quarta-feira, 1 de junho de 2016

Embrapa e Emater realizam parceria para facilitar o manejo da mosca-branca em diferentes culturas

Foto: Sebastião Araujo

A mosca-branca (Bemisia tabaci) tem causado prejuízos diretos e indiretos em diversos cultivos importantes para a economia do estado de Goiás e do Brasil.
Com o objetivo de implementar estratégias para o manejo integrado da mosca-branca, Bemisia tabacibiótipo B e os vírus por ela transmitidos nas principais culturas da região, a Embrapa Arroz e Feijão  desenvolveu  um hotsite que abrigará um sistema de alerta onde serão disponibilizadas informações, em tempo real, sobre a dinâmica da mosca-branca (ninfas e adultos) e das plantas infectadas com vírus transmitidos pelo inseto, nos  cultivos de feijão, tomate, soja e algodão em diferentes regiões geográficas do Brasil.
Tais informações auxiliarão aos produtores e extensionistas rurais no manejo da praga que vem afetando as lavouras de soja, feijão, algodão e várias hortaliças em diversas regiões do Brasil, principalmente no Cerrado brasileiro.  
Esta primeira etapa, antes da implementação do sistema de alerta para as diferentes regiões e culturas hospedeiras da praga, o sistema será validado em ação conjunta entre a Embrapa Arroz e Feijão e a Emater Goiás. Para tanto, serão capacitados na Embrapa Arroz e Feijão, seis engenheiros agrônomos da Emater, situados nos escritórios de Planaltina, Goiânia, Buriti Alegre, Itaberaí, Itapaci e também do Campo Experimental de Rio Verde.
Após a validação do sistema de alerta será organizado um canal de comunicação permanente entre pesquisa e assistência técnica, servindo como veículo de captação de demandas e ajuda nas soluções dos problemas causados pela praga. 
Dentre os prejuízos diretos e indiretos que a mosca-branca traz para as lavouras se destacam a redução na produtividade como vetor de diversos vírus, entre eles, o vírus do mosaico dourado e o carlavírus e, os impactos na qualidade dos produtos, pelo desenvolvimento do fungo fumagina na substância açucarada excretada pelas ninfas da mosca-branca.
As viroses  enfraquecem as plantas, causando perdas que podem variar de 40 a 100% dependendo da incidência, da época de plantio ou da cultivar que se está produzindo. Estima-se que no cultivo do feijão, por exemplo, estão inviabilizados pelo menos 200 mil hectares para o cultivo na safra "da seca", nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país.
A parceria interinstitucional entre pesquisa, extensão e o produtor rural busca contribuir para a integração e fortalecimento de ações de transferência de tecnologia para o manejo da mosca-branca, tanto no Cerrado brasileiro quanto em todo o território nacional.

Fonte: Embrapa

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