quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Sead recebe comitiva da Nigéria para discutir o Mais Alimentos Internacional

Os programas e políticas públicas da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) são referência em todo mundo. Nesta terça-feira (01/11), o secretário especial, José Ricardo Ramos Roseno, recebeu uma comitiva da Nigéria, liderada pelo ministro da Agricultura, Akinwumi Adesina, para discutir a participação do país africano no programa Mais Alimentos Internacional.

O programa prevê uma linha especial para o financiamento de exportação de maquinário agrícola e tratores para ampliar a produção de alimentos na África, com base no modelo brasileiro de desenvolvimento rural e produção da agricultura familiar. A comitiva da Nigéria está no Brasil para conhecer de perto o programa Mais Alimentos Internacional e viabilizar um acordo de cooperação.

Roseno destaca que o Brasil é referência em políticas públicas para promoção da agricultura familiar. “No Brasil, a agricultura familiar é produtiva, econômica e social. Corresponde a aproximadamente 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Além disso, o setor é responsável pela base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes e responde por 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional”, destaca Roseno.

O secretário também ressaltou a efetiva atuação internacional da Sead, através das cooperações técnicas. “São cada vez maiores as demandas da população mundial sobre a agricultura e o Brasil exerce um papel importante nesse cenário. Através das cooperações internacionais podemos compartilhar nossos programas e políticas que podem exercer um importante papel no desenvolvimento social e econômico de outros países.”


Produtores de frutas participam de Tarde de Campo em Campestre da Serra

Também foi apresentada uma técnica de manejo da coroa de muda frutífera para mantê-la livre de ervas concorrentes


Na tarde da última sexta-feira (28/10), a Emater/RS-Ascar promoveu uma Tarde de Campo para os produtores de uva e frutas de caroço do município de Campestre da Serra, na propriedade da família de Clauber e Sandra Pieri, na Comunidade de São Manoel.

Com o objetivo de sensibilizar e qualificar os agricultores quanto à importância do uso de plantas de cobertura do solo, extensionistas da Emater/RS-Ascar falaram sobre as principais espécies de cultivo, épocas de plantio, manejo e benefícios para o solo e as frutíferas. Também foi abordado o tema da fertilidade do solo e o correto manejo das adubações de correção do solo, formação de frutíferas e produção, tanto com adubos químicos quanto orgânicos. 

Na ocasião, também foi apresentada uma técnica de manejo da coroa de muda frutífera para mantê-la livre de ervas concorrentes. Com o uso de papelão tratado, evita-se a utilização de herbicidas, roçadas e capinas, proporcionando o desenvolvimento da planta de forma mais sustentável. 

Os participantes do evento avaliaram como uma tarde produtiva e bons conhecimentos práticos que serão utilizados em suas propriedades. 


Fonte: Emater - RS

Emater-MG realiza palestras para prevenir greening, doença que provoca perdas na citricultura

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está realizando uma série de palestras sobre o greening, considerada e pior doença para a citricultura, em nível mundial. O objetivo é alertar sobre os riscos e as formas de prevenção da enfermidade que não tem cura e provoca deformação, maturação irregual, redução e queda das frutas, nas plantas contaminadas por determinados tipos de bactérias. Os eventos estão sendo direcionados a fruticultores de citros de alguns municípios produtores da região central do Estado.

Duas dessas palestras estão agendadas para o dia 08 de novembro, na cidade de Piedade dos Gerais, às 13 e 14 horas, na Casa da Cultura Isabel Resende, como parte da programação do Circuito Frutificaminas. A promoção é da Emater-MG e da Prefeitura Municipal, com o apoio da Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Por ser a Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, quando o IMA recebe alguma notificação do greening, ele providencia o deslocamento fiscal até à propriedade envolvida para coleta da amostra da planta e o envio a laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A doença, que pode afetar as lavouras de laranja, limão e tangerina, chegou ao Brasil em 2004 e já se encontra em pomares de Minas Gerais, como explica um dos palestrantes, da próxima terça-feira, em Piedade dos Gerais, o engenheiro agrônomo e coordenador técnico estadual de Frutificultura da Emater-MG Deny Sanábio. “Essa doença não tinha no país, tinha nas regiões produtoras da China. Foi detectada pela primeira vez em São Paulo. É de difícil controle e fácil disseminação, já que o vetor é o inseto psilídeo Diaphorina citri, que por ser sugador da seiva, pode se contaminar com bactérias presentes no sistema vascular da planta. Desta forma, ao voar ele vai visitando várias plantas e infectando as demais”.

