios de altos rendimentos, onde há emprego de alta tecnologia.
Houve também aumento no ganho médio de produtividade comprovado em ensaios realizados nos municípios paranaenses de Londrina e Ponta Grossa (PR): de 24% a 30% em relação ao controle não inoculado. O inoculante é uma substância formada pela mistura de bactérias (rizóbios; neste caso, o Azospirillum) e um veículo, que pode ser sólido (turfa) ou líquido.
Essas bactérias utilizadas na pesquisa são capazes de captar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em nitrogênio assimilável pelas plantas. O processo visa ganhos, além de ambientais, também econômicos, uma vez que o mercado de fertilizantes brasileiro apresenta grande dependência das importações.
Em plantios onde não há o emprego de alta tecnologia – como nos conduzidos em propriedades que usam mão de obra familiar – os resultados dos ensaios mostram rendimentos da ordem de 3.400 kg/ha em lavouras onde foi feita a inoculação com a aplicação de apenas 24 kg de nitrogênio por hectare. Já com a suplementação de 30 kg de nitrogênio aplicados na mesma área, conseguiu-se uma produtividade de 7.000 kg/ha. Segundo informações da Embrapa Soja, estima-se que a economia resultante desse processo possa chegar aos US$ 2 bilhões por ano.
Fonte: Agrolink
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