quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

SP: Chuvas interferem no preço da banana; variedade prata em alta

Assim como as demais lavouras, a banana também sofre com os excessos do clima. Neste mês, as chuvas no Vale do Ribeira, grande produtor da fruta, interferiram na colheita das últimas semanas e fizeram os preços disparar. A variedade que permanece em alta é a banana prata, sendo cotada no atacado por R$ 4 o quilo. Já a nanica, que foi comprada pelos consumidores há algumas semanas por até R$ 7 o quilo nos supermercados, está mais acessível, não ultrapassando a marca dos R$ 5 no varejo. No ano de 2016, a fruta acumulou alta de 94,3%, de acordo com índice do Ceagesp.

No box em que Antonio Vassalo trabalha, no Entreposto Central de Abastecimento de Jundiaí (Ecaj), são movimentadas por mês 30 toneladas de bananas de três variedades: nanica, maçã e prata. Entre a última semana do ano e início deste mês, houve queda na movimentação e aumento no preço da fruta. “Choveu demais no Vale do Ribeira e isso quebra a produção. As bananas ficam moles e apodrecem. Não dá nem para tirar da roça. Chegamos a comercializar a caixa com 15 quilos por R$ 46. Agora já baixou, está cotada em R$ 36, em média”, explica Vassalo.

O local não comercializa direto ao consumidor, mas a cotação por quilo de cada variedade é de R$ 2,30 para a nanica, R$ 4 para banana prata e R$ 5 para a variedade maçã. Nos supermercados, nesta terça-feira (24), em promoção, a fruta foi cotada por R$ 3,59. Mas esse valor chegou ao dobro há uma semana, com custo de R$ 7, o quilo. O mesmo preço também foi registrado entre maio e julho do ano passado, quando foram registradas perdas por conta das geadas nas áreas produtoras.

A dona de casa Andrea Batista, 40 anos, é fã de banana maçã e está sofrendo para conseguir comprar o produto. “Além de ser difícil de achar, está cara. Já cheguei a encontrar por mais de R$ 10 o quilo dessa, mas a nanica, que é comum, chegou a ser vendida por R$ 7”, comenta. Índices - De acordo com estatística de preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a banana nanica foi uma das frutas que acumulou maior alta no ano, com 94,3%, seguida pela variedade prata (55,8%), entre janeiro e dezembro de 2016. A explicação dada pelo estudo é de que vários problemas interferiram e levaram para cima o preço das frutas. “Problemas climáticos como estiagem no nordeste e excesso de chuvas no sul e sudeste, diminuição do volume ofertado, crise econômica e juros elevados inibindo investimentos, entre outros aspectos, prejudicaram a oferta de hortifrutícolas ao longo do ano.”

Nesta semana, segundo mesmo levantamento, permanecem em elevação os preços das frutas lichia, morango, melancia, lima da pérsia, uva thompson, banana prata, laranja lima, maçã nacional, maçã importada, pera importada, laranja pera, batata doce amarela, ervilha torta, mandioquinha, rabanete, brócolis, rúcula, coentro, couve-flor.




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