Sanábio destaca que apesar da gravidade do mal, é possível adotar medidas de proteção nas lavouras. “O greening não tem controle curativo, mas temos ações preventivas, através de mudas; eliminação das plantas com os sintomas e as que estão no raio delas; além do controle do inseto”, explica. Ainda de acordo o coordenador técnico, uma vez instalada a doença, a perda chega a 100/% da planta, inviabilizando a cultura. “ O greening está presente no Estado de Minas Gerais, mas quando se confirma a gente toma todas providências e cuidados, através do IMA, junto com assistencia técnica rural para que não se propague mais”, ressalta.

De acordo o agrônomo da Gerência de Defesa Vegetal do IMA, Wagner Aquino, havendo a suspeita de contaminação da frutífera, o produtor deve imediatamente marcar a referida planta e comunicar ao IMA ou à Emater-MG. “Daí pra frente, caberá ao IMA tomar as providências cabíveis. Se o resultado for positivo a planta deve ser imediatamente erradicada e o produtor passa a ter a obrigação de realizar levantamentos fitossanitários trimestreais e dois relatórios semestrais para encaminhar ao IMA”, informa.

Piedade dos Gerais

Um dos organizadores das palestras do próximo dia 08, o técnico agropecuário do escritório local da Emater-MG, no município de Piedade dos Gerais, Bruno Brandão, preocupa com os danos que o avanço da doença pode trazer. “O principal risco econômico, caso a doença se espalhe é a queda da produção de frutas cítricas. Isso pode diminuir a renda dos produtores e culminar com a diminuição de vagas para os trabalhadores rurais, que prestam serviços temporários de tratos culturais e colheita nas lavouras.

De acordo com Bruno, Piedade dos Gerais tem hoje 997 hectares de citros, sendo que, 870 hectares são de tangerina, 76 de limão e 51 de laranja. Juntos a citricultura local produz cerca de 31.275 toneladas de frutas. “São aproximadamente 400 citricultores, produzindo no município. Mais de 95% deles são da agricultura familiar”, afirma. Ainda segundo o extensionista, as frutas cítricas da cidade e região são destinadas principalmente para o mercado nordestino, paulista, carioca, goiano e para a Ceasa Minas, unidade de Contagem. Brandão chama a atenção para os que desejam participar das exposições. “As palestras do Circuito Frutificaminas, etapa Piedade dos Gerais, destinam se a todos os produtores de citros da cidade e para os interessados em investir na citricultura”. 


Fonte: Emater/MG

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Embrapa e Epagri lançam variedade de banana para processamento

Na sexta-feira, 28 de outubro, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri lançaram, em Siderópolis (SC), a variedade de bananeira BRS SCS Belluna. "Com base em análises realizadas pelas Embrapa e Epagri, observou-se que a BRS SCS Belluna possui características de sabor e aroma que agradam ao consumidor de Santa Catarina, além de apresentar qualidades nutricionais diferenciadas que a tornam uma opção como alimento funcional", explica o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético da Bananeira da Embrapa.

Resultado de uma expedição para coleta de germoplasma realizada por técnicos da Embrapa na Tailândia em 1985, com posterior introdução no Banco de Germoplasma de Banana mantido em Cruz das Almas. Após avaliações agronômicas nos campos experimentais, a cultivar mostrou-se promissora e foi enviada para diferentes regiões brasileiras para validação final, incluindo Santa Catarina, onde Epagri foi a responsável pelas avaliações agronômicas e sensoriais. "Em 1999, a Embrapa junto com a Epagri plantou aqui no estado mais de 15 unidades de observação, tanto no litoral norte como no sul do estado e ela se destacou em relação às outras cultivares. Tem o tamanho de fruto médio a pequeno, que é adequado para as famílias atuais, produção muito boa, produz a base de um cacho por ano por planta", informa Márcio Sônego, pesquisador da Epagri.

