Produto foca quem menos precisa de subvenção, com a intenção de reduzir efeitos do corte no subsídio para a receita da empresa
A empresa de seguros Allianz espera contabilizar pelo menos R$ 50 milhões em contratos no primeiro ano de negociações de sua nova apólice, que se completa no final de 2016. O produto é voltado para grandes propriedades rurais e empresas como avícolas, desde que tenham produção própria de insumos agrícolas para a ração.
Desenvolvido pela equipe internacional, o produto éexclusivo para o mercado brasileiro, onde a empresa espera fortalecer as relações em um mercado que “acaba não sendo bem atendido”, explica o diretor de Negócios Corporativos, Igor Di Beo.
Na prática, o que a companhia está lançando é um seguro de custeio de safra, a modalidade mais comum. A diferença, diz Di Beo, é que a referência de cálculo de risco e custo da apólice leva em conta o histórico de produtividade da propriedade e não os índices oficiais, feitos por região. “Há uma base de dados consistentes. Há propriedades com até 30 anos de registros”, afirma.
Outra particularidade é que, se um agricultor ou empresa tiver propriedades em regiões diferentes, pode ser feita uma única apólice que inclua todas. Segundo ele, as condições diversas de rendimento no campo são ponderadas, com as de maior produtividade “compensando” as de menor. “Quando mais estável for a produção, melhor o nível de risco e de custo porque a gente consegue correlacionar”, explica.
Quando foca na grande produção, a intenção da seguradora é ganhar espaço em uma clientela que, de acordo com o diretor de Negócios Corporativos, é menos dependente de subvenção do seguro rural. E, desta forma, reduzir os efeitos de cortes no orçamento do governo para o apoio à proteção de risco na receita da seguradora. “Vai ser um ano difícil em termos de subvenção. Por isso a gente que diversificar o nosso portfólio”, ressalta.
Em todo o mundo, a carteira de seguros da multinacional é de 300 milhões de euros, que equivalem a aproximadamente R$ 1,23 bilhão. Os principais mercados são Alemanha e países da região central da Europa. No Brasil, a participação no total da companhia ainda é pequena. A expectativa de faturamento para este ano é de R$ 50 milhões no total. Mas a perspectiva é de fortalecer a atuação no segmento, especialmente na grande produção.
Fonte: Globo Rural
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