Foto: Emater |
Desde 1995 toda a propriedade da família de Jorge Salton, no distrito de Faria Lemos, em Bento Gonçalves, é conduzida no sistema orgânico de produção. De videiras, são 10 hectares, uma das maiores áreas orgânicas da Serra Gaúcha, com cultivo das variedades americanas Bordô, Zeperina e Isabel, destinadas à Cooperativa Vinícola Garibaldi, da qual a família é sócia.
Em visita à propriedade, nesta quarta-feira (11/02), os agrônomos da Emater/RS-Ascar, Alexandre Frozza e Luís Carlos Rupp, conferiram o estado fitossanitário da uva em um ano de condições climáticas adversas e constataram que a produtividade é maior que a de vários parreirais no sistema convencional, chegando a 19,5 ton/ha. Conforme Frozza, em ano de El Niño - que resulta no aumento do volume de chuva entre a primavera e o verão e que pode estar associado a outros fatores climáticos, os viticultores necessitam redobrar os cuidados para garantir a safra. E há alternativas ao uso de agrotóxicos no controle das doenças.
Na propriedade da família Salton, foram utilizados, nesta safra (2014/2015), tratamentos fitossanitários com cinza, leite ou soro de leite, sais de cobre e enxofre combinados até o grão chumbinho e, após este estágio, calda bordalesa a 1%. Durante a floração, foi utilizado dióxido de cloro, juntamente com a calda, para evitar doenças nesse estágio de elevada sensibilidade, como podridões do cacho. As pulverizações sempre contaram com o uso de figo da índia como espalhante-adesivo. A frequência de tratamentos foi semanal, chegando a 14 pulverizações.
Este manejo pode ser considerado uma referência, visto que obteve uma produção acima da média inclusive comparativamente ao sistema de produção convencional - em uma safra (2014/2015) de condições climáticas notadamente adversas, conclui Rupp.
Fonte: Emater-RS
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