Características
A nova cultivar é uma bananeira naturalmente biofortificada, o que a coloca em posição de destaque quando comparada às cultivares hoje em uso pelos agricultores brasileiros. É indicada tanto para o consumo in natura quanto processada, em especial sob a forma de farinha, chips e passas (banana desidratada). Mostrou-se rica em fibras e com menor conteúdo de carboidratos e valor calórico que as cultivares comerciais. Além disso, possui quatro vezes mais amido resistente que a Grande Naine e duas vezes mais que a Prata-Anã.

A BRS SCS Belluna é resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá e moderadamente resistente à Sigatoka-negra, principais doenças que causam danos à bananicultura brasileira e mundial, e é excelente opção para cultivo em sistemas intensivos de produção orgânica e/ou agroflorestal. A produtividade média é em torno de 30 toneladas por hectare ao ano, podendo chegar a 40 toneladas/hectare/ano.

A escolha do nome "Belluna" é uma homenagem à cidade de Siderópolis (SC), que em anos passados era chamada de Nova Belluno, uma menção à Comuna de Belluno, no norte da Itália, região de origem dos imigrantes que fundaram a cidade em 1882.

Um edital de oferta do material básico da nova cultivar foi aberto pela Embrapa no último dia 14. Produtores interessados em implantar jardim clonal e produzir mudas micropropagadas da BRS SCS Belluna devem se inscrever em www.embrapa.br/produtos-e-mercado.


Fonte: Embrapa

Como bancas de aço inox podem aumentar a lucratividade do hortifrúti

Frutas e legumes frescos e com boa aparência fazem toda a diferença nos corredores de supermercados e hortifrútis, já que chamam a atenção do consumidor por aparentarem saúde e bons cuidados. Para manter os produtos com essa aparência, os estabelecimentos se atentam a questões como exposição, disposição das bancadas, iluminação e climatização, que garantem artigos mais frescos por mais tempo. Entretanto, muitos comércios não se atentam a uma questão importante e que deve ser uma das prioridades na hora de montar um projeto de expositores de hortifrútis: o material que compõe esses expositores.

Segundo Carlos Pinotti, diretor da indústria Start Metalúrgica, fabricante de expositores metálicos especializados em hortifrúti, expositores construídos com materiais de baixa qualidade e sem atender às normas da Vigilância Sanitária podem prejudicar o estabelecimento com possíveis advertências e multas vindas do órgão regulamentador e perdas precoces dos produtos perecíveis, gerando um desperdício maior de alimentos.

“Segundo consta nos artigos a seguir da RESOLUÇÃO - RDC No - 218, DE 29 DE JULHO DE 2005 da ANVISA, fica claro os cuidados que os móveis usados em hortifrúti devem ter ‘Os utensílios e as superfícies dos equipamentos e dos móveis que entram em contato com alimentos e bebidas devem ser de material liso, impermeável, lavável que não transmita substâncias tóxicas, odores e sabores indesejáveis, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser de fácil limpeza e resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza’. Além dessas regras, há outras que mostram ao proprietário de hortifrútis e supermercados como cuidados dos seus produtos com mais higiene”, afirma o executivo. Atualmente no mercado é comum encontrar expositores feitos de madeira e aço inox, que possuem bastante diferença entre seus benefícios.

Pinotti ressalta que a montagem do expositor requer cuidados desde a escolha do material até o seu manuseio para limpeza do espaço. “O aço inox é um material muito higiênico e resistente a altas temperaturas. Seu aspecto ‘gelado’ ajuda a conservar a temperatura das frutas e legumes que nele são expostos. Além disso, impede o acúmulo de sujeira. A manutenção é simples, necessitando apenas de um pano com água para limpeza”. 

Já a madeira exige impermeabilização para amenizar a danificação do material. Como a banca é uma área que acaba tendo água acumulada proveniente da limpeza e da própria irrigação de alguns produtos do FLV, é preciso tomar um cuidado extremamente alto com esse material. “Além de danos irreparáveis, como madeira que precisa ser trocada precocemente, o mesmo ainda pode ficar sujo, tendo sua durabilidade comprometida, e ainda ajudando a atrair insetos e outros animais peçonhentos, sendo algo inaceitável dentro de um hortifrúti ou qualquer outro estabelecimento alimentício”, explica.

O diretor diz que as melhores dicas de diferenciação neste ramo é trazer novos conceitos em exposição do FLV, com bancas pensadas na necessidade do consumidor final, atendendo preceitos de higiene e fácil manutenção para o proprietário.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Epagri lança em Itajaí cultivares orgânicos de tomate, alface e banana

Na última quinta-feira, 27, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) lançou em Itajaí, novos cultivares de alface e de tomate desenvolvidos para produção orgânica e de banana com qualidades nutricionais diferenciadas. Os lançamentos ocorreram a partir das 10h15. As atividades encerraram a programação comemorativa dos 40 anos de fundação da Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI).

A legislação nacional está evoluindo e, dentro dos próximos anos, exigirá que hortaliças orgânicas só possam ser produzidas a partir de sementes também orgânicas. Foi preocupada com esse cenário que a EEI focou esforços no desenvolvimento da alface SCS374 Litorânea e do tomate SCS372 Kaiçara.

Após sucessivas seleções e avaliações feitas desde 2008 na área de pesquisa em hortaliças da EEI e em propriedades de tradicionais produtores de alface na região, a EEI chegou ao cultivar Litorânea. É uma alface lisa que se destaca dos cultivares disponíveis por apresentar boa produtividade, baixa suscetibilidade às doenças foliares, boa qualidade das plantas, maior número de folhas, bom sabor, bom aspecto visual e bom vigor das plantas. A alface é uma das hortaliças mais populares e consumidas no Brasil e no mundo.

O Kaiçara é um tomateiro que apresenta um ótimo desenvolvimento em abrigos de cultivo e nos sistemas de produção orgânica. Ele sofre menor incidência de doenças foliares, como a requeima e a mancha-de-cladiosporium, quando comparado com outros cultivares e híbridos comerciais. Tem folhas mais eretas e curtas, que facilitam a pulverização de caldas fitossanitárias no interior dos abrigos e possibilitam melhor aeração do cultivo, reduzindo a presença de orvalho sobre as folhas e levando a uma menor incidência de doenças foliares.

Esse tomateiro produz frutos de elevada qualidade, com formato ‘caqui’, de tamanho médio, coloração vermelha e intensa, excelente sabor e prolongado tempo de prateleira. Outro estaque é a boa produtividade, uma média 5kg de tomates por planta, que associado ao maior adensamento, decorrente do tamanho menor da planta, possibilita elevadas produções por área.

Além destas vantagens, o tomateiro Kaiçara é um material genético de polinização aberta, o que possibilita a obtenção de sementes pelo próprio agricultor. Considerando o elevado custo da semente de tomate e que, especialmente na produção orgânica, a utilização de sementes híbridas será restringida, esse novo cultivar da Epagri tem grande importância para o mercado produtor.

Banana nutritiva

A Epagri lança também o cultivar BRS SCS Belluna, que produz uma banana com qualidades nutricionais diferenciadas, rica em fibras, com menor conteúdo de carboidratos e valor calórico mais baixo que os cultivares comerciais. Possui quatro vezes mais amido resistente que a Caturra e duas vezes mais que a Branca, produzindo uma banana naturalmente biofortificada, fato que a diferencia das cultivares hoje em uso pelos agricultores brasileiros.

O material genético selecionado é indicado para produção de fruto de mesa e industrialização e excelente para cultivo em sistemas intensivos de produção orgânica e/ou agroflorestais.

A BRS SCS Belluna é resistente a sigatoka-amarela e ao mal-do-panamá, e moderadamente resistente a sigatoka-negra, principais doenças que causam danos à bananicultura brasileira e mundial. A escolha do nome é uma homenagem a cidade de Siderópolis (SC), que em anos passados era chamada de Nova Belluno, uma menção à comuna de Belluno, Norte da Itália, região de origem dos imigrantes que fundaram a cidade em 1882.

