quinta-feira, 19 de maio de 2016

Indústrias de suco de laranja de SP têm perda de R$ 1,1 bi com safra ruim

Rendimento industrial teve queda de quase 26%, segundo a CitrusBR.
Condições climáticas adversas prejudicaram a safra.


As indústrias de suco de laranja do Estado de São Paulo tiveram um prejuízo de 1,1 bilhão de reais na temporada 2015/16 devido a uma queda de quase 26% no rendimento industrial, afetado por condições climáticas adversas para as plantações, disse nesta segunda-feira (16) a entidade que representa as grandes empresas exportadoras.

O cálculo tomou como base a necessidade de mais caixas de laranja para produzir o mesmo volume de suco e também a variação dos preços do produto na bolsa de Nova York.

O rendimento industrial médio na safra 2015/16 ficou em 302,2 caixas para a produção de uma tonelada de suco de laranja concentrado 66º Brix (FCOJ equivalente), ante 240,5 caixas registradas na safra 2014/15, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, (CitrusBR).

"Em vez de processar suco, as empresas processaram água. E essa é uma alta de custo totalmente absorvida pela indústria", disse em nota o diretor-executivo da associação, Ibiapaba Netto.

A entidade disse que suas associadas – Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus – processaram 240,4 milhões de caixas de laranja de 40,8 quilos na última safra, ante 250 milhões de caixas em 2014/15.

Se a produtividade industrial de 2014/15 tivesse sido mantida, os 240,4 milhões de caixas de 2015/16 teriam rendido 223 mil toneladas de suco (FCOJ) a mais, destacou a CitrusBR.

Na semana passada, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estimou que a safra de laranja da região produtora de suco do Brasil deve atingir 245,8 milhões de caixas (40,8 kg cada) na temporada 2016/17, 18% abaixo do total colhido no ciclo anterior, com altas temperaturas reduzindo a produtividade dos pomares.

Em sua primeira estimativa para a nova safra brasileira, o órgão de pesquisa do setor viu ainda uma redução de 6% na área de cultivo em comparação ao ano passado, para 416 mil hectares em 2016/17, com produtores erradicando pomares velhos, em benefício de outras culturas.

Fonte: Globo Rural

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