Neste artigo, a nutricionista Juliana Oliveira explica as vantagens desse tipo de alimento e as restrições que devemos levar em conta, sobretudo quanto a possíveis males causados ao fígado.
Foto: Divulgação ISBahia |
As frutas secas ou desidratadas, como o próprio termo diz, passam por um processo de desidratação, no qual é retirada a água, o que garante a redução do seu tamanho e uma melhor conservação desse produto por dificultar o desenvolvimento de micro-organismos, sem que elas percam suas propriedades nutricionais.
Elas são opções práticas para quem quer manter uma alimentação saudável, já que duram mais tempo, são fáceis de levar na bolsa para o trabalho, para a escola ou uma viagem e estão disponíveis o ano todo, diferentemente das frutas frescas que dependem da época.
As frutas secas podem ser boas aliadas da nossa saúde, pois são riquíssimas em fibras, potássio, ferro, zinco, magnésio, vitamina A e selênio. Entre elas, podemos citar o damasco seco, que é fonte de potássio, que auxilia no controle da pressão arterial. A ameixa contém fibras, sendo indicada para pessoas que possuem o trânsito intestinal lento. A banana seca e as nozes são riquíssimas em magnésio, um constituinte importante dos ossos e dentes. Sendo assim, as frutas secas tornam-se uma boa escolha como parte de uma alimentação equilibrada.
É importante diferenciarmos fruto seco oleaginoso de frutas secas. Os frutos secos oleaginosos tratam-se das castanhas, nozes, amendoins, amêndoas etc. Já as frutas secas, são aquelas que passaram pelo processo de desidratação: uva-passa, maçã, banana seca, entre outras.
A castanha-do-pará, um exemplo de fruto seco, é rica em selênio, um antioxidante que protege as células dos efeitos dos radicais livres, devendo ser consumida com moderação, de uma a duas unidades por dia, pois, em excesso, pode ser prejudicial. A elevada ingestão de selênio pode levar a quadros de diarreia, queda de cabelos, náuseas, fraqueza e a hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado), por isso, deve-se ter cuidado com o seu consumo e não extrapolar. Outros alimentos ricos em selênio são: peixes, fígado e carnes em geral.
"As frutas secas apresentam uma forma mais concentrada de nutrientes quando comparadas às frutas frescas."
As frutas secas apresentam uma forma mais concentrada de nutrientes quando comparadas às frutas frescas. O sabor mais adocicado está associado à maior concentração do açúcar da própria fruta, contribuindo também para o aumento do teor calórico. Exemplos: 100g de ameixa seca contém 186 calorias, enquanto que, 100g de ameixa fresca, possui 43 calorias; em 100g de damasco seco há 131 calorias, já o damasco fresco, 54,1 calorias. O açúcar, quando consumido em excesso, é armazenado no nosso corpo como gordura, favorecendo o acúmulo de gordura corporal, principalmente visceral, o que pode levar ao surgimento de esteatose hepática (gordura no fígado) e ao ganho de peso. Dessa forma, as frutas secas devem ser consumidas com moderação.
Para uma melhor conservação, elas podem ser armazenadas em recipientes fechados, em local fresco e livre da umidade, o que ajudará em sua maior durabilidade.
Fonte: ISaúde Bahia
Juliana Oliveira / CRN5 8079/P
Nutricionista graduada pela Universidade Federal de Sergipe.
Atuação em nutrição clínica ambulatorial e domiciliar em diferentes
grupos etários e patologias. Reeducação alimentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário