segunda-feira, 9 de março de 2015

Safra da goiaba garante renda para agricultores do noroeste do Paraná


Foto: G1
O cultivo da goiaba tem ajudado na renda de produtores familiares de São Tomé, no noroeste do Paraná. O município tem 18 pequenos produtores que vivem do cultivo da fruta. Cerca de 30% da produção são vendidas para o comércio local, e o restante vai para a agroindústria, que comercializa os produtos para o Paraná e mais oito estados.

Uma das fábricas processa cerca de quatro toneladas da fruta por mês. A polpa da goiaba é retirada e estocada em tambores de 200 litros. O produto é usado na produção de doces, geleias e polpas.

"A compra da goiaba é feita de janeiro até abril, aproximadamente. Aí damos um tempo, porque a polpa consegue conservar durante seis meses. A hora que termina o estoque, voltamos a comprar de novo", diz o gerente-administrativo de uma agroindústria, Ivaldo Antônio Rossi.

O quilo da fruta é vendido por R$ 0,55 na agroindústria. O produtor Daniel Alvarenga colhe, em média, uma tonelada por dia, dividida em 40 caixas. Ele diz que estende a produção em vários meses do ano para garantir a renda da família.

“A gente procura escalonar para vir em fases diferenciadas do ano. Às vezes, não é possível porque o clima não ajuda, mas a gente tenta fazer esse acompanhamento anual”, comenta. Ele começou a produzir goiaba em 1998. Hoje, Alvarenga tem 1.300 pés da fruta em três hectares de área plantada. A área é o dobro da que o agricultor tinha em 1998, quando começou o cultivo.

Mão de obra é familiar 

Produzida em áreas pequenas, a goiaba fortalece a agricultura familiar na região. O produtor Valdomiro Pereira, diz que reúne a família na plantação. “A maior dificuldade aqui é a mão de obra, que está muito escassa. Por isso que a gente procura segurar os filhos na lavoura, para poder trabalhar junto e ganhar o pão de cada dia”, comenta Pereira.

Enquanto a goiaba mais verde é vendida na agroindústria, a madura é destinada ao consumidor final. Nas feiras, a fruta produzida no noroeste faz sucesso. “Até hoje ninguém reclamou, muitos pegam para tirar foto e postar, porque é bonita”, acrescenta o feirante Thalison Henrique.

Fonte: G1

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