sexta-feira, 20 de maio de 2016

Safra de citros toma impulso no Vale do Caí

Com o encerramento da colheita da Satsuma, bergamota de origem japonesa e sem sementes, inicia a safra da bergamota Caí, do grupo das comuns, já com 5% das frutas colhidas. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, a comercialização de frutas cítricas provenientes do Vale do Caí toma impulso e a caixa de 25 quilos é vendida ao preço médio de R$ 25,00, considerado muito bom pelos citricultores. Com o aumento do volume colhido, a tendência é de redução do preço. A abertura oficial da safra de citros do Rio Grande do Sul acontece na próxima quarta-feira (25/05) em Montenegro, tradicional município produtor de citros do Estado.

As chuvas ocorridas na primavera e verão, fase de crescimento das frutas, resultaram na disseminação da pinta preta, doença fúngica que afeta as bergamotas Caí e Montenegrina, mais tardia, que está com as frutas em desenvolvimento. Já a Ponkan recém iniciou a colheita, com 1% das frutas colhidas, com os citricultores recebendo R$ 29,00 a caixa.

Entre as laranjas, começou a colheita do Umbigo Bahia e da Shamouti. A laranja Céu Precoce, em colheita desde a segunda quinzena de abril, é uma fruta cítrica com pouca acidez; a laranja de umbigo Bahia é a laranja para consumo ao natural por excelência, e a Shamouti tem duplo propósito, para suco e para o consumo ao natural. A Shamouti, de origem israelense, apresenta alto percentual de suco e é muito saborosa, além de ser resistente ao cancro cítrico. Por essas características, a área de cultivo no Vale do Caí tem aumentado. 

GRÃOS
Inicia o plantio das primeiras áreas de trigo na região das Missões e Fronteira Noroeste, fato que irá se intensificar assim que as condições de umidade adequada do solo permitirem. A disponibilidade de semente no comércio é bastante limitada devido aos problemas climáticos enfrentados na safra passada, que prejudicaram a qualidade do grão. O número de produtores tem diminuído, permanecendo os mais estruturados com equipamentos e máquinas para plantio de áreas de médio e grande porte.

Na soja, a colheita foi finalizada inclusive nos Campos de Cima da Serra, região que tradicionalmente encerra a colheita no Estado. Nas áreas arrendadas, os produtores fazem a semeadura de pastagens para pecuária de corte no inverno, prática comum em contratos de arrendamento.

A colheita do milho também está praticamente finalizada, com altas produtividades e boa qualidade. As áreas de safrinha, semeadas após a colheita de silagem do cedo, estão sendo colhidas novamente para silagem de planta inteira.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
No outono, o campo nativo tem aspecto mais fibroso, pois a queda das temperaturas provoca o crestamento das pastagens. A partir desta época, é importante o fornecimento de sal proteinado para suprir a deficiência de proteína aos animais. Em várias regiões, os produtores concluíram a implantação das pastagens cultivadas de inverno, principalmente de aveia e azevém, e também de trevo e cornichão em alguns locais. Nas áreas implantadas, o retorno de tempo mais seco e com radiação solar deverá proporcionar um melhor desempenho das pastagens.

Os produtores que realizam a integração lavoura-pecuária já estão com aveia e azevém em desenvolvimento. Algumas áreas semeadas mais no cedo deverão proporcionar início de pastoreio em breve. No entanto, a maioria das pastagens anuais de inverno está no início de desenvolvimento vegetativo, favorecido pelo tempo frio e prejudicado pela reduzida radiação solar da semana. Em vários municípios, as pastagens de braquiárias ainda apresentam bom aporte de massa verde.

No rebanho bovino, o estado sanitário é bom e a fase, de diagnóstico de gestação. Até o momento, há bons índices de prenhez, variando de 60 até 85%. Realizam-se práticas de desmame e final de castração, visando à comercialização nas feiras especializadas de terneiros de corte.

Apicultura ? Na região de Bagé, os produtores começam a entrar no período de entressafra e a expectativa é de que esta safra será melhor do que a anterior. Há registros de apicultores que estão colhendo mel proveniente das floradas de primavera e verão, e que o produto é de excelente qualidade, límpido, translúcido e sabor marcante pela presença das flores do Pampa. Vários apicultores relatam mortandade das abelhas, redução dos enxames e consequente diminuição na produção, que irá se refletir nos preços do produto.

Na região de Erechim, as condições climáticas (temperaturas amenas, alta umidade, pouca insolação) foram desfavoráveis ao trabalho das abelhas. Nesta época do ano, há pouca oferta de floradas. Os produtores continuam realizando o manejo das colmeias. Estima-se produção de seis quilos de mel por colmeia, tendo por base as informações dos apicultores que participaram de seminários sobre apicultura realizados na região. Na venda direta ao consumidor, o mel é comercializado de R$ 15,00 a R$ 20,00/kg, com pequena disponibilidade do produto.

Fonte: Emater - RS

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