Informações e entrevistas:

Alface Litorânea: Rafael Gustavo Ferreira Morales, pesquisador: (47)3398-6358

Tomate Kaiçara: Rafael Ricardo Cantú, pesquisador: (47) 3398-6359

Banana Belluna: Ramon Felipe Scherer, pesquisador: (47) 3398-6347

José Alberto Noldin, gerente da EEI: (47)3398-6296

Alexandre Visconti, pesquisador de organizador do evento: (47) 3398-6315

Informações para a imprensa:
Gisele Dias, jornalista: (48) 9989-2992 / 3665-5147
Cinthia Freitas, jornalista: (48) 3665-5344
Isabela Schwengber, jornalista: (48) 3665-5407


Mapa e estados debatem ações para tornar agropecuária ainda mais eficiente

Com a participação dos estados e do Distrito Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será ainda mais eficiente no atendimento aos pleitos do setor produtivo. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, ao se reunir nesta quarta-feira (26) com o Conselho de Secretários Estaduais de Agricultura (Conseagri). Para que isso ocorra, Novacki reforçou a necessidade de as administrações estaduais participarem do Plano Agro+, lançado pelo governo federal em agosto deste ano para para desburocratizar, modernizar e simplificar os serviços prestados pelo Mapa ao agronegócio.

Estimativas preliminares indicam que o Agro+ pode representar economia de até R$ 1 bilhão com a simplificação de procedimentos na cadeia do agronegócio. “Seremos mais eficientes se buscarmos soluções em conjunto”, destacou Novacki. A reunião teve a participação de secretários e representantes de Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins. Durante o encontro, o Mapa apresentou sugestões de logomarcas para o Agro+ nas unidades da Federação.

De acordo com o presidente do Conseagri e secretário da Agricultura de Minas Gerais, João Cruz, alguns estados já estão realizando esforços para implantar programas similares ao Agro+. “A defesa agropecuária é o tema mais recorrente nas discussões. Os problemas já foram identificados e agora buscaremos as soluções. As administrações estaduais precisam participar da elaboração das políticas públicas”, enfatizou.

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, assinalou que os pontos nevrálgicos para o Mapa na implementação do Agro+ é o Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi) nas unidades da Federação. “Também é preciso que o setor privado cumpra seu papel na fiscalização agropecuária”, ressaltou Rangel.

O Agro+ deverá atender aproximadamente 350 demandas do setor agropecuário até o final do ano, adiantou Novacki. O plano objetiva eliminar a burocracia para facilitar a vida dos produtores, mantendo a qualidade e a sanidade dos produtos. Uma das áreas mais focadas no Agro+ é a de inspeção de produtos de origem animal. As medidas adotadas para a fiscalização visam reduzir tempo de inspeção, o custo das empresas, o que, consequentemente, deve resultar em preços mais acessíveis aos consumidores.

Entre as ações já adotadas por meio do Agro+, estão a redução da temperatura de congelamento de -18°C para -12°C dos cortes suínos. Isto tem impacto no gasto de energia elétrica, aliviando o custo de produção dos frigoríficos. Outra medida foi a dispensa do carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas carcaças bovinas, dentro das plantas frigoríficas, sendo mantida apenas a carimbagem para os países importadores que exigem o selo do SIF. A medida vai garantir menos perdas na hora da limpeza das carcaças e agilidade no processo de produção.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Produtos paranaenses com indicação geográfica garantem melhor renda

Os brasileiros acordaram tarde para os benefícios da venda de produtos com indicação geográfica, mas a chance de ter maior renda e ganhar mercados internacionais atrai cada vez mais as associações de produtores organizados. O leitor já conhece o presunto de Parma e o champanhe francês, que têm preços diferenciados pela qualidade comprovada. Quanto ao café do Norte Pioneiro, ao mel de Ortigueira e à goiaba de Carlópolis, logo será apresentado – se é que ainda os desconhece.

São estes os três produtos paranaenses que pertencem a uma das 49 regiões com certificações nacionais de procedência ou de origem no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), conforme o Mapa das Indicações Geográficas do Brasil divulgado na última quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pouco, se for considerada a tradição e diversificação do Estado, principalmente no que se refere a alimentos.

A boa notícia é que outros oito processos estão abertos no INPI por associações de produtores do Paraná. Tratam-se de pedidos para reconhecimento das uvas finas de mesa de Marialva, da bala de banana de Antonina, do serviço gastronômico do barreado do Litoral, da cachaça de Morretes, da farinha de mandioca do Litoral, do melado de Capanema, do queijo da Colônia Witmarsum, da erva-mate de São Mateus e do mel do Oeste.

Processos que podem ser demorados. A primeira certificação liberada pelo INPI de um artigo brasileiro foi obtida pelos gaúchos do Vale dos Vinhedos, para vinhos tinto, branco e espumantes, em 19 de novembro de 2002. Entretanto, até mesmo os vinhos verdes de Portugal obtiveram a indicação de procedência, no Brasil, três anos antes.

A primeira certificação paranaense foi do café do Norte Pioneiro, em 2012, que atende mais de 200 produtores. Consultor do Sebrae na região, Odemir Carvalho afirma que o pedido foi feito ainda em 2008. "O próprio INPI tinha dificuldades de trabalhar com esses signos distintivos porque não tinha toda a base de exigências que tem agora", cita.

Para ele, os brasileiros se atentaram nos últimos dez anos a algo que países como Portugal, Espanha e Itália fazem há séculos em escala mundial. Com a experiência do Sebrae, que ele considera a entidade que mais trabalha hoje com a padronização de produtos para obtenção de selos geográficos no País, foi possível conseguir a indicação geográfica para a goiaba de Carlópolis em 19 propriedades em menos de oito meses, o recorde nacional. "Mas não costuma sair em menos de dois anos", diz Carvalho.

O superintendente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, confirma que o interesse é recente. "Apesar de ter sido adotado de dez anos para cá, o trabalho tem sido bem feito, como o Fábrica do Agricultor, que incentiva os produtores ao empreender rural", diz, sobre o projeto do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).

Vantagens

O consultor do Sebrae diz que as indicações geográficas são ideais para garantir a lucratividade principalmente em pequenas propriedades. "Depende de um trabalho associativo forte, porque tem de ser o desejo da maioria, com esforço para diferenciar o produto e permitir a venda em escala."
Com os selos, há também a garantia de rastreabilidade dos produtos e de qualidade, o que garante mercados e um preço maior para os produtos. Contudo, Carvalho lembra que se trata de um processo que tem benefícios para além da certificação. "Serve para provocar o crescimento regional, com padronização, desenvolvimento de produtos com valor agregado, exportações, tudo para trazer melhores condições para a comunidade local", diz.
O superintendente da Ocepar explica que há uma série de requisitos que devem ser cumpridos, como menor uso de produtos químicos, para ganhar mercados em outros estados e no exterior. "Copiamos o modelo italiano por aqui, que tem valorização de 50% a 100% para os produtos com indicação de origem."

Suco de laranja é o terceiro produto mais exportado do agronegócio paulista

O suco de laranja é o terceiro produto na pauta de exportação do agronegócio paulista, no período de janeiro a setembro deste ano, segundo relatório da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os sucos geraram US$ 1,39 bilhão – dos quais 97,9% são referentes ao suco de laranja –, ficando atrás apenas dos produtos do complexo sucroalcooleiro (US$ 5,82 bilhões) e das carnes (US$ 1,50 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 79,5%), e ficando à frente dos produtos do complexo soja (US$ 1,33 bilhão) e produtos florestais (US$ 1,15 bilhão). Esses cinco agregados representaram 81,4% das vendas externas do agronegócio paulista. 

As exportações de suco tiveram crescimento de 4,1%, na comparação do período de janeiro a setembro de 2016 com o de 2015. O produto representa 10% da exportação do agronegócio paulista. 

Segundo com o pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA) José Roberto Vicente, as exportações no agronegócio atingiram US$ 13,75 bilhões, um crescimento de 17,5%, enquanto as importações tiveram queda de 14,8%, somando US$ 3,34 bilhões, o que resultou em um superávit de US$ 10,41 bilhões. “Em comparação aos nove primeiros meses de 2015, o desempenho representou um aumento de 33,8% no saldo comercial do agronegócio”, afirmou.

Nos demais setores, as importações somaram US$ 35,32 bilhões e as exportações US$ 20,72 bilhões, gerando um déficit comercial de US$ 14,60 bilhões.

No total, Estado de São Paulo exportou, nos nove primeiros meses de 2016, US$ 34,47 bilhões, 2,3% mais do que no mesmo período em 2015, e importou US$ 38,66 bilhões, 21,9% a menos do que nos nove primeiros meses do ano anterior. “O comércio exterior paulista seria muito mais deficitário não fosse o desempenho do agronegócio”, afirma Vicente. 

Brasil

O agronegócio também foi responsável por minimizar o déficit da balança comercial brasileira também. As exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 0,6% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$ 67,36 bilhões (48,3% do total). O superavit do agronegócio no período foi de US$ 57,57 bilhões, 1,3% superior ao de janeiro-setembro do ano passado. Os demais setores geraram exportações de US$ 72,01 bilhões e importações de US$ 93,40 bilhões, produzindo um deficit de US$ 21,39 bilhões.

Os sucos representam o oitavo grupo do agronegócio brasileiro nas exportações até setembro, com US$ 1,6 bilhão, o que representa um aumento de 5,33%, em relação ao mesmo período do ano passado, mas ocupa uma fatia 2,37% das exportações do agronegócio brasileiro.

O suco foi o destaque na participação do agronegócio paulista no agronegócio nacional, sendo responsável por 87% da produção brasileira, seguido de produtos alimentícios diversos (75,8%); complexo sucroalcooleiro (71,3%); plantas vivas e produtos de floricultura (62,8%); demais produtos de origem vegetal (55,8%); produtos oleaginosos (46,8%); demais produtos de origem animal (44,1%); rações para animais (39,8%); animais vivos (34,1%); produtos apícolas (28,4%); lácteos (27,5%); e bebidas (25,6%).


Fonte: Fundecitrus

Fundecitrus lança livro sobre pinta preta

O Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura lança, nesta quarta-feira (26), o livro Pinta Preta: a doença e seu manejo para auxiliar citricultores, pesquisadores e profissionais do setor citrícola a compreender a importância e os danos dessa doença que é uma das mais importantes da citricultura brasileira e mundial e, principalmente, disponibilizar todas as estratégias de manejo disponíveis.

A publicação traz a experiência de seis especialistas de duas universidades e dois institutos de pesquisa. Escrito por Geraldo José da Silva Junior e Renato Bassanezi, do Fundecitrus, Eduardo Feichtenberger, do APTA de Sorocaba, Marcel Bellato Spósito e Lilian Amorim, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) e Antonio de Goes, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, é uma das publicações mais atuais e completas sobre o assunto.

Com 208 páginas, o livro aborda a história e distribuição da doença no Brasil e no mundo, o seu impacto na produção e comercialização de frutas cítricas, os procedimentos para exportação, as informações sobre o fungo causador da doença, os hospedeiros, os sintomas, as formas de mensurar a doença, as relações entre o fungo, a planta e o ambiente, além de uma gama de informações relacionadas sobre manejo, inclusive sugestões de programadas de controle para diferentes situações e perfis de pomares.

“Decidimos reunir os principais especialistas brasileiros no assunto e escrever essa obra, pois existem diversos resultados de pesquisas publicados sobre a doença desde a década de 1990, mas os profissionais do setor têm acesso restrito a eles. Esperamos que esse livro possa ser uma fonte importante de consulta para toda cadeia citrícola”, afirma o organizador do livro Geraldo J. Silva Junior.

A publicação está disponível gratuitamente aos profissionais que atuam na citricultura e pode ser adquirido gratuitamente pelo telefone 0800 112155 ou pelo e-mail comunicacao@fundecitrus.com.br .
Livro Pinta Preta: a doença e seu controle – lançamento e sessão de autógrafos

Data: 26 de outubro de 2016, às 9 horas

Local: Auditório Fundecitrus – Av. Dr. Adhemar Pereira de Barros, 201 – Vl. Melhado – Araraquara/SP

Autores: Geraldo José da Silva Junior (Fundecitrus), Eduardo Feichtenberger (APTA), Marcel Bellato Spósito (Esalq/USP), Lilian Amorim (Esalq/USP), Renato Beozzo Bassanezi (Fundecitrus) e Antonio de Goes (Unesp)

208 páginas

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Fonte: Fundecitrus